segunda-feira, 9 de julho de 2018

Opção definitiva (parte 2)

continuação...

A tarde deu lugar à noite e, à medida que as horas iam passando, Mónica reparou que Paula se ausentou por diversas vezes para falar ao telemóvel; pensou interrogá-la a esse respeito, mas acabou por se deixar ficar calada, preocupando-se mais em apanhar Sol e em dar alguns mergulhos na piscina.
Depois de tomarem banho e de comerem qualquer coisa, Mónica desafiou Paula a irem beber um copo a um bar.
- E faz favor de te vestires o mais sexy possível, sim? – acrescentou a Dominatrix, com um sorriso – Sabes perfeitamente que adoro exibir-te e provocar…
Mónica sentiu um arrepio pela espinha, depois recompôs-se. Claro que o primeiro impacto perante a perspectiva de uma exposição pública ainda lhe causava suores frios, mas depois recompôs-se e acenou afirmativamente.
Duas horas depois, o casal estava sentado num bar à beira-mar a consumir cada uma a sua caipirinha. Mónica estava com um vestido justinho cor-de-rosa pelo meio da perna, que lhe cobria o peito por completo mas que descobria as costas; calçava uns sapatos de salto alto brancos, fechados e que, à semelhança das sandálias que usara durante a tarde, tinham uma plataforma razoável. Paula, amante dos visuais à “Maria Rapaz” sempre de calças, daquela vez havia contrariado esse seu hábito e envergava também um vestido, se bem que preto e mais comprido que o da crossdresser – quase chegava aos joelhos – e mais decotado; todavia, como era seu costume, a Dominatrix não abdicou de umas botas pelo joelho, pretas, de salto-agulha e uma plataforma mais pequena que a dos sapatos de Mónica. Tanto uma como a outra usavam cintos com fivelas: enquanto a de Mónica dizia “Sexy”, a de Paula trazia a palavra “Bitch”. Como seria de esperar, o casal foi alvo dos olhares gerais dos clientes, algo que deixou Mónica nervosa mas que Paula ignorou, bebericando a sua caipirinha enquanto se entretinha, como de costume, a provocar a crossdresser. Por algumas vezes a Dominatrix olhou ao telemóvel, como que à espera de qualquer coisa. Mónica tentou interrogá-la sobre isso mas o alto volume da música impedia grandes conversas.
Pouco depois, Mónica reparou que o ecrã do telemóvel da esposa acendeu-se, com esta a pegar nele e a sorrir por breves momentos; depois pegou na mala, colocada num banco ao lado dela, guardou lá o telemóvel e tirou a carteira.
- Vamos para casa? – gritou ela, conseguindo levantar a voz acima da música que enchia o bar.
Mónica assentiu, desconfiada. Levantou-se e foi atrás de Paula, que se dirigiu para a caixa.
O regresso a casa demorou uns dez minutos, durante os quais Paula andou sempre de mão dada com a crossdresser. Esta sentia uma dor horrível nos pés – apesar de estar já habituada a andar de saltos altos, aqueles tinham uma altura maior do que os que ela estava acostumada. E assim que chegaram a casa e fecharam a porta da rua, duas mãos agarraram em Mónica e atiraram-na para cima do sofá.
- Hey! – gritou ela, assustada – Que se passa aqui?!
Como resposta, as mesmas mãos voltaram a pegar-lhe, colocando-a de joelhos no chão, enquanto uma terceira pessoa colocava abraçadeiras à volta dos pulsos e braços de Mónica. A luz acendeu-se e esta pôde ver que havia dois desconhecidos ali com elas! Ambos estavam de cara tapada, com máscaras de ski, mas pareciam ter formas masculinas. A crossdresser olhou para a esposa: Paula estava nas mãos do segundo desconhecido… mas de mãos dadas com ele.
- Paula! – voltou a gritar Mónica, quase em pânico.
- Relaxa, fofa, não te vamos fazer mal. – o desconhecido que a atacara comentou – Apenas queremos que se divirtam connosco…
- Amor, temos de fazer o que eles quiserem… tudo o que eles quiserem… – respondeu Paula, fingindo resignação.
Mónica foi erguida e arrastada rumo ao quarto onde o casal tinha planeado passar a noite, tendo sido atirada para cima da cama; atrás deles foram Paula e o outro desconhecido. A crossdresser foi colocada de bruços sobre uma das mesas-de-cabeceira, ficando logo sem cuecas.
- Que belo cu… – ouviu.
Depois de levar algumas palmadas nas nádegas, uma mão espalhou-lhe lubrificante pelo rabo, com algum cuidado, ao passo que o segundo desconhecido se aproximava da cabeça de Mónica e lhe fazia festas no cabelo, como que a penteá-lo; e ela pôde ver um alto pulsante na zona do baixo-ventre daquela pessoa…
- Não, não, por favor, tudo menos isso… – gemeu a crossdresser, aterrorizada com a ideia de ser violada por um estranho.
- Tudo menos isso? – o outro desconhecido falou pela primeira vez; tinha uma voz estranha, como se a estivesse a disfarçar – Então abre a boca e chupa!
No momento seguinte, o corpo daquela pessoa estava encostado à sua cabeça, de braguilha aberta e pénis de fora, com ela a agarrar-lhe no cabelo e a puxá-la na direcção daquele órgão pulsante; sem qualquer outra alternativa, Mónica foi obrigada a permitir que ele lhe entrasse na boca.
- Ohhhh… aí de ti que me mordas, puta de merda! Arranco-te os dentinhos todos!
Mas a crossdresser nem sequer ouvira aquela reclamação nem pensara em tal coisa: ela apenas se limitou a dar prazer oral àquele órgão pequeno, esperando que aquele desconhecido ficasse satisfeito com o seu trabalho e a deixasse em paz sem se vir na sua boca. Atrás dela, sentiu um corpo encostar-se ao seu rabo e um pénis ficar em contacto com o seu ânus: Mónica rezou para que fosse o strap-on de Paula…
