sexta-feira, 29 de maio de 2015

Prisioneiras de guerra (parte 2)

continuação...

Enquanto isso, Nadja arrastava a sua presa pelo convento fora, sempre por aquele corredor claustrofóbico, com aberturas para outras divisões, corredor esse que deu para um outro, mais amplo e a céu aberto, com uns degraus à frente; elas subiram aquela escadaria composta por lajes grandes e encontraram-se em mais um espaço onde se podia ver o céu encoberto por cima e sentir-se uma aragem gelada. Nadja e a rapariga entraram num outro corredor, este mais curto e que levou a mais um lanço de escadas, que, no topo tinha uma porta larga, de carvalho e com duas fechaduras. A agente da Gestapo puxou do seu molho de chaves, abriu as duas fechaduras e empurrou a prisioneira para dentro da nova divisão, entrando logo a seguir e voltando a trancar a porta.

 
Haviam entrado no quarto de Nadja, cuja opulência contrastava com a pobreza franciscana do resto do complexo. Um candelabro cravejado de cristais pendia do tecto, iluminando aquela divisão com uma luz alimentada pelos cabos eléctricos provenientes de Paris e que alimentavam aquele complexo. Para além dos tapetes e das tapeçarias a cobrirem as superfícies de rocha nua, no centro do quarto existia uma cama de dossel, com espaço suficiente para duas ou três pessoas se deitarem sem se sentirem apertadas. A um canto, o aquecedor a lenha já espalhava calor pelo quarto.
Nadja pegou na rapariga, que havia caído no chão, e levantou-a com alguma delicadeza, arrastando-a depois para o fundo do quarto, onde havia uma espécie de poial largo, com uma pele de ovelha a cobri-lo; sobre o poial, uma corrente pendia do tecto com um mosquetão na ponta. Nadja fez a rapariga subir para cima do poial, prendendo-lhe as algemas das mãos ao mosquetão. De seguida, pegou numa faca e, sem cerimónia, rasgou-lhe o saco de serapilheira que cobria o corpo da rapariga e que lhe tinha sido vestido nem dez minutos antes, tirou-lhe a mordaça e ficou a olhar para a sua presa. Não aparentava ter mais de vinte anos, tinha uma farta cabeleira negra em desalinho após todo o alvoroço da mudança de visual, uns olhos escuros, rosto suave e umas bochechas proeminentes. O seu corpo não era escultural, tinha até alguns “pneus”, mas não se podia considerar uma rapariga gorda.
- Bom, como vais estar à minha guarda, não precisas desta roupa desconfortável… – Nadja parecia falar sozinha; depois, o seu olhar fixou-se na jovem – Olá, querida. Como te chamas?
Ela não respondeu, afastando-se o máximo possível de Nadja e encostando-se à parede.
- P-por favor, deixe-me em paz! – gritou ela.
- Querida, porque foges? Não te vou fazer mal nenhum… – Nadja gatinhou pelo pial fora, juntando-se à cativa e passando-lhe um braço pelos ombros – Aliás, devias sentir-te privilegiada.
- P-por-porquê?
- Porque eu escolhi-te para minha companhia. Porque, ao contrário das tuas amigas, tu não vais dormir apertada em espaços exíguos e desconfortáveis. Porque, ao contrário delas, vais ter o privilégio de passares a noite comigo. Diz-me lá o teu nome, por favor.
A rapariga engoliu em seco.
- Da-Danielle…
- Boa, Danielle! Bonito nome, gosto dele. Assim como gosto de ti. – as mãos enluvadas de Nadja agarraram com força a cabeça de Danielle, mantendo-a fixa, ao mesmo tempo que os seus lábios se encostavam aos da francesa, beijando-a. Danielle estrebuchou mas não conseguiu fugir ao beijo.
Quando os seus lábios se separaram, Danielle cuspiu na direcção de Nadja, acertando-lhe no rosto. A nazi tirou o braço direito de cima dos ombros de Danielle e, num único movimento, esbofeteou com força o seu rosto, fazendo-a cair sobre o poial de braços para cima, presos à corrente.
