segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Puta

(história anterior)

Pela centésima vez agitei-me na cama, tentando ver se as minhas amarras cediam, pela centésima vez percebi que os meus movimentos eram inúteis: a minha Dona havia-me amarrado bem. Apenas desejava que Ela não demorasse muito a regressar, pois já havia saído havia algum tempo e estar deitado numa cama envergando apenas uma camisinha de noite transparente, uma tanguinha, cinto de ligas, meias de nylon e sapatos de salto alto não fazia com que eu me sentisse muito quente…

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Prenda de Natal

(história anterior)

Bom, comecemos por onde costumo começar: pelas novidades da nossa cada vez maior irmandade, aquela parte enfadonha que ninguém gosta de ler mas que eu gosto de contar. A primeira prende-se com o mais recente casal (que já existia há algum tempo mas que só nos últimos meses se oficializou): Andreia e Helena andam numa espécie de “guerra” para decidirem quem vai “usar as calças” na relação, especialmente desde que a minha irmã reavivou o lado dominante da hermafrodita. Não tem havido discussões nem nada do género, mas tem sido uma “guerra” muito erótica, que se calhar até valia a pena ser relatada – tenho de desafiar uma delas para falar disso, sei que vocês deliram com essas coisas.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

No meio de nenhures

 (história anterior)

- Márcia, ainda aqui está?
- Sim, Sr. Monteiro, estou a ver se despacho este projecto. Calhava entregá-lo quanto antes, os clientes estão algo chatos…
- Ah, percebo. – uma pausa – Que é feito da Andrea?
- Já saiu, disse-lhe para ir para casa, isto não é nada com que ela me possa ajudar de qualquer maneira…
- Ah, OK. Tente não queimar muitas pestanas, sim, Márcia? Não queira ter uma vida como a minha, cheia de úlceras e divórcios… nenhum trabalho é mais importante que a nossa vida.
Márcia riu-se.
- Não se preocupe, Sr. Monteiro, daqui a bocadinho já me vou embora.
- OK, OK. Bom fim-de-semana, Márcia.
- Bom fim-de-semana, senhor.
Ouviu-se uma porta a bater; após uns segundos de espera, Márcia baixou a cabeça e olhou para os pés da secretária.
- Pronto, querida, estamos a sós.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Peddy-paper

(história anterior)

A empresa de confecção de que o meu Dono era o director passou por um mau bocado por causa da crise. Durante esses longos meses, Ele chegava a casa distante e preocupado, com pouco tempo para mim e, enquanto eu tratava da lida da casa ou da loiça, fechava-Se muitas vezes no escritório fazendo contas à vida e tentando descobrir uma forma de manter a empresa aberta sem despedir ninguém mas ao mesmo tempo fazendo face às despesas e à falta de encomendas. Apesar da Sua falta de tempo para mim, todas as noites eu me entregava a Ele numa tentativa de O animar, para O relaxar, para Ele aliviar a Sua tensão e os Seus problemas em mim; e, modéstia à parte, parecia-me que Ele Se deixava dormir todas as noites um bocadinho mais animado por minha causa.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Ida à piscina

(história anterior)

Desde aquela maldita tarde em que a minha irmã Joana me obrigou a sair à rua vestido de rapariga, tal como eu receava, comecei a viver um autêntico Inferno. Ela praticamente transformou-me no seu escravo, obrigando-me a fazer os seus trabalhos de casa enquanto ela ia sair com as amigas, às compras, sei lá. Como eu tinha sobre mim a eterna ameaça do “ou fazes o que te digo ou mostro as fotos de ti em menina ao pai”, não tinha outra alternativa senão cumprir com as suas ordens.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

A dívida

Acordei com uma sensação estranha e a cabeça pesada, como se tivesse ido para os copos na noite anterior. De facto, como me sentia farto de estar em casa, peguei no carro e fui até a um bar, passar o tempo e beber uma cervejinha ou duas. Pelo menos, era essa a ideia que eu tinha… só me recordava de estar sentado ao balcão, com um copo de imperial à frente, a ver as vistas, a “olhar para ontem”, nem me meter com ninguém. Depois disso… a minha memória era um buraco turvo e omisso. Nem sabia como raio havia chegado a casa.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

