sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Rosa

Naquela tarde, o Sol estava realmente forte na praia. Eu sentia o suor a escorrer-me por todo o corpo, e, apesar de já estar bastante bronzeado, ainda tinha algum receio de me queimar. Dei uma volta em cima da toalha, pensando que devia dar um mergulho… mas ao mesmo tempo estava com uma preguiça tremenda. Assim, acabei por me deixar ficar deitado, passando pelas brasas, até que me fartei: levantei-me, espreguiçando-me descaradamente – sem me importar com as pessoas que me rodeavam – e fui caminhando até à borda da água, sentindo a areia quente a queimar-me os pés. Então, fechando os olhos, dei uma corrida e atirei-me para dentro de água.

 
O choque de temperaturas até me fez sentir bem, depois de tanto tempo a torrar na toalha, apesar de a água não estar assim tão fria como isso; a ondulação estava também bastante calma. Estava um dia perfeito para passar o máximo de tempo possível na água, e foi o que fiz: estive cerca de um quarto de hora, vinte minutos a exercitar os músculos, a mergulhar, a nadar… até sentir o estômago a dar horas a indicar-me que precisava de alimento urgente. Sorrindo, apanhei boleia numa onda e vim até ao areal.
Parei na minha toalha, agarrando na mochila e tirando dali a carteira, para depois caminhar em direcção a um dos inúmeros bares plantados entre o areal e a estrada.
Quando entrei, os meus ouvidos foram imediatamente tomados de assalto por música brasileira. Olhei em meu redor, vendo que o bar estava bastante bem preenchido, com poucas mesas livres. Ainda assim, consegui arranjar uma, perto de uma das saídas, onde fiquei a olhar para a TV, de cabeça no ar, à espera do empregado.
Quando ele chegou à minha beira, trazia um copo com algo cor-de-laranja dentro, que imediatamente colocou na minha mesa.
- Erm, peço desculpa, mas eu ainda não pedi… – protestei.
- É uma oferta da senhora ao balcão. – respondeu ele.
Olhei para lá e os meus olhos ficaram-se numa mulher de vestido amarelo, olhando para mim e acenando. Olhei para o copo à minha frente, sorri, agarrei-o, levantei-me e dirigi-me na direcção daquela desconhecida, sentando-me no banco a seu lado.
- Obrigado pela bebida, apesar de não ser esse o motivo pelo qual cá vim. – disse eu, tentando iniciar a conversa enquanto a ia mirando o mais disfarçadamente possível. Tinha cabelo castanho-escuro, um pouco mais abaixo dos seus ombros – que mostravam o quão bronzeada ela estava. Os seus olhos castanhos estavam fixos em mim – provavelmente fazendo a mesma coisa que eu – enquanto os seus lábios rosa estavam curvados num sorriso agradável – para dizer a verdade, toda a sua cara era agradável e atraente. Tinha também um corpo interessante, bem torneado mas sem exageros, com um biquíni amarelo e uma toalha à volta da cintura. O meu palpite era que teria à volta de uns trinta anos.
- Bom, pareceu-me uma boa alternativa. – respondeu ela, com uma gargalhadinha. Tinha também uma voz agradável.
- É que eu tinha a impressão que isto funcionasse da outra forma. Devia ser eu a oferecer-te uma bebida. – sorri, tentando não parecer um idiota.
Ela continuou a sorrir, não deixando de me olhar nos olhos – e eu de fazer o mesmo.
- Sou emancipada, sabes. Bom, chamo-me Rosa.
O meu olhar então passou para a sua boca. Raios…
- Sou o João. Prazer.
- Igualmente. – sorrindo, ambos apertámos as mãos. Depois, ficámos ali, sorrindo, esperando que um de nós dissesse alguma coisa. Dei um golo na bebida que ela me havia oferecido, um Malibu com sumo de laranja. Não era das minhas preferidas… mas qualquer bebida tomada na companhia de uma rapariga bonita sabia sempre bem.
- Então, João, o que te traz a este lugar? – eventualmente Rosa perguntou.
- Bem… férias. Depois de um mês a trabalhar que nem um cão numa oficina, tirei uns quantos dias de férias para ver se recupero energias.
- Trabalhas numa oficina? – Rosa pareceu subitamente interessada.
