sábado, 21 de junho de 2014

As férias do Senhor

(história anterior)

Ouvi algo a ser aberto por cima de mim, e a súbita explosão de luz cegou-me durante alguns instantes.
- Chegámos, querida.
Pisquei os olhos, tentando ajustá-los à claridade, e fui olhando para o meu Senhor, enquanto esfregava a minha face na mão que tinha poisada no meu ombro, soltando gemidos suaves; de seguida, Ele ajudou-me a sair de dentro da mala. O meu corpo doía-me de tantas cãibras, depois de ter estado dentro de um sítio tão exíguo durante horas a fio, nem sabia quantas – desde que havíamos saído de casa – e depois de ter viajado na bagageira do Seu jipe, dentro daquela mala, juntamente com a Sua bagagem. Quando me consegui esticar o melhor possível – apesar das amarras que ainda prendiam o meu corpo, o meu Dono começou a massajar-me os músculos, dando-lhes de quando em vez um ligeiro beijinho. Chupei um pouco de água pelo tubo que tinha na minha mordaça, depois olhei para Ele, apaixonadamente, enquanto Ele me massajava as pernas, abrindo as algemas que tinha nos tornozelos.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Uma noite de sexo

(história anterior)

- De joelhos.
De bom grado obedeci a Andreia. Afinal de contas, umas semanas antes eu não tinha grandes prognósticos de estar viva, por causa do meu súbito problema no fígado. Todavia, acabei por vencer as probabilidades baixas de sobrevivência que me tinham dado e acabei por superar o transplante. Mas o período de convalescença foi longo e, por causa disso, eu e Carlos não tivemos grande vontade nem tempo para as nossas noites de sexo e fantasias: a época futebolística estava a terminar, com muitos troféus ainda em disputa, e o Desportivo estava na luta para os ganhar todos novamente; por causa da minha recuperação, tive de estar algum tempo quieta, a descansar, o que me obrigou a cancelar muitas sessões fotográficas que tinha agendadas; e Andreia estava entretida a transformar a sua namorada lésbica, Ellen, numa cabra submissa. Então, quase três meses depois da minha operação, ambas as raparigas apareceram em nossa casa e foi o regresso ao passado, comigo a ajoelhar-me defronte da minha irmã e do meu marido. Desta vez, todavia, eu não estava sozinha: Ellen estava a meu lado, ajoelhando também, com uma coleira idêntica à minha em redor do pescoço. Ambas olhávamos para o chão, com os nossos pulsos atados atrás das costas e cada uma com um plug enfiado no nosso rabo. A única coisa que vestíamos era um par de sapatos pretos de salto alto e umas tanguinhas justas. Não tínhamos nada na boca, mas mesmo assim permanecíamos caladas.