quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O bacanal

Sentia um misto de excitação e nervos à medida que íamos avançando por aquele corredor, à medida que chegávamos à sala onde tudo se iria passar. A falta de roupa também ajudava à tremideira que invadia o meu corpo: trazia vestido no meu corpo unicamente uma tanguinha de fio dental… para além de sapatos de salto alto pretos, a minha habitual gargantilha negra com uma cruz de prata e a máscara obrigatória para aqueles eventos: a minha era inspirada nas caraças dos Carnavais venezianas. A meu lado, Pedro segurava-me pela mão, gentilmente: ele estava vestido formalmente, de fato de gala e laço pretos. Trazia uma capa sobre os ombros, de capuz caído sobre a cabeça de cara coberta pela sua máscara, semelhante à minha.

 
Havia sido convite do meu namorado termos aquela experiência, mas a ideia havia partido de mim. Na minha juventude, as histórias que me deixavam mais excitada eram aquelas que envolviam muitos homens e mulheres, envolvidos uns com os outros ao mesmo tempo num imenso bacanal. Fui tendo namoros convencionais, sexo convencional que me deixava satisfeita, mas aquela fantasia ficou sempre como algo que eu adorava poder experimentar. O Pedro era o meu namorado mais recente e tinha tudo para ser “o tal”: giro, simpático, trabalhador e o sexo com ele era fantástico. Depois de muitos meses com ele, tive confiança para me abrir com ele a respeito daquele meu desejo: porém, ao ver a sua reacção tristonha, acabei por desistir. Apesar de tudo, umas semanas depois ele falou-me nisso, que havia falado com uns amigos e que, se eu quisesse, poderia realizar a minha fantasia. E ali estávamos…
O corredor da mansão onde nos encontrávamos era luxuoso, de paredes forradas de cortinados e quadros com aspecto de serem valiosos. O mesmo corredor terminava num cortinado, para além do qual não se conseguia ver nada. Quando o passámos, senti as borboletas no estômago agitarem-se novamente, por não saber o que me esperaria…
Do outro lado, estava uma sala fracamente iluminada, onde se viam imensas silhuetas, algumas delas olhando para nós, outros demasiado entretidos para nos ligarem. Através dos buracos para os olhos da minha máscara, pude ver as mulheres em trajes semelhantes aos meus e os homens praticamente todos vestidos. Fiquei sem saber o que fazer, até que Pedro me largou a mão, pois já vinha um homem na nossa direcção.
O visual daquele homem era muito semelhante ao de Pedro: formal, de máscara do mesmo género das nossas. Fisicamente, parecia ter um corpo atlético: alto, forte e espadaúdo. Pareceu aproximar-se de Pedro e trocar algumas palavras com ele, numa conversa que não consegui ouvir. Então, o meu namorado agarrou-me na mão novamente e, delicadamente, entregou-me ao desconhecido. Ele pegou em mim e levou-me até a um banco de madeira que estava encostado à parede, onde ele se sentou. Fiquei de frente para ele, até ele me fazer aproximar dele e beijá-lo, mesmo com algum embaraço devido às nossas máscaras. A sua língua entrou disparada na minha boca, os seus braços apertaram-me contra mim, ao mesmo tempo que eu me deixava dominar por aquele sentimento, pela luxúria de estar com um perfeito desconhecido, pela possibilidade de poder realizar a minha fantasia. As minhas mãos meteram-se por baixo das suas roupas formais, comecei a mexer na sua pele, a arranhar-lhe as costas, a ouvir a sua respiração acelerar. Conseguia perceber pelos seus suspiros que eu o estava a excitar. Acabei por me sentar no seu colo, sentindo algo crescer na zona do seu baixo-ventre, especialmente quando me agitei, roçando-me nele. Olhei para trás, reparando em alguns mascarados encostados ao balcão, olhando para nós – e para mim, imaginava. Voltei a olhar para aquele desconhecido, vi que ele já havia desapertado o cinto das calças e já tinha o seu órgão erecto à mostra. Agarrei nele, coloquei-me de joelhos no chão e chupei-o um bocadinho: ele era mesmo bom, suculento, e ainda mais suculento se tornou quando saiu da minha boca e o masturbei um pouco. Mais uma vez ouvi-o gemer de prazer; cuspi-lhe na cabecinha para ajudar a lubrificar e deixei que os meus dedos lhe continuassem a massajar no órgão de uma ponta à outra. Dei-lhe mais uns beijinhos no prepúcio para o ajudar a crescer.
