segunda-feira, 15 de março de 2021

Mudança de visual (parte 1)

 
 
Pedi à minha irmã Andreia para ser ela a escrever este relato, uma vez que foi ela a principal executante do que passou, mas ela recusou-se, dizendo que desde a escola que odeia escrever longos textos, que já lhe tinha bastado o que escreveu sobre o que se passou entre ela, a sua chefe e o marido dela1. Por isso, vou eu ter de dar asas à escrita mais uma vez.
Na tarde que tudo isto se passou, fui convidada a juntar-me a Andreia no seu Hospital, aquele espaço que ela geria onde treinava homens e mulheres para vender como escravos sexuais (e onde eu já havia sido “internada” algumas vezes), para a assistir em mais uma sessão de submissão de Catarina, a maluca obcecada com o meu marido que havíamos, entretanto, capturado. Na altura achei que aquele convite era um pretexto para me levar lá e abusar de mim mais uma vez, mas acabei por ir. Aproveitei que Carlos estava em casa a tratar de assuntos relativos à nova época desportiva, entreguei-lhe os miúdos e lá fomos as duas.

Chegámos às instalações do Hospital, um edifício abandonado numa localização da Margem Sul do Tejo (que, logicamente, não vou revelar), entrámos por uma passagem secreta e dirigimo-nos aos vestiários. Devo admitir que, durante aquele percurso, fiquei à espera de ser agarrada por trás ou de sentir um pano com clorofórmio ser-me encostado à cara, ou ainda de levar uma injecção de tranquilizante, mas nada disso aconteceu. Assim que chegámos ao vestiário, despimos as nossas peles “baunilha” e ajudámo-nos a vestir uma à outra: Andreia assumiu o seu papel de Enfermeira-Chefe N, com um avental de borracha semi-transparente que lhe cobria a parte da frente do corpo, um neck corset preto à volta do pescoço e um underbust do mesmo feitio à volta da cintura, luvas e meias compridas transparentes e sandálias de salto alto brancas, pintando os lábios e as pálpebras de negro e cobrindo a boca com uma máscara de oxigénio desligada; eu, ao invés, vesti um fato de enfermeira de látex encarnado justinho e curto, de manga curta e calcei umas luvas transparentes, pelo pulso e umas botas brancas, pelo joelho, de salto alto e plataforma; finalizei o arranjo ao colocar uma máscara de látex branco com uma cruz vermelha desenhada, à semelhança das cirúrgicas. Assim que ambas ficámos prontas, deixámos o vestiário e passámos a porta que dava acesso ao espaço geral, com Andreia a liderar o caminho.
Passámos por um corredor comprido, cheio de portas de ambos os lados, e por trás de algumas pude ouvir gritos de dor de homens e mulheres; dei por mim a sorrir enquanto recordava todas as vezes que eu estivera na mesma situação daqueles desafortunados, sofrendo nas mãos da minha irmã e das suas Enfermeiras. Andreia parou defronte de uma das portas, que na porta tinha inscrito o número 224, tirou uma chave duma bracelete que tinha presa ao pulso e abriu-a, comigo a entrar atrás dela e com ela a trancar a porta posteriormente. Estávamos num quarto de hospital aparentemente normal mas cujas paredes estavam forradas de armários, armários esses que eu sabia estarem pejados de objectos de tortura – ou de prazer, dependendo da perspectiva. A um canto estava uma cama, onde um corpo estava deitado, aparentemente a dormir. Tratava-se de uma rapariga loira, enfiada dentro de uma espécie de casulo apertado de borracha negra, em que a parte superior se assemelhava a uma camisa-de-forças e obrigava a cativa a ter os braços cruzados à frente do peito. Uma venda de cabedal impedia-a de ver e tinha uma mola no nariz que a impedia de o utilizar para respirar, sendo obrigada a fazê-lo pela boca aberta com ganchos metálicos. Apesar de toda aquela parafernália, não tive problemas em reconhecer Catarina, a nossa inimiga nº 1.
