terça-feira, 15 de abril de 2025

A Enfermeira e o Paciente


(história anterior)

(História narrada por Carlos Lourenço - texto normal - e Ana Karabastou - texto itálico. O texto está diferenciado para se perceber quem narra o quê)


Acho que já disse uma vez que demasiadas histórias da minha vida começam da mesma maneira: comigo a perder a consciência e a acordar num lugar qualquer escuro, amarrado e amordaçado e à mercê daquela irmandade que faz parte da minha vida. E esta não vai ser excepção: estava eu no meu escritório no estádio do clube onde estou a treinar esta temporada, a organizar alguns dados estatísticos sobre o nosso próximo adversário, quando começo a sentir uma imensa sonolência a apoderar-se de mim. Penso em levantar-me e em ir beber um café (o quarto do dia, afinal de contas estávamos a meio da tarde)… mas não passei do “pensar”, pois dei por mim a tombar em cima do teclado do portátil; ainda me lembro de pensar, antes de adormecer por completo, “que será que aquelas putas já prepararam para mim hoje…”.

Quando dei por mim, estava num local completamente diferente. Sei que era um local diferente pois estava deitado de barriga para cima com os braços cruzados sobre o peito e as pernas abertas, mas só por isso, uma vez que havia algo grosso, uma espécie de hood, a envolver-me a cabeça por completo. Tentei erguer-me e mexer-me, mas não passei das intenções, uma vez que me apercebi que estava preso à cama – ou ao que quer que fosse onde eu estivesse deitado – tanto pelo pescoço como pelos tornozelos, que estavam imóveis e impossibilitavam que eu fechasse as pernas ou as movesse de qualquer maneira.

Passo a passo, fui “apalpando o terreno” aqui e ali para perceber a minha situação. Os meus braços estavam também eles imóveis no seu lugar e sentia o meu torso enfiado dentro de um qualquer tecido: uma camisa-de-forças, obviamente. A minha boca estava preenchida com uma bola de borracha (sabia a borracha, pelo menos). Sentia algum frio nas pernas, o que indicava que, da cintura para baixo, eu estava nu, e também que me encontrava num local frio e húmido. Não, não era bem assim: a zona do baixo-ventre não me parecia propriamente despida de coisas, uma vez que havia um outro “algo” a envolver-me e a apertar-me os meus genitais (lembrei-me logo de um cinto de castidade) e ainda outro algo preenchia e alargava o meu traseiro (obviamente um plug). Soltei um berro – que, logicamente, foi abafado pela mordaça – e preparei-me para o que se iria suceder a seguir. Coisa boa não seria, de certeza…


Olhei-me uma última vez ao espelho enquanto ajeitava a máscara que me ocultava grande parte da face, pensando no que estava a fazer. Como é que raio eu me havia deixado convencer pela minha irmã Andreia a fazer uma “consulta” no Hospital dela? Ainda por cima depois de tantas ocasiões em que ela me havia “internado” ali à força e abusado de mim, ela mais as suas Enfermeiras, mais os seus Doutores…

Sabia que ela tinha feito modificações na forma de trabalhar daquele projecto dela, daquele “projecto lateral” dela, enquanto se mantinha a trabalhar no cabeleireiro com a sua amiga (e às vezes amante) Belinha: originalmente a ideia era capturar pessoas e transformá-las em escravas sexuais, vendendo-as depois em leilões. Escravatura branca, pura e dura. Contudo, depois do conselho da nossa irmã Amélia, Dominatrix de profissão e dona de um espaço de prazer em Paris, ela parou com os leilões e com as capturas de pessoas inocentes e reinventou o conceito: um local onde quem quisesse podia reservar um quarto durante o tempo que quisesse para ser abusado e dominado por Enfermeiras maldosas e dominantes. Ainda assim, eu continuei desconfiada que, nas catacumbas, a escravidão continuasse – bastava ainda estar “guardada” algures a maluca que me quisera matar a mim e a Andreia por obsessão com o meu marido1… Porém, era verdade que, desde essa “reforma”, nunca mais eu havia sido raptada e internada naquele Hospital. Até tinha recebido a designação – a título honorário – de Enfermeira A, apesar de apenas por uma vez ter participado numa sessão com a minha irmã2.

