segunda-feira, 24 de abril de 2017

O encontro misterioso

(história anterior)

A partir do momento que tive a minha primeira experiência com um homem, nunca mais eu desejei outra coisa. Talvez eu tenha perdido um bocadinho a cabeça depois de ter sido comida pelo homem das pizzas, mas a verdade é que aquela tarde/noite ficaram-me para sempre na memória. Eu tinha vontade de repetir a experiência!
Todavia, nada me preparara para o que me iria acontecer…

Uma noite, quando eu cheguei a casa do trabalho, em pulgas para me transformar em Melanie, abri a caixa do correio e vi que tinha ali um envelope de papel negro, fechado e sem remetente nem selos. Intrigada, e antes de tirar as minhas roupas sem graça, abri-o e li o que havia sido dactilografado no papel contido no envelope, também de papel negro:

Queres ser uma mulher a sério? Amanhã, às 21h00 em ponto, aparece na morada que incluo em baixo e far-te-ei sentir como tanto ambicionas.
PS: 21h00 em ponto. Se te atrasares ou adiantares, nem te dignes em aparecer.

A carta não estava assinada e tinha em baixo um papelinho colado com um endereço nas imediações de Lisboa. E a verdade é que aquele texto me fez sentir ao mesmo tempo assustada e ansiosa. Quem poderia ser o autor daquela missiva? Eu nunca revelara a ninguém a existência da Melanie e a única pessoa que a havia visto era o rapaz das pizzas… poderia ser ele? Talvez a prudência ditasse que eu atirasse aquela carta para o lixo e nunca mais pensasse nela… mas ao mesmo tempo eu queria descobrir quem estava do outro lado – e queria que aquela pessoa me mostrasse como me poderia fazer sentir como uma “mulher a sério”.
Escusado será dizer que eu no dia seguinte andei uma pilha de nervos e mal me consegui concentrar no trabalho. A perspectiva de me meter nas mãos de um desconhecido fez-me ter muitos espasmos no meu clitóris. E nem mesmo o bom senso atenuou aquelas ânsias. Dei por mim a rezar para que fossem 21h o mais rapidamente possível e por muitas vezes amaldiçoei o ponteiro dos minutos por andar tão devagar.
Quando foi horas de sair, corri até casa, despi-me e enfiei-me na banheira, cheia de nervos. Queria estar o mais limpa e cheirosa possível, e queria ter tempo para me arranjar e pintar até ficar no ponto. Só então me caiu a ficha: eu ia ter de andar na rua como Melanie, algo que eu nunca havia feito! Esse pensamento colocou um ligeiro travão em toda a aventura… mas a verdade é que eu já me havia decidido: eu queria fazer aquilo. E se me vissem… azar.

