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terça-feira, 15 de abril de 2025

A Enfermeira e o Paciente


(história anterior)

(História narrada por Carlos Lourenço - texto normal - e Ana Karabastou - texto itálico. O texto está diferenciado para se perceber quem narra o quê)


Acho que já disse uma vez que demasiadas histórias da minha vida começam da mesma maneira: comigo a perder a consciência e a acordar num lugar qualquer escuro, amarrado e amordaçado e à mercê daquela irmandade que faz parte da minha vida. E esta não vai ser excepção: estava eu no meu escritório no estádio do clube onde estou a treinar esta temporada, a organizar alguns dados estatísticos sobre o nosso próximo adversário, quando começo a sentir uma imensa sonolência a apoderar-se de mim. Penso em levantar-me e em ir beber um café (o quarto do dia, afinal de contas estávamos a meio da tarde)… mas não passei do “pensar”, pois dei por mim a tombar em cima do teclado do portátil; ainda me lembro de pensar, antes de adormecer por completo, “que será que aquelas putas já prepararam para mim hoje…”.

segunda-feira, 22 de março de 2021

Mudança de visual (parte 2)

 

continuação...

Sem uma palavra, o nosso convidado saiu. Enquanto isso, Andreia havia colocado a estranha cabeça no chão e puxava Catarina pelo braço, levantando-a. Enquanto isso, voltei a colocar a máscara à frente do nariz e da boca.
- Vamos tirar-lhe o fato, Enfermeira A, e levá-la para a cadeira de ginecologia.
Ainda pensei que Catarina tentasse escapar-se assim que se viu livre do fato, mas perante a nossa presença e o facto de não poder ver deixaram-na sem reacção. Verdade seja dita, não lhe demos grande margem de manobra. Enquanto Andreia a segurava, eu desapertei as fivelas que ainda seguravam o casulo de borracha no lugar; assim que a nossa prisioneira ficou nua, levámo-la para a tal cadeira de ginecologia, onde lhe prendemos as mãos aos assentos dos braços e as pernas aos apoios para as mesmas.
- Primeiro passo da nova fase: dar-te uma nova cara, 835. – declarou a minha irmã enquanto voltava a agarrar a tal cabeça; e só então reparei que, afinal aquilo era um hood de borracha com uma grossura bem generosa. Tinha fivelas laterais que uniam as duas metades; a da frente tinha as covas para as órbitas e para a boca, com um buraquinho mínimo no fundo desta, com mais duas aberturas pequenas para as narinas.

segunda-feira, 15 de março de 2021

Mudança de visual (parte 1)

 
 
Pedi à minha irmã Andreia para ser ela a escrever este relato, uma vez que foi ela a principal executante do que passou, mas ela recusou-se, dizendo que desde a escola que odeia escrever longos textos, que já lhe tinha bastado o que escreveu sobre o que se passou entre ela, a sua chefe e o marido dela1. Por isso, vou eu ter de dar asas à escrita mais uma vez.
Na tarde que tudo isto se passou, fui convidada a juntar-me a Andreia no seu Hospital, aquele espaço que ela geria onde treinava homens e mulheres para vender como escravos sexuais (e onde eu já havia sido “internada” algumas vezes), para a assistir em mais uma sessão de submissão de Catarina, a maluca obcecada com o meu marido que havíamos, entretanto, capturado. Na altura achei que aquele convite era um pretexto para me levar lá e abusar de mim mais uma vez, mas acabei por ir. Aproveitei que Carlos estava em casa a tratar de assuntos relativos à nova época desportiva, entreguei-lhe os miúdos e lá fomos as duas.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Três actos (parte 3)

continuação...

Não consigo precisar a quantidade de tempo que estive inconsciente: como devem calcular, desde que fora capturada perdera por completo a noção do tempo. A minha situação havia-se modificado totalmente: estava vendada e amordaçada, mas de uma forma estranha: eu conseguia abrir e fechar as pálpebras mas não havia meio de conseguir ver o que fosse, enquanto a minha boca também aparentemente estava livre mas havia qualquer coisa a cobrir-me dentes e língua. Não conseguia ouvir nada e dava a sensação de ter uma camada de qualquer coisa a cobrir-me a cara. Estava de pé, em cima de qualquer coisa, e sentia que estava a ser empurrada para diante apesar de estar imóvel e ter os tornozelos presos com algo metálico que não me permitia afastá-los; tinha também os braços cruzados à frente e não os conseguia mudar de posição. Tentei agitar-me mas não me mexi nem um milímetro… e comecei a entrar em pânico. Depois de eu ter sido raptada e violada daquela maneira, depois de eu ter sido abusada por todos aqueles homens, que mais me poderia vir a acontecer?

