continuação...
Durante algumas horas fui deixada sozinha, sem que ninguém do casal aparecesse ao pé de mim. Durante esse tempo nada mais pude fazer senão estar deitada no chão a olhar para ontem, a pensar na minha vida, e ir até às bacias de metal comer ou beber qualquer coisa quando tive essa vontade.
Não sabia o que me ia acontecer. Eu em casa havia dito ao Carlos que ia estar fora uns dias mas não lhe dissera quantos (também porque eu não o saberia dizer), por isso iria passar-se algum tempo até ele achar alguma coisa estranha. Tanto Brian como Tommy não pareciam ter intenções de me soltar e eu comecei a achar que eles queriam que eu ficasse ali com eles naquele papel de boneca insuflável, sendo usada, abusada e humilhada por qualquer um deles. O plug já me incomodava um bocado e a dor que eu ia sentindo nos braços e nas mãos não se comparava à que assolava os meus joelhos.
- Se calhar temos de levar a cadela à rua outra vez, não? – comentou Tommy, aproximando-se de mim e agarrando-me na trela.
- Sim, mas se calhar podíamos levá-la para o campo.
Fui libertada da argola e um braço forte agarrou-me no antebraço e fez-me erguer, ficando eu em pé – uma posição em que havia horas eu não estava! Tommy olhou para mim, divertida.
- Se tu pudesses ver a tua cara agora… pareces mesmo uma cachorrinha perdida!
- Tommy… – balbuciei; só depois pensei que aquelas eram as primeiras palavras que eu dizia naquele dia – que… que queres de mim?
- Que raio de pergunta, essa! Quero-te toda! Quero usar-te de todas as maneiras que eu quiser! Apetece-me ir buscar um pau da esfregona e violar-te com ele, ver-te debaixo do Roscoe ou até num gangbang com amigos meus… Quero devorar-te! – e dito isto, a sua boca encostou-se à minha e ela beijou-me com sofreguidão.
Assim que o beijo acabou, ela esbofeteou-me.
- E… que eu saiba, as cadelas não falam nem reclamam! Temos de tratar disso, está visto…
Tommy foi à mala que havia atirado para cima do sofá, tirou de lá uma embalagem e abriu-a, tirando de lá uns ferros brilhantes com uma tira de cabedal, que ela tratou logo de me meter na boca. Assim que a tira de cabedal me foi presa atrás da nuca, compreendi que aqueles ferros tinham como função ter-me de boca permanentemente escancarada. E após isso, ataram-me qualquer coisa à frente dos olhos que me impediu de ver o que quer que fosse.
- Vá, cadela! De quatro agora! Vamos ao passeio! – a mão de Brian fez-me ficar no chão na minha posição de cadela e logo a seguir senti um puxão forte na minha trela. Às cegas, lá fui.
Pensei que fosse regressar ao jardim onde estava o cão, mas a sua ideia era outra. Voltámos a descer as escadas até à rua (e desta vez fizemo-lo mais devagar, talvez por causa de eu não ver nada) mas, após um curto passeio, dei por ter sido enfiadas nas traseiras de uma carrinha fechada. A trela foi presa de maneira a eu ir com a cara encostada a qualquer coisa dura, ficando eu de pé mas como estava presa a algo mais baixo que eu, tinha de ir curvada ou de cócoras; e as minhas mãos foram presas atrás das costas com o mesmo sistema do cadeado; depois a porta fechou-se e o veículo começou a andar.
A viagem durou algum tempo; e se eu dantes me queixara do tempo que estivera de quatro, naquela altura comecei a penar por ir em pé. E sempre que a carrinha curvava eu andava aos tombos, embatendo contra a carroçaria e desequilibrando-me constantemente – e se eu não conseguisse recuperar o equilíbrio arriscava-me a ficar estrangulada…
O caminho que percorremos a princípio era bom, mas para o final da viagem já parecíamos estar em estradas esburacadas. Misericordiosamente, o nosso percurso nesse caminho foi curto: dei graças a todos os santinhos assim que a viatura parou. As portas abriram-se pouco depois e fui libertada do meu cativeiro, tendo sido arrastada para o exterior; e mal coloquei os pés fora da carrinha, senti logo pedrinhas ou gravilha ou lá o que fosse, magoando-me a planta dos pés.
Fui arrastada por um par de minutos, passando daquele terreno empedrado para o que parecia ser relva. Assim que nos detivemos, os meus pulsos foram libertos e a minha venda foi retirada… e fui atirada para a frente, caindo de bruços no chão.
- Vá, cadela, vamos brincar! – ouvi a voz de Tommy.
