segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Festa de anos de um submisso

 (história anterior)

Engoli em seco assim que a porta se abriu. Não era a primeira vez que entrava naquele espaço (afinal de contas as pessoas dali já me conheciam), mas era por ser a minha festa de anos. O que me estaria reservado para aquela tarde-noite?
Durante a semana anterior, eu tentara sacar nabos da púcara à minha Dona, tentar descobrir o que Ela e a Sua Amiga estavam a planear fazer na festa, mas Ela fechara-Se em copas e não Se descosera. Assim, apenas me restou esperar pela chegada de sábado à tarde.


Quando foi enfim altura de nos começarmos a despachar, a minha Dona foi-Se arranjar, enquanto eu ia fazer o mesmo. O dia havia sido de Verão, com muito calor, portanto apeteceu-me ir à fresca, com um top branco por cima dos meus seios artificiais, uma saia branca, de formato de um xaile mas muito mais levezinha, e… para contrastar com a leveza das minhas roupas, escolhi umas botas de salto alto castanhas, pelo joelho – já para não falar da coleira de cabedal que a minha Dona me colocou ao pescoço, com a chapinha a identificar-me como Sua propriedade. A minha Dona preferiu um vestido largo, de Verão, com umas sandálias rasas – mas meteu coisas num saco e escondeu-as para que eu não visse. E abalámos rumo ao clube.
Lá dentro, recebi cumprimentos e felicitações da malta que lá estava – ainda era cedo, portanto eram poucos. Todavia, à medida que iam chegando mais pessoas, fui-os recebendo e cumprimentando com dois beijos na cara, homens incluídos. E assim se chegou à hora de jantar.
As hostilidades foram abertas com uma bela sopa, à qual se seguiram o bacalhau à Brás e os lombinhos com cogumelos e batata frita, tudo saboroso. Ao mesmo tempo que íamos comendo, havia sempre conversa, galhofa, piadas. A minha Dona por mais de uma vez meteu-me a mão por baixo da saia e apalpou-me o baixo-ventre, encaixado dentro de um cinto de castidade, deixando-me em sobressalto – e em luta, tentando não me excitar. Depois vieram as variadas sobremesas, terminando com o café.
Depois do jantar, a longa mesa foi levantada, ficando a divisão com várias mesas mais pequenas e bancos à roda das mesmas – a disposição normal do clube. As pessoas naturalmente dividiram-se em grupinhos pelas mesas. Eu fiquei com os meus amigos mais chegados, para além, logicamente, da minha Dona, numa mesa de frente para o palco. E, à medida que o tempo ia passando, o meu coração ia acelerando. Que me teriam reservado para aquela noite?
Então, as luzes apagaram-se quase na totalidade, ficando a sala coberta pela semi-obscuridade. Engoli em seco, porque sabia que ia começar o espectáculo… Olhei em volta, à procura da minha Dona, mas não A vi. Nem tão-pouco a Sua Amiga ou o Namorado da Amiga…
No palco, apareceu um homem, de máscara na cabeça, tronco nu e calças de cabedal pretas; aproximou-se de mim, pegou-me nos braços e arrastou-me para o palco. Ali, pegou num novelo de corda e, sempre agarrando-me pelos pulsos, começou a atar-mos ao poste de strip-tease que estava no centro, de forma a eu não me escapar dali para fora. E, antes de se retirar, levantou-me a parte traseira do top, ficando eu de costas nuas e viradas para o público.
Fiquei ali na expectativa, tentando adivinhar o que se iria suceder… e foi aí que as luzes se acenderam e começou a tocar uma música que eu não conhecia. No momento a seguir, apareceram duas mulheres no palco… duas Dominadoras. A primeira a entrar no palco era alta, trazia uma máscara sobre os olhos, o cabelo negro preso num rabo-de-cavalo e um corpete preto a cobrir-lhe o peito; trazia umas leggings a tapar-lhe as pernas e umas botas pretas de salto alto, por cima do joelho e, numa das mãos, trazia um flogger. Atrás dela, estava a minha Senhora – a Ela reconheci-A logo – de corpete preto com riscos encarnados, saia de cabedal pelos joelhos e botas pretas de salto alto, pelo joelho, tendo nas mãos um outro flogger e entre os seios algumas velas. Mordi os lábios quando senti umas unhas compridas a enterrarem-se na minha carne e, imaginei eu, a lavrarem sulcos pela minha pele. Enquanto a música continuava, senti os floggers a fustigarem-me as costas nuas, com força, e uma mão a levantar-me a saia e a apalpar-me as nádegas, sentindo unhas a enterrarem-se ali também. Aquela mão depois tocou-me no ânus por cima da minha tanga e agarrou-me nos genitais enclausurados – que já haviam começado a dilatar de tamanho e a sentirem-se apertados dentro da sua prisão metálica. Enquanto isso, ouvi uma voz perguntar-me ao ouvido:
- Estás bem?
Assenti com a cabeça, reconhecendo a voz da minha Dona. A mão saiu dali e continuei a ser chicoteado, mas não por muito tempo; senti o cabo de um dos floggers ser-me enfiado entre a tanga e as nádegas. Depois disso, agarraram-me nas ancas e fizeram-me dar uns passinhos para trás, ficando eu com as costas algo tortas e, após alguns segundos de quietude, comecei a sentir gotas de algo quente a caírem-me sobre as costas magoadas: cera, indubitavelmente. Fechei os olhos e comecei a beijar o poste onde os meus pulsos estavam amarrados, na impossibilidade de poder expressar o meu prazer de outra forma – prazer condicionado, visto o meu órgão sexual estar a doer como tudo! Senti uma mão novamente a tocar-me nas nádegas e a tirar o flogger dali, para depois voltar a sentir umas unhas a arranharem-me a carne, mas desta vez com menos força que antes. Os pingos de cera continuavam a cair sobre as minhas costas, parecia que alguém estava a fazer desenhos ou a escrever. Só depois percebi que me haviam desenhado um ‘D’ na pele, para todos verem, com um ‘M’ a acabar de ser escrito – as iniciais da minha Dona, o que me fez sorrir ainda mais. E então a música terminou.
Enquanto os aplausos do público se faziam ouvir, ouvi a voz da minha Senhora novamente encostada ao meu ouvido:
- Parabéns.
Virei a cara na Sua direcção e beijei-A.