Apesar de, como referi, haver muito tempo que Andreia não me capturava e levava para aquele espaço, não conseguia compreender a insistência que a minha irmã fizera para eu ir naquela tarde ao Hospital e “tratar” do Paciente 647. Era algo inédito que ela me convidasse a lá ir, como disse, e ainda mais inédito era que ela quisesse que eu tratasse de um Paciente em específico. Ainda assim, acedi ao seu pedido – mais não fosse para descobrir o porquê da insistência. Olhei-me uma última vez ao espelho, para conferir que estava tudo impecável: a farda de vinil encarnada de manga curta com um avental branco preso à cintura, o chapéu branco de enfermeira, a máscara  branca cobrir-me o rosto, as luvas brancas compridas de vinil, as collants opacas castanhas e as botas brancas de vinil de salto-agulha e compensação. Agarrei na prancheta com os dedos do Paciente 647 e saí do vestiário.

Percorri o corredor fracamente iluminado, ouvindo o som dos saltos das minhas botas a ecoarem ao longo daquele espaço aparentemente deserto – contudo, aqui e ali ouvia-se um gemido de dor, um protesto de uma Enfermeira a quebrarem a aparente paz que reinava por ali. Vi o número do quarto que procurava, abri a porta e entrei.

Não passei grande cartão ao quarto em si, optando antes por me dirigir logo directamente à cama para ver o Paciente 647. Era um homem cuja cabeça estava dentro de um hood de privação sensorial, apenas com dois furinhos para o ar passar para as narinas; tinha o corpo envolto numa camisa-de-forças de cabedal, os genitais dentro dum cinto de castidade de acrílico e os tornozelos atados às pontas de um ferro, obrigando-o a ter as pernas sempre abertas. Respirava pesadamente, como um animal capturado…

- Boa tarde, Paciente 647. – disse, afundando os olhos na prancheta e olhando para o que estava lá escrito: claro que Andreia não colocara lá dados nenhuns que permitissem identificá-lo, “aconselhando” apenas a que eu fizesse um “tratamento completo” – Eu sou a Enfermeira A, responsável pelo teu processo.


Ouvi aquela voz feminina e tive pena de aquele maldito capuz me cobrir as orelhas: tornava-se difícil perceber o que me estavam a dizer! Tive de fazer um esforço para conseguir entender o que se seguiu:

- Vamos fazer uns testes, para ver como está o teu estado… e depois logo se vê o que acontece. – e terminou com uma curta gargalhada.

Senti uma mão enluvada tocar-me na zona genital, por cima do caralho, e outra agarrar-me na cobertura que o envolvia.

- É uma pena termos este pedacinho de carne encolhida entre tanto acrílico… será que o vamos conseguir desencarcerar?

Subitamente senti uma superfície dura e húmida tocar-me na cabecinha, como se fosse um tentáculo, e passear-se de alto a baixo por ela através de alguma ranhura que aquele cinto de castidade possuísse; e tão de repente como começou, assim terminou.

- Olha, olha, o que tu tens aqui… – ouvi-a rir-se; e logo a seguir o plug que tinha no cu foi-me quase todo retirado, ficando só a pontinha dentro de mim – Tenho ouvido dizer que vocês homens se vêm se vos meterem por diversas vezes um pénis no cu… será que também se passa contigo, Paciente 647?

Senti os meus tornozelos serem levantados, com o ferro que os unia a ser preso a algo acima da minha cabeça; fiquei numa posição extremamente incómoda… e com o cu completamente exposto e à mercê daquela espécie de enfermeira. Ainda procurei tentar descobrir qual das irmãs seria, mas a posição incómoda em que me encontrava não ajudava absolutamente nada a raciocínios de qualquer espécie. E pior ficou quando aquele plug me voltou a ser colocado no cu, saindo logo depois.

- Antes de mais, temos de ver o tamanho do canal anal, se tem comprimento e diâmetro para as ferramentas que cá temos!

Durante alguns momentos, não senti a presença daquela pessoa perto de mim, pelo que tentei estrebuchar, forçar a que alguma coisa cedesse e eu me conseguisse libertar dali, mas tive de parar quando uma mão enluvada me bateu nas nádegas.

- Está quieto! Ainda não percebeste que estás bem preso e só sais daqui quando eu quiser? Vá, agora fica quietinho…

Nada pude fazer quando senti um objecto comprido revestido de uma substância húmida (vaselina?) ser-me enfiado no rabo; foi entrando e entrando, e entrando…  nunca mais parava de entrar, aquele raio de cobra!

