segunda-feira, 11 de março de 2024

Quatro décadas, quatro festas (parte 2)

 

continuação...

Ladies inglesas

Não me iria demorar muito em Portugal, porém; dois dias depois da minha chegada, estava novamente no aeroporto a apanhar mais um avião, desta feita para Inglaterra. Porquê? Porque Lucy, a modelo loira que também estava apaixonada por mim, mandara-me um mail a dizer que eu estava há demasiado tempo sem estar com ela e que me queria fazer uma festa de aniversário, enviando uma fotografia da tanga encharcada “das saudades que tenho tuas e da vontade que tenho de te ver”. Não tive outra hipótese senão deixar o meu marido e os meus filhos e ir ver o que tinha aprontado aquela louca.

Tal como Tommy, assim que me viu, Lucy nem me deu tempo para dizer nada: baixou-me a máscara e a sua e beijou-me longa e apaixonadamente.

- Porque és tão má para mim, gatinha? – perguntou ela, enquanto saíamos do aeroporto.

- Como assim?

- Passas tanto tempo sem me ires ver, demoras a dizer alguma coisa… até parece que não me amas!

- Oh, Lucy… – dei-lhe a mão e entrelacei os meus dedos nos dela – Nunca me esqueço de ti. E uso sempre o fio que me ofereceste.

- Eu também. – e ela levantou o tornozelo direito, onde estava uma corrente de prata, fina.

- Bom, mas que é que tu preparaste? Estás a fazer um mistério tão grande…

Lucy não respondeu e continuou a guiar-me para o parque de estacionamento, onde um carro preto estava parado – um Jaguar, pareceu-me. Ao volante estava um homem sisudo.

- Vais ver. Vais adorar. – Lucy abriu a porta traseira e fez-me entrar à sua frente – Vamos ter com umas amigas minhas. Mas primeiro temos de nos embonecar.

- Como assim?

Mas Lucy não me respondeu: fechou a porta e fez sinal ao condutor para arrancar.


Três horas depois, encontrávamo-nos no Hipódromo de Ascot, palco de uma das mais conhecidas corridas de cavalos do mundo, que se realizava naquele mesmo fim-de-semana. Sendo um sítio chique onde todas as pessoas finas e de alto estatuto social iam, era um autêntico palco de trajes formais e de alguma extravagância. Lucy havia-se metamorfoseado e parecia uma autêntica duquesa, com um vestido cor de salmão, justo ao corpo, sem braços e que lhe chegava aos joelhos, sapatos de salto alto cremes e uma pochete da mesma cor dos sapatos; completava o look um chapéu da mesma cor do vestido, preso ao seu cabelo ondulado por ganchos de forma a ficar meio de esguelha. Seguindo as suas orientações, eu vesti um vestido branco, de mangas até aos pulsos e com um recorte rectangular na zona do pescoço, menos justo que o da minha namorada mas que, da cintura para cima, se cingia bem ao meu corpo e da cintura para baixo alargava um pouco, chegando à zona dos joelhos. Um cinto preto apertava-me o tecido em roda da cintura, uma gargantilha de tecido preto envolvia-me o pescoço e calçava uns sapatos de salto-agulha pretos. Sobre os meus cabelos loiros – uma exigência de Lucy fora que eu passasse a ser loira – e preso com ganchos, estava um chapéu preto muito rectangular, sendo semelhante no formato a um chapéu de palha mas feito de feltro. Estava carregada de jóias nos pulsos, dedos e orelhas, tal como Lucy – aliás, quem olhasse para nós duas seria capaz de dizer que éramos irmãs! Perguntei-lhe como conseguia ela arranjar e pagar pelos vestidos, cabeleireiro, manicure e pedicure e ela apenas me respondeu que tinha escravos que lhe pagavam tudo aquilo que ela quisesse e precisasse.