A Mamã

Antes de mais, acho que tenho de fazer uma ressalva e afirmar que o facto de eu estar a viver com uma Mulher com idade para ser minha mãe não é nenhuma disfunção mental ou algo forçado: é uma opção minha. Sinto-me atraído por Senhoras mais velhas e, principalmente, que Elas me dominem à Sua vontade. O facto de Elas terem muito mais idade que eu faz com que eu me sinta inferior ao pé d’Elas, faz parte da minha forma de ser dominado.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

O espectador

(história anterior)

- Raios partam a puta da minha vida! – gritei, assim que olhei em redor.
De facto, era caso para ficar a barafustar e a amaldiçoar o Universo. Aparentemente, uma pessoa já não podia deitar-se a dormir uma sesta no sofá após o almoço sem acordar completamente nu, trancado na cela situada na cave da nossa casa e com os genitais enfiados dentro dum cinto de castidade e presos a corrente e cadeado à parede. Não queria acreditar que, depois da passagem de ano tumultuosa que a irmandade Karabastos me havia proporcionado, elas estavam com vontade de a repetir… é a desvantagem de nos casarmos com um membro de uma família de debochadas.

sábado, 31 de outubro de 2015

O renascimento

(história anterior)

Desde a visita nocturna ao cemitério e aquele momento aterrador dentro do mausoléu, a vida de Rui transfigurou-se. O rapaz tornou-se mais nervoso, mais agitado e mais introvertido, começando a sair menos vezes de casa, não só por falta de vontade de sair mas também por começar a sentir alguma fotossensibilidade. Tornou-se também uma pessoa mais doente pois, por mais que dormisse e comesse, de manhã sentia-se sempre fraco.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

A intrusa

(história anterior)

Assim que entrei no túnel e fiquei fora da visão de toda a gente, dei uma palmada na minha testa e deixei a palma da minha mão descer-me pela cara abaixo (a célebre facepalm). As coisas não estavam a correr bem naquele dia com o treino. Talvez tivesse sido os reflexos do empate do Desportivo na jornada anterior, mas senti que as coisas andavam tensas entre nós todos, entre equipa técnica, jogadores e direcção. Talvez eu tivesse tido algumas culpas no cartório no que aquele mal-estar dizia respeito; só que, quando o campeonato já começou e a direcção do clube decide vender dois dos titulares da equipa e me obrigam a – não há melhor forma de o dizer – desenmerdar-me de qualquer maneira, é um bocado normal que eu acabe por explodir e mandar vir com os responsáveis pela situação. E como os jogadores e restante equipa técnica também não são parvos e percebem quando há energias negativas no ar…

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Enfermeira Isabel

(história anterior)

- Aaaaatchissssssssss!!!
- Santinho! – disse, entregando-Lhe mais um lenço.
Ele assoou-Se, entregando-me de volta o quadrado de papel ensopado em ranho. Depois, com um gemido, deixou-Se cair novamente na cama.
Estávamos na Primavera, época das alergias, e Ele havia sido atacado pelo pólen das árvores que rodeavam a nossa casa. Para agravar ainda mais a situação, nós havíamos feito uma sessão de bondage ao ar livre, com Ele a amarrar-me ao tronco de uma árvore e a fazer-me tudo o que quis – e, enquanto eu estive sempre debaixo de sombra, Ele fartou-Se de andar de cabeça ao Sol. Depois de três ou quatro dias constantemente a espirrar, as crises alérgicas e o Sol na cabeça degeneraram numa constipação severa, de tal forma que Ele havia tido de meter baixa e meter-Se na cama. E, como seria de esperar, eu estava a tentar ajudá-l’O a recuperar. Levava-Lhe as refeições à cama, trazia-Lhe os seus medicamentos às horas previstas e fazia-Lhe companhia durante o resto do tempo, não O querendo deixar sozinho ou sem vigilância – não porque a constipação pudesse degenerar em algo mais sério, mas porque odiava vê-l’O assim tão debilitado…

