segunda-feira, 23 de outubro de 2017

A dama de espadas

(história anterior)

Este talvez seja o último texto que vou escrever. A minha vida deu uma curva para pior e transformou-se num Inferno muito maior que aquele em que eu já me encontrava. A minha Dona, Lady Katarinne, traiu-me, tratou-me como um objecto desprezado e condenou-me a… bom, vocês verão.


Pelo que eu tenho descrito, já dei a entender que a minha relação com a minha Dona já não era a mesma de antes: Ela havia-Se transfigurado para uma Senhora impiedosa e sem coração, sem me dispensar um único carinho que fosse. E com isso o meu sentimento por Ela também mudou, pois de que servia eu A adorar se Ela não retribuía a dedicação que eu Lhe devotava? Só que Ela possuía a chave que prendia o meu clitóris e eu tinha toda a minha vida ligada a Ela, nem conseguia imaginar uma existência sem aquele Ser Supremo…
Percebi que eu nada mais era para Lady Katarinne do que uma coisa quando Ela me convocou aos Seus aposentos e A encontrei sentada no tampo da secretária, segurando numa mão o molho de chaves que eu conhecia tão bem. Sorri para mim, pensando que, depois de tantos meses sem um orgasmo, Ela me iria finalmente deixar vir. E ainda mais fiquei com essa ideia assim que Ela me fez sinal para me aproximar, baixando-me as cuecas cor-de-rosa com folhos, agarrando-me no clitóris e tirando-me o cinto de castidade.
- Olha para esta coisinha minúscula! – riu-Se Ela – Mal uma pessoa lhe toca ela fica logo eriçada… ou em vias disso, coitadinha.
Era verdade: mal o cinto de castidade deixou de apertar o meu clitóris, ele levantou-se logo. Todavia gelei quando a mão da minha Dona agarrou numa outra caixinha contendo um outro cinto de castidade, diferente daquele que eu usara até então. Senti-me suar frio mas não me mexi, esperando ver o que tinha a minha Dona preparado para mim. E Ela não Se fez rogada: começou a colocar-me aquele novo cinto, que era ligeiramente mais apertado e mais rugoso, não possuindo buraquinhos para cadeados, apenas uns outros mais pequenos e estreitinhos: fiquei intrigado a pensar sobre como conseguiria a minha Dona enfiá-los ali… Só me apercebi do que se estava a passar quando Ela agarrou num alicate de rebitar e o colocou encostado a um dos buraquinhos! Antes que pudesse dizer ou reagir, a minha Dona apertou-o e o rebite ficou em posição, unindo as duas partes do cinto de castidade.
- Senhora… – comecei.
- Cala-te, ainda não acabei! – gritou a minha Dona.
Obedeci, mas continuei a sentir um gelo apoderar-se da minha espinha à medida que Ela colocava rebites em todos os buraquinhos do cinto de castidade.
Assim que aquela tarefa ficou concluída, Lady Katharine subiu-me as cuecas.
- Senhora, como me vai tirar o cinto assim? – perguntei, enquanto Ela arrumava as coisas.
- És mesmo estúpida, Xana. Ainda não percebeste? Tu nunca mais na puta da tua vida vais ter um orgasmo ou foder quem quer que seja… só se Eu te passar a minha wand pelos tomatinhos, coisa que não vai acontecer.
Não queria acreditar no que estava a ouvir.
- Ma-mas… porque me faz isto?
Em resposta, Ela levantou-Se da Sua cadeira e esbofeteou-me.
- Não sabia que precisava de motivo para fazer o que Eu muito bem quiser! E para fazeres aquilo que tu sabes muito bem fazer, não precisas de picha… aliás, o melhor mesmo seria cortar-te isso e fazer aí um buraco para poderes satisfazer mais touros. Agora vai-te.
Humilhada, obedeci.

