segunda-feira, 23 de março de 2015

Ajuste de contas (parte 2)


- OK, podes continuar. – respondi-lhe, largando a cabeça de Ana e voltando a segurar a vela por cima do seu corpo; naquela altura já praticamente todos os seus seios estavam cobertos por cera – E o nosso filho…
- O… ahhh… o Miguel… devia ter sido uma menina… a primeira da nova geração… mas tu… tu disseste que querias… querias ter um menino… um rapaz… dizias que ter uma rapariga trar-te-ia memórias da tua pobre filhota… ahhh… por isso fiz para te dar uma alegria… um rapaz… fui contra o que devia ter feito… contra a minha família… por ti…

quinta-feira, 19 de março de 2015

A cota das botas

Tenho de começar estas linhas com uma confissão: adoro botas. De mulher. De salto alto. Seja pelo meio da canela (o mínimo para mim), pelo joelho, pelo meio da perna ou mais acima, adoro vê-las. Fico a babar-me sempre que entro nos sites de calçado me meto a olhar para aquelas botas lindas, lindas que eles lá têm à venda a preços absolutamente pornográficos. Passo por algumas sapatarias, mas a grande maioria só tem botins de salto alto e botas de tacão raso, à cavaleira – não que estas últimas fiquem mal, mas… não me enchem tanto as medidas como o salto-agulha. Acabo por encolher os ombros e ter de ir às lojas chinesas comprar algumas das que eles por lá têem, apesar da qualidade não se comparar… mas já dá para o uso que eu lhes dou. Sim, porque, para além de adorar vê-las, também adoro calçá-las, andar com elas, ouvir o som dos seus saltos a ecoar no chão sempre que dou um passo. E tenho de admitir que, muitas vezes, eu deito-me na cama, unicamente de botas calçadas, e masturbo-me enquanto beijo, cheiro algumas das minhas outras botas de colecção.

domingo, 15 de março de 2015

Ajuste de contas (parte 1)

(história anterior)

Dei mais uma volta à roda de ferro do cavalete e ouvi Ana a gritar novamente.
- Sinceramente, eu gostava muito de saber o que hei-de fazer contigo… – suspirei, com voz triste, enquanto tomava mais um comprimido para as dores do tornozelo.
Entre gemidos, a minha mulher lá respondeu:
- Amor… por favor… eu… eu… elas foram longe demais… eu não quis… eu não quis que elas fossem tão duras contigo…
Encolhi os ombros, antes de lhe dar uma chibatada nos seios.
- O mais giro no meio disto tudo é que tu planeaste isto. Tu quiseste-te vingar de mim por algo que eu e a tua irmã te fizemos… e do qual, se bem me recordo, tu até gostaste. E, pior ainda, tu vingaste-te de mim. Só de mim. Não foi de mais ninguém. – e voltei a dar-lhe com o flogger, não com muita força, nos seios já apertados por tiras de borracha apertada.
Ela recomeçou o seu pranto, enquanto me quedei a pensar no que lhe deveria fazer a seguir.
- Amor… minha vida… paixão… por favor… eu pensei que te fosses divertir… afinal… éramos quatro para um… ou para dois, com Ellen… depois… depois…
Meti-lhe a mão sobre a boca e o nariz, calando-a e tirando-lhe o ar. Enquanto ela se debatia, a minha mente viajou pelos acontecimentos das últimas semanas.

quarta-feira, 4 de março de 2015

I charistiki voli

(história anterior)

O som dos nossos passos ecoava pelo corredor. Eu ia à frente, com as minhas irmãs a seguirem-me. Enquanto íamos avançando pelo corredor, a minha mente fervilhava com pensamentos contraditórios. Teria eu feito bem em desafiar as minhas manas a abusarmos do meu marido durante uns diazinhos? Sabia que ele era uma pessoa muito dominante e que não gostava de não estar no controlo das coisas, e ser transformado num mero joguete da irmandade Karabastos talvez fosse demasiado para a sua personalidade alfa; todavia ele era um homem, certo? E todos os homens têm a fantasia de estarem rodeados de mulheres boas (e todas nós o somos, modéstia à parte), por isso ele não haveria de se importar muito de estar sob o nosso comando – e havia ainda a questão da minha “vingançazinha” por ele me ter feito passar dois dias enjaulada com Ellen e sendo abusada pela minha irmã (e sua namorada) Andreia e pela chefe dela…