Faltavam três minutos para a hora marcada quando cheguei à morada indicada. Olhei em redor e vi que as redondezas estavam desertas, o que era sempre bom. O GPS havia-me levado à beira de um prédio perfeitamente normal no meio de tantos outros. Olhei para o relógio de pulso dourado que tinha no pulso, abri a minha mala, puxei do maço de tabaco e fumei um cigarro enquanto o ponteiro minúsculo dos minutos não se aproximava do ‘12’.
Assim que chegaram as 21h00 certas, saí do carro, atirei o cigarro para o chão e pisei-o com um dos meus sapatos de salto alto cremes, dirigi-me para o teclado que estava ao lado da porta do prédio e carreguei no botão correspondente ao apartamento que me havia sido indicado. Fiquei à espera, e à espera… até que a fechadura deu um estalido. Ainda esperei que alguma coisa fosse dita, mas como não queria deixar ninguém à espera – e eu também estava louca por saber o que se ia passar – acabei por entrar no prédio.
O elevador levou-me até ao 4º piso. Enquanto tentava descobrir qual seria a porta certa, vislumbrei um pano preto pendurado na maçaneta do lado de fora de uma delas. Caminhei naquela direcção e vi que o pano tinha um papel pregado que dizia simplesmente: “Coloca-me”. Soltei um suspiro de ânsias enquanto colocava aquele pano a cobrir-me os olhos e o apertava o mais que conseguia: só quando me senti pronta é que a porta que tinha à minha frente se abriu; e de seguida uma mão agarrou-me pelo antebraço e fez-me avançar para dentro de casa.
- Boa noite. – disse eu.
Não obtive resposta. Em vez disso, duas mãos fortes agarraram-me nos pulsos com força, juntaram-nos e um par de algemas foi colocado neles; e logo a seguir fui forçada a ajoelhar-me.
- Que estão a fa…
Não tive oportunidade de acabar o meu protesto: uma mão agarrou-me no maxilar com força, mantendo-o forçosamente aberto, e, quando dei por ela, tinha uma pila a entrar na boca! Uma outra mão agarrou-me no cabelo e fez-me mexer a cabeça, com aquele órgão de tamanho razoável a entrar e sair de mim, enquanto a única coisa que eu podia fazer era chupar… Seria aquilo que o autor da carta considerava “ser uma mulher a sério”? De qualquer maneira, só comecei a sentir algum receio quando me apercebi que, em simultâneo com o homem que me estava a violar a boca, ele tinha um companheiro, que se ajoelhou por trás de mim, me levantou a saia cor-de-rosa e me começou a penetrar o rabo!
Não tive outra opção senão deixar-me ser usada e, depois de algum tempo a “estranhar”, deixei-me “entranhar” pelo que estava a ser forçada a fazer. Afinal de contas, eu desejava voltar a ser comida por um homem, e se ali tinha dois a abusarem de mim, apenas tinha de aproveitar a oportunidade. E o meu clitóris começou logo a reagir…
- Eheheh, deita! – alguém disse, e senti uma mão dar uma chapada no meu órgão íntimo – Aqui tu não levantas!
Fiquei com a impressão de que não seriam só duas pessoas ali à minha volta… e isso confirmou-se quando alguém me agarrou nos pulsos algemados e me meteu uma outra pila entre as mãos. Ou seja, tinha três homens a utilizarem-me para obterem prazer. Pensar nisso agora até me acorda o clitóris… mas na altura confesso que me senti um bocadinho em pânico; todavia nada podia fazer senão tentar dar prazer aos meus assaltantes e esperar que eles não fossem muito brutos comigo. O macho que me comia o cu era o mais cuidadoso, enfiando o seu pau com cuidado, tentando não me magoar muito; o que abusava da minha boca, ao invés, atacava-me como se a sua própria vida estivesse em jogo. E, enquanto eu tratava de dar prazer àqueles três desconhecidos, eu só os ouvia grunhir, gemer e suspirar – o que me indicava que eu até era capaz de os estar a satisfazer. E, a comprovar isso mesmo, não demorou muito até o que eu estava a chupar soltasse um grunhido mais forte para, no instante seguinte, a minha boca se começar a encher com o seu leitinho quente e espesso; fiquei na dúvida sobre se haveria de o engolir ou não, mas acabei por o fazer, pensando que ele talvez achasse ofensivo se eu deitasse fora o seu esperma. Durante o seu orgasmo, aquele macho foi abrandando os seus movimentos, começando a retirar-me a pila da boca assim que se acalmou; de súbito, ele deu-me com ela na cara. Mais um gemido forte encheu aquela divisão e comecei a sentir mais leitinho a ensopar-me, desta feita, as mãos, à medida que aquele desconhecido ia disfrutando do orgasmo que eu lhe havia proporcionado. Saber que dois homens haviam atingido o clímax por minha causa fez-me sentir bem… e melhor me senti assim que o terceiro desconhecido, o que se ocupara a enrabar-me, soltou uns suspiros prolongados; mas desta vez não senti mais uma dose de leitinho, uma vez que ele usara preservativo. De súbito ele saiu do meu traseiro, um pouco bruscamente, e voltei a ser novamente agarrada e forçada a erguer-me.
- Oiçam, quem são vocês? – perguntei, ansiosa – Não me vão deixar vir também?
Pareceu-me ouvir risos; mas, durante alguns momentos, nada se passou, quase como se todos estivessem à espera de alguma coisa. Quando soube por que esperavam, já era tarde demais: um deles fez-me abrir as pernas enquanto os outros agarravam no meu clitóris e pareciam colocar-lhe algo, de plástico e de silicone que o parecia cobrir por completo… e só quando ouvi o clic do cadeado é que percebi: estavam a meter-me um cinto de castidade!
- Não, puta, agora essa tua coisinha vai deixar de servir para teres prazer. – ouvi uma voz estranhamente familiar – A partir de agora, passas a ser minha. Tal como no trabalho.
A venda foi-me arrancada e demorei algum tempo a adaptar-me à luz que inundava o sítio onde nos encontrávamos. Quando consegui ver os meus captores, olhei para eles, tentando reconhecê-los, mas apenas o terceiro, o que falara, aquele que se viera na minha boca, era conhecido meu: era Ricardo, o meu supervisor! Ele deve ter notado que eu reagi de qualquer forma, pois soltou uma gargalhada.
- Olá, Melanie, não estavas à espera de me encontrar aqui, pois não? – abanei a cabeça – Pois, mas é assim a vida, como vim a saber por portas e travessas que um dos meus subordinados, fora do local de trabalho, gostava de ser mulher e até gostava de ser comida por gajos, resolvi preparar um encontro com estes meus dois amigos. – e fez sinal para os seus companheiros – E finda a brincadeira, fecho-te essa amostra para te poder controlar mais eficientemente. É que a partir de agora as coisas vão ser muito diferentes!
- D-diferentes como? – balbuciei.
- Vais ser a minha puta e eu vou ser o teu Daddy. Vais fazer tudo o que eu quiser, vais dar prazer a quem eu quiser e, em troca, eu dou-te prazer. Claro que sem utilizar essa coisinha patética que eu até fiz favor de trancar: vais aprender a ter orgasmos pelo cu!
- C-como?
Mas o meu chefe deu-me uma chapada.
- Não é “como”, é ”sim, Daddy”. Com treino, tudo se vai fazer… e tu vais ter muito treino, minha querida Melanie. – e olhou em volta, perante a risada geral – Não só destes meus amigos mas de quem me apeteça cá trazer.
Saber que ia ser usada como puta pelo meu patrão foi uma ideia que demorei a assimilar. Mas… à medida que ia pensando nisso e me recordava de como me sentira durante os momentos em que aqueles três homens me haviam usado para seu prazer, aquela nova realidade começou a parecer-me mais aceitável. E mais: comecei a ter vontade de que o meu Daddy me voltasse a usar… Assim, baixei a cabeça.
- Sim, Daddy.
Ele riu-se.
- Boa! Agora desaparece. Vai para casa, vai-te lavar, vai-te preparar para amanhã. Depois de trabalho vamo-nos divertir muito…
Fiz uma vénia, ajeitei a roupa e saí da casa do meu novo Daddy.

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1 comentário:

  1. Como sempre bem escrito, ao teu jeito e com a tua imaginação. Tu consegues fazer a pessoa que lê, ler e ficar a pensar no conto. Beijinhos e continua <3

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