segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

A cadela (parte 3)



Durante algumas horas fui deixada sozinha, sem que ninguém do casal aparecesse ao pé de mim. Durante esse tempo nada mais pude fazer senão estar deitada no chão a olhar para ontem, a pensar na minha vida, e ir até às bacias de metal comer ou beber qualquer coisa quando tive essa vontade.
Não sabia o que me ia acontecer. Eu em casa havia dito ao Carlos que ia estar fora uns dias mas não lhe dissera quantos (também porque eu não o saberia dizer), por isso iria passar-se algum tempo até ele achar alguma coisa estranha. Tanto Brian como Tommy não pareciam ter intenções de me soltar e eu comecei a achar que eles queriam que eu ficasse ali com eles naquele papel de boneca insuflável, sendo usada, abusada e humilhada por qualquer um deles. O plug já me incomodava um bocado e a dor que eu ia sentindo nos braços e nas mãos não se comparava à que assolava os meus joelhos.


Algumas horas mais tarde, ouvi um rumor na porta da rua; pouco depois Tommy e Brian apareciam, sorridentes.
- Se calhar temos de levar a cadela à rua outra vez, não? – comentou Tommy, aproximando-se de mim e agarrando-me na trela.
- Sim, mas se calhar podíamos levá-la para o campo.
Fui libertada da argola e um braço forte agarrou-me no antebraço e fez-me erguer, ficando eu em pé – uma posição em que havia horas eu não estava! Tommy olhou para mim, divertida.
- Se tu pudesses ver a tua cara agora… pareces mesmo uma cachorrinha perdida!
- Tommy… – balbuciei; só depois pensei que aquelas eram as primeiras palavras que eu dizia naquele dia – que… que queres de mim?
- Que raio de pergunta, essa! Quero-te toda! Quero usar-te de todas as maneiras que eu quiser! Apetece-me ir buscar um pau da esfregona e violar-te com ele, ver-te debaixo do Roscoe ou até num gangbang com amigos meus… Quero devorar-te! – e dito isto, a sua boca encostou-se à minha e ela beijou-me com sofreguidão.
Assim que o beijo acabou, ela esbofeteou-me.
- E… que eu saiba, as cadelas não falam nem reclamam! Temos de tratar disso, está visto…
Tommy foi à mala que havia atirado para cima do sofá, tirou de lá uma embalagem e abriu-a, tirando de lá uns ferros brilhantes com uma tira de cabedal, que ela tratou logo de me meter na boca. Assim que a tira de cabedal me foi presa atrás da nuca, compreendi que aqueles ferros tinham como função ter-me de boca permanentemente escancarada. E após isso, ataram-me qualquer coisa à frente dos olhos que me impediu de ver o que quer que fosse.
- Vá, cadela! De quatro agora! Vamos ao passeio! – a mão de Brian fez-me ficar no chão na minha posição de cadela e logo a seguir senti um puxão forte na minha trela. Às cegas, lá fui.

