segunda-feira, 27 de março de 2017

Como apanhar um traidor

(história anterior)

Não tenho jeitinho nenhum para escrever. Por muito que eu seja parecida à minha irmã Ana, não consigo perceber porque perde ela tanto tempo de roda da escrita, revelando todos os detalhes sórdidos das nossas aventuras sexuais. Só que, graças a uma aposta (maldito sejas, Casillas!), vou ter de a imitar e escrever sobre algo picante. Bom, do mal o menos: sei bem que situação relatar!
Como toda a gente sabe, eu trabalho num salão de cabeleireira. A dona do franchise que pertence o meu local de trabalho, que se chama Isabela mas prefere que lhe chamem Bela, é um pedaço de mulher: alta, loira e com pinta de top-model, gosta de se vestir de forma espampanante – dá-me 15-0 no exibicionismo! – e faz virar cabeças ao passar na rua, sempre montada em cima de uns saltos altíssimos que a fazem parecer um arranha-céus. E sim, antes que perguntem, eu já me envolvi com ela; aliás, eu e ela uma vez raptámos a minha irmã Ana e a minha esposa Helena e abusámos delas durante dois dias, aproveitando a ausência do meu cunhado1. Escusado será dizer que somos bastante amigas, quase unha com carne, e andamos bastantes vezes juntas. Bela é casada com o Pedro, empresário como ela, e ambos têm um filho, o Duarte. Escusado será dizer que sou amiga da família, tal como Helena.
Uma tarde, já depois de almoço, Bela apareceu no salão com cara de quem hesitava entre chorar baba e ranho e começar num ataque homicida. Como naquele momento eu estava livre, fiz-lhe sinal para se sentar para eu lhe tratar da manutenção das unhas – outra coisa onde Bela é extravagante, pois ela gosta delas compridas e de cores berrantes. Enquanto eu tratava da tarefa que tinha à frente, perguntei a Bela o que se passava. Ela olhou em redor para se certificar de que estávamos sozinhas e disse:
- Acho que o Pedro me anda a trair com outra.
Não podia acreditar no que ouvia. O marido, tal como ela, era lindo e bem constituído, e muitas vezes eu brincava com eles chamando-lhes “Barbie e Ken”; para além disso eles sempre se haviam dado bem, ele estava sempre a oferecer-lhe prendas e viagens. E se ele fosse realmente capaz de trocar aquele mulherão, que qualquer homem digno desse nome gostaria de ter a seu lado, por outra gaja qualquer, fosse ela quem fosse, então Pedro era bem mais burro que eu o imaginava.
- Tens a certeza, querida? – perguntei, franzindo o cenho – Eu vejo-o sempre tão agarradinho a ti quando vocês estão juntos…
- Não, Andreia, não tenho. Apenas suspeitas. Mas o Pedro nunca atendeu chamadas longe de mim e agora começou a fazê-lo. E às vezes parece-me cheirar nele um perfume diferente do meu. Cheira-me a esturro.
- OK, eu compreendo-te perfeitamente. Mas não achas que ele merece o benefício da dúvida? Até pelo que se passou na despedida de solteira da minha Helena2
Vi-a entreolhar-me: talvez ela não imaginasse que eu sabia o que se passou nessa noite de deboche. Mas a minha querida havia-me contado, apesar de um pouco por alto.
- Eu sei, Andreia, nessa noite excedi-me… mas foi só uma noite, gaita! E foi só sexo, nada mais que isso, sabes bem que eu adoro o meu marido e adoro fazer maluquices com ele. Mas se ele anda a ver a mesma cabra constantemente…
- Que posso fazer, Bela? Queres que o tente seduzir para ver se ele está receptivo?
Bela ficou a meditar na ideia durante algum tempo.
- Eu… eu confio nele, amiga. Mas ao mesmo tempo sei que ele é homem, e os homens vão sempre atrás de quem abra as pernas para eles. Preciso de saber se isto é só paranóia minha ou se tem fundamento. Mas não o tentes seduzir, isso ia dar demasiada barraca. Se conheceres alguém que possa investigar… era o ideal.