- Sim… reparar carros, desmontar outros, esse tipo de coisas.
- Pareces demasiado novo para trabalhar numa oficina.
Cocei a cabeça. Não era de maneira nenhuma um tópico sobre o qual gostasse de falar.
- Bem… larguei os estudos cedo, e isto foi a primeira coisa que consegui arranjar. Não é de modo nenhum o melhor dos trabalhos… mas, heh, sempre dá para ganhar qualquer coisita. E até vou gostando do que faço.
- Compreendo. Posso-te perguntar que idade tens?
- Claro; tenho 23 anos.
Rosa lambeu os lábios, aparentemente agradada.
- E tu, Rosa, o que fazes aqui – se o puder perguntar?
- Claro que podes, João. Faço a mesma coisa que tu. Relaxar, recarregar baterias…
- Talvez esteja a tirar conclusões precipitadas, mas não me pareces o tipo de pessoa que trabalhe muito…
Assim que o ‘muito’ me saiu da boca, vi que tinha feito asneira e dito algo extremamente insultuoso; todavia, Rosa não pareceu ficar afectada.
- Apesar de eu até ter um trabalho fácil, lidar com pessoas acaba por me deixar de rastos. Por isso… de vez em quando, pego em mim, em meia-dúzia de roupas, escolho um sítio qualquer exótico e solarengo e fico por lá alguns dias.
- Lidar com pessoas? Em que área?
- Eu trabalho numa empresa de cosméticos; muitas vezes estou em centros comerciais…
- Ah. – olhei em meu redor, e os meus olhos captaram a ausência de uma bebida à frente de Rosa – Oh, céus, que rude da minha parte… de certeza que deves estar de garganta seca, sem nada para beber…
Ela riu-se com gosto, enquanto eu chamava o empregado que estava detrás do balcão e lhe pedia outro Malibu com sumo de laranja.
E depois… fiquei num impasse. Qual deveria ser o meu próximo passo? Convidá-la para jantar? Para vir comigo para a praia? Deixá-la decider, tendo em conta que tinha sido ela a tomar a iniciativa de início?
Gaita.
- Ouve, erm… – comecei – Tens alguma coisa para fazer esta noite?
O sorriso de Rosa alargou.
- Bem, João, depende.
- Depende do quê?
- Do que me vais propor. – e ela acabou a frase com um piscar de olho.
- Bem, uhm… – gaguejei, sentindo a minha cara ficar vermelha como um pimentão – Eu ia-te convidar para jantar…
- Então, pronto, assim já tenho planos. – e deu-me um encontrão amigável no braço.
Depois de decidirmos os planos para o jantar, ela olhou ao seu relógio de pulso dourado e disse:
- Tenho de ir, querido, tenho algumas compras ainda para fazer, para além de outras coisas…
- Pois, eu também. Tenho de regressar à minha toalha.
- Vejo-te às 20h30?
Assenti.
- Então até lá. – ela levantou-se do banco, beijou-me suavemente nos lábios, virou-se e saiu, não sem antes voltar a olhar para mim.
Abananado, abanei a cabeça, sem conseguir esquecer o sabor dos seus lábios. “Será caso que eu consegui engatar uma rapariga para jantar comigo?” Era uma estreia… sempre tivera problemas nos meus relacionamentos: tivera poucos durante a escola, com todos eles a acabarem porque elas de repente “perdiam interesse em mim”. Depois disso, haviam passado anos desde a minha última interacção romântica… até àquela tarde. O que era isto, o meu dia de sorte?
Levantei-me do bar, como que enfeitiçado, para depois me lembrar do motivo pelo qual eu havia entrado ali. Voltei então ao balcão, pedi um gelado, paguei a minha despesa e regressei à areia quente da praia.

Eram perto de 20h30 e eu já estava no ponto de encontro combinado, sentindo-me um bocado nervoso. Era por demais evidente de Rosa era uma daquelas raparigas que conseguia engatar qualquer homem que ela quisesse… e ela havia-me escolhido a mim. Conseguiria eu ser capaz de não estragar nada, ter uma boa noite, uma boa refeição, acompanhada de uma cara bonita – e, porque não, uma espectacular noite de sexo?
