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segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Jogos de reconciliação (parte 1)

 

(história anterior)

(Nota: este texto é feito a meias por mim – Andreia Karabastou  e pela minha chefe Isabela “Belinha” Valadares, falando também do seu ponto de vista. Para diferenciar o seu texto do meu, a escrita de Belinha está em itálico.)

Senti um enorme peso na consciência depois de ter ajudado a minha amiga e patroa Belinha a desmascarar Paulo. Como seria de esperar de uma mulher de forte personalidade como ela, desde aquela tarde a relação entre os dois não mais foi a mesma: as intimidades terminaram, deixei de ver carinhos entre eles e uma vez ela até me confidenciou que estava a pensar separar-se do marido. Tudo isto, claro está, enquanto ela saía à noite comigo e com Helena, regressando nós duas enquanto Belinha ia para casa de um tipo qualquer que a conseguisse engatar.

Claro que esta situação ​me deixou transtornada: como já referi, sou amiga da família e odiava ver aqueles dois assim… especialmente porque eu tinha uma grande parte de culpa no cartório. E comecei a ver o que poderia eu fazer para tentar remendar a situação. Desta vez, falei com Helena, ao contrário do que é habitual (normalmente obrigo-a a entrar nos meus planos… talvez tenha sido a maternidade a amolecer-me!), debatemos algumas ideias até que chegámos a um consenso. E depois disso, comecei a fazer os meus preparativos.

 

terça-feira, 2 de maio de 2023

A mulher de negro

 

Jéssica estava pior que estragada. Depois de se apear do comboio, pusera-se a fazer “stories” e a partilhá-las nas redes sociais… e quando deu por isso, o autocarro que iria fazer a ligação até ao recinto do Sudoeste já estava a arrancar, com ela a correr infrutiferamente ainda uns metros para o apanhar. Fula, voltou às “stories” para relatar a todo o mundo o que lhe havia acabado de suceder.

Os últimos doze meses haviam sido um autêntico martírio para Jéssica. Acabada de fazer 18 anos, fora obrigada a repetir a disciplina de Matemática A por causa da cabra da professora que não lhe deu nota suficiente para passar à primeira. Enquanto ia tendo aulas, inscreveu-se para trabalhar na reposição de um supermercado, e ia balançando tudo isto com a vida social e afectiva, saltando de namorado em namorado porque, devido ao cansaço das aulas e trabalho, a jovem acabava por não ter cabeça para aturar ninguém. Prometera a si mesma que, se conseguisse limpar daquela vez o 12º ano, ia ao Festival do Sudoeste. Nunca pudera ir, os pais nunca lho autorizaram, mas daquela vez ela tinha a dica de “não me podem obrigar a ficar em casa, eu tenho 18 anos” já preparada – apesar de não ter sido necessário, pois a mãe, ao ver a filha extenuada com o trabalho e os estudos, fora a primeira a dizer-lhe para tirar umas boas férias, “que as merecera”. E ali estava ela, no meio do Alentejo profundo, sem saber para onde se dirigir.

Voltou ao telemóvel e abriu a app da Uber… apenas para ver a mensagem de que aquela zona ainda não era coberta pelo serviço. Ficou a olhar estupefacta para o telemóvel, tirou um “printscreen” e partilhou-o nas redes sociais, a perguntar como era possível aquilo num país tão avançado como Portugal. Olhou em volta da estação: havia meia-dúzia de casas, umas fechadas e outras abandonadas. Não se via ninguém por ali. Sem qualquer outro remédio, Jéssica agarrou no trolley onde estava a tenda e as roupas para os dias de festival e começou a andar estrada fora, à procura de um rumo.

A estrada de alcatrão que começava mesmo à beira da estação terminava umas centenas de metros mais à frente numa outra, com placas a indicar “Odemira” e “Luzianes” para a esquerda e “Portimão” e “Monchique” para a direita. Tudo nomes desconhecidos para Jéssica, pelo que voltou ao telemóvel e abriu o Google Maps, para tentar ver para onde seguir e quanto teria ainda que andar… e o resultado deixou-a de boca aberta:

- SETE HORAS?! Não acredito… tirem-me deste filme! Foda-se, estou perdida no fim do mundo!