Depois de a minha Dona e da Amiga me terem desamarrado do poste, voltei a sentar-me no meu lugar, sempre na Sua companhia. Ela não me retirou a cera e eu fiz questão de não a tirar, querendo ficar com ela nas costas. Todavia, os espectáculos que me envolvessem ainda não haviam terminado. Voltou a ouvir-se música e o palco voltou a ser ocupado, desta feita pela Stripper da casa. Esta envergava um top preto semi-transparente e uma mini-saia do mesmo género, trazendo calçadas umas botas brancas giríssimas, pelo joelho e um tacão altíssimo. Dei por mim a pensar “será que alguém lhe disse que eu tenho uma pancada por botas?”
A Stripper dançou sozinha uma música, sem tirar nada; quando começou outra música, uma cadeira apareceu no palco e ela veio-me buscar à audiência, fazendo-me sentar e sentando-se ao meu colo.
Nessa altura confesso que fiquei um bocado sem saber como reagir, pois, por norma, sempre ouvi dizer que “nunca se toca na stripper” quando ela está em cima de nós. Todavia, ela resolveu esse problema, agarrando-me nas mãos e fazendo-me passá-las pelo seu corpo e, assim que ela retirou o top, pelos seus seios. Ainda assim, tentei mexer os dedos o menos possível, a ver se não lhe tocava de modo impróprio! A seguir saiu a mini-saia, ficando ela unicamente de tanga; nessa altura ela sentou-se ao meu colo e simulou fazer amor comigo… e eu comecei a rezar aos santinhos todos para não me excitar ainda mais, caso contrário a jaula que tinha em redor do meu órgão sexual ia aleijar-me ainda mais. Quando, logo a seguir, ela ficou integralmente nua à minha frente (mas de botas, claro), ela voltou a sentar-se em cima de mim, de costas para mim e fez-me passar as mãos pelo seu peito, barriga e pernas, andando muito pertinho da área perigosa, depois virou-se e tive de lhe agarrar nas pernas (nas botas, claro…) para não cair, com ambos a dispararmo-nos a rir, mas abriu-as na minha direcção e eu fiquei a olhar para a sua vulva como se estivesse a observar um animal belo mas imensamente perigoso… e, misericordiosamente, a música acabou nesse momento. Mais uma salva de palmas, com a Stripper a levantar-se e a dar-me a mão para eu fazer o mesmo, despedindo-se de mim com um beijo nos lábios e um “Parabéns, bebé”. E regressei ao meu lugar, respirando fundo e tentando acalmar o meu baixo-ventre.
Por fim, o Anfitrião chamou-me ao palco para que se cantassem os “Parabéns a Você” e para que eu soprasse as velas do meu bolo de aniversário, decorado com algemas e chicotes. Depois andámos, eu e a minha Dona, a distribuir fatias de bolo e copos de champanhe a toda a gente.
E, a partir daí, começou a desmobilização geral. Uns queriam ir a outros lados visto ainda ser cedo na noite, outros queriam ir para casa, outros quiseram ficar ainda mais um bocado. Eu e a minha Senhora acabámos por ir embora rumo a casa.

