segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

No meio de nenhures

 (história anterior)

- Márcia, ainda aqui está?
- Sim, Sr. Monteiro, estou a ver se despacho este projecto. Calhava entregá-lo quanto antes, os clientes estão algo chatos…
- Ah, percebo. – uma pausa – Que é feito da Andrea?
- Já saiu, disse-lhe para ir para casa, isto não é nada com que ela me possa ajudar de qualquer maneira…
- Ah, OK. Tente não queimar muitas pestanas, sim, Márcia? Não queira ter uma vida como a minha, cheia de úlceras e divórcios… nenhum trabalho é mais importante que a nossa vida.
Márcia riu-se.
- Não se preocupe, Sr. Monteiro, daqui a bocadinho já me vou embora.
- OK, OK. Bom fim-de-semana, Márcia.
- Bom fim-de-semana, senhor.
Ouviu-se uma porta a bater; após uns segundos de espera, Márcia baixou a cabeça e olhou para os pés da secretária.
- Pronto, querida, estamos a sós.

 
Levantei a cara, olhei-a nos olhos e sorri, apesar de ter a boca tapada. Ela levantou-se da cadeira e agachou-se à minha beira, acariciando-me o cabelo escuro.
- Agora só falta sairmos do edifício… nem penses que te vou soltar, minha puta!
Agitei a cabeça: também não queria que ela me soltasse, era um facto! Ao mesmo tempo, estava mortinha por saber quais os planos que a minha marida tinha para mim. Assim que senti as suas mãos a encostar-me à parede com rudeza, após eu ter picado o ponto, deixei de me mexer, não reagindo assim que senti umas algemas serem-me colocadas à roda dos pulsos e um lenço ser-me colocado sobre a boca. Depois tive de ficar deitada no chão debaixo da secretária, aos seus pés, durante algum tempo, até ficarmos sozinhas.
Ela então agarrou-me pelos braços e ergueu-me, para depois tratar de desligar o computador, arrumar as coisas, vestir o casaco e preparar-se para sair. Depois colocou-me o meu casaco pelos ombros e um gorro de lã na cabeça – estava frio na rua, o Inverno havia chegado com força – colocou o seu braço ao redor dos meus ombros e foi comigo até ao elevador.
Descemos até ao piso -1, onde estava o parque de estacionamento, e passámos pelo segurança daquela área, que nos desejou um bom fim-de-semana; Márcia respondeu-lhe, enquanto eu gemi algo imperceptível e afundei ainda mais a cabeça nos ombros, de forma que ele não pudesse descortinar a minha mordaça. Fomos avançando pelo amplo espaço, na direcção de um dos poucos carros que ainda lá se encontrava, o de Márcia; ela tirou o comando do bolso e abriu-o, para me levar à zona das portas traseiras. Ela olhou em roda, vendo se havia alguém a observar-nos, para depois abrir uma das portas e atirar-me para o banco de trás, tapando-me com um cobertor. Um par de minutos depois, começámos a mover-nos.
A viagem durou algum tempo, com algumas paragens pelo meio. Toda eu estava ansiosa pelo que Márcia me teria reservado para aquela tarde/noite… ela havia mencionado dias antes que precisava de descomprimir, que o trabalho estava a stressá-la em demasia; pelo meu lado, agora que eu a acompanhava como sua assistente, via-a de facto mais sorumbática e pensativa no dia-a-dia. Todavia, assim que ela me começou a dominar, senti-a a mesma Márcia de sempre.
Quando o carro se deteve de vez, fiquei à espera, tremendo de expectativa. Queria saber o que me iria acontecer, o que a minha marida me ia fazer! Subitamente, o cobertor saiu-me de cima de uma só vez e senti uma mão a puxar-me pelos tornozelos, arrastando-me para fora do carro. Quando ela me fez ficar novamente em pé, pude ver que estávamos num descampado, em que a única luz disponível era a que provinha dos faróis do carro. Foi essa luz que me permitiu observar Márcia e ver que ela tinha um visual diferente do da Márcia de trabalho: ela tinha vestido um catsuit de látex preto, que lhe realçava ainda mais as mamas – aliás, parecia mesmo era exagerar-lhes o tamanho – com um corpete do mesmo feitio mas com vivos cor-de-laranja a apertar-lhe ainda mais a barriga. Tinha calçado umas botas pelo joelho de verniz, com uma compensação que a fazia ficar com quase uns 10 cm a mais de altura que eu, e na cabeça ostentava um chapéu de polícia. O que me assustou foi o vulto que vi pendurado no seu baixo-ventre, um dildo tão maçudo que tinha de estar seguro por uma tira de cabedal à volta da cintura para além das habituais! Ao ver o meu olhar especado naquele “bicho”, Márcia soltou uma gargalhada maquiavélica.