- Vais conhecer mais alguns deles na corrida. – acrescentou ela, com um brilho malicioso no olhar – Um deles já sabes quem é…

Efectivamente, o motorista que nos apanhara no aeroporto e nos guiara por todo o lado era um dos escravos de Lucy que financiava o seu modo de vida extravagante. Ela até me mostrou o fio onde tinha presas todas as chaves dos cintos de castidade deles, enquanto eu ficava a olhar para aquela rapariga, compreendendo que havia muito mais para além daquilo que eu conhecia: sabia que ela era algo doida e dominadora, mas àquele nível…

O Hipódromo de Ascot é um dos sítios onde conseguimos encontrar os chavões que normalmente associamos aos ingleses. Tudo muito formal, muito cheio de etiquetas, toda a gente envergando roupa formal, as mulheres com chapéus excêntricos, os homens de cartola… Todavia, como Lucy me ia segredando ao ouvido constantemente, qualquer pessoa com dois dedos de testa detectava quem efectivamente era daquele extracto social e quem estava ali “caído de pára-quedas”. Também se conseguia vislumbrar aqui e ali pessoas dominantes e outras submissas. Em suma, uma feira de vaidades… e confesso que não me sentia muito à vontade ali no meio daquela gente toda; todavia Lucy deu-me o braço e disse-me para agir com naturalidade e seguir a sua deixa.

Fui apresentada a alguns conhecidos de Lucy como “Annie Karabastou, duquesa de Nicósia”, designação que me fez sorrir da primeira vez que a ouvi. Conheci alguns homens charmosos e as suas acompanhantes, mas o melhor estava reservado para o fim, quando a minha companheira me levou a conhecer duas das suas melhores amigas, duas raparigas loiras chamadas Frankie, “duquesa de York” e Dannii, “duquesa de Gales”. Dannii parecia uma jovenzinha acabada de entrar na idade adulta (vim depois a descobrir que tinha menos dois anos que eu), de rosto delicado e sorriso angelical, olhos verdes, lábios estreitos e longo cabelo ondulado, que estava dentro de um vestido rosa-choque que lhe cobria um ombro mas deixava o outro descoberto, estava bem justo ao corpo e mostrava que a rapariga tinha uma figura bastante invejável e que lhe ficava pelos joelhos; na cabeça trazia um chapéu da mesma tonalidade do vestido mas com um formato que, pensei para mim mesma, parecia a tampa de uma caixa de chocolates, com um laçarote em cima para ajudar a compor; e parecia mais alta devido às sandálias de salto-agulha rosa-choque também dotadas de um laçarote na zona do fecho, à volta do tornozelo; tinha na mão direita uma pochete cinzenta carregada de brilhantes. Frankie parecia ser mais velha que Dannii e tinha um rosto mais cheio, de olhos azuis e lábios mais recheados; o seu vestido era de uma cor mais desmaiada, uma espécie de rosa bem mais tímido que o da companheira, tinha uma espécie de folhos que cobriam os antebraços mas a parte de baixo, além de ser mais larga, apenas cobria o meio da perna, pelo que ela parecia ter umas pernas enormes! O seu cabelo era liso e estava enrolado num penteado elaborado do qual, como não podia deixar de ser, fazia parte um chapéu que enfeitava mais do que cobria a cabeça, tendo um formato semelhante ao de Dannii mas que não tinha laçarote; e os seus sapatos também eram daquele rosa desmaiado, de salto-agulha mas com abertura à frente. Ambas as raparigas estavam acompanhadas por homens, mas não pareciam interagir com eles, procurando a conversa entre si ou com Lucy. Foram elas que me mostraram o quão falsas eram as aparências naquele sítio, que muita gente vinha ali, não pelas corridas, mas para serem vistas e fotografadas para as publicações cor-de-rosa.

- Olha, olha, a Liz Summers já traz o namorado novo! – comentou Dannii, olhando para um casal sentado nas bancadas à nossa frente – Também não perdeu tempo, depois do outro lhe ter dado com os pés…

- Ouvi dizer que o George, o ex dela, foi apanhado em flagrante pela Liz na cama com outro homem. – acrescentou Lucy.