- Tem cuidado com o que fazes, Danielle. – miou Nadja, enquanto limpava a cara – Posso gostar de ti mas isso não significa que te vou deixar fazer tudo o que queres. Vou quebrar essa tua maldita arrogância franciú e, depois disso… logo se vê o que te vai acontecer.
Danielle ergueu-se, ofegante, com uma dor na face atingida e o sabor amargo do sangue nos lábios.
- Peço d-desculpa, Mad-Madame… nunca fui beijada por nenhuma mulher… n-não sou dessas…
- E tu achas que eu sou? – Nadja soltou uma gargalhada – OK, gosto de rapariguinhas, sim, mas não vos trocava por um homenzarrão com um bom caralho para eu montar! E eu tenho acesso a muitos, por aqui. Talvez te dispense um ou outro para “tratarem” de ti… – e deu um toque com o cotovelo em Danielle.
- Senhora, eu… o que me quer fazer? P-porque es-estou aqui?
- O que quero de ti? Quero-te a ti. – e Nadja voltou a agarrar em Danielle, forçando mais um beijo como o anterior, mantendo a cabeça da cativa quieta nas suas mãos.
- M-mas… porquê eu? – perguntou Danielle, ofegante, assim que Nadja decidiu terminar o beijo.
- Porque és bonita. Gosto do teu palminho de cara. Claro que não vais contar a ninguém que eu te vou andar a comer durante os próximos meses, certo, Dani?
- Comer? – Danielle sentiu-se estarrecer.
Mas Nadja sorria, enquanto ia a um guarda-fatos e retirava uma camisa de dormir transparente, que colocou à frente de Danielle.
- Podes vestir isto, Dani? Sempre ficas mais composta… – logo de seguida, a sua mão agarrou no mosquetão em que estavam presas as algemas da rapariga – Vou soltar-te apenas durante o tempo necessário para te vestires; se tentares algo… – o polegar da sua outra mão passou pela garganta de Nadja, num gesto ameaçador que fez Danielle engolir em seco e assentir.
Nadja tirou então os pulsos de Danielle do mosquetão da corrente e viu a rapariga colocar-se em posição para vestir a peça de roupa que a nazi já segurava na mão. Assim que o corpo de Danielle ficou (parcamente) coberto pela peça de roupa, os seus pulsos voltaram a ser presos à corrente.
- Muito bem, linda menina! Assim é que gosto de vocês, subservientes e obedientes… nem que seja só por medo de mim. – o rosto de Nadja aproximou-se do de Danielle mais uma vez – Um dia, espero que o faças por tua vontade.
Danielle não reagiu, com medo do que aquela mulher viesse a fazer. E o primeiro acto de Nadja foi agarrar no cabelo liso da francesa e  inclinar-lhe a cabeça para trás, fazendo-a tombar no chão do poial; depois ela trepou para cima do seu corpo, metendo-a entre as suas pernas.
- Agora vamos tratar da minha ceia, tenho vontade de comer uma puta francesa!
Era impossível a Danielle fugir à força daquele corpo esguio e aparentemente tão frágil que a entalava contra o poial; sem qualquer outra alternativa, ela optou por não estrebuchar e aceitar tudo o que Nadja fizesse, esperando que ela não a magoasse muito… Sempre a agarrar no cabelo de Danielle, Nadja aproximou o seu rosto do da francesa e lambeu-lhe a face, como se fosse uma gata.
- Sabes bem, Dani… cheira-me que vou gostar de ti. – declarou a alemã, olhando para Danielle como quem olha para uma iguaria deliciosa.
Depois, a sua mão livre colocou-se sobre a boca e o nariz da cativa, obstruindo por completo a passagem de ar. O efeito foi imediato: Danielle começou a debater-se e a estrebuchar, tentando libertar-se da mão que lhe agarrava com força na cara e a impedia de respirar. Quando a francesa pensava que estava tudo acabado, Nadja tirou a mão, permitindo a Danielle respirar novamente.
