quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

A história de Ana (parte 6)

(continuação...)

Tive de voltar a apanhar um táxi para regressar ao hospital onde o Carlos estava, preocupada com a sua condição. Os médicos disseram-me que, apesar da fraqueza de ter estado alguns dias sem comer, ele ia ficar bem. A ferida na perna não era grave, mas iria precisar de uma ou duas intervenções cirúrgicas para reparar o dano. Nesse dia, não saí da beira da sua cama, as nossas mãos bem unidas. E foi ali mesmo que finalmente me deixei adormecer, mais de dois dias depois de ter deixado o (ainda) meu marido.

 
Foram precisas alguns dias para Carlos ter alta do hospital, ainda mais queixoso da sua perna direita. Regressou aos comandos do Desportivo e continuou a sua escalada para ser considerado um dos melhores treinadores do mundo. Cheguei a ir a alguns jogos dele, para o apoiar, e realmente era inacreditável a forma como ele estava em campo, sempre a gritar, a dar ordens para dentro do campo, a reclamar com tudo e todos, a celebrar os golos e as vitórias da equipa como se estivesse dentro do relvado… era um espectáculo dentro do próprio espectáculo.
Umas semanas mais tarde, voltei a falar com a minha irmã, numa última tentativa de fazer com que ela mudasse de ideias e voltasse atrás com o divórcio (porquê? Porque, apesar de o amar, eles eram casados – ou haviam sido), mas ela acabaria por suspirar fundo e dizer-me que “ele é teu, querida. Dá-lhe o amor que me falta e fá-lo feliz.” Todavia, para isso poder acontecer, tinha de obter o meu próprio divórcio do Grant. Eu tinha os meus palpites que ele não estaria muito afim disso, mas eu tinha de o tentar – para mim não havia volta a dar, não queria voltar a ficar debaixo dos seus punhos. Como não queria voltar a vê-lo, enviei-lhe um e-mail, em que escrevia que desejava o divórcio após ter sido “maltratada, abusada e humilhada desde o primeiro dia do nosso casamento”, que, se quisesse, podia ficar com tudo o que lá deixara, pois eu apenas desejava a liberdade. Quando recebi a sua resposta, tive de a voltar a ler, pois não acreditava no que estava a ler: ele estava disposto a aceitar! Dizia que estava arrependidíssimo de me ter tratado mal e que entendia a minha decisão. A partir daquela altura, entrei em contacto com um advogado, expliquei-lhe a situação e, a partir daí, deixei-lhe o processo entregue a ele. Então, uns dois, três meses depois da troca de mails, quando estava na América por causa de uma sessão, o advogado entrou em contacto comigo, dizendo-me que estava tudo tratado, sendo a minha assinatura a única coisa que faltava para o divórcio ser oficial. E então, no dia 3 de Dezembro de 2006, deixei de ser a Sr.ª Grant Roberts.
Nesse dia, cheguei a casa, sentei-me numa cadeira e ri-me durante algum tempo – todavia, não me sentia feliz, muito pelo contrário. “Mais dois anos da minha vida pelo esgoto,” pensei “mais dois anos de tristeza e infelicidade…” Essa fase da minha vida foi um pouco depressiva, pois, apesar de eu estar livre e amar alguém que estava livre, sentíamos que ainda não estávamos prontos para assumir o que quer que fosse. Foi por isso que, no Natal, cada um foi para seu lado, cada um foi com as suas famílias. Ambos estávamos a viver na casa dele – pensei em comprar a minha própria casinha, mas o Carlos insistiu que eu ficasse a morar ali, pois queixava-se que a casa era demasiado grande para ele (e de facto era) – e podíamos perfeitamente ter dado o primeiro passo, mas acho que tanto eu como ele estávamos receosos. Eu amava-o, ele amava-me, mas tínhamos medo do futuro. Tínhamos as nossas vidas, os nossos trabalhos, cozinhávamos um para o outro, partilhávamos as lidas da casa, ríamos e desabafávamos um com o outro… mas era só isso. Éramos como que colegas de quarto.
