quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Contra a parede

- Experimenta este. – disse-me Ela, entregando-me um frasquinho pequeno.
- Sim, Senhora. – assenti, sentando-me na cadeirinha de vime e colocando o pé direito em cima do banco que estava à frente. Suspirei ao sentir as minhas nádegas nuas em contacto com o assento, e aquele movimento fez mexer o plug anal que tinha dentro de mim. Respirei fundo.
Desenrosquei a tampa daquele frasco de verniz, verificando que era o preto; mergulhando o pincel dentro do frasco, dobrei-me e comecei a pintar as minhas unhas do pé direito, lentamente, tentando que ficassem decentes. Não que as minhas precisassem de ficar perfeitas, mas dava-me jeito a prática… Assim que as do pé direito ficaram prontas, passei para o outro pé, colocando-o em cima do banco e tirando o outro lá de cima.


Quando os meus pés ficaram prontos, mostrei-os à minha Dona.
- Hmm, a cor fica-te bem. Achas que nas Minhas unhas ficava bem?
- Senhora, – respondi – eu acho que qualquer cor Lhe fica bem…
- Vá ver, cachorrinho, uma opinião sincera. – interrompeu-me Ela.
- Pronto, Senhora, na minha modesta opinião, acho que esta cor Lhe fica a matar nos Seus dedinhos.
Ela sorriu.
- Pronto, pode ser. Se bem que… – Ela agarrou-me nas mãos – se calhar estas mãozinhas de menina também mereciam uma cor, não achas?
- Se a Senhora o diz. – declarei, corando.
Voltei a pegar no frasco, a embeber o pincel na tinta e a começar a pintar as unhas da mão esquerda. Achei tão estranho vê-las de cor escura, eu que nunca as havia pintado, nem sequer no Carnaval… Esperei que o verniz secasse (vá lá que a secagem não demorou muito tempo), antes de passar para as da mão direita, o que era um problema, sendo eu dextro – e trapalhão. Consegui pintar as unhas melhor ou mais mal, não sem ficar com algumas partes do dedo pintadas, o que fez com que depois andasse a raspar aquilo com uma lima, ou com a ponta dela.
- Bom, para primeira vez não está muito mau. – disse a minha Dona assim que acabei e me olhou para as mãos – Agora, está a tratar da tua tarefa principal.
Coloquei em cima dos meus joelhos os Seus pés descalços e acabados de lavar, ainda a cheirarem ao Seu gel de banho. Não pude deixar de beijar um e outro, de passar por eles a minha língua. Ouvi-A suspirar.
- Isso é bom… mas não é aquilo que te disse para fazeres. Depois, cachorro. – ordenou.
- Sim, Senhora.
Mais uma vez voltei a pegar no frasco do verniz, embebendo no seu conteúdo o pincel, e comecei, lentamente, cuidadosamente, a passá-lo pelas unhas pequenas do Seu pé esquerdo, tentando não pintar nada mais que o que era suposto nem deixar grandes montes de verniz, passando depois ao Seu dedo grande; finalmente, fiz o percurso inverso no Seu pé direito, começando pelo dedo grande e acabando no mais pequenino.
Fechei o frasco e pousei-o no chão, para depois voltar a beijar-Lhe os pés, a beijá-los.
- Estás com muita pressa… Deixa-Me lá inspecionar o teu trabalho, ao menos! – disse Ela, levantando os pés e tirando-os do meu alcance.
Fiquei a engolir em seco agonizantemente durante alguns momentos, até que voltei a ouvir a Sua voz:
- Não estão maus… claro que podes melhorar, mas já tratamos disso. Agora, vá, continua lá o que querias fazer.
- Sim, Senhora, obrigado. – sorri, contente por ter passado aquela prova.
- Oh, não Me agradeças ainda, até veres o que Eu tenho reservado para ti… – sorriu e voltou a colocar-me os pés em cima dos joelhos.
