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segunda-feira, 25 de agosto de 2025

De Filipe a Pipinha

 

(história anterior)

Filipe era consultor numa empresa de marketing. Licenciado após um curso de quatro anos tirado a muito custo, aproveitara a primeira proposta de emprego que lhe aparecera; e, após três anos de trabalho, e apesar de alguns contratempos, ele estava satisfeito com o seu trabalho.

Filipe tinha um segredo, descoberto durante os seus anos de faculdade: adorava vestir roupas femininas íntimas. Por diversas vezes ia às lojas chinesas e comprava lingerie, meias e collants de nylon opacas, com sapatos de salto alto de diversas cores. E em muitas noites, ele envergava o que lhe apetecia, olhava-se ao espelho, apalpava-se e deixava as mãos tocarem nos tecidos delicados da lingerie e masturbava-se. Contudo, Filipe não se considerava crossdresser, uma vez que não se sentia uma menina assim que a vontade surgia e ele abria a gaveta cheia de roupa e lingerie: ele apenas se sentia excitado com o envergar daquele tipo de roupagens. E, claro, essa faceta fetichista de Filipe nunca havia sido compreendida pelas suas namoradas, pelo que o pobre rapaz continuava solteiro.

terça-feira, 15 de abril de 2025

A Enfermeira e o Paciente


(história anterior)

(História narrada por Carlos Lourenço - texto normal - e Ana Karabastou - texto itálico. O texto está diferenciado para se perceber quem narra o quê)


Acho que já disse uma vez que demasiadas histórias da minha vida começam da mesma maneira: comigo a perder a consciência e a acordar num lugar qualquer escuro, amarrado e amordaçado e à mercê daquela irmandade que faz parte da minha vida. E esta não vai ser excepção: estava eu no meu escritório no estádio do clube onde estou a treinar esta temporada, a organizar alguns dados estatísticos sobre o nosso próximo adversário, quando começo a sentir uma imensa sonolência a apoderar-se de mim. Penso em levantar-me e em ir beber um café (o quarto do dia, afinal de contas estávamos a meio da tarde)… mas não passei do “pensar”, pois dei por mim a tombar em cima do teclado do portátil; ainda me lembro de pensar, antes de adormecer por completo, “que será que aquelas putas já prepararam para mim hoje…”.

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Pagamento por serviços

(história anterior)

- Entrem!

Assim que ouvi a resposta, empurrei a porta da rua, que estava entreaberta, e entrei na casa do casal, sendo seguida de Miguel – ou, melhor dizendo, de Milene. O meu menino tinha uma cabeleira de cabelos negros ondulados, uma camisa branca de mangas compridas, com um corpete bordeaux, uma mini-saia cor-de-rosa berrante, collants brancas e sapatos de salto-agulha e plataforma da mesma cor da mini-saia; para além disso, estava com a maquilhagem perfeita – um mimo!

segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

A picada da Vespa Negra

 


Florbela era uma mulher de meia-idade, de bem com a vida e muito bem resolvida com a sua idade e com o que a vida lhe havia trazido. Era uma mulher não muito alta, de cabelo castanho ondulado, pelos ombros, olhos castanhos amendoados e boca pequena. Trabalhava no posto de combustível que existia na aldeia, o único existente num raio de 30 km à volta, o que fazia com que muitos homens, trabalhadores rurais e das florestas de eucaliptos que existiam à volta, passassem por lá e se metessem com ela, alguns tentando mesmo a sua sorte – ainda por cima havendo um café mesmo encostado à bomba. Contudo, Florbela não os deixava alargar-se muito com a conversa: apesar de ser divorciada e de já ter os filhos maiores de idade e bem na vida, não sentia necessidade de andar a “saltar de cama em cama”. Era porém uma ávida utilizadora do Facebook, e todos os dias colocava uma ou duas fotos dela vestida antes de sair de casa, fosse para o trabalho ou para qualquer passeio que fosse dar, sempre bem arranjada mas sem ser ousada. Logicamente essas fotografias geravam algum frisson, com muitas reacções, “gostos”, “adoros” e comentários de “linda”, “estás muito gira”; uma vez por outra apareciam alguns mais atrevidos que lhe mandavam mensagem privada mas Florbela, sempre fiel ao seu registo, nunca alimentou muito as conversas de quem a queria “conhecer noutro nível”: gostava de se mostrar na Internet mas, em público, era bastante recatada.