Todas riram, até eu.

- Nunca é tarde… Paul, vai-me buscar uma bebida, por favor. – Lucy olhou para o seu acompanhante, o homem que nos conduzira até Ascot e que se mantivera à nossa beira.

- Sim, senhora. – e Paul levantou-se do seu lugar e foi tratar do que lhe tinha sido ordenado.

De súbito, senti um toque no ombro. Virei-me para trás e vi um outro rapaz, de fraque e cartola negra, a olhar para o chão.

- Condessa, sou Louis, o Seu servo para o dia de hoje. A Mistress Lucy encarregou-me de A servir em tudo o que Lhe aprouver.

Olhei para Lucy, que sorria com um piscar de olhos malandro:

- Considera-o a minha prenda de anos para ti.

Encarei Louis, pensando no que me apetecia naquele momento.

- Traz-me um gin, Louis.

- Com certeza, Madame. – e ele virou costas rumo ao bar.

À medida que os minutos passavam, reparei que, naquele grupo onde eu estava integrada, falava-se de tudo menos de corridas de cavalos – aliás, diria que os animais eram o que menos importava ali. Lucy, Dannii e Frankie falavam entre elas das pessoas que passavam pelo nosso grupo, cochichavam sobre a aparência de alguns casais e riam-se deste e daquele, ou porque o chapéu era ridículo, ou porque o vestido não condizia com o chapéu… elas arranjavam sempre motivo para escarnecer de quem as rodeava. Eu deixei-me ficar no meu lugar, bebericando o meu gin e deixando o meu olhar viajar entre elas e Louis, o meu “servo”. Este parecia ser um rapaz de vinte e poucos anos, de cabelo escuro e curto, físico normal e estatura média: eu, do cimo dos meus sapatos, era mais alta que ele uns 10 cm. Nunca lhe consegui ver a cor dos olhos porque ele mantinha-os baixos, sempre fixos no chão.

Quando os ponteiros do meu relógio de pulso dourado se aproximavam das 17h, Lucy olhou para nós todas.

- Meninas, as corridas estão a acabar e daqui a nada é Sol posto… que dizem de sairmos daqui e irmos para minha casa? Temos de soprar as velas do bolo da aniversariante!

- Boa ideia! O dia ainda é muito longo, temos tanto para fazer… – acrescentou Frankie.

- Bom, Lucy, estou nas tuas mãos. – sorri – Farei o que me sugerires e irei para onde quiseres.

Assim, Lucy deu-me o braço e saímos do hipódromo, com Paul e Louis no nosso encalço, tendo logo a seguir Frankie e Dannii e os seus servos.


Hora e meia depois, estávamos na masmorra de Lucy. Ela vivia em Wimbledon, num dos imensos subúrbios que orbitavam à volta de Londres, numa fantástica casa com um anexo. Era nesse anexo que Lucy tinha a sua masmorra, onde interagia com os seus diversos servos e submissos e onde ela os premiava ou castigava. Naquela tardinha, a minha namorada tinha-nos convidado para um “deboche de duquesas”, designação que me deixou pensativa… porém, mal a porta da masmorra se fechou, as dúvidas cessaram: Lucy atirou-se a mim e encostou-me à parede, os seus lábios a buscarem os meus com sofreguidão.

- Foda-se, gatinha, se soubesses o esforço que tenho feito desde que chegaste para não te saltar para cima! Estás tão tesuda, tão excitante…

Não lhe consegui responder, pois a sua boca encostou-se à minha imediatamente, a sua língua enrolou-se à minha, as suas mãos tiravam-me os ganchos que sustinham o meu chapéu e foi num ápice que o meu cabelo ficou solto, noutro ápice fui despojada do meu cinto, das minhas roupas e da minha lingerie, ficando apenas de meias e sapatos. Ao mesmo tempo, Lucy espremeu-se para sair de dentro do seu vestido e não tardou a ter também os seus voluptuosos atributos à mostra.