- Ena! Muito bem, Paciente 647, tens um cuzinho bem guloso… olha só para a quantidade de dildo que ele comeu! – e retirou-me aqueia coisa de uma só vez, fazendo-me soltar um berro abafado – Que pena não me terem dado as chaves do teu cinto de castidade… íamo-nos divertir tanto! Assim, olha, vou gozar com o teu cuzinho… 


Ri-me e olhei para o dildo cheio de marcações que havia acabado de retirar do traseiro do Paciente: tinha entrado até quase aos 13 cm, o que não era nada mau! Pousei-o no tabuleiro onde estavam mais de uma dezena de plugs, vibradores e pilas de diversos tamanhos e cores. Agarrei num dildo cor-de-rosa com uns 15 cm de comprimento e dois dedos de diâmetro e encostei-lho ao cuzinho. Sempre com um sorriso no rosto, fui-lhe forcando a entrada e ouvi-o soltar um urro à medida que o dildo foi entrando.

- Anda, meu querido, tu consegues aguentar isto e muito mais! – declarei.

Meti-lhe o dildo todo, depois retirei-o de uma só vez até só ficar a pontinha dentro dele e voltei a introduzir-lho com lentidão. E foi assim que fui gozando com aquele cuzinho, metendo lentamente e tirando com rapidez.

Então olhei para um dong, um pénis realista com perto de 20 cm de comprimento, que estava no tabuleiro, e pareceu-me uma boa ideia utilizar aquele artefacto no Paciente também! Agarrei nele e segurei-o junto ao meu baixo-ventre, como se ele fosse meu e estivesse lá colado.

- Vou é foder-te com uma pila a sério! Pena é não ser minha a sério… ou nem sequer ter aqui um strap-on para eu usar…

O meu “chip de deboche” estava em altas, como era óbvio: acabei por lhe retirar o outro dildo, encharcar o dong primeiro com a minha saliva (e tive de me acalmar porque acabei a fazer uma mamada ao brinquedo!) e depois com vaselina. Depois de tudo pronto, saltei para cima da cama, encostei a cabeça do dong ao cuzinho do Paciente e a base dele ao meu baixo-ventre, lamentando-me não haver ali ao pé um cinto para o prender à minha cintura, e fiz força com as ancas para a frente de forma a que o falo artificial lhe foi começando a entrar pelo cuzinho dentro. Dei-lhe umas palmadinhas nas nádegas:

- Lindo menino! E que cuzinho tão guloso que tu tens! Olha para ele a engolir a minha pila toda…

Empurrei ao máximo enquanto pude, depois afastei a barriga e retirei grande parte do dong com a mão; no momento seguinte já o estava a empurrar novamente para dentro com o baixo-ventre. Casualmente apalpei as minhas partes baixas: tinha as collants verdadeiramente encharcadas!


Não consegui aguentar nova penetração: urrei à medida que sentia aquela espécie de caralho artificial avançar-me pelas entranhas dentro, como se estivesse a ser fodido por aquela mulher desconhecida. Perdi conta ao número de vezes que o objecto viajou dentro de mim, mas a irmã que estava a “tratar” de mim fazia com que ele fosse entrando gradualmente com mais força, agarrando-me nas pernas e tudo!

- A sério, devia ter ido buscar um cinto para te montar a sério, a ver se conseguia que te viesses pelo cuzinho, como as crosses (?)!

Se ela estava à espera que eu estivesse a sentir algum prazer com aquilo, só tinha pena de estar amordaçado para lhe dizer para deixar de perder tempo, pois não estava a sentir nada, e logicamente procurei demonstrar o meu desconforto com urros e gritos, que eram reduzidos a um décimo graças à mordaça do hood.

De repente a mão dela tocou-me inadvertidamente na parte inferior do meu tendão de Aquiles, aquele que tinha sido destruído durante um jogo de futebol e depois reconstruído de forma incompetente, fazendo-me coxear a cada passada no dia-a-dia e que me doía por tudo e por nada; soltei um berro como poucas vezes o fizera, de tal maneira que me vieram as lágrimas aos olhos. O efeito, na pessoa que estava a comer-me, foi instantâneo: deteve-se e afastou-se, deixando o caralho meio dentro de mim. Depois, um novo toque no mesmo sítio, com a ponta do dedo, ao de leve, que novamente me fez urrar de dor. Senti um toque idêntico no meu tendão do pé esquerdo, o que estava bom, depois outro mais prolongado, mas nenhum daqueles contactos me causaram o mais pequeno transtorno. Surgiu outro toque no meu tendão magoado e voltei a gritar. Pareceu-me ouvir um grito de surpresa… e depois o silêncio. Os meus ouvidos pareceram captar o som de alguém de botas a correr, uma porta a abrir e a fechar, e depois o silêncio. E ali fiquei, com uma picha artificial metida no cu.