Assim continuou a minha vida. Tal como dantes, a minha Dona divertia-Se a humilhar-me e a ceder-me aos Seus touros e amigos para lhes dar prazer. Mas notei que, com o tempo, Ela me utilizava cada vez menos para Lhe dar prazer – e obviamente que, sem a possibilidade de ser premiada com um orgasmo, o meu empenho não era muito. Lady Katharine ainda me estimulou os testículos com a Sua wand algumas vezes, fazendo o meu clitóris libertar algumas gotículas de sémen, mas era o máximo a que eu podia aspirar. Uma tarde, Lady Katharine levou-me a uma loja de tatuagens e disse que me ia marcar, coisa que me deixou algo animada: isso significava que Ela continuava interessada em mim! Todavia fiquei algo desconsolada quando Ela disse ao tatuador para me desenhar um símbolo simples na zona púbica, mesmo por cima do clitóris: o do ás de espadas. Nunca havia visto aquele desenho em casa da minha Dona e, enquanto aquele desenho me era desenhado na pele, tentava lembrar-me de todas as situações em que me havia cruzado com aquele símbolo, não me recordando de nenhuma.
Assim que o trabalho ficou concluído e nos fomos embora, interpelei Lady Katharine sobre o significado daquela tatuagem, mas não tive direito a resposta. E foi em silêncio que regressámos a casa.
Dias mais tarde, já depois do “período de convalescença” da tatuagem ter terminado, estava eu na cozinha a lavar a loiça do almoço quando duas mãos fortes como tenazes agarraram em mim, puxaram-me os braços para trás das costas e me amarraram os pulsos; tentei gritar mas meteram-me logo um pano na boca, aproveitando para me deixarem vendada também. Tudo aquilo aconteceu em meros segundos, mal tive tempo de respirar. Assim que terminaram, aquelas mãos fortes agarraram em mim e arrastaram-me pela casa. Assim que chegámos ao nosso destino (onde quer que isso fosse), fui atirada ao chão sem cerimónia.
- Pronto! – reconheci a voz de Lady Katharine – Agora que já têm a mercadoria, espero que ela vos satisfaça e não vos dê muitas chatices. Bom, se der, já sabem o que fazer! – e soltou uma gargalhada.
- Não te preocupes, ela não vai dar chatices. – ouvi uma voz masculina com pronúncia africana – E se der, mais gozo vai dar! – e riu-se também.
Não estava a perceber nada do que se estava a passar, e ainda menos fiquei a perceber quando duas mais, mais delicadas que as que me haviam subjugado, agarraram na coleira que eu usava sempre ao pescoço e ma retiraram. Então o pano que me cobria os olhos foi retirado e pude ver que estávamos no escritório de Lady Katharine, com Ela a exibir um  de executiva, e que estávamos acompanhadas de dois homens negros e enormes, quase com dois metros de altura. Lady Katharine acenou-me.
- Adeus, Xana. Foste muito boa mas fartei-Me de ti. Por isso vendi-te a uns amigos meus para eles fazerem contigo o que quiserem. Diz olá aos teus novos donos.
Soltei um berro. Aquilo não podia estar a acontecer! Lady Katharine, a minha Dona, não podia estar a fazer aquilo! Indiferente aos meus protestos, um dos homens acercou-se de mim e colocou-me uma outra coleira, esta mais larga e restritiva, com uma trela presa. Enquanto o fazia, disse, em tom jocoso:
- Vamo-nos divertir imenso!
Então o outro enfiou-me dentro de uma saca de serapilheira e colocou-me ao ombro como se eu fosse uma saca de batatas.
- Obrigado pela tua devoção, Xaninha! E obrigado pelo dinheiro que Me fizeste ganhar! – ainda ouvi a voz de Lady Katharine, ainda a rir-Se.
Fui atirada para dentro de um espaço exíguo – talvez um porta-bagagens – e levada rumo ao desconhecido. Chorei todo o caminho, amaldiçoando a minha sorte e temendo o meu futuro. A viagem não durou muito tempo, pois pouco depois ouvi a porta acima de mim ser aberta e as mesmas mãos de antes agarraram-me e levantaram-me, levando-me de rastos não sei por onde.
