segunda-feira, 7 de março de 2016

Conquistada

A princesa Shehzadi bint Mhalhāl al-Kholtī era uma das raparigas mais desejadas da cidade de Xelb1, situada no sudoeste da Península Ibérica e um dos últimos bastiões árabes naquela região. Shehzadi, já com cerca de vinte anos de idade, deixava muitos dos habitantes da cidade embasbacados com o seu rosto de traços suaves, olhos amendoados e tez morena, pelo seu corpo esguio apesar de um pouco magro e pela sua farta cabeleira negra, sempre entrançada. Todavia o seu pai, o rei Abū al-Mhalhāl Affan bin Yahyā al-Khalti (o Alamafom das crónicas portuguesas), não autorizaria quaisquer avanços dos seus conterrâneos pela princesa: o monarca tentava estabelecer uma aliança com os Merínidas, do outro lado do Mediterrâneo, com vista ao auxílio contra a cada vez maior e mais próxima ameaça cristã, e Shehzadi estava a ser incluída nas negociações como parte do acordo.

 
Todavia, por volta de 1249, aconteceu o que já se esperava e que o rei tanto temia: foi avistado um exército cristão muito próximo de Xelb, em número suficiente para sitiar a cidade e munido de máquinas de guerra. O rei Abū al-Mhalhāl Affan suspirou, resignado: a aliança com os merínidas não havia sido ainda estabelecida (e Shehzadi continuava, portanto, na cidade), por isso o monarca apenas poderia valer-se das suas próprias tropas e do apoio popular para a defesa, em número manifestamente insuficiente para poderem levar de vencida os adversários. Todavia, preparou a cidade para a resistência.
O cerco durou cerca de oito meses, com muitos dos habitantes de Xelb a morrerem durante o mesmo. Os Cavaleiros da Ordem Militar de San’Tiago da Espada (conhecidos como Santiaguistas ou Espatários), encarregues pelo monarca do Reino de Portugal, D. Afonso III, de erradicar a presença sarracena daquela parte do território, não tentaram negociar a rendição da cidade: estavam determinados a tomar a cidade pela força e a saquearem tudo o que pudessem. Ao amanhecer do 252º dia de cerco, um túnel escavado pelos sitiantes conseguiu abater parte da muralha exterior da cidade, com os cristãos a aproveitarem a brecha surgida nas defesas mouriscas e a entrarem no perímetro exterior de Xelb. Muitos dos que resistiram ao cerco, cansados e esfomeados, foram massacrados pelos atacantes, que começaram desde logo a pilhar as casas, mesquitas e lojas, ao mesmo tempo que recolocavam trabucos, catapultas e aríetes para arrombarem o castelo, onde ainda estavam o rei, a sua família e o séquito, protegidos pela sua guarda pessoal. Infelizmente para eles, o castelo não demorou tanto tempo como as muralhas a ser invadido. Durante o assalto final, Abū al-Mhalhāl Affan foi morto, tentando defender-se dos invasores, assim como o príncipe herdeiro e muitos dos seus homens.
Após a conquista de Xelb, os poucos homens que sobreviveram ao cerco e ao ataque final foram capturados com o intuito de serem vendidos como escravos, o mesmo destino que os Cavaleiros haviam reservado para as mulheres árabes – estas com algumas excepções, como a da princesa Shehzadi. A infeliz princesa foi apartada da sua família por meia-dúzia de Espatários e arrastada à força para longe de vista…

