segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Rapidinha: Duro acordar

[Contos para quem não tem tempo a perder. Lê-se de uma vez e já está]

- Amor…
A voz suave de Carla fez-me despertar do meu sono profundo. Mesmo assim fiquei quieto, sentindo-me ainda estremunhado e com vontade de dormir mais um bocado.
- Miguel, estou com tesão de mijo…
Grunhi com aquelas palavras: já sabia de antemão o que se ia seguir. E, de facto, senti logo o corpo da minha namorada deitar-se sobre mim – e senti logo o contacto de algo duro contra uma das minhas nádegas.
- Querida, agora não… – pedi, abrindo os olhos e tentando-me levantar.
- Agora sim! – foi a resposta, enquanto aquele objecto estranho me era encostado ao ânus; e mal tive tempo de relaxar os músculos antes de a sua “pila” entrar dentro de mim – Fofinho, já te esqueceste de quem veste as calças na nossa relação?

De facto, a nossa relação é assim. Carla é uma rapariga espectacular, doce e carinhosa, mas ao mesmo tempo totalmente dominante: a última palavra tem sempre de ser a dela e, caso ela deseje algo, ela tem de ter isso. Em suma, uma mulher-alfa. E, se ela é o “yin”, encontrou em mim o seu “yang”, pois, como ela já me confessou, eu fui o primeiro homem que encontrou que se adequasse por completo à sua maneira de ser. Por mim as coisas estão sempre todas bem e não me importo de ceder às suas vontades: gosto de Carla dessa maneira. Não me importo de ser um macho-beta – aliás, diria que essa expressão me assenta como uma luva. Por isso não reclamei quando Carla me ofereceu um colar de metal quase em jeito de coleira para que eu o usasse (e tenho-o pendurado ao pescoço enquanto escrevo este texto), assim como não me chateio de usar cintos de castidade ou anéis nos testículos ou plugs no rabo.

Suspirei fundo e mordi os lábios enquanto Carla avançava e recuava dentro de mim. Senti as suas mãos esfregarem-me o corpo para depois me agarrarem nas minhas. Adoro quando a minha namorada me come o rabo, admito: só que eu tinha acabado de acordar, estava ainda sonolento… e Carla não tinha uma hora certa para me dominar, era quando lhe apetecesse.
Uma das mãos dela começaram a descer pelo meu corpo e agarraram-me no órgão, apertando-o com força.
- Tu também estás com tesão de mijo, querido. – riu-se Carla – Mas a tua passa de outra forma…
O facto de ter uma anilha de ferro a apertar-me os testículos não contribuía em nada para o meu alívio: aliás, já passava mais de um mês que Carla me deixara vir. Depois dessa tarde, variei entre aquela anilha e um CB-6000. Por isso andava doido para poder ter alguma espécie de alívio; só que Carla nunca me autorizara a gozá-lo… e não me parecia que o fosse ter naquela manhã.
Ela começou a acariciar-me o membro e a masturbá-lo ao mesmo ritmo com que me penetrava o rabo, soltando gemidos baixinhos enquanto me passava a língua pela orelha.
- É mesmo isso, não mexe… goza, sente, desfruta da minha pila tesa, sente-a a foder-te o cuzinho todo, meu betazinho adorado… hmm…
Um suspiro mais prolongado e Carla acelerou ao máximo, soltando mais uns gemidinhos de prazer – a sua reacção quando tinha um orgasmo. Foi abrandando gradualmente até parar, dando-me alguns beijinhos na omoplata. Depois saiu do meu rabo delicadamente e levantou-se.
- Pronto, já está. – riu-se Carla. Olhei para ela e estava a tirar o seu dildo – Agora que já me passou a tesão de mijo, e que tal se fosses tomar o pequeno-almoço comigo? A tua presença saber-me-ia bem…
- Já vou, já vou… deixa-me ir lavar e tratar das higienes.
Ela não respondeu e, enquanto eu saía da cama, guardou o strap-on no armário dos seus brinquedos. Depois aproximou-se de mim, abraçou-me e beijou-me na boca. Quando as nossas bocas se separaram, ela saiu para a cozinha e eu para a casa de banho.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Problema de nutrição

(história anterior)

- Andi, abre a boca.
- Amor, não quero, por favor… – gemi.
Márcia suspirou, sentando-se a meu lado e colocando o prato de caldo verde em cima da mesa.
- Deixa-te de merdas. Tu estás com uma cara pavorosa, andas a alimentar-te que é uma desgraça.
- Tu sabes porquê, Márcia.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

O play lésbico (parte 2)

continuação...

Andreia fez-nos um sinal e imediatamente eu e Helena, já de mãos soltas, ajoelhámos antes do palco, ficando de quatro. Só depois ela avançou para cima do mesmo, connosco a gatinharmos atrás dela, até um trono que estava na ponta do palco, encostado à parede, do outro lado de onde estava a cruz. A minha irmã sentou-se nele sempre segurando nas nossas trelas com uma mão e com o saco na outra, ficando uma de nós de cada lado. Ela colocou o seu saco no chão ao pé do trono e ficou a olhar para quem estava ali, sem que o seu rosto demonstrasse a menor emoção, depois puxou a minha trela e fez-me deitar com a cabeça no seu colo, perto do seu dildo, acariciando-me o cabelo como quem afaga um animal de estimação; acabei por sorrir ao receber aquele miminho. Então ela levantou-se, pegou na trela de Helena e prendeu-a a uma das argolas do trono, fazendo-lhe sinal para ficar quieta, para depois se voltar a sentar, comigo desta vez deitada no colo dela.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Limpeza de utensílios

Tremi quando ouvi o meu nome em altos berros – Lady Katarinne devia ter visto algo mal feito da minha parte, só podia. Imediatamente larguei o que estava a fazer e fui a correr até ao Seu quarto, tentando não me desequilibrar de cima dos meus sapatos de salto alto. Assim que cheguei à porta, bati com a mão enluvada, sentindo um friozinho percorrer-me a espinha.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

O play lésbico (parte 1)


Engoli em seco e olhei para Andreia. Quando ela me desafiou para um play de dominação lésbica na festa que Miss Silva ia dar na sua mansão, acedi sem hesitar. Só depois me caiu a ficha e fiquei a pensar naquilo. Ela era casada com uma mulher (tudo bem que fosse uma mulher dotada de um órgão sexual masculino, mas uma mulher de qualquer forma), porque não fazia o espectáculo com ela? É que, apesar de eu ser modelo fetichista e ganhar a vida a ser fotografada estando amarrada e dominada, o que ela queria fazer comigo era algo que para mim era desconfortável: dominação ao vivo, em cima de um palco, à frente de inúmeras pessoas! Fui logo ter com Andreia e interroguei-a sobre isso. A sua reacção foi olhar-me de soslaio, como se eu fosse burra.