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Orgia de núpcias

 (história anterior)

Tal como eu vos disse, o meu casamento com Andreia foi algo normalíssimo – ou melhor, tão normal como o casamento de duas raparigas apaixonadas. Não aconteceu assim grande coisa digna de registo durante a cerimónia, nem durante o almoço de celebração, que se prolongou pela tarde fora. Todavia, houve muitas coisas interessantes a acontecer depois disso, muitas daquelas que vocês gostam de ler…

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Sobre os joelhos de Mamã

(história anterior)

O tempo na rua estava pavoroso. Em todo o lado só se falava no temporal que ia ocorrer naquele dia e no seguinte (apesar de, no fim-de-semana a seguir, já se falar em calor e Sol com fartura). Com tal prognóstico, acabei por abdicar de qualquer ideia de sair e fiquei em casa, olhando pela janela para a chuva que batia com força contra o vidro da janela. O Papá tinha tido de enfrentar a borrasca e ido para o tribunal trabalhar, enquanto a Mamã estava no escritório a trabalhar em processos judiciais de um caso que ela teria de apresentar nos dias seguintes. Como ela não gosta de ser interrompida quando se mete com as leis, deixei Mamã em paz e fiquei no meu quarto, de pijama – o que, no meu caso, é a tanga com que eu costumo dormir na cama junto com os meus Papás.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Orgia de despedida (parte 2)


continuação...

Quando a porta se fechou atrás de nós, comecei a sentir arrepios pela espinha abaixo. Não sabia o que me esperava, e tive alguma vontade de fugir dali, confesso… mas o braço de Belita impediu-me; e senti logo uma mão nas costas a empurrar-me para a frente. Então detivemo-nos todas, aparentemente sem motivo. Logo a seguir, Ana virou-se para mim, com um sorriso velhaco no rosto. No momento a seguir, algo foi-me preso à volta dos olhos, impedindo-me de ver o que quer que fosse, e senti algo metálico a fechar-se ao redor dos meus pulsos, ficando eu algemada com as mãos atrás das costas. E depois disso recomeçámos a caminhada.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Tarde a três

(história anterior)

“Quero que tenhas todo o tipo de experiências, que experimentes tudo aquilo que tens direito”. As palavras da minha Dona ecoaram-me na memória mais uma vez, assim que ouvi a campainha de casa, sinal de que a Sua Convidada havia chegado. Levantei-me e fui até à porta, abrindo-a para a deixar entrar, sentindo um nervoso miudinho dentro de mim.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Orgia de despedida (parte 1)

(história anterior)

Creio que já muitos de vocês já ouviram falar de mim, das pequenas histórias da Ana e do Carlos. Para quem não me conhece, o meu nome é Ellen Saporta… desculpem-me, Helena Karabastos, ainda me estou a habituar ao nome. Sou a esposa da Andreia, a sua cabra… ou o que ela me quiser chamar. 

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

A aberração

A instituição que se havia intitulado “Hospital” e que ocupava as ruínas de um hospital abandonado tinha imensos quartos, muitos deles ocupados por rapazes e raparigas raptados com o intuito de serem transformados em escravos sexuais e vendidos a quem se disponibilizasse para pagar as grossas maquias pedidas. Atrás da porta do quarto 315, encontrava-se Tatiana – não, Tatiana não, para as entidades do Hospital, aquela rapariga deixara de ter nome: quando se referiam a ela, era apenas como “Paciente 781”. Uns meses antes, ela tentara fugir dali, conseguindo sair do recinto daquele local mas sendo avistada pelas pessoas de um hospital psiquiátrico, estes colocaram-na num dos seus quartos enquanto decidiam o que saber com ela. Só que uma das Enfermeiras do Hospital, a Enfermeira M, encontrara-a e, após ter abusado dela, trouxe-a de volta à instituição, onde a vida da rapariga foi transformada num autêntico inferno, sendo abusada por Doutores e Enfermeiras indiscriminadamente.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Até que a morte nos separe

(história anterior)

