quinta-feira, 10 de abril de 2025

Pagamento por serviços

(história anterior)

- Entrem!

Assim que ouvi a resposta, empurrei a porta da rua, que estava entreaberta, e entrei na casa do casal, sendo seguida de Miguel – ou, melhor dizendo, de Milene. O meu menino tinha uma cabeleira de cabelos negros ondulados, uma camisa branca de mangas compridas, com um corpete bordeaux, uma mini-saia cor-de-rosa berrante, collants brancas e sapatos de salto-agulha e plataforma da mesma cor da mini-saia; para além disso, estava com a maquilhagem perfeita – um mimo!

- Pode-se? – perguntei, assim que cheguei a uma espécie de hall.

- Por aqui, por aqui. – ouvi por uma porta entreaberta daquele espaço. Peguei na mão de Milene, deliciando-me ao ouvir o som dos saltos das minhas botas a entoarem a cada passada, e  dirigi-me àquela porta.

- Ora com licença. – empurrei a porta e deparei-me com uma sala de estar, onde estava um homem de joelhos à frente de outro que se encontrava sentado num sofá comprido, que se levantou assim que nos viu.

- Sê bem-vinda, Joana! – cumprimentou-me efusivamente, indo ter comigo e dando-me dois beijos na cara, aos quais respondi.

- É um prazer cá vir, Jaime. Há tanto tempo que não te via cara-a-cara…

Jaime sorriu. Era um homem de meia-idade, alto, de cabelo curto e totalmente branco, mas com físico de quem cuida dele diariamente. Envergava uma t-shirt preta e uns boxers da mesma cor. O outro homem que estava de joelhos no chão assim continuou, e pude ver que estava completamente nu.

- E quem te acompanha, minha querida Joana? Não me tinhas falado de um jovem?

- Sim, sim, falei. – e sorri – Mas peguei no jovem e transformei-o numa menina; gosto tanto de os ver assim, maquilhados e femininos…

- Pois, eu sou da opinião contrária. – e virou-se para trás – Vinícius, levanta-te.

- Sim, senhor. – ouvi a resposta com um sotaque nitidamente brasileiro. Nisto, o que estava ajoelhado ergueu-se e colocou-se em sentido, deixando-me admirá-lo pela primeira vez. Vinícius não teria mais de 25 anos de idade, era mais alto que Jaime e tinha um físico impressionante, não deixando de ter o “tanquinho” na zona dos abdominais. Tinha cabelo pelos ombros, encarapinhado, olhos azuis e uma boca interessante. O único sinal de algo fora do normal ali era a presença de um cinto de castidade de acrílico a envolver-lhe os genitais – cinto bastante idêntico ao que usavam os membros masculinos do meu harém. – Como vês, minha querida, – continuou ele, enquanto me fazia sinal para me sentar no sofá à frente dele – gosto deles bem másculos. 

- Claro, claro, nada contra. – soltei uma gargalhada – Também concordo que a visão de um homem a chupar uma pila é algo que me excita sobremaneira. Mas ainda me excita mais emasculá-los, retirar-lhes o que faz deles homens e humilhá-los… Sabias que já converti o meu marido?

- O Humberto?! Nããããão, tu meteste-o nessa vida já? Olha que sempre gostei dele… – Jaime piscou-me o olho. Tive que me rir novamente.

- Pode ser que, um dia no futuro, eu to traga cá para o… desfrutares.

Sorrimos os dois e a conversa enveredou por campos mais normais. Entretanto, Jaime ordenara a Vinícius que nos trouxesse dois cafés, enquanto Milene olhava em volta, sem saber que fazer ou dizer ou pensar – completamente perdida. Olhei para ela e estalei os dedos, apontando para as minhas botas de cabedal negras por cima do joelho que, após me sentar e a minha saia cinzenta de fazenda subir, apareciam na sua totalidade. Milene percebeu a ideia imediatamente: ajoelhou-se a meus pés e começou a lamber-mas e a beijá-las com os seus lábios encarnados. Jaime observou com um meio-sorriso.

- Está bem treinado, ele, hein? – comentou ele.

- Ela. – corrigi – E sim, a Milene simplesmente adora tudo o que tenha a ver com botas. É a coisa que ela faz com mais desenvoltura é isto. – e apontei com a mão para ela, que continuava a lamber o cano da minha bota direita – As outras tarefas dela, o enrolar-se com os restantes membros do meu harém… essa parte é mais difícil. Mas faz, mesmo que contrariada.