- Relaxa, coração…
A voz masculina desanimou Mónica: era o outro invasor. Ela ia ser violada por dois homens! Mas… onde estava Paula? Seria possível que a Dominatrix estivesse a ver aquela situação sem intervir?
O órgão a que Mónica proporcionava prazer oral subitamente saiu-lhe da boca; e aquele desconhecido durante alguns instantes preferiu fustigar-lhe a cara com ele… ao mesmo tempo que o seu rabo era invadido por outro órgåo.
- Ai… – gemeu de prazer o invasor, começando a viajar dentro do posterior da crossdresser; logo de seguida, todavia, os seus gemidos transformaram-se em uivos prolongados quando Paula, após ter despejado um pouco de vaselina nos dedos, enfiou-os no rabo daquele desconhecido. Tinha na outra mão um strap-on negro bastante avantajado.
- Era só o que faltava… comeres a Minha Mónica sem levares a demasia…
Mónica não ouvira aquela frase: o seu único pensamento era no que fazer para sair dali. Tudo bem que nenhum dos desconhecidos a estava a aleijar, mas o facto de estar a ser violada por dois homens causava-lhe imensa confusão. Deveria resignar-se e tentar desfrutar da situação? Deveria tentar libertar-se, fugir aos seus captores? A crossdresser hesitou, e voltou a hesitar… e quando deu por si havia um vibrador encostado aos seus testículos – tal como na tarde anterior.
- Diz lá que não te sabe bem, puta Mónica… – riu-se Paula, agachando-se ao pé da cabeça dela, já de dildo preso ao baixo-ventre e com este coberto por um preservativo e uma camada de vaselina.
A Dominatrix voltou para trás do invasor que penetrava cada vez com mais fúria o traseiro da crossdresser, encostou-lhe a ponta do dildo ao esfíncter anal e começou a fazer força para a frente; e à medida que aquele corpo estranho ia avançando pelo traseiro do desconhecido, este ia soltando gritos de prazer, quase parando de se mover – mas ainda dentro de Mónica. Quando este voltou a avançar pelo rabo da crossdresser, fê-lo bem mais devagar que antes, e a segurar o vibrador de forma a ficar encostado aos genitais dela. A sua boca havia sido novamente invadida pelo órgão do outro desconhecido, que lhe agarrara no cabelo com força, forçando-a a chupá-lo com todo o vigor; quando aquela mão parou, fê-la ficar com aquele pénis totalmente dentro dela, para de seguida o invasor começar a gemer de prazer e Mónica sentir o sémen que aquele órgão ia libertando invadir-lhe a boca.
- Isso mesmo, sua puta, chupa tudo, engole tudo…
Mónica ficou de sobreaviso com aquela frase, pois o desconhecido falara com uma voz diferente, quase como se tivesse disfarçado o tom de voz até então e ali tivesse tido um descuido; e o mais curioso era que aquela fala pareceu feminina – e familiar… Atrás de si, o outro raptor também já havia atingido o orgasmo, mas como ele usava preservativo a crossdresser não sentiu o seu traseiro ser recheado de esperma. Paula, todavia, continuava a penetrar furiosamente o traseiro daquele desconhecido; e continuou a fazê-lo enquanto o fazia dar uns passos atrás de forma a sair do traseiro de Mónica.
- Já chega de comeres a Minha menina! Agora… Su, queres tratar aqui do menino?
- Só um bocadinho, querida! – respondeu o outro invasor, continuando a falar com aquela voz feminina que pusera Mónica em sobreaviso, enquanto ainda se vinha na boca dela. Deu uns passos atrás assim que se sentiu satisfeito, observando divertido a cara de dúvida da crossdresser e reparando nos fios de baba e sémen que lhe ficavam colados ã boca – Se calhar já tirava isto, estou farta desta coisa e faz-me um calor medonho.
Quando aquela pessoa tirou a máscara de ski, Mónica confirmou as suas suspeitas: tratava-se de Susana, a amiga shemale de Paula1. As duas trocaram de posição, não sem antes darem um enorme linguado, e Paula agachou-se ao pé do rosto da esposa.
- E então, puta Mónica, gostaste do teu primeiro spitroast com caralhos a sério? Apenas para variar um bocadinho e não ser sempre dildos… – enquanto falava, trocou o preservativo que cobria o seu strap-on e agarrou no vibrador, abandonado no chão; de seguida agarrou no corpo da crossdresser, levantando-a da mesa-de-cabeceira e atirando-a sem cerimónias para cima da cama, onde a ajeitou até ficar de barriga para cima e pernas abertas – Agora é a Minha vez de te pôr a gritar e alargar-te esse teu cuzinho guloso!
Mónica ia para falar, mas calou-se assim que a Dominatrix voltou a encostar-lhe o vibrador em funcionamento aos genitais trancados, transformando as suas palavras num gemido incessante, que aumentou de volume assim que ela começou a avançar pelo seu rabo. Paula olhou para o lado, onde Susana havia dobrado o desconhecido sobre a cama e penetrava-lhe furiosamente o rabo, e sorriu; depois foi enfiando e tirando o seu dildo do cu da crossdresser, continuando a estimular-lhe os genitais, deliciando-se ao ouvir os gemidos e uivos que enchiam aquele quarto. Não demorou muito até aqueles se transformarem em gritos de júbilo, quando todos os intervenientes, à vez, saborearam cada um o seu orgasmo – todos excepto Mónica, que apenas teve direito a um clímax semelhante ao da tarde, sem grande prazer e com algum corrimento de sémen.