Assim que chegámos, atirei-me para cima da cama, sentindo um cansaço apoderar-se de mim. Todavia, a minha Dona tinha outras ideias.
- Puta, que é isso? A noite ainda não acabou… – declarou Ela, com um sorriso maldoso.
Abri os olhos e encarei-A.
- Que tem em mente, Senhora?
- Põe-te de quatro em cima da cama. Ainda tenho de te dar a tua prenda…
Fi-lo, engolindo em seco. Que “prenda” teria Ela para mim? A resposta surgiu quando apareceu à minha frente uma caixinha comprida embrulhada em papel de presente.
- Abre-a.
Obedeci, com cuidado para não rasgar o papel (uma mania que ganhei desde criança, quando me diziam que aqueles papéis de embrulho davam jeito para embrulhar outras prendas), abri a caixinha e fiquei a olhar para um plug insuflável, mais pequeno que o da minha Dona.
- Este é para não te magoar tanto, já que te queixas que o outro que cá tenho é muito grande para ti… – e comecei a sentir a Sua mão a tirar-me a tanga e a humedecer-me o ânus; depois, Ela retirou-me o plug das mãos e, após uns segundos, começou a enfiar-mo no cu. Imediatamente o meu órgão enjaulado deu de si…
- Mas… Senhora… não me tira o cinto? – protestei.
Ela riu-Se mas não parou até o plug estar todo dentro de mim.
- Quero ver a Minha puta desesperada. – e a Sua mão agarrou na bomba manual, dando uma bombada. E depois mais outra.
Quando senti aquele corpo estranho a engrossar dentro de mim, soltei um gemido – que aumentou de volume assim que o meu órgão se sentiu apertado dentro da sua jaula… Abri as pernas ainda mais, sentindo-me dilatar, e senti também a Sua mão a acariciar-me a zona púbica.
- Gostas, não é, puta? – sussurrou-me Ela ao ouvido – Gostas de ter esse cu guloso cheio, não é?
Assenti veementemente, incapaz de falar. Ela soltou uma gargalhada e deu mais uma bombada. Assim que o meu órgão dilatou em demasia para a sua prisão de metal, cerrei os dentes e tentei fazer-me de forte… mas a dor era potente. Eventualmente senti as Suas mãos a tocarem-me no cinto de castidade e, depois de alguns momentos, a retirarem-mo, comigo a soltar um suspiro de alívio. Depois, uma bola de borracha foi-me colocada na boca.
- Esta noite quero ordenhar-te, vaca. Quero deixar-te sem pinga de leitinho dentro desses tomates!
Assim que a Sua mão começou a masturbar-me, soltei logo um gemido, ao qual se seguiram outros. Ela encostara-Se atrás de mim e fazia de conta que me estava a penetrar com o plug, enchendo e esvaziando aquele brinquedo para ajudar a essa ideia.
- Só não te como hoje como deve ser porque estou cansada, e imagino que estejas também… mas não te preocupes, que amanhã também é dia!
E Ela continuou a excitar-me com o plug, com a minha prenda de aniversário, e com a sua mão no meu órgão, sentindo-me cada vez mais perto do clímax, cada vez mais perto de largar os fluidos que tinha dentro de mim…
Quando atingi o clímax, os meus gemidos passaram a ser prolongados, assim que senti aquele momento de júbilo inenarrável que me fez libertar os fluidos pelo meu órgão erecto, com a mão da minha Dona que não parou de me masturbar, enquanto o Seu outro braço largou o plug e me abraçou por trás, encostando a Sua cabeça à minha.
- Parabéns, Meu submisso, Meu amor…
Aquela frase fez-me sentir especial: rocei o meu rosto pelo Seu. E ficámos ali, a minha Dona a agarrar-me no órgão e eu a vir-me, até que o cansaço se apoderou de nós e nos deixámos dormir sensivelmente nas mesmas posições.

(história seguinte)

1 comentário:

  1. No dia que pensares deixar de escrever, apanhas...
    é um gosto teu e de quem lê... beijinhos

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