Peguei no Seu pé esquerdo e beijei-Lhe o dedo grande, tentando não tocar na unha – nos casos do verniz ainda não estar seco – enquanto agarrava no Seu pé com ambas as mãos, delicadamente, e começava, com ambos os meus polegares, a massajar-Lhe a planta do pé. Não serei dos melhores massajadores de pés, mas enfim, faço o que posso. Fui-Lhe beijando os dedos do pé esquerdo, a beijar-Lhe o peito do pé, a passar a minha língua pelos espaços entre os Seus dedos, também pelo peito do pé. Bolas, a Sua pele cheirava tão bem… Minutos depois, mal percebi a Sua ordem para trocar de pé, de tão concentrado que estava. Passei para o Seu pé direito, repetindo os meus carinhos, lambendo-o, beijando-o e deliciando-me com a suavidade e o cheiro da Sua pele sedosa…
- Levanta-te!! – fui como que “despertado” pela Sua ordem. Ela já me havia dado aquele comando, mas eu estava tão distraído com o Seu pé que nem dera por isso – Tens falta de ouvido ou quê?!
- Não, Senhora… – sussurrei, enquanto fazia mais uma carícia no Seu peito do pé e Lho libertava, para depois me levantar – Estava concentrado no meu trabalho…
- Temos de te dar uma liçãozinha, estou a ver… deita-te aqui em cima dos Meus joelhos, de mãos para a frente, sem fazeres muito peso.
- Sim, Senhora. – engoli em seco: já sabia o que aí vinha…
Obedeci, ficando de nádegas para o ar – e à Sua mercê. Apenas o avental branco que tinha à frente das partes baixas me “separava” das Suas pernas. A Sua mão agarrou na base do plug que tinha no rabo, que Ela me havia colocado assim que nos havíamos encontrado naquele dia.
- Estás a gostar do Meu presente, cachorro? – perguntou, fazendo-o sair uns milímetros de dentro de mim.
- Si-im, Senhora, muito… – consegui responder entre dois gemidos.
- Ainda bem. É bom que disfrutes dele, tenho mais coisas para ti. – e, dito isto, deu uma ligeira palmada no plug, devolvendo-o à sua posição original. A palmada seguinte apanhou-me de surpresa: dada com força, numa das minhas nádegas.
- Sabes porque é isto, cachorro? – perguntou a minha Dona.
- Não, Senhora.
- Em primeiro lugar, porque Me apetece. – à medida que ia falando, ia-me agredindo as nádegas, à vez, com a Sua mão – E em segundo lugar, a ver se te dou um incentivo para aprenderes a pintar as unhas e a massajar-Me os pés como deve ser. Não andas a evoluir como Eu gostava…
- Com-compreendo, Se-Senhora… – tinha os olhos bem apertados, tentando aguentar a dor provocada por aquela mão pesada.
Uma e outra vez, sentia a Sua mão, os Seus dedos, como se me estivessem a enterrar na carne desprotegida das minhas nádegas, sem parar, sem hesitar. Uma e outra vez, parecia-me que me ia custando mais aguentar aqueles embates…
Quando o espancamento acabou, quase nem quis acreditar. Abri os olhos, que estavam cerrados com toda a força, e senti a Sua mão a massajar-me as nádegas que ardiam.
- Hmm, não está mau, mas acho que ainda precisas de mais incentivo.
Gemi quando voltei a sentir a Sua mão mexer no meu plug, agitando-o dentro de mim, tirando-o um pouco para depois o voltar a colocar. Era uma das minhas fraquezas, brincarem com o meu ânus.
Fechei os olhos e senti que ia começar a navegar… quando senti mais uma nalgada com força; mal ouvi a Sua ordem para me levantar e me encostar à parede virado para lá. Levantei-me, a custo, e engolindo em seco, pois receava o que aí vinha…
Ouvi os Seus passos afastarem-se de mim, para retornarem, alguns instantes depois. Ouvi um assobio de algo a cortar o ar que me fez empalidecer.
- Preparado para ela, cachorro?
- S-sim, Senhora… – balbuciei, a medo.