Mónica saiu da piscina, ajeitando o seu fato de banho e cobrindo a sua masculinidade. Enquanto se dirigia para a espreguiçadeira colocada à beira de água, pensou em como tinha adorado ter sido comida dentro de água. Por vezes, a crossdresser achava Paula algo doida… mas o que é certo é que Mónica adorava tudo o que a namorada a “obrigava” a fazer. Ela deitou-se na espreguiçadeira e colocou os óculos de sol, olhando para o sítio onde Paula havia desaparecido, e interrogou-se sobre o que estaria a Dominadora a preparar. Uns momentos mais tarde, ela lá reapareceu, sempre bamboleando as ancas, com uma caixinha pequena na mão; Paula deteve-se à beira de Mónica e ajoelhou-se.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Avaliação de performance

O som dos seus passos ia ecoando pelo corredor do Hospital. Não havia muita gente por ali, e os poucos que havia afastaram-se para a deixar passar. A Enfermeira M era das Enfermeiras de topo daquela instituição, conhecida por ser dura, implacável… e por ter o melhor índice de casos de sucesso, reflectindo-se isso na qualidade dos escravos provenientes das suas “terapias”, que atingiam os preços mais altos. Naquela altura, a Enfermeira loira e de pose altiva dirigia-se para o quarto de um dos pacientes ao seu cuidado, trazendo na mão uma pasta com documentos.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Ma Babanco

A reforma da D. Manuela fez-me ficar com um grande problema. Ela sempre fora a secretária da minha empresa desde o dia que eu a constituí, sendo uma das poucas pessoas que me haviam acompanhado desde o primeiro dia. Só que nenhum de nós caminhava para novo, e as artroses já incomodavam a D. Manuela em demasia; assim, quando ela anunciou que ia meter os papéis para a reforma, apenas pude resignar-me – e começar à procura de uma substituta.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Festa de anos de um submisso

 (história anterior)

Engoli em seco assim que a porta se abriu. Não era a primeira vez que entrava naquele espaço (afinal de contas as pessoas dali já me conheciam), mas era por ser a minha festa de anos. O que me estaria reservado para aquela tarde-noite?
Durante a semana anterior, eu tentara sacar nabos da púcara à minha Dona, tentar descobrir o que Ela e a Sua Amiga estavam a planear fazer na festa, mas Ela fechara-Se em copas e não Se descosera. Assim, apenas me restou esperar pela chegada de sábado à tarde.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Ida às compras

Confesso que sempre tive alguma curiosidade em perceber como é possível a minha irmã Joana demorar quase três horas para sair de casa. Eu vejo por mim: cinco minutos bastam para me preparar. Agora ela fecha-se no quarto dela e leva tempo e tempo e tempo para se aprontar; e quando abre a porta, quase parece uma boneca de tanta pintura em cima, e veste pouca roupa… e curtinha.

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Um conto diferente: Vingança póstuma

[Inaugura-se aqui uma rubrica destinada a contos onde o erotismo não é a prioridade. São histórias de temáticas genéricas, digamos assim.]

Carla acordou, sentindo a sua cabeça ainda azamboada. Era noite cerrada e aquela zona devia ser afastada da cidade, já que não se viam luzes para além da iluminação proveniente da Lua Cheia, que brilhava num céu totalmente descoberto, e de esse luar revelar que a rapariga estava no meio de uma plantação de pés de milho, com um carreiro estreito a atravessá-lo onde o seu corpo havia sido deixado. Carla não fazia ideia do sítio onde se encontrava e não se conseguia recordar do que acontecera antes de ficar inconsciente. Os seus ouvidos captaram o som de grilos, do piar de uma coruja de vez em quando…

quarta-feira, 29 de julho de 2015

A Pleasuretrix

(história anterior)

Na minha primeira passagem pelo Desportivo de Seixal, os estágios de pré-época do clube eram sempre em Castro Verde, num centro de estágios que havia sido construído para esse efeito. Com o meu regresso ao clube, esse hábito, entretanto abandonado, voltou a acontecer. O plano era passar duas semanas numa área com temperaturas acima dos 30 °C, a puxar pelo físico dos meus jogadores. Os que já me conheciam sabiam do que a casa gastava, mas os novos acabavam por não levar a coisa muito bem às primeiras, mas as coisas depois lá acabavam por correr sobre rodas.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Cuidar da Dona