Enquanto eu me levantava e me colocava novamente de quatro, olhei em redor. Estávamos num campo relvado com algumas árvores aqui e ali – pensei logo num campo de golfe – e Tommy e Brian estavam perto de mim, com ela a segurar um brinquedo para cães, daqueles que chiam quando apertados.
- Vai buscar! – gritou ela, atirando o brinquedo para longe.
Sempre de quatro, fui na direcção do sítio onde ele tinha caído; baixei-me para o apanhar… mas os ferros que me haviam enfiado na boca impediram-me de o conseguir fazer facilmente. Depois de uma luta titânica em que tive de utilizar a língua, lá consegui segurar aquilo na boca e voltar à beira de Tommy, depositando o brinquedo a seus pés.
- Tanto tempo… – resmungou Brian – Temos de lhe dar um incentivo para ela se despachar.
De súbito, levei com algo nas nádegas, algo maciço e fino, quase do género da cauda que me saía do cuzinho. Soltei um grito e levantei a cabeça, olhando para a mão de Brian: ele segurava em algo que parecia um chicote mas bem mais curto. Tommy agachou-se à minha beira e agarrou no brinquedo.
- Pois, a cadela parece não ter muito jeito para ir atrás do que lhe atiramos… busca! – e atirou novamente aquilo para longe.
De gatas, lá fui andando pela relva, simulando também que cheirava o chão; assim que me acerquei do brinquedo, meti-o entre as mãos, levantei-me com ele bem seguro e coloquei-o na boca, tentando depois segurá-lo da mesma maneira que o fizera da primeira vez. Quando voltei a deixar aquilo aos pés deles, ambos sorriam.
- Ena, a cadela não é parva de todo… – comentou Brian.
- Ainda tem alguma inteligenciazita, mas é parva como as outras. Vá, vamos. – e senti a minha trela ser puxada – Quero ir jogar golfe!
Segui atrás do casal, sempre de gatas, sentindo uma dor cada vez maior nos joelhos e nos punhos. Parámos ao pé de um buraco, que tinha uma bandeira na ponta onde se podia ler o número “13”.
- Bom, quem joga primeiro? – perguntou Brian.
- Primeiro temos de assinalar o buraco, totó. – a frase de Tommy fora dita com um tom de voz que me deixou de sobreaviso.
A minha agente foi até ao buraco e tirou de lá a bandeira, regressando à minha beira… e, alguns momentos depois, a ponta da bandeira, enfiada dentro de um preservativo, foi-me encostada à ratinha. Guinchei ao sentir aquele objecto ali mas, obviamente, isso não serviu de nada: aquele pau entrou dentro de mim e serviu para me penetrar durante algum tempo, com Tommy e Brian a revezarem-se e a rirem-se ao ouvir-me gemer sempre que o pau entrava o máximo possível, ignorando por completo as dores que me estavam a causar.
- Bom, buraco preparado. Se não te importares, amor, podes começar com o teu taco. – declarou Tommy, assim que o mastro da bandeira saiu de mim pela última vez.
- A sério, querida? Bom, sendo assim, tenho aqui duas bolas para meter, deixa lá ver se consigo. – e Brian soltou uma gargalhada.
Fiquei à espera do que iria ele fazer; como eu esperava, o “taco” a que o namorado da minha agente aludia era ao seu pénis, que entrou em mim sem qualquer preparação e fazendo-me soltar um gemido de surpresa e dor. E Brian fez questão de mexer na cauda do meu plug sempre que entrava totalmente em mim.
- E que tal, cadela? Gostas de seres penetrada pelos dois lados? – riu-se Brian – Pela maneira como te agitas sempre que entro toda dentro de ti, parece-me que sim!
- Bom, se calhar temos de preparar o outro buraco… – ouvi a voz de Tommy.
Agitei a cabeça em descrença: eles não iam fazer o que eu estava a pensar, certo? Será que me iam enfiar o pau da bandeira no cuzinho e magoar-me como haviam feito com a minha ratinha?
Felizmente, não foi isso que aconteceu. Tommy deitou-se à minha frente, completamente nua e de pernas abertas, e agarrou-me na trela, puxando-me na sua direcção.
- Agora, com essa tua boca cheia de porcaria, vais humedecer o meu buraco para que o Brian depois também meta o taco dele e as bolas e tudo o que ele quiser, ouviste?
Em vez de acenar, afocinhei entre as pernas daquele demónio de pele de ébano, de língua de fora, e comecei a estimular-lhe o clitóris e os lábios; enquanto isso, Brian dava autênticas marteladas em mim, entrando com força e saindo lentamente, uma e outra vez, uma e outra vez – o que me fazia gemer e expirar a cada “entrada” e, involuntariamente, acabou por fazer efeito na velocidade a que a minha boca ia trabalhando…
- Ui, cadela, é isso mesmo, não pares, puta de merda… – Tommy parecia estar à beira de se vir.