Mas apenas estávamos a adiar o inevitável. Nos finais de Janeiro, quando cheguei a casa depois de uma tarde no ginásio, fui encontrá-lo sentado no sofá, de lágrimas nos olhos e a esfregar o seu tornozelo direito com as mãos, com um recipiente de plástico ao lado, dos analgésicos que ele tomava para as dores. Obviamente estava a ter um dia mau, em que até lhe custava colocar o pé no chão. Sentei-me ao seu lado e abracei-o, com força, tentando confortá-lo, tentando dar-lhe alguma força. Ele retribuiu o meu abraço e acabámos a olhar-nos nos olhos, longamente…
… no instante seguinte, os nossos lábios encontraram-se pela primeira vez em quatro anos. Foi a minha vez de começar a ter os olhos húmidos, pois foi o realizar do meu maior desejo, estar nos seus braços e sentir o seu amor. Deitei-me de costas no sofá, lentamente, enquanto ele se despia, e a mim também.
Fizemos amor ali mesmo, amor suave, adorável. Sem cordas, sem algemas, sem mordaças, sem brinquedos, sem quaisquer amarras… e, apesar de eu amar todas essas coisas, não consigo enfatizar o suficiente o quanto eu adorei essa noite. Estar sozinha com ele, os nossos dois corpos a tornarem-se só num, depois de tantos anos a desejá-lo, tê-lo só para mim… era um desejo tornado realidade. E foi uma noite para recordar.

Depois de anos a sentir-me incompleta, de anos de tristeza, o início da minha relação com o Carlos trouxe-me felicidade e prosperidade. Apesar disso, não se pense que as nossas vidas foram pacíficas. De quando em vez, deparávamos com alguma situação mais complicada, maioritariamente ligada com o trabalho dele e com as pessoas que o invejavam. Em Março, depois duma vitória contra o Sporting, ele foi baleado por um adepto fanático, ficando em coma durante dias. Quando isso aconteceu, eu estava em França, numa sessão para um site francês de bondage; regressei imediatamente a Portugal e fiz-lhe companhia a seu lado na cama do hospital, chorando e agarrando-lhe na mão, até que os seus olhos voltaram a abrir-se. O seu tornozelo, como já referi, atormentava-o com dores, tendo dias melhores e piores, mas isso teve o efeito nefasto de o tornar dependente dos analgésicos. Mesmo assim, fizemos o melhor possível para contornar esse obstáculo, comigo sempre a tentar distraí-lo nos piores dias.
Há algum tempo que não menciono a Tommy, e isso pode dar a impressão que deixámos de estar ligadas: nada mais falso. Ela continuava a ser a minha agente, por isso falávamos e encontrávamo-nos amiúde, quer fosse para discutirmos propostas de trabalho, perspectivas para o futuro ou apenas e só para matar saudades; invariavelmente, as noites acabavam da mesma forma: comigo amarrada e amordaçada a seus pés… e adorando cada segundo. Quando lhe apresentei o Carlos, ela passou a incluí-lo em muitas das nossas reuniões… e consequentes “castigos”. Todavia, e ao contrário do meu ex-marido, ele não tinha problemas em deixar Tommy tocar-me e dominar-me – aliás, ele adorava ver aquela mulher a torturar-me, humilhar-me e a abusar sexualmente de mim. E sempre que ele estava presente, eu sentia-me ainda mais excitada, ficava ainda mais possuída. Todavia, apenas recentemente é que ela permitiu que ele também participasse.