Quase deixei cair o queixo quando vi Rosa do outro lado da rua. Ela estava absolutamente divinal. Envergava um vestido amarelo, aberto nas costas e que lhe chegava aos joelhos, trazia umas sandálias de salto alto verdes e… parecia que havia vestido collants, pelo brilho que as suas pernas tinham – o que era de certo modo estranho, visto estarmos em pleno Verão e a noite até estar agradável. À volta do pescoço, ela trazia um colar de pérolas cor-de-rosa, ou coisa parecida.
- Wow… – não consegui suster o meu arrebatamento ao olhar para ela de cima a baixo. Ao atravessar a estrada, ela parecia um arco-íris num dia nublado.
- Olá, João! Bem, estás bastante jeitoso! – cumprimentou-me ela, com um beijo na face.
Suspirei. Tinha vestido uma t-shirt encarnada, calças de ganga e ténis pretos, o meu estilo normal… mas se Rosa achava que eu estava bem assim, tanto melhor.
- Não, tu ultrapassas-me, Rosa. – respondi – Aliás, se me permitires, diria que tens o nome apropriado.
 Ela riu-se, beijando a minha outra face.
- Bom, vamos?
Dei-lhe a mão e entrámos no restaurante.
Sentámo-nos numa mesa perto das janelas e, enquanto eu pedia borrego estufado com arroz, Rosa optou pelo salmão com batatas e salada, com uma garrafa de vinho tinto para ambos.
Depois de alguma conversa casual e de a nossa comida chegar, para variar, Rosa tomou as rédeas da conversa:
- Então, João, fala-me de ti. De onde és?
- Bom, nasci numa casa na Sobreda e vivi ali a minha infância, até que a minha mãe morreu e o meu pai ficou demasiado velho para cuidar de mim… arranjei um emprego de mecânico numa oficina em Almada e ali tenho estado até os dias de hoje.
- Quanto tempo?
- Mais de quatro anos. – comi mais uma garfada de borrego – E tu, Rosa? Quem é a adorável rapariga que tenho à minha frente?
Ela riu-se.
- Bem, há 42 anos atrás, nasci em Angola, filha de um empresário português e uma empregada local. Depois de um par de anos, o meu pai conseguiu que nos mudássemos todos com ele para Odivelas, onde ambos ainda estão. Depois de ter acabado a minha licenciatura em Engenharia Química, uma amiga minha – que tinha o pai numa empresa de cosméticos – deu-me a oportunidade de trabalhar para eles.
- Espera lá… se és engenheira, porque andas a vender maquilhagens e coisas do género?
- Disseram que eu era demasiado bonita para estar num laboratório. – Rosa riu-se – Que, se eu vendesse os produtos deles, em vez de os fazer, eles iriam ganhar mais.
Não consegui deixar de me rir. Ela, realmente, era engraçada.
- Mas… a sério que tens 42 anos?! – tive de perguntar – Meu Deus, não te daria mais que trinta…
- Achas mesmo, querido? – ela continuou a sorrir – Fico lisonjeada por achares-me mais jovem que o que sou. 
Subitamente, por debaixo da mesa, senti uma das suas pernas a esfregar-se numa das minhas, fazendo-me corar quase instantaneamente. Olhei-a nos olhos, e eles disseram-me tudo o que eu precisava de saber: ela desejava-me. E eu a ela. Sentindo um suor frio a aparecer-me na fronte, despachei-me a comer o meu borrego, enquanto ela se servia de mais um copo de vinho. Chamei o empregado, paguei a conta e, talvez um pouco apressadamente, dei-lhe a mão e saímos do restaurante.
No exterior, a noite havia caído por completo, e os candeeiros iluminavam as ruas, com algumas pessoas a passearem pela rua. Olhei para o relógio, e vi que eram 22h30.
- Bom, querido… e agora? – perguntou Rosa, com os seus olhos a dizerem muito mais do que a sua boca.
- Bom… – lambi os lábios – Podemos ir a algum bar, divertirmo-nos um bocado, ou, erm…
Hesitei. Não estava habituado a ser directo.
- Ou?
- Ou podemos ir para casa e fazer amor.
Pronto. Havia-o dito. Proferira as palavras que exprimiam o desejo que eu sentia desde que os meus olhos se haviam fixado naquela morena, mas que me queimaram a língua durante toda a tarde. Como iria Rosa reagir?