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Uma orgia em casa

 


(história anterior)

Sei que a adição de Humberto ao meu harém gerou alguma celeuma entre os restantes membros, uma vez que ele passava todos os dias comigo enquanto Miguel, Vasco e Rita apenas eram meus durante os sábados e domingos (apesar das tarefas que eu lhes dava durante as semanas e dos vídeos que eu obrigava todos a enviar-me). Admito que houve alguns momentos que, por causa disso, pensei separar-me do meu marido… mas uma bela tarde, enquanto me olhava ao espelho, olhei para a diva que estava do outro lado e disse-lhe:

- Ouve lá, mas tu és parva? Vais deixar que três submissos de merda ditem como vais viver a tua vida?! Tu és a D. Joana, caralho! Rainha desta merda toda! E eles só têm de aceitar-te como tu és e na situação que estás! E acabou-se!

Mandei uma mensagem áudio aos três via WhatsApp a dizer que não lhes ia tolerar rebeldias de qualquer espécie, que o facto de Humberto ser meu marido não lhe dava privilégio nenhum e que ele tinha tanto valor para mim como eles (na verdade, até tinha menos, mas eles não precisavam saber disso). E, como castigo, para além da Cerimónia de Bons-Dias À Rainha, que todos eles eram obrigados a fazer ao acordar, alarguei também para eles a Glorificação ao Deus-Alfa, que até então estava unicamente reservada ao meu marido. E todas as manhãs eles tinham de enviar para o grupo de WhatsApp que eu tinha criado para o efeito os seus vídeos a cumprirem ambas as tarefas! E a partir daí pareceu-me que as coisas acalmaram um bocadinho pois todos eles perceberam o patamar em que os tinha…

Mas eis que chegou a altura do aniversário do Humberto e lembrei-me de preparar algo de especial para celebrar a ocasião…

segunda-feira, 18 de março de 2024

Quatro décadas, quatro festas (parte 3)

 

continuação...

O labirinto

O meu vôo, contudo, não me ia levar a Portugal: havia recebido uma mensagem de Amélia, a minha irmã mais velha, a dizer-me para aparecer por casa dela para festejamos o meu aniversário. Sorri com ironia: isso significava que a festa de família iria acontecer em territórios franceses; e como a minha irmã mais velha tinha acesso a mundos e fundos e meios, significava que a coisa iria ser em grande!

Assim que cheguei a Paris e depois de tratar das bagagens, saí para a rua e apanhei um táxi rumo a casa de Amélia. Assim que começámos a andar, agarrei no meu telemóvel, mandei mensagens a Lucy e ao meu marido, a avisar que havia chegado e que havia corrido tudo bem. Abri logo de seguida o Instagram, entretendo-me a ver as publicações mais recentes; recebi, entretanto, um vídeo no WhatsApp de Carlos, em que o mostrava a ele mais aos nossos meninos a fazerem salame de chocolate. Ri-me e mandei um “portem-se bem e continuem assim, a mamã não demora a voltar para junto de vocês”.

E foi então que comecei a sentir-me sonolenta. Era verdade que os dias anteriores haviam sido desgastantes e o sono nunca era de muitas horas, pois a paixão era mais forte… e só então reparei que havia uma separação de acrílico entre mim e o condutor – o que até era normal, por causa da pandemia – e que as portas do táxi estavam trancadas. “Pronto, assim começa a festa…” pensei, antes de tombar sobre o banco, sem sentidos.

segunda-feira, 4 de março de 2024

Quatro décadas, quatro festas (parte 1)

 

(história anterior)