(história anterior)

A minha Dona aleijou-Se. Num dia em que fomos à Sua praia preferida com amigos, após o piquenique do almoço, numa brincadeira, Ela acabou por ficar com uma dor nas costelas. Depois de alguns exames nos dias seguintes, a minha Dona ficou a saber que não era nada de mais mas a dor continuava. Por isso, tomei a decisão de fazer os possíveis por ajudá-l’A a recuperar, por muito pouco que eu entendesse de saúde, devo admitir. Mas, mais não fosse, podia sempre distraí-l’A…

segunda-feira, 20 de julho de 2015

O rapto da larva

(história anterior)

O estrondo apanha-nos a todas de surpresa. É quase como que uma explosão, que abala toda a zona da área dos casulos, onde eu e as minhas irmãs nos encontramos. Tento pedir ajuda mental à minha Rainha e Ela transmite-me que as soldadas já estão a acorrer ao local onde houve aquele estrondo para ver o que se passa. Naquele momento, a minha barriga começa a doer: sinto necessidade de pôr mais um ovo. Deito-me de costas no chão e abro as pernas, por forma a permitir que o ovo saia de mim sem dor.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

O salvamento

 (história anterior)

Desliguei o telemóvel e entrei no carro. A morada que me haviam dado era relativamente perto da nossa casa, mas de carro a viagem fazia-se em menos tempo – para além de não ter de ir a coxear com dores todo o caminho.
Menos de cinco minutos depois, parei o carro no exterior de uma pequena vivenda – se compararmos com o tamanho normal das casas da Verdizela. Saí da minha viatura, puxei um molho de chaves do bolso e fui coxeando até ao portão de entrada, sempre agarrado à minha bengala; abri-o e, mais uns passos depois, cheguei à porta principal daquela casa. Escolhi outra chave, meti-a naquela fechadura e abri mais aquela barreira.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Distracções

Nunca fui muito fã de fazer análises ao sangue. Sempre que o médico me diz que está na altura do ano para as fazer, fico logo a engolir em seco. Não tenho nada contra fazê-las, atenção… o meu problema é com as agulhas. Sempre que penso na ideia de me deitar na marquesa e entregar o meu braço ao enfermeiro ou à enfermeira para me espetarem a agulha da seringa e me tirarem um bocadinho de sangue, sinto-me logo com tonturas; e na altura em que realmente tenho de o fazer, fico da cor da parede… e se só acontecer isso, já é bastante bom: houve alturas em que desmaiei, tendo voltado a mim de pernas para cima.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Dia de humilhação

(história anterior)

Apesar de as coisas com Carlos estarem melhor que nunca, ele tivera razão numa coisa: por muito que eu pudesse tentar esconder a minha quebra do sigilo de família, a verdade é que nunca fui grande actriz – só mesmo em casos muito especiais. E Andreia conhecia-me demasiado bem, sabia todos os meus tiques e sinais. Ou talvez fosse o meu sentimento de culpa por ter traído o sigilo a respeito dos segredos da família Karabastos… mas o meu marido encostara-me entre a espada e a parede, não me dando escolha senão confessar tudo. O que é certo é que, a partir de uma certa altura, comecei a sentir algum retraimento por parte de Andreia quando falava comigo, alguma frieza no seu trato comigo. Por mais que eu tentasse falar com ela casualmente, ela respondia-me de uma forma fria, indiferente, monossilábica. Uma tarde acabei por abraçá-la e dizer-lhe que a adorava, mas Andreia, a minha irmã mais chegada, acabou por me afastar aos repelões, dizendo que estava com dor de cabeça. Falei nisso a Carlos e ele abraçou-me, enquanto eu não conseguia aguentar as lágrimas, dizendo que falaria com ela a este respeito no dia seguinte. Não sei no que resultou essa conversa. Todavia, por essa altura, Andreia e Ellen estiveram uns tempos sem aparecerem lá em casa. Mesmo assim eu não descansei, porque sabia que Andreia devia estar a preparar alguma…

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Prisioneiras de guerra (parte 2)

continuação...