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Três actos (parte 2)

continuação...

Assim que fiquei totalmente submersa, a criatura teve ainda menos problemas em arrastar-me atrás dela, com ela a avançar pelo areal como se estivesse a andar normalmente, e por mais que eu tentasse libertar-me a sua mão não largava a corda que me prendia os pulsos. Sustive a respiração o máximo que consegui até os meus pulmões não aguentarem mais e eu involuntariamente ter tentado aspirar uma grande golfada de oxigénio… e surpreendentemente não comecei a sufocar! Abri os olhos (nem dera conta de os fechar) e, sem mais alternativa, fiquei a olhar para as costas da minha captora à medida que aquele ser ia avançando pelo fundo do mar.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Recepção de boas vindas (parte 2)

(continuação...)

A Enfermeira-Chefe N empurrou a cadeira de rodas por um corredor comprido, cheio de portas de um lado e do outro, todas elas fechadas à chave mas de onde, de trás de algumas, se podia ouvir um gemido ou um choro. À medida que avançava ia olhando para elas, escolhendo qual dos pacientes iria utilizar em Catarina; acabou por se deter à frente de uma porta igual às outras, meteu a chave na fechadura e abriu-a, empurrando a cadeira de rodas e a sua cativa.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Recepção de boas vindas (parte 1)

Catarina fora uma rapariga que sempre se habituara a ter tudo o que desejava. Filha de pais bem na vida e que nunca lhe negaram qualquer um dos seus caprichos, ela havia atravessado a adolescência e chegado à idade adulta sempre armada em diva, com toda a gente a fazer-lhe as vontades. Todavia, a vida encarregou-se de a colocar no seu lugar – com dois pontapés. O primeiro deu-se quando, após um curso de turismo numa escola profissional, o único trabalho que lhe surgiu foi numa companhia aérea, como hospedeira de bordo. Aí, e pela primeira vez na vida, Catarina teve de fazer as vontades das outras pessoas e engolir, pela primeira vez, o seu orgulho e as suas atitudes de diva sob pena de ser posta na rua e não ter meios de subsistência – depois de mais um desentendimento com os pais, estes haviam cortado toda e qualquer ideia de lhe continuarem a sustentar o seu estilo de vida folgado. Mas ainda assim aquela menina loira continuava com uma opinião muito inflacionada dela própria.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

A aberração

A instituição que se havia intitulado “Hospital” e que ocupava as ruínas de um hospital abandonado tinha imensos quartos, muitos deles ocupados por rapazes e raparigas raptados com o intuito de serem transformados em escravos sexuais e vendidos a quem se disponibilizasse para pagar as grossas maquias pedidas. Atrás da porta do quarto 315, encontrava-se Tatiana – não, Tatiana não, para as entidades do Hospital, aquela rapariga deixara de ter nome: quando se referiam a ela, era apenas como “Paciente 781”. Uns meses antes, ela tentara fugir dali, conseguindo sair do recinto daquele local mas sendo avistada pelas pessoas de um hospital psiquiátrico, estes colocaram-na num dos seus quartos enquanto decidiam o que saber com ela. Só que uma das Enfermeiras do Hospital, a Enfermeira M, encontrara-a e, após ter abusado dela, trouxe-a de volta à instituição, onde a vida da rapariga foi transformada num autêntico inferno, sendo abusada por Doutores e Enfermeiras indiscriminadamente.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Avaliação de performance

O som dos seus passos ia ecoando pelo corredor do Hospital. Não havia muita gente por ali, e os poucos que havia afastaram-se para a deixar passar. A Enfermeira M era das Enfermeiras de topo daquela instituição, conhecida por ser dura, implacável… e por ter o melhor índice de casos de sucesso, reflectindo-se isso na qualidade dos escravos provenientes das suas “terapias”, que atingiam os preços mais altos. Naquela altura, a Enfermeira loira e de pose altiva dirigia-se para o quarto de um dos pacientes ao seu cuidado, trazendo na mão uma pasta com documentos.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Traída (parte 3)

continuação...