Ela agarrou-me pela t-shirt e puxou-me na sua direcção.
- No teu quarto. – e beijámo-nos.

Todavia, antes de chegarmos ao meu quarto, ficámos “presos” no elevador do meu hotel. Depois das portas metálicas se terem fechado e de a caixa onde estávamos começar a subir em direcção ao andar do meu quarto, Rosa aproximou-se de mim e beijou-me nos lábios, enquanto as minhas mãos se agarraram às suas costas e devolvi-lhe o beijo. O meu nariz foi inundado pelo aroma arrebatador do seu perfume. Então, ela começou a retirar a sua boca da minha, com as suas mãos a prenderem-me contra a parede de metal. A sua língua começou a lamber-me os lábios, sem me dar a oportunidade de lhe responder: Rosa estava a provocar-me. E estava a resultar, pois senti o meu amigo lá em baixo a crescer… Beijámo-nos novamente, trocando um enorme linguado, enquanto a sua mão procurava o painel de controlo do elevador e carregava no botão de paragem de emergência, fazendo-nos parar.
- O que estás a fazer? – consegui perguntar, entre dois beijos.
- Shhh. – Rosa calou-me com um beijo; de seguida, ela ajoelhou-se à minha frente. Enquanto as suas mãos me desapertavam o cinto e me abriam os botões das calças, eu encostei a cabeça contra a parede do elevador, olhando para cima e pensando “Oh, meu Deus…”
Quando senti a boca de Rosa a engolir o meu membro, fechei os olhos e senti-me como se tivesse acabado de chegar ao Paraíso. Já havia passado algum tempo desde que uma mulher me havia feito sexo oral, mas apesar disso… Rosa era perfeita a fazê-lo. Para além de me chupar, ela estava a masturbar-me também. Olhei para baixo, tentando adivinhar quanto tempo me conseguiria aguentar sem me vir para a cara dela… enquanto ela olhava de volta para mim, sorriu e lambeu a cabeça, brincou com ela com a ponta da língua. Estava quase a vir-me…
… e, então, a sua mão voltou a carregar no botão da paragem de emergência do elevador, fazendo com que nós voltássemos a subir. Olhei para Rosa, confuso, enquanto ela me puxava as calças para cima e me apertava o cinto, sempre a sorrir.
- Continua… – disse ela, simplesmente, enquanto cantarolava uma música de uma série de suspense.
- Mas…
Subitamente parámos, e as portas do elevador abriram-se. Rosa levantou-se e agarrou-me pelo braço.
- Qual é o quarto?
- Uh… quarto 1214. – grunhi, tirando o cartão de acesso do bolso das calças.
Rosa tirou-mo das mãos e, ainda agarrando-me pelo braço, foi em direcção à porta do quarto. Ela passou o cartão pela fechadura e entrámos.
Quase nem tive tempo de tirar a roupa: aquela mulher atirou-me logo para cima da cama, ajoelhando-se sobre o meu corpo, comigo entre as suas pernas provocantes. A sua boca, mais uma vez, regressou aos meus lábios, enquanto as suas mãos me puxavam a t-shirt para cima, quase rasgando-a do meu corpo. As minhas mãos também começaram a despi-la, baixando a parte de cima do seu vestido, e só então notei que ela não tinha nada por debaixo, ficando eu especado a olhar para os seus seios firmes e para os seus mamilos espetados…
- Vês alguma coisa que gostes? – ela perguntou, cheia de desejo, enquanto, mais uma vez, se agarrava às minhas calças e boxers.
Respondi agarrando-lhe nos seios com as mãos, enquanto ela se sentava sobre o meu órgão e eu senti o seu baixo-ventre coberto de nylon a ser pressionado contra ele. Rosa começou a mexer-se para cima e para baixo, fingindo que estava a fazer amor, tentando levar-me novamente à loucura… estava desesperado para entrar dentro dela! Deixei-a deitar-se sobre mim, as suas mamas contra o meu peito, enquanto eu lhe rasgava as collants e me preparava para lhe desviar as cuecas para o lado com um dedo, para me dar acesso à sua rata… mas só então reparei que ela não tinha nenhumas! Ela havia saído à rua e jantado comigo apenas envergando vestido, collants e sapatos! Olhei para ela, atónito; ela sorria tentadoramente.