- Adoro ver-vos a debaterem-se, sabes? Adoro ver o desespero nos vossos olhos enquanto lutam por respirar, adoro controlar-vos até o ar que vos entra nos pulmões… – voltou a tapar o nariz e a boca de Danielle – Às vezes gosto de vos colocar uma máscara, ligar-lhe um tubo e brincar convosco, fazendo-vos respirar à minha vontade. Dá menos trabalho que desta maneira… mas perde-se o apreciar da expressão facial, do vosso olhar de terror…
Depois de quase um meio-minuto, Nadja voltou a tirar a mão da face de Danielle; a francesa já se sentia quase a desfalecer quando, finalmente, foi-lhe permitido voltar a respirar, o que o fez sofregamente, sorvendo o máximo de ar que pôde em grandes golfadas.
- Ou então… – Nadja saiu de cima de Danielle e do poial, dirigindo-se a um dos diversos armários de madeira nórdica que decoravam as paredes daquela divisão. Retirou lá de dentro uma bola de borracha encarnada, com duas tiras de cabedal de cada lado e regressou para a beira de Danielle, que se havia refugiado novamente junto à parede – Abre a boca, querida.
A medo, Danielle obedeceu; assim que a sua boca se abriu o suficiente, Nadja encaixou-lhe a bola entre os lábios entreabertos, empurrando-a ao máximo, para depois apertar as tiras de cabedal atrás da sua cabeça. A bola era grande o suficiente para não permitir qualquer passagem de ar pela boca.
- Perfeito! – congratulou-se Nadja, agarrando no nariz de Danielle com dois dedos e apertando-o, impedindo que a rapariga respirasse. Ela tentou agitar a cabeça, dizer-lhe que não queria, implorar-lhe para a libertar, mas inutilmente. Ao mesmo tempo que sufocava Danielle, Nadja meteu a sua outra mão por dentro das calças da sua farda e começou a provocar-se, acariciando o seu clitóris com os seus dedos enluvados.
- Hmmm… Dani… adoro ver-vos debaterem-se… adoro ouvir os vossos gemidos amordaçados enquanto lutam por poder meter ar nos vossos pulmões… ai… – os dedos de Nadja soltaram novamente o nariz de Danielle enquanto os da sua outra mão entraram-lhe na ratinha. Enquanto a francesa ia respirando pelo nariz em pânico, a alemã agarrou-lhe na cabeça mais uma vez e aproximou a sua cara da dela – Vocês… franciús de merda… vocês são todas umas putas!! Vacas de merda! Só servem para serem fodidas pelos nossos soldados!
Nadja soltou o cabelo de Danielle e, com a mesma mão que a segurara, esbofeteou-a duas vezes, fazendo a rapariga estender-se ao comprido no poial, com a sua auto-estima cada vez mais baixa. Ao invés, a alemã continuava a masturbar-se furiosamente, sentindo-se cada vez mais próxima do orgasmo: humilhar a francesa (ou qualquer prisioneira) excitava-a como poucas coisas. A mão livre de Nadja começou por tirar o cinturão que lhe segurava as calças, para depois abrir estas, revelando a sua falta de roupa interior. Danielle pôde então ver o baixo-ventre da alemã, com um triângulo de pêlos púbicos aparados sobre este, e a sua mão a penetrar-se. Nadja baixou as calças para depois voltar a colocar-se sobre Danielle, ajoelhando-se sobre a barriga da cativa de pernas abertas.
Então, Nadja começou a gemer de prazer, sentindo-se a atingir o clímax. Nessa altura, ao mesmo tempo que a sua mão livre voltou a apertar o nariz de Danielle, os seus joelhos também se apertaram, pressionando as costelas da francesa e impedindo-a de respirar ainda mais.