As nossas bocas voltaram a unir-se num longo e apaixonado beijo, enquanto os nossos corpos se apertavam num abraço apertado, como se naquele momento os anos de separação nos dessem forças para explorarmos os corpos uma da outra. Deu-se um volte-face e passei eu a estar no comando, a ditar tudo o que se passava entre nós duas. Senti os seus mamilos a enrijecerem contra os meus: foi o chamamento que precisava para me atirar a eles, para os meter na boca e chupá-los, cobri-los com a minha saliva, esfregar neles cada uma das minhas papilas gustativas, sabendo que cada acto meu fazia Lucy perder a cabeça e ficar ainda mais louca de desejo por mim. Naquele momento eu existia unicamente para levar a minha “tigresa” ao prazer supremo, e foi por isso que, ao mesmo tempo que eu beijava, lambia e chupava à vez os seus mamilos e enquanto a minha mão esquerda se ocupava do outro, a minha mão direita desceu pelo seu corpo e apoderou-se da sua ratinha: os meus dedos anelar e indicador ficaram encostados aos seus lábios, massajando-os, enquanto o meu dedo médio lhe entrava na vulva e a penetrava, sentindo o quão encharcada Lucy se encontrava.

- Era disto que tinhas saudades, tigresa? – perguntei, entre duas lambidelas.

Mas Lucy não conseguiu responder, imagino que por causa de tudo o que eu lhe estava a fazer. Não tive piedade nenhuma dela, continuando a estimular-lhe os mamilos e a ratinha ao mesmo tempo. Ela começou a gemer à medida que o meu dedo ia chegando o mais fundo possível dentro dela…

- Transformei a minha tigresa numa cadela com o cio… sempre a gemer…

E os seus gemidos passaram a gritos de prazer à medida que eu consegui que Lucy se viesse ali mesmo, nas minhas mãos. Ouvi o que me pareceu um grunhido masculino ali ao pé de nós, mas naquela altura eu não queria saber de mais nada sem ser de Lucy e de a levar ao céu. Apesar de ela já se estar a vir, eu não parei os meus estímulos: já que ela estava sempre com saudades minhas e a queixar-se que nunca me lembrava dela, queria deixá-la completamente rendida e sem energias, queria que largasse todos os fluidos possíveis. Num ápice, tirei a mão direita da sua ratinha e coloquei-lha sobre a boca, acariciando-lhe os lábios e enfiando o dedo médio dentro da boca para que ela o chupasse.

- Prova… saboreia o que tu largaste… saboreia a tua porra… é isto que tu queres, não é? Só tenho pena de não ter um caralho para te montar e te esporrar essa tua carinha de princesa…

Escusado será dizer que o meu “chip de deboche” estava activado em “modo dominador”. Estava a adorar ter Lucy à minha mercê, vê-la ceder aos meus toques, gritar e gemer a cada estímulo meu! Subitamente lembrei-me das amigas dela, Frankie e Dannii: que estariam elas a fazer? Seriam tão sensíveis ao toque como Lucy? Olhei à volta e vi alguns corpos nus ou parecido a rodearem-nos, mas não pude perceber a quem pertenciam. Aquela paragem, todavia, deu a Lucy a margem que precisava para reassumir o controlo dos acontecimentos: no momento seguinte, estava deitada de costas no chão, com a cabeça encurralada entre as pernas da minha amante.

- Que gatinha mais traiçoeira… – sorriu Lucy – Dou-te um milímetro de abertura e tu deixas-me logo rendida… e falas logo em querer foder-me com um caralho! Aqui não há caralhos, vais ver daqui a bocado… mas podes mostrar o que consegues fazer com essa tua língua mágica!