O aproximar da data do meu aniversário começou a deixar-me algo ansiosa: como iria eu fazer a festa naquele ano? Tinha de ser algo grandioso, uma vez que era o meu quadragésimo aniversário, a entrada nos “entas”, mas não queria que fosse algo sobre o qual eu não tivesse o completo controlo, para evitar o que havia acontecido no ano anterior1. Comecei a fazer planos para algo absolutamente “Karabástico” e estava a começar a fazer os primeiros contactos quando a pandemia do coronavírus rebentou em Portugal. Fiquei assustada, claro, por mim, pelo meu marido e pelos meus filhos, e coloquei tudo em pausa, respeitando o confinamento e saindo de casa apenas o mínimo indispensável. Quando as coisas pareciam estar a melhorar novamente, um mês antes da data do meu aniversário, voltámos a entrar em novo confinamento. Todavia, Carlos não deixou que a data passasse impune: uma semana antes, ajoelhou-se à minha frente, entregou-me mais uma aliança e perguntou-me se queria renovar os votos de matrimónio com ele, numa cerimónia restrita apenas a meia-dúzia de familiares. Claro que aceitei! E no dia 19 de Fevereiro, no meio dos campos do Alentejo, fizemos a nossa renovação de votos – no meio do maior secretismo devido à questão do confinamento – e terminámos a noite no nosso quarto, numa sessão de amor, não só sexo, mas puro e verdadeiro amor entre duas pessoas, que durou horas e nos deixou ainda mais apaixonados.

Mas apesar da magnífica cerimónia, sentia que ainda faltava algo… portanto, assim que a pandemia deu mostras de ceder, voltei aos meus planos e contactos para a festa de anos, desta vez, para o meu 41º aniversário. Comecei a preparar as coisas para celebrar com as minhas irmãs; todavia as coisas tomaram uma tal proporção que tive de fazer várias festas para conseguir estar com toda a gente que pretendia celebrar comigo! Este é o relato dessas ocasiões.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Sasha

 


O seu nome era Sasha, estava à beira de chegar aos 20 anos e vivia nas ruas de Lisboa. Órfão desde cedo, viera da Moldávia com um tio em busca de um sítio onde pudesse ter uma vida melhor, mas o tio depressa o metera na rua pois “não tinha vindo para Portugal para suportar anormais parasitas”. E assim Sasha passou a ser mais um dos mendigos das ruas de Lisboa, roubando e pedindo para sobreviver. Encontrara uma guitarra com uma racha no tampo num contentor do lixo, ainda com as cordas quase todas, e passou a ocupar um espaço na Rua Augusta, tocando para os turistas e conseguindo apurar algum dinheiro para comprar comida. E assim foi o dia-a-dia de Sasha durante algum tempo.

terça-feira, 2 de maio de 2023

A mulher de negro

 

Jéssica estava pior que estragada. Depois de se apear do comboio, pusera-se a fazer “stories” e a partilhá-las nas redes sociais… e quando deu por isso, o autocarro que iria fazer a ligação até ao recinto do Sudoeste já estava a arrancar, com ela a correr infrutiferamente ainda uns metros para o apanhar. Fula, voltou às “stories” para relatar a todo o mundo o que lhe havia acabado de suceder.

Os últimos doze meses haviam sido um autêntico martírio para Jéssica. Acabada de fazer 18 anos, fora obrigada a repetir a disciplina de Matemática A por causa da cabra da professora que não lhe deu nota suficiente para passar à primeira. Enquanto ia tendo aulas, inscreveu-se para trabalhar na reposição de um supermercado, e ia balançando tudo isto com a vida social e afectiva, saltando de namorado em namorado porque, devido ao cansaço das aulas e trabalho, a jovem acabava por não ter cabeça para aturar ninguém. Prometera a si mesma que, se conseguisse limpar daquela vez o 12º ano, ia ao Festival do Sudoeste. Nunca pudera ir, os pais nunca lho autorizaram, mas daquela vez ela tinha a dica de “não me podem obrigar a ficar em casa, eu tenho 18 anos” já preparada – apesar de não ter sido necessário, pois a mãe, ao ver a filha extenuada com o trabalho e os estudos, fora a primeira a dizer-lhe para tirar umas boas férias, “que as merecera”. E ali estava ela, no meio do Alentejo profundo, sem saber para onde se dirigir.