- Contrariada? Hum… – Jaime fez um trejeito de contrariedade com a boca – Tinhas-me prometido um menino para eu gozar como paga do meu trabalho!

- Como te disse, mesmo contrariada ela faz o que lhe digo. Assim como fará tudo o que eu quiser. Mesmo que seja obrigada. Mas já que falaste nisso… podemos ir ver a obra?

- Claro que sim. – levantou-se do sofá e eu fui atrás; virei-me para Milene e fiz-lhe um gesto com a mão enquanto dizia – Tu ficas aqui. Já volto.

- Sim, D. Joana.


Jaime era um designer de roupa e estilista. Havíamo-nos conhecido no secundário e tornámo-nos bons amigos, uma amizade que não desapareceu apesar da distância que a vida entretanto colocou entre nós. Havia-lhe encomendado um fato para o meu Casamento Alfa (uma ideia que me andava a navegar na cabeça havia meses e que estava cheia de vontade de concretizar), e como sabia que ele era homossexual assumido, pensei em levar lá um dos meninos do meu harém para “brincar” com o seu namorado (que eu sabia estar a ser dominado por ele – eu conhecia Jaime assim tão bem: na altura não ligara muito a essa situação, mas agora a conversa era diferente, claro); e como Miguel estivera ausente da última sessão que eu tinha organizado1, calhou a ele acompanhar-me à herdade onde Jaime habitava, à saída do Torrão – porém, como já sabem, eu gosto de efeminar o meu harém, por isso, em vez de Miguel, tinha ali a “Milene”.


Voltei à sala de estar seguido de Jaime, e assim que encontrei Milene fiz uma vénia como havia aprendido a fazer muitos anos antes, no ballet:

- Que tal, Milene? Que dizes da tua rainha?

Vi-a ficar boquiaberta ao ver-me e, sem que lhe tivesse dito nada, veio a correr até à minha beira para se ajoelhar a meus pés. O vestido que Jaime havia feito para mim realmente era deslumbrante, de um tecido extremamente confortável de veludo, cor-de-rosa e sem alças, expondo por completo os meus ombros, apertando abaixo do busto e na zona da cintura (mas sem apertar em demasia), onde havia uma espécie de cinto de pérolas, terminando o vestido numa saia de tule  que, tal como a parte de cima, cobria o que era necessário e expunha o que devia mostrar, como as minhas pernas e as botas onde elas estavam metidas, cor-de-rosa tal como o vestido, pelo meio da perna, de salto-agulha e feitas de vinil brilhante; os meus braços também estavam envoltos em vinil cor-de-rosa, com umas luvas compridas; e Jaime até se dera ao trabalho de fazer para mim uma coroa de rainha, cheia de brilhantes e de dourados! Claro que tinha também uns brincos de princesa, um colar de pérolas e uma pulseira de pérolas no meu pulso direito. Toda eu me sentia como uma princesa dos contos de fada… mas uma princesa com coração digno de uma Rainha Má.

- D. Joana… – começou Milene a dizer – Estou… estou sem palavras…

- Pareço-te bem?

- Está… linda de morrer.

- Ainda bem. – sorri e voltei-me para Jaime – Bom… acho que está na altura do “pagamento”. Mas antes… meu querido, concedes-me um desejo? – e olhei-o com o meu olhar mais sedutor possível.

Jaime riu-se.

- Vamos ver, depende do desejo… que queres tu?

- Que dizes se, antes de mais, metes o teu menino (Vinícius, não é?) a “brincar” com Milene?

- Bom… – ele ficou a pensar na ideia, com a língua a humedecer-lhe os lábios – Olha, porque não? Há muito tempo que ando a prometer a Vinícius algo de diferente… Vinícius! – chamou ele, elevando um pouco a voz.

- Sim, senhor? – respondeu o rapaz imediatamente, colocando-se em sentido.

- Agarra nessa gaja que está aos pés da D. Joana e possui-a.

- Com certeza, senhor.