Quanto à Andreia… apesar de ela estar a viver com a nova namorada perto da nossa casa, passou-se muito tempo sem a ver, tanto por iniciativa dela como por minha. Eu ainda não a havia conseguido perdoar pela forma como havia abandonado o Carlos, e deu-me ideia que ela também se estava a auto-penitenciar por isso mesmo: por aquilo que fui sabendo dela, já não saía de casa para se divertir e, quando não estava em casa, estava no trabalho – ela trabalhava num cabeleireiro no RioSul, no Seixal. E, por estúpido que pareça, eu tinha mais contacto com Amélia e Ângela do que com ela. A minha irmã mais velha continuava a espancar e humilhar submissos na sua masmorra, ao passo que a mais nova havia conseguido acabar o seu curso de fotografia e, por aquela altura, andava a viajar pelo mundo e a fotografar as suas belezas naturais. Não vou esconder que tinha a ambição de, um dia, poder trabalhar com ela… Algo havia feito a minha maninha mudar de atitude no mundo: havia largado o seu look de “maria-rapaz” e agora não tinha problemas em mostrar as suas generosas curvas.
O meu cisma com Andreia acabaria por durar até meados de 2008, quando as minhas saudades dela ultrapassaram a mágoa que ela me causou. Para além disso, agora que olho para trás, era estúpido que duas raparigas que haviam vivido juntas grande parte da sua vida ficassem chateadas para todo o sempre. Acabei por lhe ligar, uma tarde, a dizer-lhe que queria falar com ela, e fomos dar uma volta pelo bairro onde ela agora morava e por um jardim ao pé da sua casa. Falámos durante horas das nossas vidas, dos nossos problemas, do que esperávamos do futuro, das nossas relações; contou-me que encontrou Ellen uma vez no supermercado e ficou quase imediatamente caidinha por ela, metendo conversa com a nova rapariga, convidando-a para jantar uns dias mais tarde, para “testar as águas” e verificou que aquela rapariga também sentia o mesmo – quando Andreia foi viver com Ellen, elas tinham começado o relacionamento duas semanas antes. Eventualmente ficámos sem assunto, o que nos fez abordar a nossa própria situação, a nossa relação. Obviamente, acabámos as duas nos braços uma da outra, a chorar que nem madalenas, a pedirmos o perdão uma da outra… e aquele abraço soube-me tão bem, encheu-me de felicidade, como se me tivesse reencontrado com uma parte perdida de mim mesma. Subitamente, para meu choque e surpresa, ela olhou-me nos olhos e beijou-me. Não o consegui evitar: devolvi-lhe o beijo. De mãos dadas, corremos para a sua casa; quando lá chegámos e Ellen ter querido cumprimentar Andreia, esta agarrou nela, pedindo-me ajuda. Depois de a termos arrastado para o quarto, algemámo-la a uma cadeira em frente à cama e ficámos a olhar para os olhos uma da outra: o desejo era muito, as saudades de saciarmos o nosso prazer nos corpos uma da outra eram tantas… e foi perante o olhar arregalado da namorada da minha irmã que selámos as nossas pazes, nuas e abraçadas uma à outra, beijando-nos loucamente e lambendo as nossas ratinhas, chupando os nossos mamilos e amando-nos como nos bons velhos tempos.
