terça-feira, 26 de junho de 2018

Opção definitiva (parte 1)

(história anterior)

Depois de uma luta titânica, Marco respirou fundo e olhou para o cadeado minúsculo de plástico que tinha na mão. A partir do momento em que o colocasse no orifício principal do CB-6000 de acrílico transparente, não havia volta a dar: os seus genitais ficariam trancados enquanto Paula quisesse. A esposa havia falado naquela ideia algum tempo antes mas sem o impor; e o facto é que ela havia amadurecido na cabeça de Marco até este considerar que, de facto, fazia sentido ele usar um cinto de castidade: Paula já o controlava totalmente em todos os aspectos da sua vida, era perfeitamente normal que ela também comandasse os seus orgasmos. Assim, ele encomendou um e passou perto de uma meia-hora a tentar colocar os seus genitais dentro daquele espaço apertado – com um balde de gelo ao lado para aliviar as erecções provocadas pelo muito mexer no pénis. E só faltava a última tranca, que manteria o cinto de castidade em posição. Marco engoliu em seco, pegou no mini-cadeado e colocou-o no orifício, deixando de fazer força assim que ouviu o “click”. Depois pegou na chave do cadeado, meteu-a numa caixinha pequena, meteu-a no bolso do casaco, ajeitou a roupa e saiu da casa de banho do trabalho, tentando habituar-se à sensação de ter uma carapaça de acrílico a cobrir-lhe os genitais.