Sem aviso nenhum, Brian saiu de mim, deixando-me algo desconsolada – aquele martelar estava a excitar-me, por muito que me custe admitir! – e acercou-se da namorada.
- Querida, larga-me essa puta e olha para mim… não me queres em ti? – murmurou Brian.
Tommy não reagiu logo; quando o fez, foi com o pé, colocando-mo na cabeça e empurrando-me para longe – mas ainda com a sua mão na minha trela – e olhando suplicante para o namorado.
- Vem a mim, coração… dá-me lá uma tacada…
E Brian não se fez rogado: num ápice já estava em cima da namorada, penetrando-lhe a ratinha, a ratinha que eu estivera a lamber até então, penetrando-a da mesma maneira que ele me havia comido. Quedei-me ali um bocado desconsolada, como uma voyeur, observando aquele casal a fazer amor… até que a mão que agarrava na minha trela me puxou para eles.
- Cadela… vais… hmm… vais… beijar… lamber a… a minha rata… enquanto o… o Brian lhe dá… hmm… dá tacadas… ohhh… – Tommy estava quase em êxtase com o tratamento que o namorado lhe estava a dar.
Aproximei-me do baixo-ventre de Tommy, observando a sua ratinha a ser constantemente martelada por aquele órgão que, pouco tempo antes, estivera a penetrar-me. Apertei-me e espremi-me e lá fiquei em posição de conseguir dar algum prazer àquela megera, dando-lhe algumas lambidelas nos lábios vaginais e no pénis de Brian em simultâneo.
De repente, Brian saiu de Tommy, ficando com a cabeça do pénis encostada à minha cabeça; ouvi-o berrar de prazer e, antes que eu pudesse reagir de alguma forma, comecei a sentir o seu esperma a espalhar-se pelo meu cabelo, escorrendo depois pela minha cara e pescoço. Senti um arrepio de nojo involuntário quando aquilo ficou em contacto com a minha pele… mas não havia nada que eu pudesse fazer. A mão de Tommy agarrou-me com força no cabelo, enfiando-me a cara na ratinha dela.
- Lambe! Lambe, puta de merda! Faz-me vir!
Obedeci, voltando a enfiar-lhe a língua entre os lábios e passando-lha pelo clitóris, tentando respirar, pois a forma como ela me estava a apertar a cabeça contra o seu baixo-ventre era de maneira a cortar-me o ar. Misericordiosamente, Tommy não precisou de muitos mais estímulos para se vir… mas quando o fez, apertou-me com as pernas de tal maneira que deixei de conseguir respirar por completo. E enquanto ela gritava de prazer e se vinha na minha boca, eu debatia-me tentando encher os pulmões de ar. Indiferente a tudo isto, Brian continuava em cima de mim, com o seu órgão ainda encostado à minha cabeça, ainda pingando a ocasional gota de sémen. E quando eu comecei a sentir que ia desmaiar, Tommy acalmou-se mais, abriu as pernas e largou-me; caí na relva fria a sorver o máximo de ar possível a tentar suster a vontade que sentia de chorar. Quando consegui recuperar minimamente a compostura, já o casal estava de pé, vestido e a olhar para mim de mãos nos quadris.
- Que mimo de cadela, amor! – declarou a minha agente, dando a mão a Brian – Temos mesmo de ficar com ela!
- Basta quereres, fofa. Começo logo a tratar das coisas para ela ficar connosco.
Tommy voltou a agarrar-me na trela, vendou-me novamente e arrastou-me atrás deles enquanto eles se dirigiam para o local onde, presumivelmente, tinham deixado a carrinha.
- Ficamos com ela, depois vais emprenhando a puta, entretanto abusamos dela e metemo-la a render numas orgias ou gangbangs… a sério, Brian, ela é “a” tal!
Enquanto ele se ria, eu ia andando sempre de quatro, tentando acompanhar o seu passo acelerado, mas a recear pela minha vida. Estaria a minha agente e amante a falar a sério? Ela quereria mesmo escravizar-me e usar-me sexualmente? Tudo bem que ela sempre gostara de abusar de mim (e eu gostava de ser abusada por ela), mas aquilo era extremo demais!
Quando chegámos à carrinha, fui atirada para a caixa sem que desta vez me prendessem onde quer que fosse. Assim que a porta se fechou e nos começámos a mover, pela primeira vez desde a minha captura, comecei a chorar, receosa pelo meu futuro.
continua...
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