Andreia pegou numa das suas chaves, abriu uma portinhola que estava ao lado da porta por onde havíamos entrado e revelou um interruptor com alguns botões. Com um sorriso sádico, a minha irmã carregou num e, no momento seguinte, o quarto foi inundado pelo som de uma sereia de alarme, a um volume ensurdecedor de tal ordem que fui mesmo obrigada a colocar os dedos nos ouvidos; a pobre rapariga deu um salto e pareceu começar de imediato a berrar. Olhei de soslaio para Andreia, intrigada, e vi o seu sorriso ainda mais largo – e as suas mãos a tapar os seus ouvidos, tal como eu. À medida que a sereia ia abrandando e o seu volume diminuindo, ela aproximou-se de Catarina e desapertou-lhe os ferros que mantinham a boca escancarada.
- Bom dia, alegria! – gritou a minha irmã, sobrepondo-se à sereia; a sua voz soava abafada por trás da máscara – Espero que tenhas dormido bem.
Catarina não respondeu, deixando-se continuar naquele pranto. Quase senti pena dela: acordar daquela maneira era demasiado horroroso! Mas depois recordei-me de que aquela rapariga havia pensado matar-me… e a pena desapareceu.
- Temos de tratar de ti, Paciente 835. Estás com o cabelo muito comprido. Tenho aqui comigo a Enfermeira A para me ajudar nessa tarefa, diz bom dia!
A cativa pareceu abrandar no choro.
- Bom… bom dia… Senhora Enfermeira A… – balbuciou ela, tentando ganhar a compostura.
- Bom dia, Paciente 835. – respondi em voz neutra, enquanto lhe passava a mão pelo cabelo – Espero que estejas pronta para a tua mudança de visual.
Andreia desapertou os botões da parte inferior do casulo, revelando as pernas brancas de Catarina e o tubo colector de urina que estava preso a uma delas e estava ligado por uma algália à vulva da rapariga. Erguemos a nossa cativa e arrastámo-la para um banco, obrigando-a a sentar-se – apesar de ela não ter oposto resistência. De seguida, Andreia foi buscar um lençol de látex – só mais tarde reparei que era uma espécie de aparador – e colocou-o ao redor do pescoço de Catarina, cobrindo-lhe o torso; e deu uns passos para trás, sorrindo.
- Muito bem, muito bem. – murmurou ela. – Enfermeira A, por favor alcança-me um rolo de fita adesiva.
- Sim, Enfermeira-Chefe.
Virei costas e dirigi-me para os armários, vasculhando-os à procura da fita adesiva. Quando encontrei um, de cor preta, voltei à beira da nossa cativa; Andreia já lhe tinha destapado o nariz e retirado a venda. Entreguei o rolo à minha irmã e ela não perdeu tempo a selar a boca de Catarina, cobrindo-a quase com uma meia-dúzia de tiras e fazendo o mesmo tratamento aos seus olhos – só naquela altura a rapariga quis estrebuchar e impedir a conclusão daquela tarefa, mas um apertão no nariz fê-la desistir dos seus intentos.
- Enfermeira A, na segunda gaveta dessa mesinha aí está uma máquina de cortar cabelo. Por favor dá-ma.
- Com certeza, Enfermeira-Chefe. – aquiesci e fui à gaveta que Andreia me havia indicado.
Entreguei à minha irmã a máquina, não sem antes a ter ligado e verificado que funcionava, e fiquei a observar o que se ia passar. Andreia ligou a máquina, tirou-lhe o pente e, sem proferir uma palavra, começou a metê-la no cabelo de Catarina, que começou a soluçar e a suspirar à medida que os seus caracóis louros iam sendo desbastados pelos dentes mecânicos da máquina.
- Que cabelo tão bonito que tu tens, Paciente 835! Ou melhor, que tu tinhas… Agora vai uma carecada que dá menos trabalho nas limpezas. – sorriu Andreia enquanto ia passando a máquina, uma e outra vez, pela cabeça cada vez mais despida de cabelo de Catarina.
Depois de alguns minutos em que só se ouviu o som da máquina a trabalhar e do choramingar da nossa vítima, Andreia parou e desligou o utensílio.
- Está quase perfeito. Enfermeira A, por favor vai buscar uma bilha com água, uma gilete e espuma de barbear. Deve estar tudo aí nesse armário. – e voltou a apontar para um armário, desta feita do outro lado do quarto.
Trouxe os utensílios pedidos (e como bilha escolhi uma arrastadeira inox, que fez a minha irmã sorrir) e continuei a assistir aos preparativos de Andreia. Ela primeiro molhou a careca – já se podia designar assim – com um pouco de água, espalhou um bocado de espuma pelo couro cabeludo todo e, com a mesma minúcia de antes, foi passando a gilete por toda aquela cabeça.
- Vamos deixar aqui uma coisa impecável… – murmurou Andreia para consigo, depois levantou a voz ao ver que Catarina começava a estrebuchar – Não te mexas, se não queres que te esfaqueie a cabeça!