Voltou ao telemóvel e abriu a app da Uber… apenas para ver a mensagem de que aquela zona ainda não era coberta pelo serviço. Ficou a olhar estupefacta para o telemóvel, tirou um “printscreen” e partilhou-o nas redes sociais, a perguntar como era possível aquilo num país tão avançado como Portugal. Olhou em volta da estação: havia meia-dúzia de casas, umas fechadas e outras abandonadas. Não se via ninguém por ali. Sem qualquer outro remédio, Jéssica agarrou no trolley onde estava a tenda e as roupas para os dias de festival e começou a andar estrada fora, à procura de um rumo.

A estrada de alcatrão que começava mesmo à beira da estação terminava umas centenas de metros mais à frente numa outra, com placas a indicar “Odemira” e “Luzianes” para a esquerda e “Portimão” e “Monchique” para a direita. Tudo nomes desconhecidos para Jéssica, pelo que voltou ao telemóvel e abriu o Google Maps, para tentar ver para onde seguir e quanto teria ainda que andar… e o resultado deixou-a de boca aberta:

- SETE HORAS?! Não acredito… tirem-me deste filme! Foda-se, estou perdida no fim do mundo!

Sem outra alternativa, começou a andar.

segunda-feira, 24 de abril de 2023

O escravo preferido

Amélia Karabastos, membro primogénito da irmandade Karabastos, manteve a sua ocupação de Dominatrix em Paris apesar das constantes idas a Portugal para se envolver com as irmãs e cunhados. Ela possuía um staff de empregados para tratarem da sua moradia – e nesse staff encontrava-se Phillipe, o escravo pessoal da diva. A sua tarefa era, pura e simplesmente, manter Amélia satisfeita, satisfazendo todo e qualquer capricho que ela tivesse. Para além de ajudar nas tarefas domésticas, Phillipe era também o principal parceiro sexual de Amélia… sentindo na pele a voracidade sexual da Dominatrix, que quase todos os dias o penetrava analmente e o usava para estimular o seu clitóris – ou estimular quem ela quisesse, chegando mesmo, por exemplo, a ser emprestado uma vez à cunhada Helena1. E, apesar de nunca o demonstrar, Amélia gostava da competência, da devoção e, às vezes, até da companhia daquele homem, divorciado e pai de dois filhos, com quase mais dez anos de idade que ela e que, quando não estava sob o seu controlo, era banqueiro: já o facto de lhe permitir manter o seu nome próprio, ao invés do restante staff, era garantia de estar num outro patamar. E decidiu proporcionar-lhe uma experiência inesquecível.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Mãe e filha


Cármen Fonseca sempre fora uma mulher de índole dominante. Desde criança diziam que herdara o feitio do pai, regedor durante vários anos de uma aldeia no distrito de Viseu: a sua vontade era a única que contava, e nem mesmo os despiques com ele a fizeram amaciar. Ao atingir a maioridade, foi para Coimbra tirar a licenciatura em Direito sem pedir autorização a ninguém, conseguindo o canudo com uma das médias mais altas. Na universidade, conhecera um rapazito que lhe agradou, acabando por casar com ele após arranjar emprego num escritório de advocacia em Lisboa. Dessa união nasceria uma rapariga, Raquel, que também acabou por revelar desde logo a mesma personalidade marcada da mãe. Todavia, o marido de Cármen acabaria por falecer quando Raquel tinha dois anos, vítima de um acidente de viação; a tragédia acabaria por deixar Cármen marcada pelo desgosto da perda do amor da sua vida. Mãe e filha acabariam por se tornar extremamente unidas, apesar dos conflitos derivados da personalidade dominante de Cármen e da irreverência e rebeldia de Raquel.

A viuvez fez com que Cármen, nos tempos livres da advocacia, e numa altura em que se começava a falar do BDSM em Portugal, começasse a colocar anúncios nos jornais, publicitando os seus serviços como Dominadora. Arranjara uma vivenda na zona de Belas que foi transformando em masmorra e dotando de condições para receber os seus clientes. Pelas mãos (e chicotes) de Cármen passaram dezenas de homens e, ocasionalmente, uma ou outra mulher; alguns deles acabariam por se tornar visitas regulares na masmorra.