Pensei que fosse regressar ao jardim onde estava o cão, mas a sua ideia era outra. Voltámos a descer as escadas até à rua (e desta vez fizemo-lo mais devagar, talvez por causa de eu não ver nada) mas, após um curto passeio, dei por ter sido enfiadas nas traseiras de uma carrinha fechada. A trela foi presa de maneira a eu ir com a cara encostada a qualquer coisa dura, ficando eu de pé mas como estava presa a algo mais baixo que eu, tinha de ir curvada ou de cócoras; e as minhas mãos foram presas atrás das costas com o mesmo sistema do cadeado; depois a porta fechou-se e o veículo começou a andar.
A viagem durou algum tempo; e se eu dantes me queixara do tempo que estivera de quatro, naquela altura comecei a penar por ir em pé. E sempre que a carrinha curvava eu andava aos tombos, embatendo contra a carroçaria e desequilibrando-me constantemente – e se eu não conseguisse recuperar o equilíbrio arriscava-me a ficar estrangulada…
O caminho que percorremos a princípio era bom, mas para o final da viagem já parecíamos estar em estradas esburacadas. Misericordiosamente, o nosso percurso nesse caminho foi curto: dei graças a todos os santinhos assim que a viatura parou. As portas abriram-se pouco depois e fui libertada do meu cativeiro, tendo sido arrastada para o exterior; e mal coloquei os pés fora da carrinha, senti logo pedrinhas ou gravilha ou lá o que fosse, magoando-me a planta dos pés.
Fui arrastada por um par de minutos, passando daquele terreno empedrado para o que parecia ser relva. Assim que nos detivemos, os meus pulsos foram libertos e a minha venda foi retirada… e fui atirada para a frente, caindo de bruços no chão.
- Vá, cadela, vamos brincar! – ouvi a voz de Tommy.
Enquanto eu me levantava e me colocava novamente de quatro, olhei em redor. Estávamos num campo relvado com algumas árvores aqui e ali – pensei logo num campo de golfe – e Tommy e Brian estavam perto de mim, com ela a segurar um brinquedo para cães, daqueles que chiam quando apertados.
- Vai buscar! – gritou ela, atirando o brinquedo para longe.
Sempre de quatro, fui na direcção do sítio onde ele tinha caído; baixei-me para o apanhar… mas os ferros que me haviam enfiado na boca impediram-me de o conseguir fazer facilmente. Depois de uma luta titânica em que tive de utilizar a língua, lá consegui segurar aquilo na boca e voltar à beira de Tommy, depositando o brinquedo a seus pés.
- Tanto tempo… – resmungou Brian – Temos de lhe dar um incentivo para ela se despachar.
De súbito, levei com algo nas nádegas, algo maciço e fino, quase do género da cauda que me saía do cuzinho. Soltei um grito e levantei a cabeça, olhando para a mão de Brian: ele segurava em algo que parecia um chicote mas bem mais curto. Tommy agachou-se à minha beira e agarrou no brinquedo.
- Pois, a cadela parece não ter muito jeito para ir atrás do que lhe atiramos… busca! – e atirou novamente aquilo para longe.
De gatas, lá fui andando pela relva, simulando também que cheirava o chão; assim que me acerquei do brinquedo, meti-o entre as mãos, levantei-me com ele bem seguro e coloquei-o na boca, tentando depois segurá-lo da mesma maneira que o fizera da primeira vez. Quando voltei a deixar aquilo aos pés deles, ambos sorriam.
- Ena, a cadela não é parva de todo… – comentou Brian.
- Ainda tem alguma inteligenciazita, mas é parva como as outras. Vá, vamos. – e senti a minha trela ser puxada – Quero ir jogar golfe!
Segui atrás do casal, sempre de gatas, sentindo uma dor cada vez maior nos joelhos e nos punhos. Parámos ao pé de um buraco, que tinha uma bandeira na ponta onde se podia ler o número “13”.
- Bom, quem joga primeiro? – perguntou Brian.
- Primeiro temos de assinalar o buraco, totó. – a frase de Tommy fora dita com um tom de voz que me deixou de sobreaviso.
A minha agente foi até ao buraco e tirou de lá a bandeira, regressando à minha beira… e, alguns momentos depois, a ponta da bandeira, enfiada dentro de um preservativo, foi-me encostada à ratinha. Guinchei ao sentir aquele objecto ali mas, obviamente, isso não serviu de nada: aquele pau entrou dentro de mim e serviu para me penetrar durante algum tempo, com Tommy e Brian a revezarem-se e a rirem-se ao ouvir-me gemer sempre que o pau entrava o máximo possível, ignorando por completo as dores que me estavam a causar.
- Bom, buraco preparado. Se não te importares, amor, podes começar com o teu taco. – declarou Tommy, assim que o mastro da bandeira saiu de mim pela última vez.
- A sério, querida? Bom, sendo assim, tenho aqui duas bolas para meter, deixa lá ver se consigo. – e Brian soltou uma gargalhada.
Fiquei à espera do que iria ele fazer; como eu esperava, o “taco” a que o namorado da minha agente aludia era ao seu pénis, que entrou em mim sem qualquer preparação e fazendo-me soltar um gemido de surpresa e dor. E Brian fez questão de mexer na cauda do meu plug sempre que entrava totalmente em mim.
- E que tal, cadela? Gostas de seres penetrada pelos dois lados? – riu-se Brian – Pela maneira como te agitas sempre que entro toda dentro de ti, parece-me que sim!