Foram precisos mais dez minutos e duas demãos de espuma de barbear até Andreia se sentir satisfeita com a sua obra. Foi buscar uma toalha e esfregou vigorosamente a cabeça de Catarina, secando-a, limpando-a – e magoando-a, uma vez que a pele ainda devia estar sensível… Insensível como sempre aos gemidos e choros da nossa vítima, a minha irmã inspeccionou o trabalho feito.
- Sim senhora! Uma cabecinha limpa e suave, 835! Talvez até tratemos de fazer uma carecada a laser e deixar-te assim permanentemente, depois colocamos umas perucas à medida das nossas necessidades… Logo se vê.
Catarina soltou um grito de horror – logicamente ignorámo-lo.
- Só falta o teste final… – acrescentou Andreia, de forma enigmática. Dirigiu-se ao intercomunicador e carregou no botão de chamada – Doutor PP, pede-se a sua comparência no quarto 224. – largou o botão e olhou para mim. – Enfermeira A, ajuda-me a metê-la de joelhos no chão.
- Sim, Enfermeira-Chefe.
Agarrámos por baixo dos braços de Catarina, erguendo-a, e fizemo-la ficar de joelhos de frente para a porta, justamente quando ela se abria e um homem envolto numa bata passava por ela.
- Sim, Enfermeira-Chefe? – perguntou o recém-chegado.
- Doutor, faz-me um favor e coloca os teus genitais em cima desta cabecinha lisa.
Catarina soltou um grito de choque e tentou levantar-se, mas eu e Andreia mantivemo-la firme no seu lugar. O visitante sorriu e abriu a bata, mostrando um pénis bem vistoso (e que me deixou a lamber os lábios…) e algo erecto; de seguida ele colocou-se na posição pretendida, com os seus testículos a ficarem pressionados contra a testa de Catarina.
- Esfrega-os nessa careca e diz-me se sentes alguma picada, algum desconforto de qualquer espécie.
O Doutor PP esfregou o baixo-ventre pela cabeça de Catarina, enquanto esta não cessava de soluçar perante mais aquela degradação.
- Nada, Enfermeira-Chefe. Lisinha como uma bola de bilhar. – comentou ele, com um sorriso nos lábios.
- Perfeito! – aplaudiu Andreia – Agora… Enfermeira A, enquanto eu vou ali buscar algo para a Paciente 835, importas-te de ajudar o Doutor a fazer um depósito nessa “bola de bilhar”?
- Sim, Enfermeira-Chefe. – assenti, com um leve sorriso.
Não vou negar que a sugestão da minha irmã me fez acender um pouco o meu “chip do deboche”. Era verdade que o Doutor era um belo pedaço de homem, bem torneado e com bom físico, e a sua masculinidade era suculenta, o que também ajudava… Ajoelhei-me à frente dele, de forma a ficar ao lado de Catarina, baixei a máscara, abri a boca e comecei a chupar aquele órgão. O nosso convidado inclinou a cabeça para trás e soltou um longo suspiro, à medida que eu comecei a trabalhar a sua verga, apertando-a entre os meus lábios, chupando-a e fazendo vácuo, lambendo-a com a ponta da língua… tudo enquanto eu lhe massajava os testículos com uma mão e abraçava Catarina com o outro braço, mantendo-a sempre juntinha a mim. Quando comecei a perceber que ele se estaria quase a vir, parei e tirei o seu pénis da minha boca, ficando ele na expectativa, frustrado e a olhar para mim. Ri-me e voltei a abocanhar-lhe o membro, estimulando-o como dantes, para o abandonar novamente assim que o senti quase no ponto; desta vez, todavia, passei a masturbá-lo com a mão, apontando a cabecinha na direcção da cabeça de Catarina… e poucos segundos depois o sémen do Doutor começou a embater na careca da nossa cativa, que já chorava baba e ranho, incapaz de fugir àquelas gotas opacas que emanavam daquele pénis.
- Muito bem, Enfermeira A! – ouvi a voz da minha irmã atrás de mim – Para quem é tão fiel ao respectivo… – sussurrou-me a última parte ao ouvido, enquanto eu corava de vergonha. Larguei de imediato o pénis do Doutor, que de qualquer forma já a agarrava de forma que o resto dos pingos de sémen caísse na cabeça de Catarina.
Assim que aquele orgasmo cessou, o Doutor fechou a bata e ficou à espera de novas ordens; mas Andreia enxotou-o com uma mão. A outra segurava o que à primeira vista parecia uma cabeça artificial.
- Obrigado. Podes ir.
 
 
 

1-  ver "Como apanhar um traidor"

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