Enquanto isso, Nadja arrastava a sua presa pelo convento fora, sempre por aquele corredor claustrofóbico, com aberturas para outras divisões, corredor esse que deu para um outro, mais amplo e a céu aberto, com uns degraus à frente; elas subiram aquela escadaria composta por lajes grandes e encontraram-se em mais um espaço onde se podia ver o céu encoberto por cima e sentir-se uma aragem gelada. Nadja e a rapariga entraram num outro corredor, este mais curto e que levou a mais um lanço de escadas, que, no topo tinha uma porta larga, de carvalho e com duas fechaduras. A agente da Gestapo puxou do seu molho de chaves, abriu as duas fechaduras e empurrou a prisioneira para dentro da nova divisão, entrando logo a seguir e voltando a trancar a porta.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Prisioneiras de guerra (parte 1)

França, 1942. Aquela noite, numa aldeia situada não muito longe de Paris, no departamento de Yvelines, era de retribuição. No dia anterior, um comboio que transportava víveres para as tropas do III Reich fora dinamitado para fora da linha à passagem da estação que servia a aldeia, provocando a morte do maquinista e do fogueiro que operavam a locomotiva. Quando a notícia se soube, os soldados alemães invadiram a povoação, de armas em punho, controlando tudo e todos. Estranhamente, não se disparou um tiro, não se ouviu um grito: os soldados limitaram-se a ficar nas suas posições, atentos a todo o movimento, de armas engatilhadas. Assim que a escuridão caiu sobre aquela zona, começou a acção: os soldados irromperam por todas as casas, de uma ponta à outra da povoação, retirando à força todas as mulheres, novas ou velhas, e alinharam-nas na praça central, de mãos amarradas atrás das costas e a olharem para o chão, a maioria delas com olhos cheios de lágrimas e a tremer de medo. Os homens foram fechados em casa, com as suas lutas contra os captores a serem detidas à coronhada e bastonada – os soldados haviam recebido ordens de não dispararem um tiro, excepto em casos excepcionais.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Presa ao buraco

(história anterior)

Não foi preciso esperarmos muito tempo após o dedo de Lady Katarinne ter premido a campainha: menos de um minuto depois, a porta maciça abriu-se, ficando nós duas sob o olhar de um autêntico gorila de dois metros de altura.
- Boa noite. – cumprimentou-nos ele.
- Olá, boa noite. – respondeu Lady Katarinne. Eu não disse nada, estando firmemente amordaçada com uma penis gag.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Uma rapidinha oral

(história anterior)

Por incrível que pareça, a sessão de tortura que Carlos me havia infligido havia-nos aproximado ainda mais. Carlos agora estava ainda mais carinhoso comigo que dantes, arranjando pretextos no clube para vir ter comigo e dar-me um beijo ou oferecer-me uma flor; e muitas noites deitávamo-nos no sofá a ver filmes no leitor de DVD, comigo nos braços dele, apenas envergando a parafernália de castidade e sentindo as suas mãos no meu corpo. Sentia que aquele carinho todo da parte dele não era uma compensação pelo que ele me havia feito (ou feito fazer), mas antes uma forma de me fazer sentir segura e protegida, de sentir que podia contar com ele. Apesar de o cinto de castidade ser uma ligeira machadada nessa teoria, admito… e de a falta de sexo me ter começado a afectar após algum tempo.

terça-feira, 7 de abril de 2015

À beira da piscina

 (história anterior)

Paula foi andando pela borda da piscina, bamboleando as ancas desde que saíra do interior da casa onde estivera a mudar de roupa, e parou ao chegar à zona dos chapéus-de-sol e das espreguiçadeiras. Trazia um sorriso aberto nos lábios; na cabeça, um chapéu de palha, e no corpo um biquíni azul extremamente diminuto. O seu longo cabelo negro estava enrolado numa longa trança, que balançava após cada passo seu.
- Então, Mónica, que tal está a água? – perguntou, ao sentar-se numa delas.
Marco olhou para a namorada, com um sorriso tímido.
- Está óptima, Amor. – respondeu, de voz aguda.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Ajuste de contas (parte 2)