- Bom, se calhar temos de preparar o outro buraco… – ouvi a voz de Tommy.
Agitei a cabeça em descrença: eles não iam fazer o que eu estava a pensar, certo? Será que me iam enfiar o pau da bandeira no cuzinho e magoar-me como haviam feito com a minha ratinha?
Felizmente, não foi isso que aconteceu. Tommy deitou-se à minha frente, completamente nua e de pernas abertas, e agarrou-me na trela, puxando-me na sua direcção.
- Agora, com essa tua boca cheia de porcaria, vais humedecer o meu buraco para que o Brian depois também meta o taco dele e as bolas e tudo o que ele quiser, ouviste?
Em vez de acenar, afocinhei entre as pernas daquele demónio de pele de ébano, de língua de fora, e comecei a estimular-lhe o clitóris e os lábios; enquanto isso, Brian dava autênticas marteladas em mim, entrando com força e saindo lentamente, uma e outra vez, uma e outra vez – o que me fazia gemer e expirar a cada “entrada” e, involuntariamente, acabou por fazer efeito na velocidade a que a minha boca ia trabalhando…
- Ui, cadela, é isso mesmo, não pares, puta de merda… – Tommy parecia estar à beira de se vir.
Sem aviso nenhum, Brian saiu de mim, deixando-me algo desconsolada – aquele martelar estava a excitar-me, por muito que me custe admitir! – e acercou-se da namorada.
- Querida, larga-me essa puta e olha para mim… não me queres em ti? – murmurou Brian.
Tommy não reagiu logo; quando o fez, foi com o pé, colocando-mo na cabeça e empurrando-me para longe – mas ainda com a sua mão na minha trela – e olhando suplicante para o namorado.
- Vem a mim, coração… dá-me lá uma tacada…
E Brian não se fez rogado: num ápice já estava em cima da namorada, penetrando-lhe a ratinha, a ratinha que eu estivera a lamber até então, penetrando-a da mesma maneira que ele me havia comido. Quedei-me ali um bocado desconsolada, como uma voyeur, observando aquele casal a fazer amor… até que a mão que agarrava na minha trela me puxou para eles.
- Cadela… vais… hmm… vais… beijar… lamber a… a minha rata… enquanto o… o Brian lhe dá… hmm… dá tacadas… ohhh… – Tommy estava quase em êxtase com o tratamento que o namorado lhe estava a dar.
Aproximei-me do baixo-ventre de Tommy, observando a sua ratinha a ser constantemente martelada por aquele órgão que, pouco tempo antes, estivera a penetrar-me. Apertei-me e espremi-me e lá fiquei em posição de conseguir dar algum prazer àquela megera, dando-lhe algumas lambidelas nos lábios vaginais e no pénis de Brian em simultâneo.
De repente, Brian saiu de Tommy, ficando com a cabeça do pénis encostada à minha cabeça; ouvi-o berrar de prazer e, antes que eu pudesse reagir de alguma forma, comecei a sentir o seu esperma a espalhar-se pelo meu cabelo, escorrendo depois pela minha cara e pescoço. Senti um arrepio de nojo involuntário quando aquilo ficou em contacto com a minha pele… mas não havia nada que eu pudesse fazer. A mão de Tommy agarrou-me com força no cabelo, enfiando-me a cara na ratinha dela.
- Lambe! Lambe, puta de merda! Faz-me vir!
Obedeci, voltando a enfiar-lhe a língua entre os lábios e passando-lha pelo clitóris, tentando respirar, pois a forma como ela me estava a apertar a cabeça contra o seu baixo-ventre era de maneira a cortar-me o ar. Misericordiosamente, Tommy não precisou de muitos mais estímulos para se vir… mas quando o fez, apertou-me com as pernas de tal maneira que deixei de conseguir respirar por completo. E enquanto ela gritava de prazer e se vinha na minha boca, eu debatia-me tentando encher os pulmões de ar. Indiferente a tudo isto, Brian continuava em cima de mim, com o seu órgão ainda encostado à minha cabeça, ainda pingando a ocasional gota de sémen. E quando eu comecei a sentir que ia desmaiar, Tommy acalmou-se mais, abriu as pernas e largou-me; caí na relva fria a sorver o máximo de ar possível a tentar suster a vontade que sentia de chorar. Quando consegui recuperar minimamente a compostura, já o casal estava de pé, vestido e a olhar para mim de mãos nos quadris.
- Que mimo de cadela, amor! – declarou a minha agente, dando a mão a Brian – Temos mesmo de ficar com ela!
- Basta quereres, fofa. Começo logo a tratar das coisas para ela ficar connosco.
Tommy voltou a agarrar-me na trela, vendou-me novamente e arrastou-me atrás deles enquanto eles se dirigiam para o local onde, presumivelmente, tinham deixado a carrinha.
- Ficamos com ela, depois vais emprenhando a puta, entretanto abusamos dela e metemo-la a render numas orgias ou gangbangs… a sério, Brian, ela é “a” tal!
Enquanto ele se ria, eu ia andando sempre de quatro, tentando acompanhar o seu passo acelerado, mas a recear pela minha vida. Estaria a minha agente e amante a falar a sério? Ela quereria mesmo escravizar-me e usar-me sexualmente? Tudo bem que ela sempre gostara de abusar de mim (e eu gostava de ser abusada por ela), mas aquilo era extremo demais!
Quando chegámos à carrinha, fui atirada para a caixa sem que desta vez me prendessem onde quer que fosse. Assim que a porta se fechou e nos começámos a mover, pela primeira vez desde a minha captura, comecei a chorar, receosa pelo meu futuro.

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