- Querida, és doida…
- Amor, cala-te e fode-me.
Ela beijou-me novamente, mas eu empurrei-a.
- Rosa, eu… eu não tenho aqui um preservativo à mão. – fiz figas mentalmente, rezando para que aquilo não fosse um problema. Ela apenas sorriu:
- Não te preocupes. Está tudo controlado. Agora, importas-te de me foder?
Não precisei que ela o voltasse a dizer. Com um suspiro, o meu pénis entrou nela. A sua vulva soube-me maravilhosamente bem, como nenhuma outra rapariga antes… seria caso que aquela morena me tivesse enfeitiçado? De qualquer forma, a sensação era fantástica. A minha boca procurou um dos seus mamilos, começando a chupar nele, enquanto Rosa continuava a mover-se para cima e para baixo, comigo dentro dela; agarrei no seu outro seio com a mão e comecei a mexer no seu mamilo. Estava bem duro, quase como pedra. Rosa começou a gemer quando a minha língua se esfregou no seu mamilo, as minhas papilas gustativas a serem friccionadas contra as suas auréolas suaves e delicadas. Lembrando-me do que se passara momentos antes, em que ela quase me levou ao êxtase depois de me proporcionar uma das melhores mamadas que eu alguma vez tinha recebido, perguntei-me quanto tempo conseguiria estar sem me vir.
Então, Rosa abrandou, aparentemente tentando manter-se calma.
- Meus Deus, não és nada de se deitar fora! – gemeu ela. Ela atirou-se para cima de mim, colocando a sua cabeça em cima do meu ombro e começando a mordiscar-me a orelha, o que era um ponto fraco meu.
- Oh, céus… A-adoro quando raparigas fazem isso… – ouvi a minha boca dizer. Eu já conseguia controlar o meu próprio corpo, era uma espécie de autómato, unicamente focado em atingir o maior prazer possível, em saciar a minha fome. Tirei a mama de Rosa da minha boca, agarrei-a pela cintura e virámo-nos na cama, comigo, então, por cima. Olhei para a sua cara: parecia satisfeita. Comecei a chupar o seu outro mamilo, enquanto eu atirei o meu corpo para a frente, com o meu ritmo, penetrando-a à minha vontade, indo tão fundo quanto eu queria.
- Oh, querido… estás a ir-me lá tão dentro… – Rosa continuava a gemer.
Comecei a beijar a sua mama, e os meus lábios depois foram viajando pelo seu peito, pescoço, queixo, e acabando na sua boca apetitosa. As minhas mãos agarraram-na pelos pulsos, apertando-a contra o colchão – aliás, eu estava a prendê-la contra a cama – e deixando-a totalmente sob o meu controlo. Até me senti surpreendido, porque, por norma, não costumo ser tão dominante no acto: mas acho que o desejo que sentia de possuir aquela mulher estava a dominar-me, mostrando-me um lado novo que eu nunca havia conhecido. O seu aroma, a sua voz, o seu aspecto – a sua rata, as suas mamas – estavam a deixar-me completamente louco.
Ouvi Rosa a arfar, as suas mãos apertando as minhas, enquanto as suas pernas estavam a envolver-me o corpo. Os seus olhos estavam fechados, enquanto os seus gemidos eram mais altos que dantes: havia conseguido fazê-la atingir um orgasmo… soube-me bem como tudo sentir que tinha conseguido provocar prazer àquela mulher, bem mais velha que eu. Calei-a com mais um beijo, as nossas línguas envolvendo-se novamente.
E então… perdi o controlo. Estivera durante tanto tempo a lutar contra a vontade que sentia de me vir, mas não consegui resistir mais tempo: aumentei a velocidade dos meus movimentos quando o meu sémen começou a preencher a vulva de Rosa, encontrando-se com os seus fluidos. Ambos gemíamos, o nosso êxtase no auge.
- Eu… eu amo-te… querida… – sussurrei, sem fôlego.