Raquel foi crescendo e apercebeu-se que a mãe vivia uma vida paralela à de advogada. Ela própria ia começando a revelar tiques dominantes, acabando por ter poucas relações com os colegas de turma graças ao hábito de ter sempre a última palavra. Via a mãe sempre toda bem vestida, às vezes de forma algo ousada, e começou a adoptar o mesmo estilo. Mas seria apenas aos 17 anos que Raquel desvendou o segredo materno. Foi a própria Cármen que revelou tudo, após mais uma discussão sobre a tal vida paralela: a mãe acabou por a levar à dita vivenda de Belas e mostrar o espaço onde recebia os seus clientes. Para Raquel, o que começou por ser um choque acabaria por lhe colocar um sorriso nos lábios, como se aquela realidade lhe permitisse preencher um vazio que desde sempre sentira; e não demorou muito até pedir a Cármen para lhe ensinar a arte de dominação. Esta resistiu à ideia durante algum tempo, mas acabou por aceder… e o anúncio no jornal passou a mencionar “Dominação Dupla com Maîtresse K e Imperatriz Rachel”, já Raquel era uma menina maior de idade e a acabar o 12º ano.

Foi nessa altura que entrou na vida delas Jacinto. Empresário do ramo da restauração, começou por ser um dos clientes regulares de Cármen e Raquel, fã de punição corporal, castidade e CBT, com um fétiche especial por role-play médico; todavia Jacinto foi aproveitando a regularidade das sessões para expressar que faria tudo para ter algo mais sério com Cármen, um relacionamento 24/7 em que a pudesse servir e mimar, custasse o que custasse. Cármen resistiu durante algum tempo às investidas daquele cliente, nunca tendo superado a morte da sua grande paixão; todavia acabaria por aquiescer, desde que Jacinto aceitasse duas regras douradas: não contasse com o amor da Dominadora, e aceitasse as ordens de Raquel como se fossem suas. O empresário aceitou sem pestanejar, perdido de amores por Cármen, e logo ali assinou um contrato em como se colocava sob o comando de mãe e filha. Semanas depois, Cármen e Jacinto casavam-se no registo civil, com Raquel como testemunha; todavia, na noite de núpcias, foram elas que meteram Jacinto na cama e abusaram dele.

terça-feira, 16 de agosto de 2022

A mulher e a menina

© Sasha Krasiviy

Olhei pela enésima vez para o telemóvel e tentei perceber o que estava ali. Não podia ser. O GPS dizia-me para virar por uma estrada, mas eu à minha frente apenas via um aceiro florestal, daqueles feitos por máquinas de rastos para cortar eventuais incêndios, totalmente incapaz de eu lá meter o meu carro! Sem outra hipótese, segui pelo outro caminho que tinha disponível, enquanto eu rezava a todos os santinhos para que o maldito telemóvel refizesse o percurso e finalmente me encaminhasse para a estrada de alcatrão e para a civilização!

Fui andando novamente, tentando suportar o calor abrasador que se fazia sentir naquela tarde, calor que nem o ar condicionado conseguia combater, por mais que eu o colocasse no máximo e lhe baixasse a temperatura para o mínimo. Estava realmente um calor infernal… porque raio tinha eu tido a ideia de querer ir à praia fluvial da barragem de Santa Clara-a-Velha por caminho de terra batida, “porque é mais perto”, se eu nem conhecia os caminhos e o Google Maps naquela zona tinha as estradas desenhadas erradamente? Era um desastre à espera de acontecer…

segunda-feira, 6 de junho de 2022

Marido escravizado

(história anterior)

Quem afirmou que “o poder vicia” estava totalmente cheio de razão. À medida que eu ia controlando e dominando o meu harém de submissos, eu sentia necessidade de controlar todo e qualquer aspecto da vida de cada um deles. Queria saber tudo o que estavam a fazer a toda a hora, dava-lhes tarefas – muitas delas sexuais – e pedia fotografias que demonstravam que tinham sido cumpridas (e não poucas vezes aquelas imagens faziam-me levar as mãos ao meu seio ou ao meu baixo-ventre…). Mas não era suficiente: queria mais!