Soltei uma gargalhada.
- Não te preocupes.

Meti uns dias de férias que ainda tinha do ano anterior e dediquei-me a seguir a vida de Pedro. Arranjei umas roupas bastante discretas, que ajudassem a disfarçar o meu barrigão (sim, esqueci-me de mencionar: estou grávida de uma menina), uma peruca de cabelo à tigela e diversas máscaras que me fizessem ter caras diferentes; e andei alguns dias a passear pelas zonas que ele costumava frequentar. Bebi uma tonelada de galões e garotos, enjoei de torradas e tostas e pastelaria… mas, depois de três dias nesta vida (e de quase causar um ataque homicida a Helena quando ela soube a dieta que eu andava a fazer), acabei por conseguir fotografar Pedro aos beijos com uma morena qualquer. Engoli em seco enquanto arranjava maneira de contar a má notícia a Bela.
Acabei por convidá-la para minha casa; e assim que ela viu as imagens, desatou num berreiro, comigo a abraçá-la com força e a tentar consolá-la, apesar de saber que, naquele momento, as palavras eram vãs…
- E agora, Andreia, que vou fazer? – perguntou Bela assim que se acalmou – Deixo-o? Digo-lhe que sei o que ele anda a fazer e peço explicações? Ignoro e faço de conta que não sei?
- Não, não, Bela, nada disso. Nada de o deixares, mas nem penses em ignorar a coisa. – parei e fiquei a pensar. Uma ideia viera-me à ideia – Ou então... podemos dar-lhe um correctivo para o “curar” desta tipa.
- O quê? Como assim?
Sorri.
- Tenho um plano.

A primeira parte do meu plano implicava que eu tomasse conhecimento com a amante de Pedro, o que não foi difícil: ela trabalhava numa loja de roupa do Almada Fórum. Pedi-lhe ajuda com algumas coisas que (supostamente) queria comprar, depois acabei por travar conhecimento com ela e consegui convidá-la para um café; e um comprimidinho dos meus no chá que ela pediu fez com que a rapariga terminasse esse dia na mala do meu carro para que eu pudesse tirar dela tudo o que precisava, e que consistia apenas no seu cartão de telemóvel para o clonar – para além das medidas da sua cara para se fazer uma máscara dela.
Eu poderia fazer aqui um enorme parênteses sobre esta questão das máscaras porque sei que é algo que intriga muita gente, o saber em que consistem, como são feitas, como eu e a minha irmã conseguimos tantas vezes parecer gémeas quando não temos rostos assim tão iguais como isso; mas não o vou fazer por dois motivos: em primeiro, porque isso é demasiada conversa que não interessa a ninguém; e em segundo, porque o segredo é a alma do negócio e não me vou meter aqui a revelar os segredos da irmandade Karabastos. De qualquer maneira, assim que acabei tudo o que queria da rapariga, levei-a a casa e deixei-a à porta, dopada para que não se lembrasse do que acontecera naquele dia.
A segunda parte do meu plano começou com uma mensagem para Pedro daquele telemóvel clonado, pedindo-lhe para se encontrar comigo num motel perto de Coina. Cá dentro, tive ainda uma esperançazinha que ele respondesse negativamente… mas apenas pude suspirar quando ele anuiu ao “meu” convite. E, assim, fui transformar-me na amante de Pedro.

À hora combinada, ouvi um toque na porta do quarto. Levantei-me e abri-a, deparando-me com Pedro. Cumprimentei-o com um beijo nos lábios (rápido para que ele não desse pela textura esquisita que me cobria os lábios) e falei em voz baixa com ele, queixando-me de uma rouquidão que me aparecera subitamente naquele dia. Ele pareceu aceitar tudo bem… principalmente porque estava vidrado no meu corpo. Tinha vestido um body com mangas compridas de nylon transparente que exibia as minhas mamocas arrebitadas, uma cinta de vinil de onde saíam fitas com molas nas pontas onde havia prendido as minhas meias de nylon; e trazia um par de sapatos de salto-agulha e biqueira pontiaguda – tudo em preto, claro. O olhar de Pedro não se desviava do meu peito de maneira nenhuma!