- Largai-me, seus infiéis! – gritou a princesa, tentando libertar-se das fortes mãos que a agarravam.
Nenhum dos homens que a rodeavam logrou responder-lhe. Dois deles torciam-lhe os braços atrás das costas, empurrando-a para a frente, ao passo que os restantes quatro rodeavam aquele grupo, procurando escudá-lo tanto de olhares inadvertidos como de alguma tentativa de salvar a princesa.
Todos os seis homens estavam envoltos em túnicas brancas com a cruz de Santiago desenhada sobre o peito. Debaixo dela, usavam uma armadura de cota de malha; à cintura, traziam presa a sua espada, e, na cabeça, um capacete militar com aberturas unicamente para os olhos. Na frente do mini-grupo seguia D. Peres Correia de Andrade, Mestre da cidade de Aljustrel, um homem abrutalhado e violento, que se gabava de já ter degolado mais de quinhentos mouros; atrás deste seguia D. Álvaro Gonçalves, aio de D. Peres, um nobre que fugira de casa após ter violado uma de suas primas e cujo andar apresentava um coxear motivado por uma queda de um cavalo, anos antes; segurando Shehzadi estavam D. Afonso Sanches Pereira, um dos corregedores do Mestre de Santiago, e D. Pedro Dinis, aio do Mestre da cidade de Ourique; a encerrar o grupo, estavam D. Rodrigo Henriques, simples cavaleiro mas que as más-línguas diziam ser neto ilegítimo de D. Afonso II, e D. Sancho Rodrigues, outro aio de D. Peres. Todos os seis haviam feito parte da força que invadira o castelo e passara o rei Abū al-Mhalhāl Affan e restantes descendentes a fio de espada.
O grupo arrastou a princesa para fora do castelo, com Shehzadi a estrebuchar e a tentar pontapear os seus captores, gritando a plenos pulmões por ajuda; infelizmente para ela, a confusão era demasiada e não havia soldados mouros que a pudessem ajudar. A caminhada dos seis Cavaleiros terminou numa das poucas casas que não havia sido incendiada nem saqueada; D. Peres abriu a porta a pontapé, certificou-se que a habitação estava vazia enquanto os restantes, após o sinal afirmativo daquele, entravam arrastando a princesa com eles e fecharam a porta, trancando-a com um pesado barrote que os habitantes deviam usar para aquela função. Shehzadi foi atirada ao chão sem qualquer complacência, ficando no meio do círculo formado pelos seis Espatários.
- Que bela presa! – congratulou-se D. Álvaro, colocando as mãos à cintura – Realmente quem diz que as princesas árabes são lindíssimas está dono da verdade!
- Seus cerdos! – rosnou Shehzadi – Libertem-me imediatamente!
A rapariga tentou erguer-se, mas D. Afonso colocou-lhe um pé sobre as costas e fê-la continuar deitada.
- Quieta, não mexe! Está na altura de aprenderes respeito aos teus novos donos, meretriz.
A mão do Cavaleiro agarrou no cabelo de Shehzadi e puxou-a até ela se levantar. D. Pedro agarrou-lhe nos pulsos e amarrou-lhos com uma corda o mais apertada possível, ao mesmo tempo que D. Sancho lhe rasgava as vestes e lhe revelava os seios formosos de mamilos arrebitados. A rapariga soltou um berro e cuspiu na direcção do Mestre de Aljustrel, que em resposta lhe deu uma estalada na cara.
- Sua porca! Está visto que vamos ter de te quebrar essa altivez…
Shehzadi foi atirada novamente para o chão frio e duro, enquanto os cavaleiros se revezavam a manterem a princesa imóvel, enquanto os restantes iam despindo as suas armaduras. Quando todos seis se encontravam nus, D. Peres agarrou no longo cabelo de Shehzadi e fê-la levantar-se do chão.
- A bem ou a mal, vais aprender a respeitar-me. A partir de hoje, pertences-me. E vou quebrar essa tua resistência. – e olhou para D. Afonso e D. Sancho, fazendo um gesto de cabeça.
Os dois homens acercaram-se de Shehzadi, agarraram-lhe cada um numa perna e fizeram-na abri-las. Enquanto a rapariga soltava um berro de surpresa e horror ao ver D. Peres avançar para ela de pénis erecto, D. Álvaro atava-lhe uma corda ao pescoço com um nó corredio, ficando com a ponta na mão. A penetração que se seguiu foi brutal, com Shehzadi a começar imediatamente a gritar e a chorar, sufocando ao mesmo tempo que o aio do Mestre apertou a corda, cortando a respiração à desafortunada rapariga. D. Peres, sempre a agarrar na trança morena (e já bastante alvoroçada) da rapariga, encostou o seu órgão à vulva desprotegida de Shehzadi e fê-lo entrar nela de uma só vez, com brusquidão, com reacções opostas de ambos: enquanto o Mestre de Aljustrel soltava um gemido de regozijo, a princesa voltava a soltar um grito de dor e humilhação.