- Putas… vocês são todas umas putas… foda-se… hmmmm… – Nadja ia sussurrando enquanto se vinha e sentia os seus fluidos a começarem a escorrer às pernas abaixo; a sua outra mão largou misericordiosamente o nariz de Danielle, metendo-se por debaixo da farda e tocando no seu peito proeminente; os seus joelhos, todavia, continuavam a limitar a respiração à sua cativa, cujos olhos exprimiam o terror que sentia, o medo de morrer às mãos daquela maníaca, ao mesmo tempo que se iam enchendo de lágrimas.
Nadja então abriu as pernas e deitou-se ao lado de Danielle (que, assim que se viu livre, começou a solver grandes quantidades de ar pelo nariz), passando a sua mão cheia de humidade pelo rosto da cativa. Danielle fechara os olhos, soluçando, tentando acordar daquele pesadelo em que se vira inserida.
- Ficas tão bonita com esse ar de pânico no teu rosto, Dani… – murmurou sedutoramente Nadja, continuando a acariciar o rosto da francesa – É um visual que te assenta que nem uma luva. Escolhi-te bem, minha presa. – e soltou uma risadinha.
Nadja sentou-se na beirinha do poial, descalçando as botas pelo joelho que gostava de usar por cima das calças daquele uniforme, que foram as próximas a sair – logo a seguir, a oficial voltou a calçar as botas, tratando depois de retirar a parte de cima do seu uniforme de cabedal negro e deixando unicamente as luvas curtas, pelo pulso. Quando acabou de se despir, Nadja levantou-se do poial e pareceu desfilar à frente dos olhos de Danielle, que ainda lutava por recuperar o fôlego, sentindo ainda dores nas costelas nos sítios onde os joelhos da sua captora se haviam cravado.
- Que achas, Dani? – Nadja deu uma pirueta e olhou para Danielle com um sorriso nos lábios – Tenho um bom corpo, não te parece?
Sem esperar pela reacção da francesa, Nadja deslocou-se então na direcção da porta do quarto, agarrando de caminho no seu molho de chaves; abrindo novamente as fechaduras da porta, ela entreabriu-a e gritou lá para fora:
- Klaus! Dieter!
Enquanto a nazi olhou com um sorriso sarcástico na direcção de Danielle, que empalidecia e começou a abanar a cabeça, ouviram-se passos a subirem os degraus que levavam àquela divisão. Poucos segundos depois, entraram no quarto dois soldados alemães, de armas ao ombro.
- Ja, mein Reichskriminaldirektor? – perguntou um deles, parecendo não reagir à nudez da sua chefe.
- Dieter, Klaus, meus queridos, preciso que me acompanhem durante uns momentinhos. – depois de ambos colocarem as espingardas a um canto do quarto, ela pegou em ambos os soldados pelas mãos e trouxe-os ao poial, onde Danielle olhava aterrada para os três – Tenho aqui um “animal de estimação” novo e preciso que um de vocês se voluntarie a mostrar-lhe a nossa boa hospitalidade… o outro vai ter de se contentar em consolar-me.
Tanto Dieter como Klaus sorriram. Quando eles foram destacados para a guarda pessoal da Reichskriminaldirektor Nadja Schwarzenbeck, cada um deles engolira em seco: os soldados encarregues de servirem de guarda-costas a agentes da Gestapo nunca costumavam ter uma vida muito longa, fosse lá por que motivo fosse – qualquer coisa que os agentes não gostassem neles era sempre motivo para os mandarem fuzilar, e Nadja não era excepção, já se tendo livrado de uma meia-dúzia de soldados por “ataques à honra de uma agente da Gestapo”. Todavia, com o passar dos meses, eles repararam que aquele até era um serviço com as suas vantagens… como “consolar” uma agente da Gestapo insaciável e amante de sexo.
Enquanto cada um dos soldados se desfardava, Nadja voltou a subir para cima do poial, agarrando num pé de Danielle e arrastando-a na sua direcção, ignorando os bramidos da cativa.