- Gostas do que vês? – perguntei-lhe – Queres tocar-lhes?
Aproximei-me dele e o marido de Bela não se fez rogado: as suas mãos atiraram-se logo aos meus seios e começaram a acariciar-me os mamilos mesmo por cima do body; fechei os olhos e comecei a gemer: ia ter de me concentrar ao máximo para conseguir levar o plano até ao fim…
Ajoelhei-me à frente de Pedro e desapertei-lhe as calças de ganga coçadas; e não me admirei muito de ficar com a cara a milímetros de uns boxers com uma grande protuberância… Mesmo por cima do tecido, agarrei-lhe no órgão com uma mão e apertei-o um bocadinho.
- Ai, bruta! Se fazes mal, tens de fazer bem depois… – sorriu Pedro.
Pelo canto do olho vi a porta do quarto a entreabrir-se e a ficar com uma fresta aberta. Baixei os boxers ao homem que tinha à minha frente e levantei-me, fui à minha mala e tirei de lá um par de algemas que ergui na direcção dele.
- Queres-me prender? Fui um menino mau, é isso? – continuou ele.
“Sim, já vais saber o quanto!” pensei enquanto assentia com a cabeça.
- Faça favor, Sra. Agente à paisana… seja gentil. – e Pedro colocou as mãos atrás da cabeça, minha espera.
Aproximei-me dele e puxei-lhe os pulsos para baixo, atrás das costas, enquanto lhos algemava o mais apertados possível. Assim que ele ficou preso, fiz sinal para Bela, a pessoa que se encontrava do outro lado da porta (porta essa que ficara pelas costas de Pedro) e ela foi entrando pé ante pé, aproximando-se de nós sem fazer barulho. Então, a minha patroa agarrou em Pedro pelos ombros e fê-lo dar uma volta de 180 graus. Assim que ele se apercebeu de quem era a recém-chegada, os seus olhos esbugalharam-se e ele ficou de todas as cores.
- Erm… erm… Isabela… eu…
Bela não disse nada: a sua reacção foi unicamente atirar o joelho direito para a frente, acertando mesmo em cheio nos genitais do marido; e com o mesmo balanço o pé foi logo de seguida embater no mesmo sítio. Apanhado de surpresa, Pedro nada mais pôde fazer senão soltar dois berros e cair de joelhos.
- Foda-se…
Mas Bela apenas havia começado. Sem perder tempo, ela começou a pontapear repetidamente o baixo-ventre de Pedro com o seu pé dominante, o direito. Quando ela parou para descansar, agarrei nele por debaixo dos braços, levantei-o e virei-o na minha direcção… e enfiei-lhe um pontapé nos tomates. Só um. Mas o suficiente para ele perder a força nas pernas mais uma vez e voltar a ajoelhar-se.
- Parem… foda-se… – gemeu Pedro, com uma careta de dor.
- Parar? Ainda agora começámos! – ri-me.
Com o pé fi-lo deitar-se no chão de barriga para cima; e pus-lhe logo um pé em cima da pila, espezinhando-a. Naquele momento Bela já estava ao pé de mim a observar o que eu estava a fazer.
- Queres? – perguntei-lhe, convidando-a a tomar o meu lugar: afinal ela era a parte lesada.
Ela anuiu em silêncio e, enquanto eu me afastava um bocado, assisti a Bela colocar o seu pé sobre a pila de Pedro e apertar ao máximo, tirando as medidas àquela bomba. Tal como eu, tinha um body preto de mangas compridas como o meu mas o seu era em látex, collants de nylon escuros e sapatos de salto alto com compensação – e imaginei que as solas fossem rugosas para causar o máximo de dano possível (dei por mim a pensar que poderia ter-lhe oferecido uns sapatos com a biqueira cravejada de picos, dariam muito jeito em situações como aquela!). Pedro não parava de gemer ou de tentar pedir desculpa, mas nenhuma de nós lhe ligou patavina.