- Oh, magnífica… – declarou D. Peres, acelerando imediatamente os movimentos da sua pélvis para entrar e sair de Shehzadi vigorosa e rapidamente – Tendes de a experimentar, tem um buraco do mais apetitoso que podeis imaginar!
- Será que não tem mais buracos assim? – riu-se D. Rodrigo, aproximando-se da rapariga por trás.
O Espatário agarrou nos ombros da rapariga com força, com o seu pénis a ficar entre as nádegas dela, bastante próximo do ânus; quando deu por isso, Shehzadi tinha aquela pila a entrar-lhe no rabo virgem, causando-lhe uma dor inimaginável, bastante superior à que D. Peres lhe estava a infligir.
- Malditos… Demónios… Que Alá vos fulmine!
- Que pena ela ter uma boca porca, senão eu podia usá-la sem problemas… – lamentou-se D. Pedro, o único que não estava envolvido na acção mas que, por via disso, se começara a masturbar ao ver o que os seus colegas faziam à princesa infiel – Da maneira que elas são, ainda me arrancava o “abono” à dentada.
- Podemos sempre ver se ela não fecha a boca! – sugeriu D. Afonso, ainda a agarrar na perna de Shehzadi; e sem esperar por resposta, apertou com a mão livre o maxilar da rapariga, forçando-o a abrir-se, convidando D. Pedro a satisfazer-se.
O Cavaleiro sorriu, largou a sua pila e avançou para a cabeça da pobre princesa, agarrando-a com ambas as mãos, tirando a do parceiro e substituindo-a pela dele, para depois enfiar a verga na boca aberta de Shehzadi, enquanto D. Peres apertava um pouco mais a corda que ela tinha ao pescoço, começando a sufocá-la. A pobre donzela queria fechar a boca, tentar parar aquela invasão, magoar pelo menos um dos seus captores, mas a mão que lhe agarrava no queixo era demasiado forte – e, ao mesmo tempo, ela estrebuchava para conseguir respirar e tentava ignorar os dois Cavaleiros que lhe penetravam (destruíam?) o cu e a vulva. Ela ouviu alguns deles dialogarem entre si e imediatamente a sua boca e queixo voltaram a estar livres… mas não por muito tempo: um dos seus captores colocou-lhe um anel de ferro na boca, que forçava o maxilar da desafortunada princesa a ficar aberto. Num ápice D. Pedro avançou para encher a boca de Shehzadi novamente impunemente. Nesse instante, D. Rodrigo emitiu alguns grunhidos de prazer ao ter um orgasmo e começou a encher o ânus da princesa de sémen, sendo secundado por D. Peres.
- Ah, maldição, como esta cona é saborosa… – grunhiu o Mestre de Aljustrel enquanto se vinha dentro de Shehzadi. E logo a seguir foi a vez de D. Pedro se começar a vir na boca dela, enquanto os restantes cavaleiros se iam auto-satisfazendo enquanto esperavam pela sua vez de entrarem na rapariga.
Os orgasmos sucessivos dos seus captores fizeram a princesa mourisca irromper num pranto aflitivo. Indiferentes a isso e após se acalmarem, todos os Cavaleiros abandonaram o corpo de Shehzadi, deixando-a abandonada no chão a chorar baba e ranho; D. Peres encontrava-se já a ajeitar a armadura, mas continuava a olhar para a cativa como quem olha para um objecto.
- Agora que já te experimentei e já comprovei a tua qualidade, tenho de ir tratar de reservar a minha parte do saque da cidade. Mas os restantes vão continuar a fazer-te companhia e a deliciar-se contigo. Espero que não os desapontes, porque senão… – e D. Peres desembainhou a sua espada e encostou o gume ao pescoço de Shehzadi, aparentando ter vontade de degolar a rapariga – … faço-te ir ter com o teu paizinho e restante escumalha.
Depois de uns momentos angustiantes, D. Peres retirou a espada, voltando a enfiá-la na bainha que lhe pendia do cinturão. Olhou para D. Álvaro e assentiu com a cabeça, dando-lhe a entender que ele teria o comando das operações, cuspiu em cima da rapariga e retirou-se. O seu aio virou-se novamente para Shehzadi e voltou a agarrar na corda que a princesa tinha ao pescoço, puxando-a na sua direcção ao mesmo tempo que a estrangulava mais um pouco.
- Agora vais-me satisfazer a mim, meretriz! – rosnou, agarrando-lhe no cabelo desgrenhado e forçando-a a aproximar a cabeça do seu baixo-ventre; no momento seguinte, a boca de Shehzadi voltou a ser penetrada sem qualquer piedade, enquanto D. Sancho e D. Afonso se atiravam a ela com voracidade, comendo a vulva e o rabo da rapariga. Sem poder reagir de outra forma, ela apenas podia gritar, gemer e estrebuchar – a força com que os três homens a agarravam não lhe dava espaço para mais nada. Atrás deles, D. Rodrigo e D. Pedro olhavam para a cena à sua frente e, entre risos, divertiam-se a zombar de Shehzadi, insultando-a e contando detalhes sórdidos de como haviam massacrado a sua família, chegando mesmo a descrever o ar de súplica que Abū al-Mhalhāl Affan apresentava antes de D. Peres o ter trespassado com a sua espada ou os sons que o moribundo emitiu antes de expirar pela última vez. As palavras dos dois Cavaleiros de San’Tiago tiveram o condão de magoar Shehzadi mais do que as pilas dos seus companheiros, que já não estavam a ser nada meigos, ocupados a violar a rapariga. Ela acabou por nem sentir as ejaculações dos três homens, não reagindo quando a sua boca se inundou de esperma nem quando começou a sentir mais sémen dentro de si: a princesa simplesmente rezava para que aquele martírio terminasse.