Corri pelo corredor fora, rumo ao gabinete que pertencia à Enfermeira-Chefe N (ou, por outras palavras, à minha irmã Andreia); abri a porta de rompante… ou tentei: estava fechada à chave. Fui à porta do lado, o Secretariado, onde estava uma outra Enfermeira, de traje parecido ao meu mas branco e de tecido.

- Onde está a Enfermeira-Chefe N? – perguntei de chofre.

- Só um momento… – debruçou-se sobre o computador e escreveu algo – Quarto 219.

Agradeci e dirigi-me à porta com o número indicado; bati com os nós dos dedos três vezes o que fez alguém do outro lado largar um “Sim?”, após o qual entrei. Andreia, com o seu visual habitual de Enfermeira-Chefe N, estava ao lado de uma outra Enfermeira, de farda negra e botas de cano pelos joelhos, enquanto esta estava com um “bico-de-pato” a expandir a cavidade anal de um Paciente que estava preso à cama. O rosto da minha irmã demonstrava um enorme enfado pela minha interrupção.

- Sim, Enfermeira A? Que se passa?

- Necessito de dois minutos consigo, Enfermeira-Chefe. Em privado.

Ela encolheu os ombros e virou-se para a minha “colega”:

- Continua a ver se consegues aumentar o buraco, a ver se conseguimos enfiar aí o plug de 10 cm! Eu já venho.

- Sim, Enfermeira-Chefe.

Assim que saímos as duas, encostei-lhe logo um dedo na omoplata.

- Achavas que eu não ia descobrir que o Paciente que me entregaste era o Carlos?! O que pensas tu que andas a fazer, transformá-lo em escravo?!

- Uma ligeira brincadeira, nada mais. – foi a resposta lacónica – Além do mais já o dominaste anteriormente e nunca pareceste ficar muito chateada com isso…

- Mas foi diferente! Ou é diferente! Sabes que este espaço é diferente, as coisas aqui são a sério, são definitivas! E eu gosto muito do meu marido a ficar por cima de mim na cama, de ser puta para ele…

- Não é nada definitivo, Ana, porra, que dramática… depois disto, adormecemo-lo, levamo-lo para vossa casa e fica tudo igual. – e encolheu os ombros – Volta tudo ao tédio que existia antes.

- Tu não consegues evitar, pois não? Tens de controlar tudo. És uma manipuladora. Deste cabo do casamento da Belinha e do Pedro3 e depois precisaste da minha ajuda para corrigir a merda que fizeste4. Agora queres fazer o mesmo comigo??

- Opah, que trapalhada… – Andreia abanou a cabeça – Quando te convidei para vires para aqui, estavas com uns escrupulozinhos de “ai, não queria brincar com outro homem que não fosse o meu marido”, “ai, queria era apanhar o meu Carlinhos”… agora vai-se a ver e afinal tens ali o teu marido à tua mercê e vens toda chateadinha dar-me cabo da cabeça?! Porra, Ana, tem dó!

Aquele argumento bateu-me como um murro no estômago. Realmente tudo aquilo havia-me passado pela ideia… Andreia notou e apontou-me para o rosto coberto com a máscara com a sua mão coberta de látex.

- A-há, apanhei-te, não foi? Estás chateada comigo mas sem razão, pois dei-te o que, no fundo, mais ansiavas. E seres um bocadinho menos injusta comigo?

Engoli em seco.

- Ao menos arranja-me a chave do cinto de castidade dele… deixa-me usar a pilinha dele…

- Claro que a Anita Chupa-Pilita tinha de querer estragar o arranjo todo… Bah, faz o que quiseres. As chaves estão no armário grande do quarto, dentro de um frasco. Mesmo uma despassarada como tu deve ser capaz de dar com elas.

- OK, OK, obrigado. – voltei a engolir em seco – E desculpa.