Sem outra alternativa, começou a andar.

segunda-feira, 24 de abril de 2023

O escravo preferido

Amélia Karabastos, membro primogénito da irmandade Karabastos, manteve a sua ocupação de Dominatrix em Paris apesar das constantes idas a Portugal para se envolver com as irmãs e cunhados. Ela possuía um staff de empregados para tratarem da sua moradia – e nesse staff encontrava-se Phillipe, o escravo pessoal da diva. A sua tarefa era, pura e simplesmente, manter Amélia satisfeita, satisfazendo todo e qualquer capricho que ela tivesse. Para além de ajudar nas tarefas domésticas, Phillipe era também o principal parceiro sexual de Amélia… sentindo na pele a voracidade sexual da Dominatrix, que quase todos os dias o penetrava analmente e o usava para estimular o seu clitóris – ou estimular quem ela quisesse, chegando mesmo, por exemplo, a ser emprestado uma vez à cunhada Helena1. E, apesar de nunca o demonstrar, Amélia gostava da competência, da devoção e, às vezes, até da companhia daquele homem, divorciado e pai de dois filhos, com quase mais dez anos de idade que ela e que, quando não estava sob o seu controlo, era banqueiro: já o facto de lhe permitir manter o seu nome próprio, ao invés do restante staff, era garantia de estar num outro patamar. E decidiu proporcionar-lhe uma experiência inesquecível.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Mãe e filha


Cármen Fonseca sempre fora uma mulher de índole dominante. Desde criança diziam que herdara o feitio do pai, regedor durante vários anos de uma aldeia no distrito de Viseu: a sua vontade era a única que contava, e nem mesmo os despiques com ele a fizeram amaciar. Ao atingir a maioridade, foi para Coimbra tirar a licenciatura em Direito sem pedir autorização a ninguém, conseguindo o canudo com uma das médias mais altas. Na universidade, conhecera um rapazito que lhe agradou, acabando por casar com ele após arranjar emprego num escritório de advocacia em Lisboa. Dessa união nasceria uma rapariga, Raquel, que também acabou por revelar desde logo a mesma personalidade marcada da mãe. Todavia, o marido de Cármen acabaria por falecer quando Raquel tinha dois anos, vítima de um acidente de viação; a tragédia acabaria por deixar Cármen marcada pelo desgosto da perda do amor da sua vida. Mãe e filha acabariam por se tornar extremamente unidas, apesar dos conflitos derivados da personalidade dominante de Cármen e da irreverência e rebeldia de Raquel.

A viuvez fez com que Cármen, nos tempos livres da advocacia, e numa altura em que se começava a falar do BDSM em Portugal, começasse a colocar anúncios nos jornais, publicitando os seus serviços como Dominadora. Arranjara uma vivenda na zona de Belas que foi transformando em masmorra e dotando de condições para receber os seus clientes. Pelas mãos (e chicotes) de Cármen passaram dezenas de homens e, ocasionalmente, uma ou outra mulher; alguns deles acabariam por se tornar visitas regulares na masmorra.

Raquel foi crescendo e apercebeu-se que a mãe vivia uma vida paralela à de advogada. Ela própria ia começando a revelar tiques dominantes, acabando por ter poucas relações com os colegas de turma graças ao hábito de ter sempre a última palavra. Via a mãe sempre toda bem vestida, às vezes de forma algo ousada, e começou a adoptar o mesmo estilo. Mas seria apenas aos 17 anos que Raquel desvendou o segredo materno. Foi a própria Cármen que revelou tudo, após mais uma discussão sobre a tal vida paralela: a mãe acabou por a levar à dita vivenda de Belas e mostrar o espaço onde recebia os seus clientes. Para Raquel, o que começou por ser um choque acabaria por lhe colocar um sorriso nos lábios, como se aquela realidade lhe permitisse preencher um vazio que desde sempre sentira; e não demorou muito até pedir a Cármen para lhe ensinar a arte de dominação. Esta resistiu à ideia durante algum tempo, mas acabou por aceder… e o anúncio no jornal passou a mencionar “Dominação Dupla com Maîtresse K e Imperatriz Rachel”, já Raquel era uma menina maior de idade e a acabar o 12º ano.