- Gostas dele? Ele também gosta muito de ti, está doidinho para te devorar.
Sem hesitar, ela tirou-me o casaco que ainda estava nos meus ombros, despiu-me a blusa e deixou-me apenas com a camisa branca à mostra; depois agarrou em mim bruscamente e levou-me para a frente do carro.
- É, menina Semedo, vai ser mesmo aqui, no meio da mata. Quero comer-te aqui, quero que os bichinhos e as arvorezinhas te oiçam gemer e te vejam seres puta.
Continuando a tratar-me bruscamente, ela atirou-me para cima do capot, ficando deitada de costas a olhar para ela.
- Se calhar é um cliché, se calhar é algo que estamos sempre a fazer… Sei lá. Quero que isso se foda, quero que te fodas, quero é foder-te. Apetece-me rebentar contigo. Mas a sério, fazer com que estejas uma semana à rasca, que ganhes um andar novo e que as pessoas te perguntem o que te aconteceu…
Márcia avançou até ficar entre as minhas pernas abertas, agarrando-me na saia e subindo-a até o meu baixo-ventre ficar exposto e ela poder observar as minhas cuecas ensopadas.
- Olha-me para esta merda… uma pessoa rapta-te, leva-te para um descampado e mostra-te uma pila grande e tu ficas logo ensopada. Não tens vergonha?
Assenti, baixando os olhos. A minha marida colocou-me as pernas em cima dos seus ombros; agarrou naquele dildo colossal enquanto, com a outra mão, me rasgava as cuecas, para logo a seguir me encostar a cabeça da pila à ratinha e fazer força até ela começar a entrar em mim. Soltei um gemido, que saiu abafado pelo pano que tinha na boca.
- Podes gemer, puta. Geme à vontade! É como o filme: “ninguém te pode ouvir gritar”… e eu quero fazer-te gritar muito. – sorriu Márcia, enquanto começava a fazer aquele mastodonte entrar e sair de dentro de mim.
A minha marida estava extremamente bruta, parecia uma fera! Já a forma como ela falara comigo anteriormente o indiciava, mas ela estava a demonstrá-lo pela forma como me penetrava, a maneira como ela me estava a comer contra o capot do carro… sejamos honestos: aquilo era uma violação. E eu adorava quando Márcia me violava… Ela fazia o seu dildo entrar e sair vigorosamente dentro de mim, comigo a libertar gemidos sempre que ela entrava toda dentro de mim. E Márcia também ia soltando alguns gemidos ocasionais, mas não sabia se ela estava a tirar algum prazer dali – outro para além de me estar a violar, claro está.
Comecei a sentir-me aproximar do clímax mas, antes que eu pudesse atingi-lo, Márcia saiu de dentro de mim e retirou-me as pernas de cima dos ombros, deixando-mas cair no chão; a seguir ela agarrou naquele pénis enorme com a mão e passou um dedo da outra mão pela sua superfície, recolhendo a minha humidade e levando-a à boca.
- Sabes tão bem… parece que o seres fodida melhora o sabor da tua cona! Se calhar quando acabar contigo como-te a rata como deve ser…
As suas mãos voltaram a agarrar em mim e fizeram-me rolar sobre a chapa do carro, ficando desta feita de barriga para baixo e de rabo espetado na direcção da minha marida… e do seu mega-pénis. Senti aquilo a fustigar-me as nádegas algumas vezes, antes de Márcia me encostar a sua cabeça ao ânus e fazer menções de me querer enfiar aquele brinquedo sobre-desenvolvido pelo cu dentro! Tentei olhar para trás abanando a cabeça, mas apenas pude vislumbrar um sorriso nada amigável no seu rosto… Depois de alguns segundos de pausa, ela soltou uma gargalhada.
- Não te preocupes, puta: quero deixar-te marcada mas não a esse ponto. E não tenho vontade de rebentar o teu cu e cona na mesma noite… senão depois o que como eu?