Aproximei-me de Pedro e agarrei-lhe no cabelo, fazendo-o ficar sentado no chão, mas ainda com o pé da esposa a pisar-lhe as miudezas.
- Sabes o que merecias, meu cabrão de merda? Era que cada uma de nós te fodesse com um barrote até sangrares do cu. – rosnei. O facto de ser amiga da família (e principalmente de Bela) fazia-me estar furiosa com aquele homem.
- Parem… por favor… já chega… eu aprendi a lição… – Pedro gemia sem parar, pedindo clemência; todavia, nem ela nem eu estávamos com vontade de lha dar.
Fui buscar um utensílio de tortura e fiz sinal a Bela que se afastou, enquanto eu agarrei na orelha de Pedro e o fiz levantar.
- Segura-o. Para a frente. – ordenei à minha amiga, enquanto eu me ajoelhava ao lado dele.
Olhei para aqueles genitais com atenção: já estavam com aspecto de terem sido maltratados mas para ambas ainda não seria suficiente. Assim, abri o humbler que eu tinha na mão, puxei-lhe os testículos para trás e coloquei em volta deles aquele utensílio, para depois ir apertando lentamente os parafusos que ele tinha nas pontas. Assim que acabei, fiz sinal a Bela que o largasse; e claro que Pedro se manteve na mesma posição de cu espetado, uma vez que o humbler não lhe permitia outra pose.
- Digo-te já, querido: tu, com esse cu espetado, estás a provocar-me… – ri-me ao ver a pose de Pedro – Se não te endireitas, ainda te violo.
- Tens uma piada do caralho! Foda-se, tirem-me esta merda! Não se divertiram já? – rosnou Pedro, mas os seus protestos foram parados por uma bofetada de Bela.
- Achas piada a esta merda, é?! – gritou ela; e sempre que ela terminava uma frase ela esbofeteava o marido – Achas que eu me ando aqui a divertir?! Achas que eu queria estar aqui?! Se calhar sou eu que ando atrás de putas, não é?!
- Bela, eu…
- “Bela” o caralho! És um merdas! Depois de tudo o que fiz por ti, depois de tudo o que a minha família fez por ti, é assim que nos pagas?!
Enquanto Bela descarregava em Pedro, eu entretive-me a espetar-lhe repetidamente um dedo nos testículos, avaliando a sua condição, causando um bocadinho mais de dor e… pensando que mais fazer. OK, tinha sido eu a mentora da ideia, mas confesso que estava sem grandes ideias para o que mais fazer a Pedro. Claro que podíamos sempre enrabá-lo à vez, ou usá-lo para nosso exclusivo deleite, mas isso era demasiado cliché – mesmo assim ainda enfiei uma caneta no cu de Paulo (que após lha ter retirado foi directa para o lixo: não sou fã de scat). Bela, todavia, não queria saber do cliché ou da imundície: enquanto eu mantivera o seu marido controlado, ela foi ao carro e voltou, trazendo à cintura o seu strap-on realista, não muito grande nem muito grosso mas que, num cu virgem como o de Pedro, era capaz de causar algum dano. Bela aproximou-se do rosto do nosso prisioneiro e deu-lhe uma chapada com força, enfiando-lhe logo de seguida um lenço na boca. Os seus olhos debruados de lágrimas reflectiam medo.
- Sabes que te vou fazer, Pedro? Vou-te foder. Vou-te foder como tu fodeste a minha vida. Tínhamos tudo para sermos felizes… e tu estragaste isso.
- Não vais meter vaselina? – perguntei, sentindo-me pela primeira vez inquieta.
- Este cão não merece piedade nenhuma! – enquanto falara, Bela dirigira-se para o posterior espetado do marido; e sem aviso ou preparação, ela agarrou-lhe nas ancas e enfiou-lhe o dildo no rabo.