Andreia enxotou-me com as duas mãos.

- Vá, desanda daqui para fora, vai fazer meninos, vai chupar caralhos, vai para o caralho. – e virou costas, voltando a entrar no quarto 219. Rodei nos meus saltos e voltei a correr de volta para o quarto onde estava o Paciente 647 – o meu marido.


Depois de uns dez ou quinze minutos de espera, voltei a ouvir a porta do quarto abrir e passos apressados dirigirem-se para um ponto qualquer daquela divisão, portas a abrir e uma voz a murmurar qualquer coisa entredentes que não consegui perceber, sendo interrompida por um grito de triunfo; depois, senti uma presença ao pé de mim novamente.

- Desculpa a ausência, a… Paciente 647. Vamos tratar de libertar um rapazinho que está muito apertadinho, vamos? – ouvi a mesma voz de antes, enquanto uma mão me agarrava nos genitais.

O meu coração deu um salto assim que percebi que ela, aquela pessoa, me ia tirar o cinto de castidade! E logo assim que a última peça daquele maldito aparelho abandonou a minha pila, tive logo um espasmo automático…

- Ele esteve muito tempo aprisionado, não esteve? Vamos ver se lhe conseguimos dar vida… muita vida!

Logo naquele momento senti uma boca dar um beijinho na ponta do caralho, algo que o fez logo dar mais um esticão, e a seguir uns lábios abocanharam-no e começaram a chupá-lo, para a frente e para trás, para a frente e para trás, com a mestria de uma profissional: estava capaz de jurar que aquela boca apenas podia pertencer a uma pessoa, à Ana, à minha esposa…

Subitamente senti a pila artificial que me tinham enfiado no cu e que tinha ficado aparentemente ali esquecida ser agitada novamente: e o objecto voltou a entrar e a sair-me do rabo.

- Dizem… – fui ouvindo, entre chupadelas - … que chupando e fodendo o cu… vocês homens… atingem orgasmos… trinta mil vezes melhores… do que só com foda… vamos ver se é verdade?

Naquela altura perdi um bocado o raciocínio, fosse pelo efeito daquela boca diabólica ou da pila que tinha a penetrar-me o rabo… mas comecei a grunhir e a gemer à medida que comecei a sentir os efeitos do trabalho daquela “Enfermeira A” – se é que era a mesma pessoa da primeira vez, quem sabe, podiam ter trocado as pessoas, apesar da voz me parecer a mesma, convém não esquecer que eu tinha um hood que me cortava a visão e me limitava bastante a audição! E então começou o “jogo”, sempre que eu sentia que estava a segundos de me vir, ela abrandava ou parava o seu trabalho, para logo depois reiniciar o seu trabalho oral com ainda mais voracidade! Quaisquer dúvidas que eu tivesse sobre a identidade daquela “Enfermeira” se haviam desfeito…


Senti que não aguentava mais: precisava de ter aquele órgão dentro de mim, precisava de sentir o meu marido a comer-me! Se anteriormente o meu “chip do deboche” estava activo, naquele momento ele estava quase a fazer curto-circuito! Parei de o chupar, desta feita de vez, agarrei no ferro que mantinha os seus tornozelos unidos e acima da cabeça e soltei-a, fazendo com que os seus pés caíssem em cima da cama e ele ficasse deitado normalmente. Apalpei o meu baixo-ventre: as minhas collants estavam encharcadíssimas! Com as duas mãos fiz um buraco ali – obviamente não tinha cuecas de qualquer espécie – e sentei-me em cima da cama ficando de joelhos sobre o colo do meu marido (para quê continuar a chamá-lo de Paciente 647, se eu já sabia quem era?); e logo senti o seu órgão a pulsar de vida e de excitação a bater-me na ratinha, quase em cheio no clitóris…


Assim que ela se ajeitou e me fez entrar na rata dela de uma só vez, ouvi-a soltar um uivo de prazer, provavelmente muito semelhante ao que eu soltei logo a seguir quando ela iniciou os “pulos” em cima do meu colo, fazendo-me entrar e sair dela sem cessar, sem parar, sem abrandar…