- Eu sei… por favor, não pares…
E eu não parei. Adorava estar dentro dela, o meu nariz sempre captando o seu aroma doce e arrebatador, os meus lábios alimentando-se nos seus, com o nosso desejo a ser preenchido ao mesmo tempo…
Quando eu me acalmei, os meus lábios começaram a descer no seu corpo, beijando as mamas de Rosa, depois a sua barriga e parando na sua vulva.
- Amor, o-o que estás a fazer aí em baixo? – perguntou ela, quase suplicante.
Respondi-lhe beijando o seu clitóris uma e outra vez, e lambendo-lhe os lábios vaginais húmidos de cima a baixo. As suas mãos agarraram os seus seios, com os seus dedos a apertarem desesperadamente os mamilos, satisfazendo-se. Os seus gritos de prazer voltaram a encher o quarto.
Penetrei a sua vulva com a língua, sabendo que eu preferiria muito mais estar a meter lá a pila novamente; mas dar prazer oral àquela mulher que me havia deixado louco de desejo parecia-me acertado. De cada vez que a minha língua entrava nela, saía mais encharcada que da vez anterior. Ela estava tão encharcada, eu estava tão duro novamente… raios, tinha de entrar nela novamente!!
Levantei-me e, agarrando Rosa pela cintura, puxei-a contra mim, novamente, com os nossos lábios a encontrarem-se mais uma vez – os meus lábios ainda húmidos dela. Entrei dentro dela mais uma vez, mais uma vez tendo a impressão que havia entrado no Éden, ao lado de uma deusa. Os meus braços sempre enrolados à volta da sua cintura, com Rosa sempre debaixo de mim, aceitando-me dentro dela, beijando-me, fazendo-me sentir a pessoa com mais sorte na Terra…
Pela segunda vez, viemo-nos juntos, gritando apaixonadamente o nome um do outro. E quando nós, depois de algum tempo, voltámos a ser donos dos nossos corpos, os nossos olhos ficaram cravados entre si, reparando na paixão latente neles, connosco sorrindo. Então abraçámo-nos, os nossos corpos suados firmemente juntos. Não dissemos palavra: não era preciso. Não existiam palavras no mundo que fizessem justiça ao que sentíamos naquele momento, do quanto nos queríamos e desejávamos mutuamente… aquela noite de sexo havia sido tão intensa que queríamos ambos que durasse para sempre.
Ainda abraçados, adormecemos.

Quando acordei, espreguicei-me, para de seguida os meus braços procurarem por Rosa, enquanto lutava para abrir os olhos. Todavia, não encontraram nada: ela havia desaparecido. Levantei-me de súbito, sentindo um vazio no meu coração, mas ela não estava em lado nenhum. Depois daquela noite fantástica, ela parecia ter-se esfumado.
Sentei-me no canto da cama, sentindo-me triste e vazio. Claro, havia sido apenas uma noite, e, se fossemos a ver bem, nem haviam passado 24h desde que nos havíamos conhecido, mas… mas Rosa era uma mulher fora do normal e não me saía da cabeça. Só de pensar no seu rosto suave e delicado, nas suas feições de boneca, dava-me vontade de estar com ela. E esperava conseguir voltar a encontra-la… apesar de não saber nada mais que o seu primeiro nome.
Então, casualmente, olhei para baixo e pareceu-me notar algo estranho na perna. Quando olhei com mais detalhe, reparei que tinha “Vê o” escrito na coxa direita; na esquerda estava “telemóvel” – e, na cabeça da pila, tinha a marca de um beijo, o que me fez sorrir.
Fui à procura do telemóvel e li a mensagem que lá estava à minha espera:
Desculpa-me, querido, por ter de te deixar tão cedo, mas tive de tratar de assuntos pessoais. Mas deixa-me dizer-te… mesmo enquanto escrevo isto, não consigo deixar de pensar na noite de ontem, do prazer que tivemos e dos orgasmos. Quando te ofereci aquela bebida, foi apenas com a intenção de te montar e mais nada; mas agora, quero ver-te outra vez, e outra vez, e outra vez, e outra vez, e deixar-te comer-me até ao fim dos tempos… ;) se tens a mesma vontade, liga-me. Beijos, Rosa.” E terminava com um número de telemóvel.
Sorri, deixando-me cair na cama novamente. Então comecei a marcar aquele número, sentindo a pila enrijecer novamente.

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