segunda-feira, 23 de março de 2015

Ajuste de contas (parte 2)


- OK, podes continuar. – respondi-lhe, largando a cabeça de Ana e voltando a segurar a vela por cima do seu corpo; naquela altura já praticamente todos os seus seios estavam cobertos por cera – E o nosso filho…
- O… ahhh… o Miguel… devia ter sido uma menina… a primeira da nova geração… mas tu… tu disseste que querias… querias ter um menino… um rapaz… dizias que ter uma rapariga trar-te-ia memórias da tua pobre filhota… ahhh… por isso fiz para te dar uma alegria… um rapaz… fui contra o que devia ter feito… contra a minha família… por ti…

 
- Mas… mas… – senti-me confuso, de tal forma que até parei de mexer no seu clitóris – Tu disseste que tinhas sido apanhada de surpresa pela gravidez!
- Não… não podia dizer… eu nem devia… nem devia estar a falar, amor… todas nós, toda a nossa família está sob uma jura… que nos proíbe de falar sobre os nossos segredos a estranhos… por favor, tenta compreender…
- Mas espera lá um bocadinho. Isso de controlares o sexo do Miguel, dares-me um filho quando apenas poderias ter filhas… isso é impossível.
- Amor… não… não é… para mim… para nós… conseguimos ter esse poder… graças à Deusa… conseguimos fazer com que… o feto que temos no nosso ventre seja menino ou menina… mas isso nem é magia… são mezinhas… e poções…
Não sabia o que dizer, nem sequer o que fazer. Apetecia-me bater-lhe e abraçá-la ao mesmo tempo. Acabei por jogar as minhas mãos aos seus seios e comecei a arrancar a cera que os cobria com as unhas, fazendo-a soltar gemidos de dor.
- Continua a falar, caralho, não pares! Quando disseste há bocado que “elas rebentavam-te outra vez”, foi por causa disso?
- Ahhh! Sim… eu… poucos meses depois de… de ter dado à luz… quando tu tiveste de ir à terra e eu tive… tive uma chamada… ahhh!, da minha agente… ou que eu pensava que era da Tommy… afinal era uma cilada delas… Amélia e Andreia… e Ellen… insultaram-me… Andreia disse que Ellen me ia engravidar a bem ou a mal… e ela fodeu-me quase um dia inteiro… hmmm, pára, por favor…  hmm, Amélia e Andreia foderam-me com Ellen, ao mesmo tempo… bateram-me… violaram-me… não te contei porque são assuntos nossos… de família… não quis que… que ficasses zangado com elas… e… e eu gostei… como sempre… de tudo… o que me fizeram…
A minha cabeça continuava a andar à roda, com a conversa contínua da minha esposa. Afinal de contas quem eram aquelas pessoas que eu julgava conhecer tão bem? E… que raio de papel era o de Andreia, que sempre me parecera uma pessoa muito fogosa e dominante, apesar de rodeada de uma aura de energia negativa que eu nunca conseguira perceber? Ana continuava a falar, impedindo-me de fazer uma pergunta: então eu acabei por torcer-lhe os mamilos, o que a fez berrar novamente.
- Pára aí um bocadinho, se faz favor. E porque é Andreia a encarregue disso? É só porque cresceu contigo ou há aí mais qualquer coisa pelo meio?
- Ela… ela… ahhhh… – vendo que ela recomeçava a hesitar, voltei a acariciar-lhe o clitóris com a ponta do dedo – Ela sempre foi extremamente protectora, ela… ela foi a mãe que eu nunca tive depois da nossa ter partido… ela ensinou-me a amar, ela… eu devo-lhe tanto… penso que… que… ela sempre se culpou e tem culpado por me… me ter abandonado durante algum tempo às mãos da… da nossa mãe adoptiva… que abusava de nós… e depois só de mim… e ela tem tentado compensar isso…
- Não foi isso que eu te perguntei, Ana. O que é ela a ti nesse esquema de coisas? É tua guardiã, é…
- Não… não… hmmm… por favor, deixa-me vir…
Soltei uma gargalhada. Para quem estivera quase num pranto alguns minutos antes, estar a pedir para se vir era, no mínimo, cómico. Tirei a mão do seu baixo-ventre.
- Só quando me sentir satisfeito com as tuas respostas. E quando achar que o mereças. Que criaturas são vocês? – levantei-me e, enquanto falava, regressei à bancada para ir buscar algo que sabia que ela gostava, um plug insuflável. Untei-o com vaselina e regressei à beira do cavalete, onde Ana tremia como varas verdes. Porquê? Não me importei – Fala!