Senti a cabeça do falo artificial ser movida do meu ânus para a minha ratinha: aparentemente ela queria continuar a comer-me, desta vez à canzana… Assim que lá chegou, Márcia não se deteve e voltou a enfiar-me o órgão até me encher por completo, e retirou-o e voltou a enfiar, não parando mais de se mexer. As suas mãos agarraram-me com força nas ancas: pude sentir as suas unhas enterrarem-se na minha carne enquanto ela continuava a devorar-me a ratinha, a comer-me sobre o capot do seu carro, no mesmo de um descampado qualquer. E sempre que ela entrava ao máximo, podia sentir as minhas nádegas de encontro ao seu baixo-ventre coberto de látex.
- Mesmo bom ter-te aqui… onde deves estar… onde mereces estar… só tenho pena de não ter um caralho a sério para te foder como deve ser e te esporrar essa tua cara de puta!
Uma das mãos largou-me as ancas e puxou-me o cabelo, fazendo-me inclinar a cabeça para trás e, por arrasto, erguer o corpo até ficar encostado ao seu; a outra mão agarrou-se ao meu decote, rasgando os botões da minha camisa e puxando o meu soutien para baixo, para de imediato os seus dedos me apertarem os mamilos com força. E tudo isto enquanto o seu enorme strap-on continuava a penetrar-me vigorosamente a ratinha!
- Grita, Andrea… Faz com que todos os bichinhos que nos estão a ver, todos os animais que estão na redondeza, saibam o quão puta tu és, o quanto tu adoras levar na cona e a seres rebentada por mim! – Márcia parecia estar à beira do êxtase. Seria que o simples facto de me estar a violar era suficiente para lhe causar um orgasmo? Ou teria ela algum segredo escondido por debaixo do seu catsuit?
Márcia começou a arfar de prazer quando a mim ainda me faltava um bocadinho para atingir o clímax. Ela abrandou a velocidade com que me devorava mas, em compensação, passou a fazê-lo com mais força. As suas unhas arranharam-me a pele da barriga, deixando longos riscos encarnados, e nos intervalos ela dava-me uma mordidela no ombro. Parecia que ela queria que eu ainda me aguentasse sem vir, por isso me magoava… mas ela sabia bem que, quanto mais bruta fosse comigo, mais eu me sentiria excitada! E, efectivamente, poucos instantes depois eu senti-me a atingir o clímax, sempre com Márcia a enfiar-me o seu dildo com força; gemi sem parar, mesmo amordaçada, inundando aquela clareira com os meus gemidos abafados.
Márcia parou de se mexer, deixando o seu dildo quieto dentro de mim, enquanto os meus gemidos iam diminuindo de volume e eu me ia acalmando. Quando eu me calei, ela saiu lentamente da minha ratinha, para depois me voltar a agarrar pelos cabelos e me erguer do capot do carro, virando-me para ela de seguida.
- Olha para ti, toda descomposta, roupas todas rasgadas… Mesmo a léguas se vê que és uma puta, não és?
Baixei o olhar e assenti: ela fazia-me sê-lo e eu adorava sê-lo para ela.
- Merecias mesmo que eu te amarrasse a uma árvore e te deixasse aí para outros te comerem… Mereceres a designação de puta, sabes? – Márcia olhou para mim com um sorriso nada amigável, enquanto os meus olhos se esbugalhavam de terror: ela não podia estar a falar a sério, certo?
Ela deixou-me desesperar um pouco, para depois o seu sorriso se transformar numa gargalhada.
- Mas sabes perfeitamente que não o vou fazer. Tu és uma puta mas és a minha puta. Não te empresto nem te cedo para outros usarem. Arranjem eles putas para eles, tu não sais de debaixo do meu controlo.
Sem que ela me dissesse nada, ajoelhei-me à sua beira, ignorando a areia e as pedrinhas que estavam no chão, e encostei a cabeça ao seu baixo-ventre, esfregando-a levemente contra o seu catsuit como uma gata na perna do dono. Ao pé do meu nariz o seu strap-on exalava um cheiro a sexo e a fluidos… Depois de alguma hesitação, a mão de Márcia acariciou-me o rosto.
- Tu sabes o teu lugar, meu amor. Por isso te amo e te adoro, por isso e muito mais. És a minha puta, minha e de mais ninguém.