Assim que os cinco homens se fartaram, deixaram Shehzadi caída no chão, insensíveis ao seu choro. Com um sorriso nos lábios, todos eles voltaram a vestir as suas fardas de cavaleiros de uma ordem religiosa, sempre com um deles a segurar-lhe na corda que a rapariga tinha presa ao pescoço. Quando D. Pedro, o mais demorado, estava a apertar o seu capacete, D. Peres voltou a aparecer. Trazia na mão um ferro.
- Tragam-na para a rua. Temos lá algo ainda a fazer. E calem-na!
D. Afonso tirou da boca de Shehzadi o anel que lhe havia mantido o maxilar aberto e logo de seguida amordaçou-a com um pano nem apertado. Depois os cinco homens voltaram a agarrar naquele corpo frágil e já algo massacrado. A princesa árabe não reagiu, a sua força anímica havia desaparecido: os detalhes da morte de seu pai e familiares haviam-lhe destruído qualquer esperança de tudo aquilo não passar de um pesadelo…
 O Mestre de Aljustrel guiou o grupo até perto dos escombros de uma das antigas casas de Xelb, ainda fumegantes após o incêndio que consumira aquela parte da cidade. Fez Shehzadi ajoelhar-se no chão ao pé de um molho de brasas e colocou nelas o ferro que segurava na mão.
- D. Álvaro, quero que, assim que nos despachemos daqui, agrilhoeis esta peçonhenta. A partir do dia de hoje ela vai pertencer-me e servir-me em tudo o que eu quiser. 
- Assim se fará! – assentiu o seu aio.
D. Peres agarrou novamente no ferro, cuja extremidade achatada estava já encarnada e fumegava.
- Agora agarrem-na para não fugir. – ordenou a todos os seus companheiros.
Todos os cinco mantiveram Shehzadi imóvel enquanto D. Pedro, com um único movimento, encostou aquela ponta na pele nua e morena da omoplata da princesa; e apesar de ela se sentir um farrapo e alheada do que se passava em redor, ela começou a berrar desalmadamente assim que a ponta de ferro incandescente lhe colocou uma marca encarnada-escura no seu corpo.
- Tu pertences-me, meretriz. – continuou ele a comentar, envolvido na sua tarefa, insensível aos gritos de Shehzadi e ao som da carne a queimar – E como tal, deves ser marcada como sendo mercadoria minha.
Depois de quase um minuto, D. Peres retirou o ferro de marcar das costas de Shehzadi e admirou o seu trabalho.
- Muito bem. – aprovou – Podeis prosseguir. – e olhou para D. Álvaro, fazendo um sinal com a cabeça.
O Cavaleiro afastou-se a correr, regressando pouco depois com um manancial de ferro que despejou ao pé do corpo imóvel da rapariga, ainda em lágrimas depois da marcação. A corda que lhe havia sido colocada no pescoço foi retirada e em seu lugar foi colocada uma coleira pesada de ferro, imediatamente fechada e presa a uma corrente do mesmo género. Os seus tornozelos foram envolvidos por faixas de metal do mesmo género da que tinha à volta do pescoço e ligadas através de outra corrente, deixando-lhe pouca margem para andar ou principalmente correr. Finalmente, os seus pulsos foram desamarrados, tendo sido logo agarrados pelos Cavaleiros para impedir qualquer ideia de luta. De seguida, colocaram-lhe faixas metálicas idênticas às anteriores nos pulsos e prenderam-nas uma à outra também com uma corrente não muito comprida.
- Assim estás pronta a aparecer diante de gente, meretriz. – aprovou o Mestre de Santiago, agarrando na outra ponta da corrente que Shehzadi tinha presa ao pescoço – Agora embora que a minha vida não é isto!
E virou costas e abalou rumo ao seu cavalo, puxando pela corrente e obrigando a rapariga a levantar-se do solo. Atrás dela foram os outros cinco Cavaleiros, que se riam da triste sorte da sua cativa. E Shehzadi, a pobre Shehzadi, que em espaço de horas passara de princesa a prisioneira, avançou titubeante, tentando ajustar-se à sua nova vida de escrava de um Cavaleiro de San’Tiago – sempre de lágrimas nos olhos.



1- Silves

1 comentário:

  1. Diferente, maléfico, diabólico, mas sempre com o teu toque. Continua. Beijinhos <3

    ResponderEliminar