Fui atirada sem cerimónia para cima de um colchão e tiraram-me de dentro da saca. A primeira impressão que tive foi que estava numa cave ou garagem escura e bafienta, de paredes nuas. E não tive tempo de ver mais, pois as mesmas mãos brutas levantaram-me a saia da farda (eu continuava vestida de empregada, como era habitual em casa de Lady Katharine) e baixaram-me a tanguinha.
- Já estás marcada? Boa! – regozijou-se um deles, acariciando a zona da minha tatuagem e abanando o meu clitóris.
- Está, sim, a Minha amiga que Me vendeu esta puta disse-Me que a tinha já tatuado para Mim.
Enquanto eles falavam, eu pude ver os meus captores. Eram dois negros: um deles era alto, atlético e musculado, enquanto o outro era de estatura mais baixa e barriga proeminente; todavia, pelo comportamento, pareceu-me que o segundo era quem mandava. E fiquei a ter a certeza quando ele me virou de barriga para baixo e declarou:
- Agora vou experimentar esta porquinha a ver se a cona dela sempre é tão confortável como Me foi anunciado…
O outro soltou uma gargalhada e manteve-me quieta enquanto o primeiro se despia; e não pude evitar de soltar um gemido de medo quando as mãos do meu novo Dono me começaram a rasgar o uniforme e eu senti a sua pele contra a minha.
- Guincha, porquinha… – riu-se ele, enquanto a sua verga ficava encostada ao meu rego do cu. Era um órgão de bom tamanho e, apesar de eu estar habituada a ter pilas daquele tamanho e até maiores dentro de mim, não pude deixar de começar a choramingar, temendo o que iria acontecer a seguir…
Assim que o seu pénis me entrou no cuzinho, soltei um berro de dor, apenas abafado pelo pano que tinha na boca. Ele fora bruto a penetrar-me! E foi bruto dentro de mim, entrando e saindo, entrando e saindo sem ter qualquer cuidado ou preocupação com o meu bem-estar. Enquanto me comia, ele ia falando comigo e passando-me a mão pelo cabelo loiro e pelo corpo:
- Porquinha, as coisas agora são assim: és a Minha mulherzinha, a Minha cabra, a Minha puta, a Minha dama de espadas, e Eu sou o teu Papi, o teu Daddy. Vais fazer tudo o que Eu disser e foder com quem Eu bem quiser. Como já foste marcada com a espadinha – e afagou novamente a minha tatuagem – estás reservada para manos. Por isso aqui o Meu colega vai estrear essa tua boquinha de princesa. E se te lembrares de o magoar, podes ter a certeza de que te parto os dentinhos todos.
O seu tom de voz não dava azo a dúvidas quanto à veracidade da ameaça; por isso, assim que me tiraram a mordaçada, abri a boca e deixei que o seu amigo me enfiasse a pila nela. Até acabei por fechar os lábios em redor daquele órgão, tentando dar-lhe prazer e fazê-lo sentir-se satisfeito. Ele reconheceu o meu mimo com um agarrar do cabelo para controlar a velocidade com que eu o chupava.
Atrás de mim, o meu novo Dono – o meu Papi – deu-me uma enorme palmada nas nádegas e começou a vir-se dentro de mim, gemendo e grunhindo de prazer. Pouco depois, foi a vez de o amigo dele se vir também, comigo a engolir todo o seu “leite de macho”. E acabei a limpar as pipas de ambos com a boca, finalizando com um beijinho antes de lhes ajeitar a roupa.

Efectivamente tornei-me uma “dama de espadas”. O meu Papi, tal como eu esperava, fez de mim uma escrava do lar, abusando de mim ou entregando-me aos Seus amigos negros no intervalo entre as tarefas domésticas. Talvez a diferença da minha vida como escrava de Lady Katharine não fosse assim muita – todavia dantes eu era pertença de uma Mulher, apesar de ser abusada por homens, e ainda havia algo de heterossexual na minha vida. Com a minha venda ao Papi, tudo isso acabou: era eu a única “gaja” na Sua casa; e se com o tempo eu me havia transformado em bissexual, a partir daquela altura fui obrigada a ser homossexual. E isso mexeu muito comigo.
Não sei que me ditará o futuro. Não me resta muito mais senão viver um dia de cada vez até o fim chegar. Até lá…

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