- Querido… meu amor… por favor… não mais… poupa-me… já me traí o suficiente… se… se elas souberem disto…
- Cala-te e preocupa-te comigo. Se achas que elas te deixariam mal-tratada, eu posso sempre cavar um buraco no quintal e enterrar-te viva, ou emparedar-te aqui num dos cantinhos, ou algo mais que sei que tenhas pavor… agora pensa.
Obviamente que eu estava apenas a meter-lhe medo: não tinha a mais pequena vontade de fazer o que estava a ameaçar, pois gostava demasiado dela para isso. De qualquer forma, pareceu dar resultado.
- Por favor… não… tu também não…
Foi nesse momento em que, com dois dedos, lhe abri o ânus, para depois lhe enfiar o plug. Sem o esperar, ela alvoroçou-se toda, arqueando as pernas e tentando afastar-se do objecto estranho; escusado será dizer que sem efeito. Assim que o brinquedo entrou todo dentro dela, comecei a dar à bomba.
- Eu vou-te dar uma coisa de que gostas. Agora, fala, caralho. Deves-me isso.
- Ahhh… hmm… não… eu… eu sou um… um ser humano… como tu… apenas me consigo disfarçar bem…
- Mentiras. Não sei se é magia, poderes de bruxa ou derivados dessa tua ascendência mística, mas o que é certo é que vocês não são normais. Fala-me de ti, quem és tu? Precisas de foder para viver? Que raio de vipe é esse que te dá de vez em quando que parece que te tens de te agarrar à primeira pila que encontrares para te saciares? É isso que eu quero saber!
Enquanto eu falava, fui sempre enchendo o plug que Ana tinha no rabo; ela tentou abrir as pernas, mas as correntes do cavalete que lhe prendiam os tornozelos não lhe davam para muito.
- Eu… não sei… consigo… – balbuciou Ana, entre gemidos – hmmm… mudar algumas coisas… não sei como… se pensar muito forte… mas não consigo fazer… aiiii… alterações muito grandes… mudar cor de cabelo… estrutura do corpo… isso não dá… na… quando te raptámos… e aparecemos as… aiiii… as quatro, todas… todas nós tínhamos máscaras de látex… a cobrir-nos o r-rosto… o resto foi algo que… que Amélia n-nos ensinou… que Mamã lhe havia ensinado a fazer… que era para nos ter en-ensinado a todas se… se não tem partido… sempre disse que era algo m-muito especial… que não podíamos dizer a ninguém que o fazíamos… nem o podíamos fazer sem ser na presença pelo menos d-de uma de nós… ahhh… e nunca para agradar a um estranho… ou usar isto para o Mal… apenas para o nosso amor…
- E os vipes?
- A-amor… por favor… fode-me… – gemeu ela.
Entreolhei-a, de cenho franzido.
- Sério? Agora? Depois do que te fiz? Com o que ainda tenho para te fazer? Fala, vai falando. Depois vê-se.
Ana engoliu em seco, aparentemente a tentar acalmar-se.
- Sim… desculpa… eu… n-não sei explicar, amor… há alturas em que sinto… sinto algo dentro de mim que… uma necessidade incontrolável de ser usada… comida, fodida… que se sobrepõe a tudo, e acho que… que isto é c-comum a todas nós… – comecei novamente a mexer na bomba do plug insuflável que Ana tinha no ânus – o nosso “frenesim afrodisíaco”, como… como lhe chamamos… acho que sim, amor, que tem a ver com… hmmmm… com a nossa ascendência, com… com os festivais em honra à nossa… nossa antepassada, à Deusa… em que as… ahhh… as sacerdotisas se envolviam em orgias…
- OK, OK, já percebi. – murmurei, colocando-lhe a mão sobre a boca.
Tinha a cabeça a mil com tudo aquilo. Tal como Ana havia dito previamente, tudo aquilo era tremendamente difícil de acreditar. Descendentes de Afrodite? Capazes de controlar o sexo dos seus filhos? Frenesins afrodisíacos? Era demasiado inverosímil para acreditar… todavia, era a primeira vez que todos os desvios de personalidade da minha mulher faziam sentido. Não só os dela, mas até as pancadas da minha ex-mulher/cunhada Andreia. Sorrindo fracamente, peguei na roda do cavalete e afrouxei a tensão que a máquina de tortura estava a exercer nos membros de Ana, o que a fez suspirar de alívio.
- Eu acredito em ti, amor. Por muito incrível que a tua história possa ser… eu acredito em ti. – e, dito isto, voltei a acariciar-lhe o clitóris, ao mesmo tempo que lhe mexia no plug.
Ana não disse nada, mas pareceu-me ver-lhe um sorriso a aparecer-lhe nos lábios, antes de recomeçar a gemer. O meu polegar tocava-lhe no clitóris, o indicador e o anelar friccionavam-lhe os lábios vaginais enquanto o dedo médio ia entrando dentro da sua vulva.