Foi nessa altura que entrou na vida delas Jacinto. Empresário do ramo da restauração, começou por ser um dos clientes regulares de Cármen e Raquel, fã de punição corporal, castidade e CBT, com um fétiche especial por role-play médico; todavia Jacinto foi aproveitando a regularidade das sessões para expressar que faria tudo para ter algo mais sério com Cármen, um relacionamento 24/7 em que a pudesse servir e mimar, custasse o que custasse. Cármen resistiu durante algum tempo às investidas daquele cliente, nunca tendo superado a morte da sua grande paixão; todavia acabaria por aquiescer, desde que Jacinto aceitasse duas regras douradas: não contasse com o amor da Dominadora, e aceitasse as ordens de Raquel como se fossem suas. O empresário aceitou sem pestanejar, perdido de amores por Cármen, e logo ali assinou um contrato em como se colocava sob o comando de mãe e filha. Semanas depois, Cármen e Jacinto casavam-se no registo civil, com Raquel como testemunha; todavia, na noite de núpcias, foram elas que meteram Jacinto na cama e abusaram dele.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

A Herdade

O Meu nome é Helena de Sousa – todavia, sou mais conhecida por Helga von Rosenberg, o nome que adoptei no meio BDSM. Desde que comecei a explorar o Meu lado mais Dominador que ganhei o sonho de ter uma herdade dedicada à superioridade Feminina, onde os homens fossem escravos, utilizados como animais de quinta – provavelmente inspirada pelo que ia vendo na Internet, nos outros países. E, há uns anos atrás, pude começar a transformar esse projecto em realidade. Por causa de uma herança, recebi uma grande quantidade de dinheiro, o que, juntando ao que já havia amealhado do trabalho (tenho um franchise de cabeleireiros) e ao que me calhara aquando do Meu divórcio, tive fundos suficientes para comprar um terreno bem no interior do concelho de Odemira, bem entrincheirado na serra – se vocês pensam que Odemira é só praia e planície, desenganem-se – e apenas com uma estrada de acesso, onde nem os telemóveis de qualquer operadora têm rede… precisamente como Eu queria. O terreno tinha cerca de 2.800 hectares e tinha algumas edificações velhas e já algo deterioradas: mandei-as derrubar e reconstruir com o mesmo estilo, ao mesmo tempo que, na Internet e junto de pessoas conhecidas, procurava quem que Me acompanhasse naquele projecto, tanto Dominadoras como submissos. Apesar de ter recebido muitas negas (e de, inclusivamente, ser sido chamada de “louca” por ter tido uma ideia destas e ter investido nela), consegui arranjar um grupo que Me dava garantias de não Me desapontar.

segunda-feira, 22 de março de 2021

Mudança de visual (parte 2)

 

continuação...

Sem uma palavra, o nosso convidado saiu. Enquanto isso, Andreia havia colocado a estranha cabeça no chão e puxava Catarina pelo braço, levantando-a. Enquanto isso, voltei a colocar a máscara à frente do nariz e da boca.
- Vamos tirar-lhe o fato, Enfermeira A, e levá-la para a cadeira de ginecologia.
Ainda pensei que Catarina tentasse escapar-se assim que se viu livre do fato, mas perante a nossa presença e o facto de não poder ver deixaram-na sem reacção. Verdade seja dita, não lhe demos grande margem de manobra. Enquanto Andreia a segurava, eu desapertei as fivelas que ainda seguravam o casulo de borracha no lugar; assim que a nossa prisioneira ficou nua, levámo-la para a tal cadeira de ginecologia, onde lhe prendemos as mãos aos assentos dos braços e as pernas aos apoios para as mesmas.
- Primeiro passo da nova fase: dar-te uma nova cara, 835. – declarou a minha irmã enquanto voltava a agarrar a tal cabeça; e só então reparei que, afinal aquilo era um hood de borracha com uma grossura bem generosa. Tinha fivelas laterais que uniam as duas metades; a da frente tinha as covas para as órbitas e para a boca, com um buraquinho mínimo no fundo desta, com mais duas aberturas pequenas para as narinas.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Memórias da família Karabastos: Aleksandrya Karabastos

Depoimento recolhido no Hospital Geral de Atenas.