Enquanto falava, Lucy deitou-se sobre o meu corpo e colocou a sua cabeça entre as minhas pernas, abrindo-as com as mãos; e assim que senti o seu beijo no meu clitóris, foi a minha vez de gemer… Respondi com a minha língua, tocando-lhe nos lábios e forçando a passagem por eles até sentir o interior da sua incrivelmente húmida ratinha; fui beijando e lambendo aquela zona tão sensível, enquanto Lucy continuava a beijar-me o clitóris e os lábios vaginais, deixando-me ainda mais louca e aproximando-me de um orgasmo que eu queria tanto que aquela deusa britânica me proporcionasse…

Acabámos por nos vir em simultâneo naquele “69” que estávamos a fazer, com cada uma a saborear o néctar da amante.


Assim que nós acalmámos mais, Lucy levantou-se e ajudou-me a levantar do chão – só naquela altura me apercebi que estivera deitada no chão frio! Assim que me ergui, vi as amigas de Lucy, também nuas.

- Então, Lucy, não as posso provar? – perguntei, ousada.

Frankie e Dannii entreolharam-se e soltaram uma gargalhada, sendo secundadas por Lucy.

- Queres-nos provar? – perguntou Frankie – Talvez… depois.

- Sim, depois da corrida! – acrescentou Dannii, olhando para mim de algo abaixo e retornando um olhar aprovador.

- Corrida…?

Olhei para Lucy, que me respondeu com um olhar malicioso.

- Nós hoje fomos às corridas de Ascot, gatinha. Mas eu e as minhas amigas, mais tarde, costumamos organizar as nossas próprias… “corridas”.

Ela fez um gesto com a mão e fixei o meu olhar nos tais corpos que nos rodeavam: tratava-se de Louis, Paul e dos homens que haviam acompanhado Frankie e Dannii naquela tarde! Todos quatro estavam nus, de mãos atrás das costas e de joelhos, uma coleira de cabedal a rodear-lhes o pescoço e os mais variados cintos de castidade a envolver-lhes os genitais. Olhei em redor e voltei a ver Frankie, já com um strap-on ao redor da cintura, a colocar um apetrecho semelhante no baixo-ventre de Dannii. Quando os meus olhos voltaram a encontrar os da minha namorada, já ela segurava dois arneses com dildos cor-de-carne de tamanho generoso.

- As “corridas” são normalmente disputadas entre nós três, “Annie”. Cada uma escolhe um escravo do seu harém e, depois de Ascot, viemos até aqui e “montamo-los”. O mais rápido a “chegar” tem direito a recompensa; os outros são castigados. Mas como és minha convidada e fazes anos, vou-te emprestar um dos meus animais para tu “cavalgares”.

Enquanto falava, Lucy colocou-me o strap-on, que tinha uma tira de cabedal que passava entre as pernas e apertava a minha ratinha. Fiquei um bocadinho desconsolada porque preferia que naquele lugar existisse um ou dois dildos para minha auto-satisfação… Assim que o trabalho ficou pronto, tratei de colocar também o arnês a Lucy; e assim que acabei, ela agarrou-me no braço e beijou-me novamente, para depois me guiar para a beira das amigas.

Todas quatro estávamos de “ferramenta” na mão, apontando para as nossas presas; unicamente de meias e saltos, aproximámo-nos dos homens e dirigimo-nos para trás deles. Lucy pegou numa luva de látex, colocou-a na mão direita e, com a mão esquerda, despejou vaselina para cima do seu órgão artificial e para a mão, com a qual tratou de humedecer o ânus do submisso que estava na sua frente. Assim que acabou, entregou-me o boião de vaselina e uma luva para que eu fizesse o mesmo; e assim que preparei o cu de Louis e o meu dildo, entreguei o frasco a Frankie, que estava do meu lado esquerdo, já de luva de látex calçada. Assim que Dannii se aprontou, todas quatro empurrámos o torso deles para a frente, de forma que eles ficaram de quatro no chão da masmorra.