- Ela faz muito barulho, não faz, rapazes? Por isso acho que a vou manter bastante tempo. – indiferente à luta da prisioneira, Nadja forçou-a deitar-se de costas no chão do poial, ajoelhando-se de seguida por cima dela, ao contrário e agarrando-lhe nas coxas… abrindo-lhe as pernas na direcção dos alemães, que naquela altura colocavam preservativos (algo que, naquela altura, estava vedado à população civil) – Bom, meus queridos, não se façam rogados! Ataquem-nos!
Klaus, o primeiro a despachar-se, não se fez rogado: sorrindo, deu alguns passos na direcção de Danielle, agarrou-lhe nas pernas e entrou com firmeza na ratinha desprotegida da francesa, que gemeu, inclinando a cabeça para trás e fechou os olhos, magoada. Dieter, por seu lado, havia subido para cima do poial, colocando-se por trás de Nadja; agarrou-lhe nos quadris e também entrou de uma só vez na vulva da agente, que também gemeu mas de prazer, mordendo os lábios. Depois da primeira investida, tanto Klaus como Dieter foram acelerando um pouco os seus movimentos, entrando e saindo de dentro das raparigas. As mãos de Nadja enclavinharam-se nas pernas de Danielle, forçando-as a abrirem-se ao máximo.
- Foda-se, Dieter… hmmm… – gemeu Nadja – Enterra-mo todo… com força… vai, caralho, não tenhas piedade de mim…
E Dieter obedeceu, sorrindo sempre; ele foi enfiando o seu órgão com vigor na rata de Nadja, provocando-lhe um gritinho sempre que aquela pila entrava totalmente dentro dela. Por baixo da alemã, Danielle também gemia, mas de dor, com Nadja a manter-lhe as pernas abertas e Klaus a penetrá-la sem parar, sem se cansar. Ela sempre fora uma rapariga pouco dada a intimidades: tinha um namorado na aldeia, Jean-Luc, todavia nunca tivera nada sexual com ele, apenas iam dando as mãos, passeando pelas ruas e dando uns beijos. Até àquele maldito dia, Danielle era virgem… e Klaus estava a roubar-lhe a pureza, a violá-la com o aval daquela megera, a destruir-lhe a inocência: as lágrimas escorriam-lhe sem parar pela cara abaixo. Nadja, indiferente aos lamentos da sua cativa, começou a beijar a barriga da rapariga que tinha por baixo de si, passando-lhe a língua pela pele suada. Sem levantar a cabeça, ela olhou para Klaus:
- Klaus… fode-me esta cabra… rebenta com ela… mostra-lhe o que ela é… mostra-lhe o quão puta ela é… Ohhhh…
E o nazi continuou a penetrar Danielle, sem parar, sem a deixar descansar. Nadja cravou os dentes na coxa da francesa ao sentir-se atingir o clímax, incapaz de aguentar mais tempo as penetrações de Dieter sem se vir. Klaus também se começou a vir naquela altura, mas nem mesmo assim parou de devorar vigorosamente a rata de Danielle, com a rapariga sempre a chorar copiosamente.
- Não pares, homenzarrão… – suplicou Nadja, olhando para trás, para Dieter. O alemão debruçou-se sobre o corpo da sua chefe e começou a beijar-lhe a nuca, as omoplatas, abrandando um pouco a força com que devorava a rata de Nadja – Ahh, cão… foda-se… sim, beija-me aí, sim… ohhh…
Os beijos e carícias de Dieter fizeram Nadja atingir mais um orgasmo em simultâneo com o do soldado que a comia.

Pouco depois, Nadja deu a ordem para Dieter e Klaus pararem o que estavam a fazer, o que ambos fizeram, com alguma pena. Ambos saíram de dentro de Nadja e de Danielle, respectivamente, com cuidado: a agente nazi suspirou quando o órgão do seu soldado saiu por completo, enquanto a francesa não reagiu quando Klaus a deixou, continuando a chorar copiosamente.