Enquanto Milene olhava para mim, estarrecida, Vinícius agarrou-a pelo pescoço e fê-la erguer-se, com alguma rispidez, e assim que a minha menina ficou em pé ele abraçou-a e beijou-a, empurrando-a na direcção de um dos sofás da sala. Enquanto assistia ao que se passava ali, também me sentei no maior sofá que ali havia, ao lado de Jaime. Vinícius atirou Milene para cima do sofá e agarrou-a pelos cabelos, fazendo-a enterrar a cabeça no baixo-ventre dele – fiquei a pensar como seria se ele não estivesse com um cinto de castidade… Pouco depois, Vinícius levantou a saia de Milene, exibindo as coxas cobertas de nylon da minha menina e o eterno cinto de castidade a envolver-lhe os genitais: ele deitou-se sobre ela e encostou o seu órgão enclausurado ao de Milene, simulando estar a fazer amor com ela. Fiquei a admirar Vinícius, o seu porte físico sempre que dava uma “stickada” (mesmo que não estivesse realmente a entrar em Milene), o seu rabo torneado… e fiquei com vontade de o possuir: instintivamente joguei a mão abaixo da saia, onde estava escondido um brinquedo…

- Chega! – gritou Jaime, levantando-se num ápice – Traz essa puta até mim. Deixa-a de joelhos à minha frente e vai para o canto da sala.

- Sim, senhor.

Perante o meu olhar curioso, Vinícius levantou-se do sofá e, sempre a segurar Milene por um braço, deixou-a na posição pretendida; Jaime olhou para mim de soslaio enquanto eu assentia com a cabeça: era mesmo para isso que eu havia trazido Milene ali!

- Percebo o que a tua dona diz quando fala nos meninos maquilhados e vestidos de meninas…  realmente ficam tão bonitos! E dá tanta vontade de esborratar esse baton encarnado…

Jaime baixou os boxers e exibiu o seu pénis, extremamente erecto e a pulsar: à distância, parecia ligeiramente maior que o strap-on que eu costumo usar no meu harém (e que, naquela altura, tinha colocado à cintura…); agarrou Milene pelo cabelo e esteve durante algum tempo precisamente a esfregar a cabeça da pila nos lábios encarnados da minha menina.

- O baton borrado fica-te bem… – sussurrou ele.

Pareceu-me ver no rosto de Milene uma careta de pânico… mas ela sabia o que iria acontecer a seguir: com a mão esquerda Jaime fê-la abrir a boca e enterrou nela a sua pila inchada. Fiquei ligeiramente surpreendida ao ver Milene colocar as mãos atrás das costas, em pose de submissão, e entregar-se com gosto à tarefa de dar prazer oral àquele desconhecido. Jaime estava totalmente no controlo das operações, fazendo Milene chupar-lhe a pila consoante a sua vontade: primeiro, foi delicado, mas foi gradualmente acelerando os movimentos. Ao ver aquilo, admito que a minha mão agarrou na minha pila artificial e agitou os dildos que tinha dentro de mim… e fiquei extremamente curiosa ao ver os olhos de Vinícius a focarem Milene, vendo o ódio que emanava deles, como se estivesse a sentir ciúmes da minha menina!

Então, Jaime retirou o seu órgão de Milene e deu-lhe dois toques com a mão na cara:

- Vá. Deitada de barriga sobre o sofá, de joelhos no chão.

Enquanto Milene se metia na posição pretendida por Jaime, eu levantei-me do sofá e encarei-o:

- Jaime, importas-te que eu use o teu Vinícius para… me contentar um bocadinho?

- Na realidade importo-me. – declarou, enquanto ele colocava uma luva de borracha e espremia uma bisnaga de vaselina para o traseiro dela – O Vinícius é meu e não o empresto a ninguém, lamento.

Fiquei congelada. Então eu “oferecia” o meu submisso para que ele gozasse e usufruísse, e ele não era capaz de retribuir a gentileza?!

- Porém, se quiseres… – continuou ele – Dar-me-ia imenso prazer partilhar esta puta contigo.

Voltei a olhar para Jaime. Ele já havia entrado no cu de Milene, que soltara um grito agudo assim que se sentiu violada no seu posterior, mas havia-a feito levantar e, com a mão, indicava-me o sofá. Não muito certa do que ele queria fazer, fui até lá e sentei-me.