- Car… Carlos, eu… por favor… amor… minha… minha vida… p-porque me tor-torturas assim?
Não lhe respondi. Já que a tinha imóvel, à minha mercê, apetecia-me provocá-la.
- Diz lá que não gostas disto, sua puta…
- S-sim… minha luz… p-por favor… monta-me… monta-me e come-me…
- Shhhhh… se calhar tenho de te amordaçar… – coloquei a minha voz mais ameaçadora enquanto continuava a excitá-la.
Ana mordia os lábios, tentando controlar-se.
- S-sim… se calhar devias… colocar-me algo na boca… – gemeu ela, em jeito de súplica.
Quando me fartei de encher o seu plug anal (que já estaria enorme e grosso como tudo), coloquei a minha mão sobre a sua boca, com os meus dedos a entrarem nela… e imediatamente Ana começou a chupar neles, parecendo ficar desiludida ao reparar que não era a minha pila. Nessa altura, tirei as minhas mãos do seu corpo, deixando-a entregue a si própria.
- Nãooooo… amor… Mestre… f-fode-me, por favor… deixa-me atingir…
Deixei-a a falar sozinha e voltei a ir até à bancada para buscar uma rodinha com picos. Coloquei um deles no dedo grande do seu pé direito e fui passando com aquilo pela perna, lentamente, vendo a sua pele arrepiar-se à passagem do utensílio. Quando cheguei à zona do baixo-ventre, a rodinha desviou-se para passar mesmo encostada aos seus lábios vaginais, com o meu dedo a roçar inocentemente pelo seu clitóris. Ana voltou a gemer, ela que até se calara durante o passeio da rodinha, e repetiu os gemidos quando os picos se aproximaram dos seus seios apertados e ainda cobertos de cera. Tirei os elásticos que lhe apertavam os mamilos e passei a rodinha por cima deles, com a minha mulher a morder os lábios e a enclavinhar as mãos, tentando não reagir.
- A-amor… eu… eu falei… disse-te t-tudo o que… que querias ouvir… – gemeu Ana – Porque me… me torturas assim?
- Porque te amo. – respondi, dando-lhe um beijo na boca antes de continuar a passar-lhe a rodinha pelos seios.
Ana voltou a morder os lábios, mas teve de recomeçar os gemidos quando voltei a acariciar-lhe o clitóris.
- Não… não me vais deixar vir… p-pois não?
Grunhi negativamente, tirando-lhe logo de seguida a mão da vulva; a rodinha, ao invés, continuou a passear-lhe pelos mamilos, a rodeá-los, sempre a causar-lhe arrepios; a mão que a estivera a acariciar passou-lhe também para o peito, continuando a arrancar-lhe a camada de cera que ainda cobria grande parte dos seus seios.
Quando decidi tirar a rodinha de picos do seu corpo, debrucei-me por cima dela e comecei a beijar o seu mamilo direito, intervalando com algumas lambidelas e chupadelas.
- C-Carlos… por favor… n-não me provoques mais… por favor… tem… tem piedade de mim…
Soltei uma gargalhada e continuei a lamber-lhe o mamilo, enquanto mexia no seu plug ligeiramente, apenas o suficiente para estimular Ana ainda mais. Depois a minha boca foi navegando entre o seu peito e o seu baixo-ventre, cobrindo toda a zona entre os dois pontos de beijos, com suavidade. A minha mulher não conseguia fazer nada mais senão gemer.
Levantei-me então, levando a rodinha de picos, o balde com água e os restos das velas para deixar tudo na bancada. Apetecia-me torturá-la, levá-la ao limite sem a deixar atingir o orgasmo, tal como as suas irmãs haviam feito comigo, mas estava sem ideias para o que lhe havia de fazer. Acabei por encolher os ombros e agarrar numa gag de anel e numa colher de sobremesa, regressando à beira da minha esposa; num ápice coloquei-lhe a mordaça na boca, ficando ela de boca aberta.
Desapertei o cinto das calças, baixei os boxers e a minha pila apareceu, já um pouco rija; comecei a masturbar-me, vendo Ana a agitar-se à minha frente, reconhecendo os sons da minha roupa a descer e a impar pelo momento em que eu lhe metesse o órgão na boca – coisa que eu não tinha intenção de fazer. Masturbei-me durante algum tempo até que acabei por me vir, com um grunhido, espalhando o meu esperma pela sua cara, com a maior quantidade a entrar na sua boca aberta.
- Estás em privação há muito tempo, esposa querida, por isso não quero que desperdices nada. – declarei, com um sorriso.