- OK, podes continuar. – respondi-lhe, largando a cabeça de Ana e voltando a segurar a vela por cima do seu corpo; naquela altura já praticamente todos os seus seios estavam cobertos por cera – E o nosso filho…
- O… ahhh… o Miguel… devia ter sido uma menina… a primeira da nova geração… mas tu… tu disseste que querias… querias ter um menino… um rapaz… dizias que ter uma rapariga trar-te-ia memórias da tua pobre filhota… ahhh… por isso fiz para te dar uma alegria… um rapaz… fui contra o que devia ter feito… contra a minha família… por ti…

quinta-feira, 19 de março de 2015

A cota das botas

Tenho de começar estas linhas com uma confissão: adoro botas. De mulher. De salto alto. Seja pelo meio da canela (o mínimo para mim), pelo joelho, pelo meio da perna ou mais acima, adoro vê-las. Fico a babar-me sempre que entro nos sites de calçado me meto a olhar para aquelas botas lindas, lindas que eles lá têm à venda a preços absolutamente pornográficos. Passo por algumas sapatarias, mas a grande maioria só tem botins de salto alto e botas de tacão raso, à cavaleira – não que estas últimas fiquem mal, mas… não me enchem tanto as medidas como o salto-agulha. Acabo por encolher os ombros e ter de ir às lojas chinesas comprar algumas das que eles por lá têem, apesar da qualidade não se comparar… mas já dá para o uso que eu lhes dou. Sim, porque, para além de adorar vê-las, também adoro calçá-las, andar com elas, ouvir o som dos seus saltos a ecoar no chão sempre que dou um passo. E tenho de admitir que, muitas vezes, eu deito-me na cama, unicamente de botas calçadas, e masturbo-me enquanto beijo, cheiro algumas das minhas outras botas de colecção.

domingo, 15 de março de 2015

Ajuste de contas (parte 1)

(história anterior)

Dei mais uma volta à roda de ferro do cavalete e ouvi Ana a gritar novamente.
- Sinceramente, eu gostava muito de saber o que hei-de fazer contigo… – suspirei, com voz triste, enquanto tomava mais um comprimido para as dores do tornozelo.
Entre gemidos, a minha mulher lá respondeu:
- Amor… por favor… eu… eu… elas foram longe demais… eu não quis… eu não quis que elas fossem tão duras contigo…
Encolhi os ombros, antes de lhe dar uma chibatada nos seios.
- O mais giro no meio disto tudo é que tu planeaste isto. Tu quiseste-te vingar de mim por algo que eu e a tua irmã te fizemos… e do qual, se bem me recordo, tu até gostaste. E, pior ainda, tu vingaste-te de mim. Só de mim. Não foi de mais ninguém. – e voltei a dar-lhe com o flogger, não com muita força, nos seios já apertados por tiras de borracha apertada.
Ela recomeçou o seu pranto, enquanto me quedei a pensar no que lhe deveria fazer a seguir.
- Amor… minha vida… paixão… por favor… eu pensei que te fosses divertir… afinal… éramos quatro para um… ou para dois, com Ellen… depois… depois…
Meti-lhe a mão sobre a boca e o nariz, calando-a e tirando-lhe o ar. Enquanto ela se debatia, a minha mente viajou pelos acontecimentos das últimas semanas.

quarta-feira, 4 de março de 2015

I charistiki voli

(história anterior)