Depois dos invasores se terem retirado, com Susana a pegar na mão do outro invasor (que era nem mais nem menos que o dono das casas em que elas se encontravam) e a levá-lo consigo para passarem a noite juntos, Paula libertou Mónica, despiu-se e foi para a casa de banho tratar da higiene pré-dormida. A crossdresser também se despiu, vestindo uma tanguinha rendada cor-de-rosa e uma camisa de dormir de cetim bordeaux, depois juntou-se à esposa na casa de banho para fazer o mesmo que esta.
- Olá, jeitosa! – riu-se Paula, apalpando-lhe o traseiro assim que Mónica ficou a seu lado.
A crossdresser sorriu, enquanto pegava num disco desmaquilhante e o ia passando pela cara.
- Sabes uma coisa, amor? – comentou – Acho que estou a gostar cada vez mais de ser Mónica. E que quero fazer no meu corpo tudo o que Tu quiseres que eu faça. Se quiseres que eu meta mamas, eu vou meter mamas. Se quiseres que eu comece a tomar hormonas femininas e comece a fazer o processo de transição, eu começo.
Paula olhou para Mónica através do espelho com ar sério.
- Estás a falar a sério? Tu… tu tens a certeza do que estás a dizer?
- Se não tivesse a certeza, não To dizia. Se não quisesse submeter-me por completo à Tua vontade, não Te teria entregue a chave do meu cinto de castidade (nem sequer o tinha posto!), e se calhar não teria casado Contigo. Por isso… gostava imenso que me transformasses naquilo que quiseres, naquilo que queres que a Mónica seja.
A Dominatrix olhou para ela, sorriu, abraçou-a e beijou-a.


1- ver "Noite de gajas"

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