E foi quando regressava a casa depois do trabalho que me veio uma ideia à cabeça: e se eu adicionasse o meu marido ao meu harém? A minha relação com Humberto nos últimos tempos havia-se deteriorado imenso, connosco a falar muito pouco um com o outro e as nossas conversas a serem curtas e bruscas. Se, por um lado, a ideia de nos separarmos para mim fosse um alívio pois dava-me a liberdade de fazer o que quisesse com os meus meninos e de o assumir plenamente, por outro fazia com que o meu marido saísse da minha esfera de controlo, principalmente porque já não sentia atracção física por ele. Mas só a ideia de também o ter debaixo do meu domínio me pôs logo a cabeça a ter ideias…

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Confinada



Fechei a porta, entrei no hall de entrada da nossa casa e pousei a mala do portátil e o saco com documentos do trabalho no chão. A empresa onde eu e Márcia trabalhávamos havia aderido às medidas de contenção do coronavírus, pelo que tínhamos sido aconselhadas a levar as ferramentas de trabalho para nossas casas, com vista a podermos fazer algum trabalho por lá. Suspirei de cansaço, despi o casaco do meu fato e pendurei-o no bengaleiro de entrada; depois, descalcei as sabrinas e troquei-as pelos meus chinelos cor-de-rosa. Depois dirigi-me para a porta de acesso ao interior da casa e quedei-me ao ver o papel colado nela e a mensagem escrita:

“DEVIDO À EPIDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS, A PARTIR DESTE PONTO TODOS OS VISITANTES TERÃO DE ENVERGAR UM FATO HAZMAT. OBRIGADO, FAMÍLIA SEMEDO”

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Anushka


Assim que saí do ginásio, amaldiçoei a minha opção de não ter ido de carro até lá: era um facto que a viagem a pé de casa até lá era menos de um quilómetro, mas naquela tarde o treino que o meu personal trainer havia programado tinha incidido principalmente sobre as minhas pernas, pelo que me sentia um bocado massacrada. Tentando não pensar na dor que já ia sentindo nos músculos, estuguei o passo.
Já ia a meio caminho quando fui atingida por uma daquelas sensações esquisitas, um pressentimento, intuição, o que lhe quiserem chamar, de que algo ia acontecer. Com tudo o que as minhas irmãs já haviam aprontado, acabei por ir desenvolvendo uma espécie de sexto sentido – não que servisse de muito, pois inevitavelmente elas conseguiam sempre os seus intentos… Acelerei o passo ainda mais, olhando para todos os lados: não se via quase ninguém nas ruas apesar do dia bonito que estava. Ao longe vi uma carrinha bege, antiga, a vir na minha direcção; e o facto de ser uma carrinha do tipo furgão, sem janelas do meio para trás, fez disparar o meu alarme; ignorei o cansaço nas pernas e comecei a correr. Podia não ser nada, podia tratar-se de um veículo em que o ou os ocupantes nada tinham a ver comigo, mas preferi arriscar para evitar dissabores.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Deboche nocturno


A partir do momento que Marco decidiu passar a ser a “Barbie” de Paula, a sua vida transfigurou-se por completo. Aliás, chamar-lhe “Marco” seria impreciso, uma vez que ele assumiu o seu alter-ego de Mónica quase em permanência. E, como tal, sob indicação de Paula, a crossdresser começou um tratamento hormonal destinado ao acentuar de aspectos femininos, como os peitos e a fisionomia, e começou a trabalhar mais o físico de forma a reduzir a massa muscular. Despediu-se também do seu trabalho como informático e, algo a contragosto, foi tirar um curso de esteticista, arranjando um trabalho numa cabeleireira não muito longe de casa e cuja dona era amiga de Paula.
Na intimidade com Paula, se Mónica já andava sempre vestida de forma atraente, nesta nova fase ela passou a andar sempre de lingerie provocante e o mais decotada e transparente possível; a esposa fazia-a andar todos os dias com um “tampão” – que mais não era do que um plug com um fio na ponta, que andava sempre enfiado no rego da crossdresser e que a Dominatrix adorava puxar sempre que passava por ela – e, sempre que faziam amor, era Paula que penetrava Mónica, uma vez que, para além de ser esta a dominante da relação, aquela continuava com o seu órgão sexual enfiado num cinto de castidade.