Com a colher, comecei laboriosamente a raspar a sua cara, a sua venda e todas as partes onde tivessem caído gotas do meu esperma, recolhendo-as para as despejar na boca de Ana. Queria que ela engolisse tudo, que saboreasse todo o meu produto sem tocar nela! A minha mulher gemia, desiludida por não lhe ter dado o que desejava. Depois de lhe ter limpo a carinha bonita, ainda lhe dei com a pila no rosto, retirando-lhe a mordaça posteriormente.
- Amor… meu Mestre da perdição… não me vais deixar chupar? – gemeu Ana, mal pôde articular palavra – Ou… foder? Por favor? Eu… eu faço qualquer coisa… por favor…
Ri-me do seu “sofrimento” e aproximei-me dela o suficiente para que ela pudesse lamber-me o órgão, coisa que ela fez; todavia não a deixei fazer mais que isso, o que deixou Ana desconsolada. Depois de ter vestido os boxers e as calças e de me ter ajeitado, afastei-me dali e fui buscar o cinto de castidade e o “soutien” de aço inoxidável, forrados a fibra e recheados de cadeados, que ela costumava usar algumas vezes (em conjunto com uma camisa-de-força, nas alturas em que se sentia mais submissa e gostava de passar noites fechada ali ao lado, no nosso quarto de paredes almofadadas); regressando mais uma vez ao pé dela, esvaziei o plug que ela tinha no cu e tirei-lho, lentamente e com cuidado – mas provocando-a mais um pouco.
- Por favoooooor… fode-me… acaba comigo… – suplicava Ana, lambendo os lábios, sem ver o que eu tinha nas mãos.
Continuei sem lhe dar troco; e, assim que lhe toquei com o cinto e ela percebeu o que era, Ana começou a agitar o corpo, berrando como uma ovelha e tentando impedir-me de lho colocar; só que, quando uma pessoa está presa de mãos e pés a algo fixo, é relativamente fácil colocar-lhe o que quer que seja, e, portanto, alguns momentos depois, já estava a apertar os primeiros cadeados do cinto de castidade de Ana, ao mesmo tempo que ela gemia e bramia e gritava:
- Nããããoooo… por favor… amor, isso não… tudo menos isso… por favor… fode-me, não me metas o cinto… por favor… faço o que quiseres…
- Confia em mim. – foi tudo o que disse, continuando com a minha tarefa.
- Se me quiseres colocar o cinto, ao menos fode-me primeiro… por favor… não me deixes assim… – continuou a suplicar Ana – Deixa-me vir-me… por favor…
Mas não me detive, apesar da sua ladainha. Assim que o último cadeado foi apertado, tirei-lhe a venda dos olhos.
- O teu cinto de castidade vai andar no teu corpo durante alguns dias. – disse-lhe, enquanto prendia o molho de chaves dos cadeados ao fio de prata que uso ao pescoço – Por três motivos. Em primeiro lugar, para te castigar pelo que orquestraste. – sorri, dando-lhe um toque com o cotovelo para retirar o peso ameaçador das minhas palavras – Em segundo, para te proteger de seres rebentada novamente pelas tuas irmãs… porque duvido que elas não consigam perceber, especialmente Andreia, que tu desabafaste comigo a respeito dos vossos tabus. E, em terceiro… para ver se consigo começar a controlar os teus “frenesins afrodisíacos” – ou a entendê-los.
- Mas… mas… – Ana parecia desconsolada – Mas vais-me deixar assim? Sem me deixares atingir? Sem me dares prazer?
- Hmm… sim, vou. – debrucei-me sobre ela e beijei-a na testa; depois, comecei a colocar-lhe a protecção dos seios, do mesmo género, para impedir que ela acariciasse os mamilos e se pudesse vir ainda assim. Quando apertei os últimos cadeados, comecei a libertar Ana do cavalete.
- Não é justo… tu gozaste na minha cara e eu não pude gozar… – a minha esposa parecia querer recomeçar a chorar. Estava a erguer-se já, depois de lhe ter liberto os pulsos e os tornozelos.
- Prometo que te compenso. – abracei-a e apertei-a nos meus braços, com ela a afundar a cabeça no meu peito – Daqui a alguns dias, quando as coisas amainarem (porque imagino que as tuas irmãs vão descobrir logo que tu falaste comigo), retiro-te as armações e faço o que quiseres… dentro das minhas limitações, claro está.
Ela levantou a cabeça e olhou para mim.
- Prometes, amor? E quando será isso?
- Um dia, Ana. – passeei-lhe a mão pelo longo cabelo ondulado – Um dia…

(história seguinte)

Sem comentários:

Enviar um comentário