Data da recolha: 25 de Novembro de 2018
Nome: Aleksandrya Karabastos
Data de nascimento: 6 de Janeiro de 1956, Heráklion, Grécia
Filiação: Illias Koteas (1927-1976) e Apollonya Karabastos (1922-1990)

(…)

Acontecimento: “Viajava de Atenas para Malakasa para uma entrevista de emprego. Fora despedida alguns meses da empresa de financiamento onde trabalhava, e havia recebido uma proposta de trabalho para fazer o mesmo trabalho que estava habituada a fazer mas com uma remuneração bem maior. Saí de casa e parti rumo à morada que me havia sido dada no primeiro contacto telefónico feito.

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Três actos (parte 2)

continuação...

Assim que fiquei totalmente submersa, a criatura teve ainda menos problemas em arrastar-me atrás dela, com ela a avançar pelo areal como se estivesse a andar normalmente, e por mais que eu tentasse libertar-me a sua mão não largava a corda que me prendia os pulsos. Sustive a respiração o máximo que consegui até os meus pulmões não aguentarem mais e eu involuntariamente ter tentado aspirar uma grande golfada de oxigénio… e surpreendentemente não comecei a sufocar! Abri os olhos (nem dera conta de os fechar) e, sem mais alternativa, fiquei a olhar para as costas da minha captora à medida que aquele ser ia avançando pelo fundo do mar.

segunda-feira, 30 de abril de 2018

A cobaia da Doutora Rostovseva (parte 2)

continuação...

Então ela subiu para cima da maca, deitando-se por cima de mim e encostando o seu órgão à minha ratinha. Olhei rapidamente para as suas duas ajudantes mas elas quedavam-se imóveis a olhar para nós com um sorriso malandro.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

A cobaia da Doutora Rostovseva (parte 1)

(história anterior)

Abri os olhos lentamente, sentindo a inconsciência abandonar o meu corpo, deixando-me de novo desperta e capaz de me aperceber de tudo à minha volta. Estava deitada num sítio húmido e frio, iluminado unicamente com uma lâmpada que baloiçava por cima de mim e cujo raio de acção não deixava ver nada mais em meu redor. Como não poderia deixar de ser, estava presa a algo, pois os meus pulsos não se mexiam e estavam abertos, da mesma maneira que os meus tornozelos; quanto à minha boca, sentia algo metálico enfiado entre os dentes que me fazia tê-la aberta. Olhei para o meu corpo e vi-me totalmente nua.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Recepção de boas vindas (parte 1)

Catarina fora uma rapariga que sempre se habituara a ter tudo o que desejava. Filha de pais bem na vida e que nunca lhe negaram qualquer um dos seus caprichos, ela havia atravessado a adolescência e chegado à idade adulta sempre armada em diva, com toda a gente a fazer-lhe as vontades. Todavia, a vida encarregou-se de a colocar no seu lugar – com dois pontapés. O primeiro deu-se quando, após um curso de turismo numa escola profissional, o único trabalho que lhe surgiu foi numa companhia aérea, como hospedeira de bordo. Aí, e pela primeira vez na vida, Catarina teve de fazer as vontades das outras pessoas e engolir, pela primeira vez, o seu orgulho e as suas atitudes de diva sob pena de ser posta na rua e não ter meios de subsistência – depois de mais um desentendimento com os pais, estes haviam cortado toda e qualquer ideia de lhe continuarem a sustentar o seu estilo de vida folgado. Mas ainda assim aquela menina loira continuava com uma opinião muito inflacionada dela própria.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Memórias da família Karabastos: Aella Karabastos

Texto retirado das memórias de Erzebeth Báthory, escritas pelo punho da duquesa.

Aella – jovem grega de nome completo Aella Karabastos, trazida ao meu castelo de Csejte1 pela minha querida Dorka2 sob promessas de uma vida livre de pobreza (relembrá-la para mudar de estratégia, este pretexto começa a estar muito usado). Uma beldade oriunda do Sul, de longos cabelos negros e rosto agradável com dois olhos castanhos lindíssimos, bom corpo, busto firme e longas pernas. Uma boa escolha.
Introduzi-a no meu staff de criadas e nos primeiros tempos desenvencilhou-se bem nas tarefas a seu encargo. Esperei pacientemente que ela cometesse um erro para eu a punir e passá-la para a parte da casa em que eu trato das meninas; todavia Aella conseguiu sempre frustrar esse meu plano, fazendo sempre o que eu lhe pedia, por mais absurdo que fosse.
Finalmente tive de me socorrer da comida, acusando-a de ter deixado a sopa salgada em demasia. Ela barafustou e disse que eu estava errada, o que foi suficiente para eu a acusar de me ter chamado “mentirosa”. Apesar dos seus protestos, foi arrastada para os calabouços onde pude enfim ocupar-me dela.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