Ela agarrou-me por debaixo dos braços, ajudando-me a levantar, para depois me baixar a mordaça e me dar um enorme beijo, ao qual eu respondi o mais apaixonadamente possível. Da mesma forma que eu era a sua puta, ela era a minha violadora, a minha dona, e não me imaginava a fazer aquelas coisas com mais ninguém. Nem queria.
O encanto quebrou-se quando os nossos lábios se separaram e Márcia voltou a fazer-me ajoelhar, voltando mais uma vez a segurar o seu dildo.
- Agora que já nos entendemos, preciso de limpar a minha pila. E nada melhor do que usar a minha puta para o fazer.
Sem que ela me dissesse mais nada, abri a boca e meti nela a cabeça daquele brinquedo sobre-desenvolvido. Tentei ir mais para a frente mas era-me impossível, a minha boca não era grande o suficiente. Assim, tirei-o da boca e passei antes a lambê-lo, limpando-o de todas as secreções que haviam vindo da minha ratinha, sentindo-as na boca e sentindo-me novamente algo excitada por estar a fazer uma mamada à minha marida… e apenas lamentei que aquela pila não fosse real: adorava poder sentir sémen, o seu sémen, na minha cara, na minha boca…
Quando acabei de lamber o seu dildo, ergui-me.
- Já está, Dona Márcia.
- Perfeito! – as suas mãos voltaram a colocar-me a mordaça na boca – Então só falta uma coisinha, pois tenho uma fome doida…
Daquela vez, foi ela que se ajoelhou aos meus pés, não sem antes me fazer mais uma vez deitar sobre o capot do carro, de barriga para cima. As suas mãos agarraram-me nas coxas, abrindo-as, e a sua boca encostou-se à minha ratinha.
- Quero comer uma rata! – disse, antes da sua língua me tocar no clitóris.
Abri as minhas pernas ao máximo, tentando dar a Márcia o máximo de espaço possível, e fechei os olhos quando comecei a sentir a sério a sua boca em mim. A ponta da sua língua estava a viajar do meu clitóris para os meus lábios vaginais e a alternar entre um e outros. Ela estava a enlouquecer-me novamente! Fiquei ainda pior quando Márcia optou por outra estratégia e senti a sua língua a penetrar-me furiosamente a ratinha e a lamber o meu interior. Os meus gemidos voltaram a soar apesar da mordaça, comigo a sentir-me novamente arrebatada pelas acções daquela ruiva diabólica, a sentir-me cada vez mais descontrolada e à beira do clímax…
Pouco depois, era o fim: atingia o orgasmo, sempre com Márcia a penetrar-me e a lamber-me a ratinha, comigo a gemer e a urrar e a estrebuchar de prazer em cima do capot.
Márcia levantou-se enquanto eu me ia acalmando, baixou-me a mordaça mais uma vez e voltou a beijar-me com paixão, espalhando o meu sabor pela minha boca enquanto me abraçava com força. Devolvi-lhe o beijo com a mesma paixão. Quando as nossas bocas se separaram, fiquei à espera que ela me desalgemasse os pulsos… mas, em vez disso, Márcia pegou em mim gentilmente e começou a levar-me para as portas traseiras da viatura.
- Márcia, que vais fazer? – perguntei-lhe, a medo.
- Hmm, não me apetece ir já para casa… e que tal se fôssemos jantar fora, para variar?
Olhei para baixo, para o meu corpo, observando os meus seios expostos através da camisa rasgada, a minha saia levantada que exibia as minhas cuecas em farrapos. E, assim que fui arrefecendo, comecei a sentir-me “assada”, com um ligeiro ardor nos meus lábios vaginais, como se eles tivessem levado com algo grande e grosso…
- A sério? Jantar fora? Comigo assim?
- Oh, e qual é o mal, Andi? Hoje em dia as miúdas também andam cheias de buracos nas roupas, não ias destoar…
Fiz uma cara de frete enquanto ela se voltava a rir.
- OK, OK, desmancha-prazeres, vamos para casa. – Márcia abriu novamente a porta do lado direito de trás do carro e voltou a atirar-me para o banco de trás, cobrindo-me mais uma vez com a manta.
- Hey! Que estás a fazer?
Ouvi portas a fechar e a abrir, depois uma ignição e o motor do carro começou a trabalhar.
- Já que vieste para cá no banco de trás, acho que deves fazer a viagem de regresso no mesmo lugar. E quem sabe lá o que ainda pode vir a acontecer…
Sorri, enquanto o carro se começava a mexer.

(história seguinte)

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