- Estão prontas, meninas? – perguntou Lucy enquanto encostava a ponta do seu dildo ao ânus que estava à sua frente.

Uma a uma, todas nós a imitámos e respondemos “Pronta!”.

- Partida! – gritou Lucy, enterrando o seu strap-on no posterior de Paul.

Eu agarrei nas ancas de Louis e fiz com que a minha pila artificial entrasse naquele buraco, fazendo com que ela saísse e voltasse a entrar, primeiro algo a medo, depois com mais vigor e ligeireza ao ver que aquele submisso já estava habituado àquele “tratamento”. As minhas companheiras, todavia, não foram tão piedosas como eu, violando sem qualquer pudor os cus que tinham à sua frente e rindo às gargalhadas enquanto o faziam.

- Yee haw! – gritava Dannii enquanto acelerava a velocidade com que enrabava o seu submisso.

- Anda cavalinho, toca a vir! – ecoava Lucy enquanto batia com a mão enluvada nas nádegas de Paul.

Eu limitei-me a ir enfiando e retirando o dildo no posterior de Louis, entrando o máximo nele e saindo de forma a deixar a cabeça do falo dentro dele. Admito que não via grande piada àquela “corrida” pois não via grande prazer para mim (e muito menos para os desgraçados dos “cavalos”); o único objectivo que eu via ali era destruir por completo os rabos dos submissos…

De súbito, o submisso que Frankie estava a penetrar soltou um gemido e, do seu baixo-ventre, começou a escorrer um líquido esbranquiçado; a loira de lábios fartos levantou os braços como se estivesse a cortar uma meta imaginária.

- Vitória! – gritou, exultante.

Logo a seguir, poucos segundos depois, foi a vez de Paul também atingir o orgasmo; Lucy deu-lhe duas ou três chapadas nas costas.

- Atrasado de merda! Vais pagá-las…

Enquanto a minha namorada continuava a fustigar as carnes do seu submisso, o “cavalo” de Dannii, que ia sendo penetrado sem qualquer ponta de piedade pela rapariga loira, soltou algumas gotículas de sémen, que, todavia, não foram suficientes para ela parar o que estava a fazer, começando inclusivamente a dar-lhe chapadas nos testículos.

Eventualmente acabei por me tornar o foco de atenção das três raparigas inglesas, uma vez que era a única cujo submisso ainda não se havia vindo.

- Então, Annie, que se passa? – perguntou Frankie.

- Querem ver que te arranjei um “cavalo” com defeito? – interrogou-se Lucy, agarrando na coleira de Louis e cuspindo-lhe na cara – Toca a vir, cavalinho!

Continuei a enfiar o meu strap-on naquele traseiro, tentando acelerar o meu ritmo, rodando as ancas de forma que o falo rodasse um pouco dentro dele… mas foi precisa alguma ajuda para que, finalmente, Louis acabasse por se vir também. Naquela altura, já Frankie recompensava o vencedor, deixando-o lamber-lhe a ratinha rosada e húmida. E se parecia apetitosa, aquela ratinha…

- Pois é, Paul e Louis, estou muito desapontada convosco, seus merdas! – gritou Lucy assim que eu retirei a minha pila de dentro daquele cu – Vocês têm sido treinados para terem orgasmos unicamente pelo cu! E quando vos chamo à competição, vocês falham clamorosamente! É uma vergonha! – enquanto falava, ela agarrou em ambos pela coleira e encostou-os a uma parede da masmorra; no instante a seguir, ela estava a flagelá-los com um flogger, à vez.

Olhei para Dannii. A inglesa estava a acariciar o seu submisso e a dar-lhe beijos no pescoço. Fiquei a admirar-lhe as formas generosas, o busto proeminente e aparentemente natural, a figura de “ampulheta”, as ancas saídas, as nádegas redondas; acabei por me aproximar dela, já sem strap-on, e abracei-a por trás, beijando-a no pescoço.