Assisti de cadeirão à destruição anal de Pedro e deliciei-me com os gemidos amordaçados que ele soltava sempre que a pila sintética entrava por completo nele. Apesar disso, não estava muito confortável com a disposição da minha querida Bela. Ela parecia uma sanguinária, apenas interessada em causar o máximo de dor sem olhar a mais nada – o que não é, de todo, o meu estilo. Mas como, naquele momento, eu já não era a pessoa dominante no quarto e calculava que Bela não me ligaria nenhuma se eu a tentasse deter, deixei-me ficar à espera que ela se cansasse. O que acabou por acontecer não muito tempo depois.
A minha companheira tirou a sua pila do cu de Pedro e afastou-se, ofegante, olhando para o marido e para as lágrimas que lhe escorriam à face abaixo com um esgar de nojo. Entretanto, eu levantei-me e fui ao meu saco para buscar um cinto de castidade e uns cadeados: estava na hora da pièce de resistance e já chegava de castigos físicos.
- Podes tirar-lhe o humbler, por favor?
Bela assentiu e tratou de abrir os parafusos que mantinham as suas placas de madeira fechadas; e assim que aqueles genitais ficaram livres, tratei de os colocar dentro da armação de acrílico, fechando o cadeado que mantinha aquele aparelho em posição e entreguei as chaves a Bela.
- Tens aqui as chaves do cadeado. Faz com elas o que quiseres, mas aconselho-te a andares sempre com elas.
- Não te preocupes, amiga. Eu devia de as destruir, para que este filho da puta (não, filho da puta não, a tua mãe não tem culpa de seres um cabrão traidor) nunca mais possa tê-lo direito na vida… mas vou fazer o que dizes. – enquanto falava, ela tirava uma das chaves da argola e entregou-ma; assim que eu a agarrei, ela tratou de enfiar a outra no fio que ela trazia no pescoço e depois começou a soltar o marido – Entrego-te uma, por precaução, e a outra vai andar comigo, aqui bem à mostra, para que tu – voltou-se para Pedro – bem a vejas e te lembres de que, se quiseres voltar a foder na puta da tua vida, vai ser quando eu quiser! E comigo! Mas… acho que o teu castigo merece ser maior. Mereces sentir na pele o que eu senti, sabes? Mereces passar a ser corno. Vou começar a escolher alguns dos gajos que andam sempre em cima de mim para me saltar para a espinha e se calhar vou mesmo dar umas voltinhas com eles. Afinal de contas, se andavas à procura de queca, é sinal que já não te importas com quem eu fodo. E até podemos ir juntos, que dizes? Tu ficas a vê-los saltarem-me para cima e depois voltamos para casa. Pode ser?
Vi o rosto de Pedro transformar-se numa careta de horror.
- Bela, isso não… eu falhei, peço desculpa… não volta a acontecer, prometo-te…
- Pois não, disso podes ter a certeza. – e apontou para a chave que lhe pendia no peito – enquanto esta chavinha não te libertar o caralho, não vais voltar a meter a picha em cona alguma. E agora veste-te e vamos embora.
Pedro não respondeu, sentindo-se humilhado, e começou a vestir a roupa que ele havia atirado ao chão, enquanto Bela apenas retirou o seu strap-on, abrindo a porta e ficando à espera do marido.
- Vá, andor! As coisas a partir de agora vão-se modificar muito… e para começar quando chegarmos vais fazer o jantar. Querida, – dirigiu-se para mim assim que Pedro passou pela porta – falamos depois, OK?
- Claro, amor. Temos muito para falar.
Ela piscou-me o olho e saiu.
Tratei de arrumar as coisas enquanto pensava no que se havia acabado de passar. Eu havia pensado em castigar Pedro pela sua busca de adultério, mas talvez eu tivesse levado a coisa demasiado longe e provocado o final do casamento deles – que até nem estava tão mal como isso. Bom, o que estava feito, estava feito. Teria de falar com Bela sobre as suas intenções.
Retirei a máscara, fui ao meu carro e mudei de roupa para algo mais discreto, para depois ligar o motor e pôr-me a caminho em direcção a casa.

(história seguinte)




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