O som dos nossos passos ecoava pelo corredor. Eu ia à frente, com as minhas irmãs a seguirem-me. Enquanto íamos avançando pelo corredor, a minha mente fervilhava com pensamentos contraditórios. Teria eu feito bem em desafiar as minhas manas a abusarmos do meu marido durante uns diazinhos? Sabia que ele era uma pessoa muito dominante e que não gostava de não estar no controlo das coisas, e ser transformado num mero joguete da irmandade Karabastos talvez fosse demasiado para a sua personalidade alfa; todavia ele era um homem, certo? E todos os homens têm a fantasia de estarem rodeados de mulheres boas (e todas nós o somos, modéstia à parte), por isso ele não haveria de se importar muito de estar sob o nosso comando – e havia ainda a questão da minha “vingançazinha” por ele me ter feito passar dois dias enjaulada com Ellen e sendo abusada pela minha irmã (e sua namorada) Andreia e pela chefe dela…

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Forçado a ser menina

- Tu.
Sorri quando vi o Seu dedo a apontar para mim. Os outros submissos protestaram, enquanto Lady Alexia Se aproximou da nossa cela e abriu a porta. Ajoelhei-me, olhando para o chão frio de cimento, enquanto os Seus passos soavam cada vez mais próximos. Então, a Sua mão enluvada agarrou na minha coleira e no seu anel metálico, prendendo-lhe a Sua trela preferida. Ela levantou-me e arrastou-me para fora, enquanto os outros submissos imploravam-Lhe para os levar a eles. Todavia, um virar súbito de Sua cabeça fez o silêncio voltar à divisão.
- Não quero ouvir o mínimo barulho enquanto Eu estiver ausente, ouviram, seus merdas?
Em coro, todos responderam “Sim, Senhora”. Ela voltou-Se e saiu daquele quarto, arrastando-me com Ela.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

A terceira pessoa

(história anterior)

Fui até à casa de banho e lavei os dentes. Ana já estava deitada, de lingerie vestida (ela adorava dormir com roupas sexy vestidas, às vezes mesmo com sapatos ou botas, que se há-de fazer?) e à minha espera. O relógio marcava “22h53” – não era tarde como de costume, mas tínhamos pensado em entretermo-nos um bocadito antes de dormir. Por isso mesmo, despachei-me a lavar os dentes, pensando já no que iria acontecer naquela noite; algumas ideias, confesso, fizeram-me ficar “de pau feito”…

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

A sessão fotográfica

Olhei para o relógio e soltei um palavrão. Tinha-me esquecido por completo a que horas Bill me havia dito para estar no estúdio, e ele não era propriamente a pessoa mais paciente… Corri pela rua, os saltos das minhas botas a ressoarem contra o chão: felizmente, já não me encontrava muito longe do endereço que ele me havia dado.
Quando finalmente cheguei, fui imediatamente cumprimentada por Bill, que estava à porta da casa a fumar um cigarro:
- Olá, jeitosa. – ele sorriu, beijando-me na face – A Lucy chegou já há um quarto-de-hora.
- Já?! – perguntei – Oh, gaita, cheguei atrasada, não foi?
Ele riu-se, acabando o cigarro e deixando-me entrar no local onde estava combinado fazermos a sessão fotográfica, seguindo-me.
- Não, Ana, ela veio mais cedo. Disse que pensava que iria demorar mais tempo a cá chegar… é no que dá trabalhar com modelos estrangeiras. – e piscou-me o olho. Só pude sorrir perante a boca, que também me atingia.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

As duas cunhadas

(história anterior)

Estrebuchei pela n-ésima vez, tentando libertar-me, pela n-ésima vez os meus esforços foram gorados. Desde que eu fora visitado pela “Mãe Natal”, havia-me deixado dormir e acordei num local diferente – dava ideia que Ana (e as irmãs, possivelmente) me havia passado para a sala de torturas da nossa cave. Continuava nu mas, desta feita, preso a uma marquesa, de pernas abertas.
Suspirei. Eu já tinha percebido que as quatro manas Karabastos tinham optado por dedicar os restos daquela quadra natalícia a explorar a sua sexualidade comigo como “vítima”, mas achava que elas estavam a levar aquilo um bocadinho longe demais. Depois de ter tido uma Mãe Natal francesa a saciar-se comigo (e vice-versa!), percebi, pela sua conversa, que as suas irmãs também queriam aproveitar-se de mim. E ali estávamos, portanto.