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Reavaliada

(história anterior)

Aquele dia havia começado como tantos outros. O meu marido saiu de casa de manhã para ir para o trabalho (mas não sem antes me ter dado um amasso), depois deixei os meus meninos com Helena para ir depois ao ginásio puxar pelo corpo e ao Almada Fórum às compras.
E foi precisamente quando saí do centro comercial que tudo se deu. Dirigi-me para o parque subterrâneo onde havia estacionado o carro, de mala e saco ao ombro enquanto procurava as chaves do carro, quando levantei os olhos e, não muito longe de mim, me pareceu ver duas raparigas asiáticas encostadas a uma das colunas a olharem para mim. Estaquei imediatamente enquanto tentava perceber se poderiam ser as duas capangas daquela doutora maluca e shemale que me havia raptado uns meses antes (e que quase me haviam assassinado a sangue frio, é bom não esquecer!)1; não consegui chegar a uma conclusão definitiva mas, nunca fiando, acabei por virar costas e acelerar o passo, afastando-me do carro – podia e devia ter-me metido nele e arrancado dali para fora, mas o pânico fez-me tomar uma má decisão.

segunda-feira, 22 de abril de 2019

A caçadora e a presa


Não demorei muito a casar-me com Rossana. Fosse lá por que motivo fosse, eu não conseguia deixar de pensar nela quando não a tinha a meu lado, fazia sempre o possível para a ter sempre comigo… Como acho que já tinha dito, estava viciado naquela deusa de pele cor de ébano. Nem por um momento o facto de ela ter nascido homem me causava qualquer confusão: a única coisa que me importava era quem ela era naquele momento. Quanto às outras partes da nossa relação, as mais kinky… estava completamente subjugado à Ma Babanco, adorava estar ajoelhado a seus pés, suportar os seus abusos verbais e físicos – e adorava que ela me comesse com a sua pila enorme. Talvez esteja a soar muito enamorado e fofinho, mas a verdade é que fiquei totalmente arrebatado com a perspectiva de ficar unido àquela mulher para sempre.
Como disse, casámos, numa cerimónia civil, algo muito simples e protocolar. Em contraste, decidimos passar a lua-de-mel em Cabo Verde, terra natal de Rossana, e ficar por lá um mês. Obviamente que não vou aqui descrever tudo o que fizemos durante esse mês: isso seria moroso demais, para além de vocês nãos estarem interessados em grandes textos. Todavia, quero relatar-vos uma das coisas que fizemos, lá para meados da nossa estadia em África…

terça-feira, 26 de junho de 2018

Opção definitiva (parte 1)

(história anterior)

Depois de uma luta titânica, Marco respirou fundo e olhou para o cadeado minúsculo de plástico que tinha na mão. A partir do momento em que o colocasse no orifício principal do CB-6000 de acrílico transparente, não havia volta a dar: os seus genitais ficariam trancados enquanto Paula quisesse. A esposa havia falado naquela ideia algum tempo antes mas sem o impor; e o facto é que ela havia amadurecido na cabeça de Marco até este considerar que, de facto, fazia sentido ele usar um cinto de castidade: Paula já o controlava totalmente em todos os aspectos da sua vida, era perfeitamente normal que ela também comandasse os seus orgasmos. Assim, ele encomendou um e passou perto de uma meia-hora a tentar colocar os seus genitais dentro daquele espaço apertado – com um balde de gelo ao lado para aliviar as erecções provocadas pelo muito mexer no pénis. E só faltava a última tranca, que manteria o cinto de castidade em posição. Marco engoliu em seco, pegou no mini-cadeado e colocou-o no orifício, deixando de fazer força assim que ouviu o “click”. Depois pegou na chave do cadeado, meteu-a numa caixinha pequena, meteu-a no bolso do casaco, ajeitou a roupa e saiu da casa de banho do trabalho, tentando habituar-se à sensação de ter uma carapaça de acrílico a cobrir-lhe os genitais.