O novo membro da família

(história anterior)

De certeza que há muita gente que me considera sortuda por ser casada com uma rapariga lindíssima e espectacular como a Andreia Karabastos e de ser um elemento da sua família. E, de facto, na esmagadora maioria das vezes sinto-me autenticamente privilegiada por tê-la na minha vida como a minha companheira de aventuras. Todavia, há um ou outro momento em que acho que ela e a irmã Ana são completamente loucas. E os eventos que vou relatar comprovam precisamente o que quero dizer.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Fickschnitzel

Os passos das duas mulheres ecoavam pelos degraus daquela escadaria húmida e fracamente iluminada por lâmpadas pendentes do tecto. À frente, seguia uma morena alta e de cabelo frisado, porte imperial e rosto amigável mas naquele momento fechado, com cara de poucos amigos, que vestia uma espécie de body de látex encarnado e preto e calçava um par de botas de salto alto pretas pelo joelho. Nas mãos enluvadas segurava uma corrente com que arrastava a segunda rapariga atrás de si, visto aquela corrente estar presa à coleira que aquela trazia ao pescoço. Era uma rapariga também morena mas que tinha o cabelo liso, pelos ombros. O seu corpo estava enfiado dentro de uma camisa-de-forças de látex, nas pernas tinha meias do mesmo material e, nos pés, trazia umas sandálias de salto altíssimo, que tornavam difícil a caminhada – e o descer degraus nem se fala. A sua boca estava firmemente selada com uma mordaça de cabedal com tiras do mesmo material em volta da cabeça; os seus olhos estavam cheios de lágrimas e ela parecia soluçar à medida que ia descendo aquelas escadas, pois sabia o que a esperava: um castigo cruel às mãos de Lady Jewel, a sua captora…

terça-feira, 26 de abril de 2016

Vibrações musicais

(história anterior)

A mudança na meteorologia foi uma bênção: estava a ficar farta e enjoada de tanto tempo com nada mais que chuva e frio. Havia coisas que eu gostava de poder fazer, mas que, enquanto o Sol não aparecesse e viesse acompanhado de alguma dose de calor, teriam de ficar na gaveta. Naquele dia, todavia, era o primeiro em que os termómetros chegariam aos 20 °C, acompanhando um Sol radioso; e, como forma de celebrar, o meu Dono havia caprichado, em relação ao meu look para o dia: estava totalmente coberta por borracha. Tinha um catsuit amarelo, em que apenas tinha a cara descoberta – mas em que Ele me havia colocado um hood transparente a envolver-me a cabeça, apenas deixando os meus olhos, narinas e boca descobertos. Ele havia-me vestido umas cuecas de látex pretas com uns suspensórios, de forma a mantê-las bem apertadinhas na zona do baixo-ventre, para além de luvas compridas e meias, tudo em látex preto. Finalmente, tinha nos pés sandálias de salto alto pretas.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

O play privado

(história anterior)

Depois do meu play com Andreia, Carlos, depois de uma breve conversa com a minha irmã (após a qual ela e Helena desapareceram), levou-me com ele, passeando-me pelas diversas divisões da mansão de Miss Silva, vendo quem lá estava e cumprimentando alguns nossos conhecidos, enquanto eu apenas me limitava a olhar para eles de cabeça baixa após lhes dirigir um cumprimento. O nosso passeio continuou até Carlos soltar um grunhido e virar-se para mim.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Nas mãos das SS (parte 2)


Quando Karin e os seus acompanhantes regressaram, quase uma hora depois, verificaram que ambos os homens estavam na mesma posição em que haviam sido deixados. A rapariga agachou-se ao pé deles e reparou em como o rosto de John se encontrava crispado e fechado, como se estivesse cheio de raiva. O baixo-ventre do seu companheiro estava cheio de baba que havia escorrido da boca do piloto.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Nas mãos das SS (parte 1)