Algum tempo depois, voltei a ouvir a porta abrir-se, e deu-me a impressão que havia entrado um grupo de pessoas, pelo menos julgando pelos passos.
- Ola, olá, Vanessa! – ouvi a voz da Enfermeira-Chefe N – Bom, minha querida, do relatório que a minha colega  fez a teu respeito, e das análises que efectuámos aos teus fluidos corporais, posso afirmar que és um espécime perfeito para o nosso trabalho. O que, claro está, significa que vais ficar aqui connosco.
Ouvi-a e ao resto das pessoas que ali estavam rir-se – parecia-me que eram mais duas pessoas – enquanto os meus piores receios eram confirmados.

sábado, 26 de abril de 2014

Traída (parte 2)

continuação...

Com a sua superiora fora da divisão, a Enfermeira R aproximou-se de mim, ainda com o seu olhar impiedoso. Os seus lábios encarnados, apertados por trás da camada de látex que lhe cobria a cabeça, estavam retorcidos num esgar.
- Por favor, Enfermeira R… tenha piedade, por favor… eu… eu sou sensível, sou fraca… – gaguejei.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Traída (parte 1)

Olhei em volta. Segundo as instruções de Salima, aquele era o local que ela me havia falado, mas apenas parecia um edifício abandonado, de paredes grafitadas, vidros partidos, tão abandonado e decrépito como a zona onde eu estava… voltei a confirmar o endereço que ela me havia dado: estava correcto. Estava no sítio certo.
Encolhendo os ombros, encaminhei-me para a entrada principal do edifício. Aquilo estava tudo cheio de cacos no chão, cascalho e sei lá mais o quê… aquilo realmente parecia abandonado.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Recapturada

Os elementos estavam à solta naquela noite: o vento soprava furiosamente com rajadas fortes e as bátegas de chuva precipitavam-se sumo às janelas do hospital psiquiátrico; todavia, dentro das instalações, o silêncio reinava. O corredor principal estava vazio, para além de pouco iluminado. Apenas um ou outro carrinho podiam ser avistados.
Então, dois médicos surgiram por uma porta e começaram a percorrer o corredor, lentamente, dando uma última ronda antes de irem para casa e deixarem o edifício entregue unicamente ao segurança. Verificando se os pacientes dentro dos quartos estavam adormecidos, chegaram ao compartimento onde estava a recém-chegada, e suspiraram. Ela ainda estava acordada, de joelhos, aparentemente gritando apesar da mordaça que tinha na boca. Os médicos olharam pelo vidro reforçado.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

A tortura de Tiago

Sábado à noite é sempre uma boa altura para a diversão.
Pelo menos era essa a minha moral, assim que entrei no bar. Na minha mente, apenas um pensamento: meter-me com o máximo possível de raparigas, com vista a uma boa noite de sexo. E quem sabe… até podia ter realmente sorte e trazer duas raparigas até minha casa. Assim que essa ideia me surgiu na mente, sorri; aproximei-me do barman e pedi-lhe um vodka Martini. Após receber a minha bebida, virei-me de costas para o balcão e comecei a inspeccionar o ambiente.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

M

Acordo. Não faço a menor ideia de onde me encontro, ou de como vim aqui parar… assemelha-se um pouco a um quarto de um hospital, comigo deitada numa cama e com o lençol por cima. Abano a cabeça… ou tento. Não a consigo mexer. Não me dói, apenas parece que tenho algo a prender-me os movimentos dela. Tento levantar a mão para ver o que se passa, sentir o meu pescoço, mas também está presa, assim como a minha outra mão e os meus tornozelos. Até a minha cintura tem algo à sua volta, a impedir-me de me mexer… Entro em pânico, tentando desesperadamente libertar-me, mas em vão. Estou presa a uma cama num sítio desconhecido, sozinha…