- Muito obrigado, meninos – declarou Nadja – Agora, vistam-se e regressem aos vossos postos.
- Jawohl, mein Reichskriminaldirektor. – disseram ambos em uníssono.
Enquanto ambos os homens pegavam nas suas roupas e se afastavam, Nadja debruçou-se sobre Danielle e acariciou-lhe o rosto, encharcado das lágrimas que escorriam sem parar dos olhos da rapariga.
- Vês, querida Dani? Só te dou coisas boas… não gostaste do Klaus? – sussurrou a nazi, beijando-a na face.
Danielle abanou a cabeça, continuando a chorar. Nadja aproximou a boca do ouvido da rapariga.
- Não gostaste? Hmm, não me digas… eras virgem?
A rapariga, lentamente, assentiu.
- Ohhh, compreendo… mas pensa assim, querida. Perdeste a tua virgindade para um dos soldados do glorioso III Reich, não pode haver maior glória para vós que essa.
Então, Klaus e Dieter, já fardados, voltaram-se a aproximar do poial.
- Esperem. – disse Nadja – Ajudem-me a levá-la para a cama.
Ambos assentiram; enquanto Dieter soltava os pulsos de Danielle do mosquetão e da corrente, Nadja e Klaus pegavam nela e arrastavam-na na direcção da cama de dossel, já aberta e preparada para a agente da Gestapo se deitar. A rapariga acabou por não oferecer qualquer resistência, sendo deitada na cama. Ao redor do pescoço de Danielle foi apertada uma coleira com uma argola à qual estava presa uma corrente ligada à cama.
- Pronto. Desapareçam daqui. – comandou Nadja, com voz dura.
- Jawohl, mein Reichskriminaldirektor. – voltaram a repetir ambos, levantando o braço direito – Heil Hitler!
Nadja enxotou-os com uma mão e ambos caminharam em direcção à porta e saíram. Pouco depois, a agente levantou-se e foi fechar a porta à chave.
- Pois é, querida… – Nadja deitou-se ao lado de Danielle e abraçou-a como quem abraça um amante – não te preocupes com a tua virgindade, o facto de a teres entregue ao Reich só te valoriza ainda mais. E faz-me gostar de ti ainda mais.
E beijou a bola que enchia a boca de Danielle, lambendo os lábios da rapariga.
- Amanhã, minha querida… vais ter um dia em cheio. És uma privilegiada porque, como és minha posse, vais ser poupada ao que vai acontecer às tuas amigas. Todas elas, sem excepção, vão ser usadas conforme me apetecer, desde manter a moral dos nossos soldados em alta até serem vendidas como escravas para algures. O que calhar. – riu-se e continuou – Não te fies na minha benevolência desta noite na tua miserável aldeia, querida Dani. Gosto de humilhar seres inferiores, e vocês, sendo meros franciús, obviamente não se podem querer equivaler a alguém como eu, cuja pureza me corre no sangue. Nasceram para serem humilhados, dobrados, escravizados. É o vosso destino. E fui destacada para esta zona precisamente para vos mostrar isso. 
Nadja então fez Danielle rodar na cama, ficando esta de costas para si; de seguida, puxou os cobertores para cima, cobrindo os corpos de ambas, e abraçou a sua cativa por trás, fazendo “conchinha”.
- Mas não te preocupes, Dani. – continuou Nadja, ao ouvido da francesa – Tu vais estar imune a isso porque me pertences. E ninguém tem ordens para tocar naquilo que é meu sem minha expressa autorização. Agora o que te vou obrigar a fazer… bom, vamos vendo a cada dia, certo, querida?
E soltou uma gargalhada, apagando a luz eléctrica do quarto no interruptor colocado ao lado da cama; depois voltou a abraçar Danielle e fechou os olhos, sorrindo, ao passo que aquela engolia em seco, tremendo ao pensar o que lhe iria acontecer no dia seguinte, e recomeçou a soluçar.

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