John Mullin, oficial de voo do esquadrão nº 540 da britânica Royal Air Force1, estava numa situação bastante complicada. Ele havia sido escolhido para uma operação de reconhecimento pela zona noroeste da Alemanha nazi com vista ao possível lançamento de uma missão mais pesada, de bombardeamento; o objectivo era tentar abrir um espaço para as forças aliadas tentarem entrar em território inimigo. Já nessa altura John havia sentido um nó na garganta, por compreender que aquela era basicamente uma missão suicida: apesar de ele pilotar um dos rapidíssimos aviões “Mosquito” da RAF, aquela zona estava minada de aviões da Luftwaffe2 e navios da Kriegsmarine3, e o facto de o seu voo ter sido agendado para a noite não havia feito nada para ajudar a diminuir aquela sensação. De facto, o “Mosquito” que John e o seu co-piloto tripulavam nem sequer conseguiu iniciar a sua operação de reconhecimento, tendo sido avistado assim que chegou a terra; minutos depois, meia-dúzia de caças Messerschmitt Bf 109E apareceram no ângulo de visão de John e este amaldiçoou imediatamente a falta de armas daquele aparelho. Temendo pela vida (e pela do colega), John dera meia-volta ao seu avião, tentando utilizar a superior velocidade de ponta do “Mosquito” para fugir aos seus atacantes – todavia o avião fora apanhado pelos Bf 109E após ter completado a manobra. Sem qualquer arma e sem tempo de se colocar em fuga, o “Mosquito” fora presa fácil para os caças nazis, que o fizeram despenhar-se. John e o co-piloto haviam conseguido saltar do avião a tempo, mas haviam-se separado durante a queda, ficando cada um por si.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

A aberração

A instituição que se havia intitulado “Hospital” e que ocupava as ruínas de um hospital abandonado tinha imensos quartos, muitos deles ocupados por rapazes e raparigas raptados com o intuito de serem transformados em escravos sexuais e vendidos a quem se disponibilizasse para pagar as grossas maquias pedidas. Atrás da porta do quarto 315, encontrava-se Tatiana – não, Tatiana não, para as entidades do Hospital, aquela rapariga deixara de ter nome: quando se referiam a ela, era apenas como “Paciente 781”. Uns meses antes, ela tentara fugir dali, conseguindo sair do recinto daquele local mas sendo avistada pelas pessoas de um hospital psiquiátrico, estes colocaram-na num dos seus quartos enquanto decidiam o que saber com ela. Só que uma das Enfermeiras do Hospital, a Enfermeira M, encontrara-a e, após ter abusado dela, trouxe-a de volta à instituição, onde a vida da rapariga foi transformada num autêntico inferno, sendo abusada por Doutores e Enfermeiras indiscriminadamente.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Dia de humilhação

(história anterior)

Apesar de as coisas com Carlos estarem melhor que nunca, ele tivera razão numa coisa: por muito que eu pudesse tentar esconder a minha quebra do sigilo de família, a verdade é que nunca fui grande actriz – só mesmo em casos muito especiais. E Andreia conhecia-me demasiado bem, sabia todos os meus tiques e sinais. Ou talvez fosse o meu sentimento de culpa por ter traído o sigilo a respeito dos segredos da família Karabastos… mas o meu marido encostara-me entre a espada e a parede, não me dando escolha senão confessar tudo. O que é certo é que, a partir de uma certa altura, comecei a sentir algum retraimento por parte de Andreia quando falava comigo, alguma frieza no seu trato comigo. Por mais que eu tentasse falar com ela casualmente, ela respondia-me de uma forma fria, indiferente, monossilábica. Uma tarde acabei por abraçá-la e dizer-lhe que a adorava, mas Andreia, a minha irmã mais chegada, acabou por me afastar aos repelões, dizendo que estava com dor de cabeça. Falei nisso a Carlos e ele abraçou-me, enquanto eu não conseguia aguentar as lágrimas, dizendo que falaria com ela a este respeito no dia seguinte. Não sei no que resultou essa conversa. Todavia, por essa altura, Andreia e Ellen estiveram uns tempos sem aparecerem lá em casa. Mesmo assim eu não descansei, porque sabia que Andreia devia estar a preparar alguma…