Senti algo fino e comprido a ser-me encostado contra as nádegas. Depois de mais dois ou três toques suaves, aquela cana embateu com força contra o meu rabo: involuntariamente, mordi os lábios para não gritar, enquanto me metia em bicos de pés. Era quase como se uma bala me tivesse passado pela carne já magoada…
- Gosto de ver o teu rabiosque encarnadito, cachorrinho, e o teu ainda está tão pálido…
De novo o toque suave da cana nas minhas nádegas: preparei-me para o embate, que demorou, demorou… era quase como se Ela soubesse que eu estava à espera de mais uma agressão. Simulou que me ia dar por duas ou três vezes, sempre brincando comigo… mas não serviu de nada toda a minha preparação, pois quando a minha Dona me voltou a bater, voltei a arquejar e a morder os lábios, tentando conter a vontade de gritar de dor.
- Vamos fazer assim. – disse Ela, depois de um compasso de espera – Eu vou escolher uma moeda, e tu vais ter de adivinhar qual o valor dessa moeda. Se acertares, levas esse número de canadas. Se falhares, levas o dobro. Pode ser?
Sem outra escolha, assenti.
- Vira-te.
Dei meia-volta, deparando-me com a minha Dona, de cana na mão enluvada, e a outra fechada em punho, à minha frente. Voltei a engolir em seco, pois não fazia a mais pálida ideia do valor que Ela teria escolhido para me “presentear”…
- 50? – respondi, fechando os olhos.
Ouvi-A dar uma gargalhada. Abri um olho a medo, olhando para a Sua luva de cabedal em cuja palma estava uma moeda com um ‘20’ estampado.
- Não. Agora vira-te, cachorro, e quando Eu te bater, agradeces-Me, percebeste? O Meu tempo é precioso e estou a desperdiçá-lo contigo…
- Com certeza, Senhora…
Voltei a colocar-me em posição, de mãos assentes na parede e pernas abertas, mas também fechei as mãos e os olhos. Porquê? Não faço ideia, instinto…
Assim que senti a primeira canada, inclinei a cabeça para trás e sussurrei um “Obrigado, Senhora…” antes de a segunda se seguir. E a seguinte. Todas as pancadas eram intervaladas o mínimo suficiente para que Ela me ouvisse agradecer-Lhe. A cada pancada, sentia a minha resistência a diminuir, a desaparecer, enquanto sentia os meus olhos a debruarem-se com lágrimas e a minha voz a minguar. Acabei por perder a conta em quantas canadas íamos, mas tive a sensação que a minha Dona não Se cansava, muito pelo contrário: estava a bater cada vez com mais força! Ou então era de estar a agredir o mesmo sítio, dava ideia que a dor ia aumentando cada vez mais…
Quando, misericordiosamente, a cana se imobilizou, caí de joelhos no chão, a lutar para não chorar. Se me tivesse sentado em cima de um grelhador era capaz de não estar com tantas dores como as que sentia naquele momento…
- Pronto, pronto, cachorrinho, já passou… – ouvi a Sua voz, mais gentil que antes – Vem a Mim, cachorro, de quatro…
Ainda de joelhos, coloquei as mãos no chão e comecei a andar como um quadrúpede, na direcção da Sua voz. A minha Dona havia-Se sentado novamente na cadeira e batia com as mãos no Seu colo, como se estivesse a chamar um cão. Cheguei perto d’Ela e pousei a cabeça em cima das Suas pernas. Logo de seguida, senti a Sua mão passar-me pelo cabelo, afagando-me e acariciando-me. Aquele miminho, em conjunto com o estar em contacto com as Suas pernas, fez-me sentir melhor, recuperar um pouco o ânimo, apesar da dor excruciante que sentia no meu posterior. E os beijos que comecei a dar nas Suas pernas, após Sua autorização, também ajudaram a secar as minhas lágrimas. E ali fiquei, a ser acariciado pelas mãos da minha Dona.

(história seguinte)

1 comentário:

  1. O primeiro de muitos contos dedicados a MIM, Obrigado por seres quem e como és... Beijinhos

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