Senti-me aproximar do clímax supremo enquanto o diabo esfrega um olho, mas fiquei à espera que Ana abrandasse o ritmo, quisesse contemporizar, fazer durar o momento… mas ela nunca parou, nunca deu mostras de abrandar, sempre a gemer assim que a minha pila entrava toda nela; até que eu não me aguentei e, depois de mais um uivo (abafado pelo hood), comecei a vir-me dentro dela, mesmo no momento em que ela se deitou sobre mim e me abraçou com toda a força, com os seus gemidos a atingirem o máximo – e nem mesmo assim a minha mulher parou de se agitar, de me fazer entrar e sair dela, quase como se estivesse ligada à corrente. Mesmo quando o meu orgasmo começou a diminuir de intensidade e eu me comecei a acalmar, Ana continuou a “cavalgar-me” a seu bel-prazer, sempre a gemer; só depois de uns cinco minutos (por aí) é que ela deu mostras de ceder, soltando o seu abraço apertado e deixando-se ficar deitada em cima do meu corpo, ofegando pesadamente durante algum tempo, tentando recuperar daqueles momentos em que Ana, como é característica dela, dava tudo em prol do orgasmo – e do orgasmo do parceiro.

Então, a minha esposa levantou-se, fez-me sair de dentro dela e saiu de cima da cama. Depois de alguns momentos, ouvi-a rir-se.

- Já viste que te vieste com uma pila no teu cuzinho?

Só quando Ana me retirou o objecto do rabo é que me dei conta disso: ela havia-me levado tão ao limite que eu nem sequer dera conta daquela coisa ter ali ficado!

- Para quem dizia que nunca se vinha com cenas no rabinho… – continuou ela a rir.

Encolhi os ombros, apesar de não saber se deu para perceber graças à posição em que me encontrava.

- Sim, sei quem tu és, “Paciente 647”, da mesma maneira que imagino que saibas quem sou… devia ter conseguido disfarçar melhor, mas saber que tinha o meu marido à minha total mercê fez com que perdesse o tino… Infelizmente fomos ambos vítimas de uma partida de Andreia, e tenho de te avisar que não tenho as chaves para te soltar, isso vai ter de esperar que ela acabe o que está a fazer. Mas há uma coisa que posso fazer para que a espera não seja tão longa…

Enquanto eu pensava em todas as alternativas do que poderia ser, senti uma agulha picar-me no pescoço… e em poucos segundos estava inconsciente.

Quando voltei a mim, estava deitado na minha cama, de boxers e t-shirt (o meu pijama habitual, diga-se), com o despertador da mesa de cabeceira a marcar “15:17” – ou seja, pelas minhas contas, pelo menos por 24h havia estado desaparecido do mundo. Será que foi algo assim que me aconteceu há anos, quando estive perto de três semanas desaparecido e ninguém, nem mesmo Ana ou a sua família, soube do meu paradeiro5?

Fui interrompido dos meus pensamentos pela entrada de uma enfermeira de farda encarnada pelo meio da coxa, justa ao corpo, de manga curta, com luvas brancas acima do cotovelo, um avental branco, meias pretas e botas brancas pelo joelho e compensadas, com chapéu de enfermeira e máscara a cobrir-lhe o corpo. Segurava nas mãos uma bandeja com uma tosta mista e sumo de laranja.

- Boas tardes, meu querido paciente… Trago-te aqui qualquer coisinha para ajudar a preencher o estômago.

Tive de me rir.

- É assim que me compensam ter perdido um dia da minha vida e ter atrasado o trabalho no clube? Pousa o tabuleiro na mesa de cabeceira e anda cá… temos muito para falar.

Ela assim fez e sentiu-se na beira da cama, ao pé de mim, enquanto eu me erguia.

- A culpa não foi minha…

Levantei um dedo.

- Eu sei que não. E não é isso que está em causa. O que está em causa é…

Abracei-me a ela de surpresa e “arrastei-a” para meu lado na cama.

- … exactamente o que pensas fazer para me compensar?

Ela pareceu aliviada, tanto que soltou uma gargalhada.

- Decerto que conseguirei pensar em algo.

Ao sentir a sua mão nos meus boxers, tirei-lhe a máscara e beijei-a enquanto com a outra mão lhe levantava a farda.

O clube que se fodesse.


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1- Ver “O fim da obsessão”, “Recepção de boas-vindas” e “Mudança de visual”.
2- Ver “Mudança de visual”.
3- Ver “Como apanhar um traidor”
4- Este conto ainda está à espera de ser escrito pelos intervenientes.
5- Episódio mencionado em “Ajuste de Contas”.

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