Claro que o nosso reatar de “relação” não implicou que as coisas voltassem ao que eram dantes: afinal de contas, Andreia ainda tinha uma relação com Ellen e ela queria apostar naquele relacionamento. Todavia, acabaríamos por voltar a sair como dantes, a encontrarmo-nos e a realizarmos as nossas fantasias. Achei estranho a minha irmã não hesitar em trair Ellen comigo e com o Carlos, mas ela confessou-nos que era um processo, que ela estava a tentar fazer algo com a namorada que ainda não nos podia dizer, mas que Ellen sabia de tudo o que nós os três fazíamos. E, surpreendentemente ou talvez não, apesar de ser eu a namorar Carlos, ele e Andreia continuavam a dominar-me, exactamente como dantes. Voltámos a frequentar o espaço de Miss Silva; foi bom lá voltar, relembrando-me da primeira vez que eles me haviam lá levado, a inquietação que eu sentira, o receio do que me iriam fazer, e pensando no quanto havia mudado desde então. Dias depois desse regresso, decidi imitar Andreia e furei os meus mamilos. Mas não fiquei por aí: a prenda do meu 28º aniversário da minha mana foi pagar-me um piercing na língua, à semelhança do que ela tinha. Estávamos a voltar à ideia do parecermos o mais iguais possível. Quando Carlos viu a minha língua enfeitada, pareceu algo desapontado… mas quando me ajoelhei à frente, lhe baixei as calças e os boxers e lhe passei a esfera metálica pelo membro, acabaria por não ficar muito chateado. Todavia, tenho de ser sincera: o piercing não conseguiu bater a prenda dele…
No dia em que fiz anos, ele levou-me a jantar fora, a um restaurante italiano, nada de muito chique. Depois de nos saciarmos com massas e pastas, fomos dar um passeio pela zona velha de Almada. Apesar de estar frio e desagradável, estarmos a passear fazia-me sentir bem, não sei porquê. Fomos a um bar ou outro, estivemos lá a passar o tempo, a ouvir música, coisas perfeitamente normais. Quando nos enfiámos no carro para regressarmos a casa, ele abriu o porta-luvas e tirou uma caixinha embrulhada com papel festivo. Sorrindo, entregou-ma.
- Parabéns, amor. – disse, sem parar de sorrir.
Sorri, também, beijando-o docemente nos lábios. Quando o beijo acabou, a curiosidade levou a melhor e inspeccionei o que tinha nas mãos. Era uma caixa sensivelmente com um palmo de comprimento e estreita; abanei-a e parecia não ter nada lá dentro. Olhei para ele, confusa.
- Abre mas é isso, totó. – respondeu-me, sem deixar de sorrir.
- Pronto, está bem, está bem… – devolvi-lhe o sorriso e rasguei o papel colorido que envolvia a minha prenda. A caixa não tinha inscrições de qualquer espécie, e quando a abri, à primeira vista, pareceu-me efectivamente que ela estava vazia. Estava para lhe perguntar que raio de piada era aquela, quando vi o papel que estava lá dentro. Tirei-o lá de dentro e vi que tinha três palavras apenas e só. Li-as, reli-as, e tive de as ler mais uma vez, porque queria ter a certeza de não estar a sonhar.
Queres casar comigo?
Senti um nó enorme na minha garganta; olhei para ele nos olhos, tentando responder-lhe, mas não conseguia falar: apenas consegui assentir com a cabeça. De lágrimas nos olhos, abracei-o, tentando não desatar a chorar baba e ranho.
- Oh, rapariga… – disse ele, de voz algo sufocada (eu estava a apertá-lo entre os meus braços) – Desculpa o pedido não ser feito com pompa nem circunstância nenhuma, mas eu não tenho jeitinho nenhum para estas coisas… apenas te quis surpreender.
- Conseguiste-o. – foi o que consegui dizer – Quero, amor…

A cerimónia ficou marcada para dia 9 de Agosto de 2008. Contra os desejos do Carlos, como o seu matrimónio anterior acabara em divórcio (assim como o meu), não lhe foi permitido casar na igreja da terrinha dele. Ainda assim, acabaríamos por fazer uma cerimónia civil lá na aldeia, rodeados de todos os nossos amigos, colegas de profissão e família – e, desta vez, pude ter as minhas irmãs a meu lado. No momento em que o homem da Conservatória disse que éramos marido e mulher, não consegui evitar que as lágrimas me escorressem à cara abaixo. Finalmente, sentia-me feliz, verdadeiramente feliz… Esse dia foi uma festa, com o pessoal todo na galhofa, a meterem-se uns com os outros. Lembro-me que os amigos dele fizeram-nos trocar de roupa, e não me consegui parar de rir quando o vi a desfilar de vestido de noiva, enquanto eu tive de andar de calças pretas e blazer. Assim que ficámos sozinhos, já com o meu vestido, fui até à rua – era uma noite agradável do Verão alentejano – olhei para o céu límpido e estrelado e dirigi uma prece silenciosa aos meus pais. Estavam quase a passar 21 anos desde que eles tinham partido, e eu sentia a sua falta, queria tanto ter tido o meu pai a entregar-me ao meu marido, queria tanto ter abraçado a minha mãe, ter ouvido os seus conselhos… mas, no fundo, sentia que eles me olhavam do Céu e me apoiavam, felicitavam-me, e quase conseguia sentia a sua bênção. Uma lágrima escorreu-me pelo rosto abaixo, e arrepiei-me toda quando senti o braço do meu marido a enrolar-se à minha volta. Beijei-o docemente, abraçando-o bem forte.