Quando achei que o seu pénis estava duro o suficiente, vasculhei os bolsos das suas calças e retirei de lá um pacotinho com um preservativo: abri-o e coloquei-lhe a cobertura de látex no seu órgão, para logo a seguir me sentar novamente no seu colo. Ele nem sequer me fez despir a tanga, optando antes por ma desviar para o lado, entrando em mim assim mesmo, até ao fundo. Fechei os olhos, gemendo eu também, sentindo-me naquele momento tão puta… de tal forma que senti logo necessidade de apalpar as minhas mamas – até que ele meteu um dos mamilos na boca e mo começou a chupar e a passar a ponta da língua por aquela zona sensível, deixando-me ainda mais louca. Tão louca que olhei para trás mais uma vez, reparando em duas ou três figuras que olhavam para nós. Não sabia se alguma delas seria Pedro, mas, com uma mão, fiz um gesto convidativo para um deles, que não se fez rogado. No instante seguinte, ele já estava atrás de mim, desapertando as suas calças e mostrando-me a sua ferramenta: podia não ser tão grande como o que me estava a comer a ratinha, mas não era nada de se deitar fora! Enquanto eu continuava a dançar no colo do Desconhecido nº 1, o Desconhecido nº 2 colocava preservativo: logo de seguida, os seus braços abraçaram-me por trás, apertando-me com força, enquanto o seu pénis foi entrando, lentamente, pelo meu cuzinho dentro. Gemi baixinho, sentindo aquelas duas pilas dentro de mim, penetrando-me e levando-me à loucura!
Sentia-me completamente possuída: voltei a olhar para trás, para os dois gajos que continuavam encostados ao balcão. Cada um deles tinha as mãos dentro das calças, aparentemente a acariciarem as suas pilas. Sorri para cada um deles e perguntei-lhes se não precisavam de ajuda… o que fez cada um deles entreolhar-se e, aparentemente, rir-se – as máscaras que eles envergavam não deixavam revelar muito. Aproximaram-se de mim avidamente; eu deixei de abraçar o Desconhecido nº 1 e, após eles terem baixado as suas calças, agarrei nos seus órgãos e comecei a masturbá-los. Um deles tinha uma pila jeitosa, o outro nem por isso, mas não me importei. Sentia-me completamente possuída, queria sentir-me rodeada de homens, tê-los a usarem-me para seu prazer! Todavia, não me sentia ainda satisfeita, faltava-me ainda algo mais… sentia vontade de ter uma na boca também! Larguei a boca do primeiro homem e pedi a todos eles para me deixarem ajoelhar e voltarem a empalar-me nos seus órgãos. Eles assim fizeram e, quando voltaram a entrar em mim, fizeram-no à bruta, todos ao mesmo tempo… e o grito que larguei nessa altura quase se ouviu em toda a divisão.
Por aquela altura, já algumas pessoas estavam perto de nós, observando-nos… ou, melhor dizendo, observando-me a mim com quatro homens. Chamei mais um, o que estava mesmo à nossa frente, dizendo-lhe para ma meter na boca se fosse homem para isso. Qual é o homem que resiste a um desafio daqueles? Ele não se fez rogado: no instante seguinte, tinha uma mão a agarrar-me o cabelo, a manter-me em posição enquanto a sua pila me entrava na boca de uma só vez – não era tão avantajado como o primeiro, como o que me estava a comer pela frente, mas não era nada de se deitar fora. 
Estava com todos os meus buracos cheios, para além de ter mais duas pilas nas mãos; ouvia aqueles homens, e outros, a falar entre si, mas o meu cérebro não registava absolutamente nada do que se passava à minha volta, apenas pensava naquelas cinco pilas que tinha a meu cargo. Então, senti-me explodir, sendo dominada por uma onde de energia e júbilo inenarrável ao atingir o orgasmo. Durante uns breves instantes não consegui sentir nada mais que não fosse as ondas de prazer a percorrerem o meu corpo de uma ponta à outra.
Quando voltei a mim (por assim dizer), tinha a pila que masturbava na minha mão direita a começar a vir-se, enchendo-me a cara e parte do peito com o seu sémen. Mesmo assim não parei de o masturbar, queria secá-lo; enquanto isso, tinha dois homens a comerem-me a ratinha e o cu com voracidade, como se estivessem “esfomeados”, e um outro a enfiar-me a sua “ferramenta” toda até à garganta. Ouvi o Desconhecido nº 2 a grunhir, ao atingir o orgasmo no meu cu – o seu leite a ficar retido na cobertura de látex que lhe envolvia a pila. Toda eu me sentia noutra dimensão, insaciável, voraz – e à beira de novo orgasmo, tão pouco tempo depois do primeiro… O gajo que eu estava a masturbar com a mão esquerda veio-se também, salpicando-me com a sua essência morna e, logo a seguir, o Desconhecido nº 1 começou a gemer da mesma forma que os outros, atingindo o clímax e vindo-se dentro do preservativo, abrandando os seus movimentos mas continuando a penetrar-me à mesma. E, pouco antes de eu atingir o meu segundo orgasmo, quase me engasguei quando o último desconhecido se começou a vir, enchendo-me a boca, o peito e a máscara de sémen.
Assim que voltei a ser dominada por mais uma descarga orgásmica, os cinco saíram de dentro de mim, deixando-me cair no chão frio e duro com a cabeça, peito, boca e mãos cobertos de esperma. Assim que me acalmei, olhei para cima, à procura deles, mas haviam desaparecido – aparentemente, não estavam interessados em continuar comigo. Reajustei a minha tanga – havia feito sexo com cinco gajos sem sequer despir as cuecas! – e levantei-me, olhando para todos os lados, vendo pessoas envolvidas sexualmente umas com as outras, sem conseguir reconhecer Pedro em parte alguma; acabei por ir à procura da casa de banho, para me limpar. A noite ainda era longa… 

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