- Vá ver, puta, levanta as saias da tua dona e regala-te com o que ela lá tem! – comandou ele, sem contudo parar de investir no rabo de Milene, agarrando-a pelas coxas e enfiando sempre a sua pila com toda a força.

Com um ligeiro sorriso, levantei a saia e mostrei à minha menina o meu strap-on, aquele que ela conhecia tão bem e que, por diversas vezes, já a havia penetrado em todos os seus orifícios, com dildos para minha própria satisfação, na ratinha e cuzinho. A minha menina foi impelida por Jaime para afocinhar rumo ao meu baixo-ventre; e, sem se deter, começou logo a chupar o meu falo sintético, agitando dentro de mim os dildos e fazendo com que me começasse a excitar. Pude ver que Jaime não estava a ter piedade nenhuma de Milene, enrabando-a com força e velocidade, enquanto a sua cara estava fechada num esgar de raiva. De soslaio, olhei para Vinícius, ainda imóvel no canto da sala para onde tinha sido “atirado”, e a sua cara dizia tudo: olhava para Milene com um olhar tal que, se os olhares pudessem matar, a minha menina já estaria imóvel no chão! E a partir daí deixei de lhe prestar atenção  pois a acção da boca de Milene passou a ser mais importante, pois comecei a sentir-me cada vez mais excitada… Agarrei-lhe nos cabelos, tal como Jaime fizera antes, e fi-la chupar a minha pila toda, fazendo-a percorrer todo o seu comprimento com cada vez mais velocidade.

Ouvi Jaime rosnar e soltar um gemido de prazer, após o qual ele começou a ir abrandando o que fazia: decerto já tinha atingido o orgasmo.  Continuei a penetrar a boca da minha menina, deliciando-me a ouvir o som que ela fazia ao engasgar-se com a minha pila, deliciando-me ainda mais com a consequência do trabalho oral dela, o agitar dos dildos em mim, que me deixaram cada vez mais louca e cada vez mais próxima de sentir também eu o clímax supremo! Quando finalmente o atingi, forcei Milene a ficar com o dildo entalado na boca, simulando que me estava a vir nela, a encher-lhe a boca de semente (a sério, adorava ter uma pila a sério!), enquanto sentindo as ondas de prazer a percorrerem o meu corpo inteiro; quando me acalmei, larguei o cabelo de Milene, que imediatamente recuou e ficou a respirar fundo, ofegando, tentando repor o ar nos pulmões. Agarrei-lhe na bochecha como se faz aos bebés e sorri:

- Linda menina!

Ela não respondeu logo, pois foi naquele momento que Jaime tirou a sua pila do rabo; fez um esgar feio e reclamou:

- D. Joana, dói-me o cu…

Levantei o olhar e mirei Jaime, que estava a tirar o preservativo da sua pila.

- Jaime! Foste muito bruto com a minha Milene?! – fingi-me zangada.

- Não, nem nada que se pareça… o Vinícius já aguentou muito mais do que isto.

Sorri enquanto voltava a ajeitar o meu vestido e voltava a ser a Rainha Alfa D. Joana, depois voltei a encará-lo.

- Espero que tenhas gostado, Jaime. E que tenha sido pagamento suficiente para o teu trabalho.

- Hah… – Jaime fez um esgar enquanto ajeitava novamente os boxers – É sempre bom variar de vez em quando. Mas… fica a léguas do meu querido Vinícius. Vem. – e fez um gesto na direcção de onde Vinícius se mantivera, imóvel, durante toda a acção. Ele imediatamente se precipitou rumo ao meu amigo, ajoelhando-se à sua beira.

Indiferente a isso, Milene olhava para mim, com cara de choro – quase via as lágrimas a formarem-se nos seus olhos. Fiz-lhe uma carícia na cara.

- Não te preocupes, Milene, continuo a gostar de ti. E de menina, sabes que ainda gosto mais. Por isso… – e dei-lhe um beijo nos lábios – Vá, vem comigo ajudar-me a despir este fato espectacular Vai ficar a matar quando fizermos a nossa Cerimónia Alfa.

- Senhora… D. Joana… o que vai fazer connosco? Que cerimónia é essa?

Mas apontei na direcção da porta sem proferir palavra. Miguel/Milene saiu, com passo incerto, depois eu fui atrás, deixando Jaime e Vinícius no seu momento de reunião.

________________

Sem comentários:

Enviar um comentário