Por estas últimas linhas, poderão pensar que não tive muito trabalho: pois bem, tive. Estive envolvida em sessões para inúmeros sites (uma das quais até me permitiu, finalmente, trabalhar com Ângela – e o quanto nos rimos durante a mesma!)… e, tenho de o admitir, tive muitas noites quentes com algumas das modelos com quem trabalhei. Sempre me senti atraída por aquelas raparigas, novas ou velhas… todavia, o meu amor por Carlos continuava intocável e indestrutível. 
Foi durante uma dessas sessões que eu conheci uma inglesa loira chamada Lucy. Quando a vi, imediatamente percebi que não era uma rapariga qualquer, provavelmente por me ter apaixonado por ela… e, aparentemente, o sentimento era recíproco: acabaríamos por fazer amor uma com a outra na noite após a sessão fotográfica e, quando eu acordei, ela havia-me deixado uma corrente de prata para usar no tornozelo, como símbolo do nosso amor (e eu ainda a uso nos dias de hoje). Podem perguntar-se como posso nutrir sentimentos aparentemente idênticos por quatro pessoas, mas… é assim que eu sou, não consigo explicar. Meses mais tarde, eu e Carlos fomos surpreendidos pela aparição de Lucy à nossa porta, vestida de polícia sexy: ela atou o meu marido e forçou-me a comer-lhe a rata. Foi mais uma noite inesquecível: perdi a conta ao número de vezes que atingi o clímax. E não seria essa a última vez que ela nos visitou… encontrámo-nos por inúmeras ocasiões.
Então, num dia de Abril de 2009, depois de ir ao frigorífico buscar uma garrafa de água, senti uma dor horrível na zona do estômago, gritei e caí redonda no chão. Fui levada para o hospital e, depois de uma bateria de exames, análises e o mais, os médicos descobriram, antes de mais, que eu estava grávida de cinco meses (estranhamente, eu não exibia sinais exteriores, e eu e Carlos usávamos contraceptivos); depois, viram também que eu tinha um problema hepático grave, causado por um síndrome que eu não consegui fixar nem compreender, e que teriam de proceder a uma intervenção cirúrgica de alto risco. Infelizmente, por causa daquele problema, o feto que estava dentro de mim havia morrido.
E é assim que chegamos ao dia de hoje. Gostava de ter mais tempo de falar na minha vida, nas coisas que eu e Carlos, com a minha irmã ou sozinhos, fazemos à noite, na nossa intimidade, dar detalhes a quem me ler, mas, infelizmente, está a chegar a hora para a minha cirurgia. Como disse no início, as minhas hipóteses de sobrevivência não são muito favoráveis. Todavia, eu vou arriscar, pois nada tenho a perder. Não só por mim mas – e dá-me bastante prazer poder dizê-lo – por ele. Por nós, pela nossa felicidade, pelo nosso futuro. Agora que somos uma família, que estou rodeada de pessoas que me amam, não posso morrer… mas se isso acontecer e se tu calhares a ler estas linhas, meu amado, fica a saber que te amo mais que tudo; sempre te amei, apesar de todas as pessoas com quem me envolvi. Eu amo-TE.

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