- Hey, calma contigo! – Dannii olhou para mim de soslaio, erguendo-se e deixando o escravo – Não sabes esperar a tua vez?

- Parece que a nossa Annie tem pressa… – Frankie aproximou-se de mim e agarrou-me nos pulsos, afastando-me da amiga – Lucy, que lhe vamos fazer?

A minha namorada, ainda a segurar o flogger, abandonou os seus escravos, que permaneceram encostados à parede, e juntou-se ao grupo; passou aquele objecto pelos meus mamilos, pelo meu peito, pela minha barriga, pelo meu baixo-ventre.

- Só há uma coisa a fazer, meninas.

As minhas mãos foram amarradas atrás das costas, o cinto do strap-on foi-me tirado num ápice e fui obrigada a ajoelhar-me no chão; quando levantei o olhar, tinha três inglesas a olhar para mim e três dildos apontados na minha direcção.

- É fodermos esta falsa loira. – continuou Lucy, cuspindo-me na boca e sendo imitada pelas restantes.

- Já que andava com vontade de me provar… vou-lhe dar o meu pau! – acrescentou Dannii enquanto empurrava o seu dildo para a minha boca, agarrando-me no cabelo enquanto o fazia. Sem outra alternativa, fui chupando aquele pau, enquanto Lucy voltava a despejar vaselina sobre o seu dildo e Frankie se ajoelhava à minha frente.

- E eu vou dar-lhe o meu! – acrescentou Frankie enquanto me abraçava e fazia com que o seu strap-on me entrasse na ratinha que já estava encharcada.

- Ana, tu não aprendes mesmo… – Lucy riu-se enquanto ajoelhava atrás de mim e encostava o seu dildo ensopado na minha racha entre nádegas – Por gostares tanto de deboche, metes-te em todas as encrencas… e eu que andava à procura de maneira de te foder! Vá, vem-te lá agora, gatinha! – e fez com que o seu falo me entrasse no cuzinho.

Sob o controlo daquelas três raparigas, não tinha qualquer margem de manobra e tive de aguentar os seus caprichos. Dannii violava-me a boca à bruta e quase que me deformava a cara, Frankie comia-me a ratinha com voracidade e Lucy enrabava-me de forma poderosa, empurrando o máximo do seu dildo para dentro de mim… mesmo como eu gostava. Daí que não demorasse muito a sentir-me invadir pelo prazer supremo, sentindo um enorme júbilo por estar a ser maltratada por aquelas três deusas inglesas. Elas aperceberam-se do meu orgasmo mas não fizeram tenções de abrandar as suas acções, continuando a abusarem de mim enquanto quiseram.

Quando todas três se fartaram, fui atirada ao chão, ainda a meio do orgasmo; deixei-me ficar quieta, imóvel, sentindo o prazer que percorria o meu corpo amainar e desaparecer gradualmente. Quando levantei o olhar, Frankie e Dannii haviam regressado aos seus escravos, enquanto Lucy continuava a olhar para mim a sorrir, de mãos nos quadris.

- Minha gatinha… tu realmente és fantástica… e amorosa. Mesmo depois de seres triplamente fodida, contínuas com o teu rosto adorável e o teu olhar dócil. Quem me dera poderes ser minha em exclusivo!… – depois virou-se para os seus escravos, ainda no mesmo local em que haviam sido deixados – Escravos, toca a ajudarem a minha gatinha a levantar-se e a soltarem-na!

- Sim, minha Dona. – ecoaram ambos.

E assim acabou aquela tarde de deboche. Os submissos das inglesas foram despachados para seus lares e todas quatro fomos jantar a um restaurante vegetariano todo chique, e a noite terminou em casa de Lucy, claro, comigo a dormir nos braços dela depois de um saboroso “69”.

Na manhã seguinte, acordámos, demos uns beijos e uns amassos, tomámos o pequeno-almoço juntas e depois fomos para o aeroporto de Heathrow, pois eu tinha de me ir embora. Vi lágrimas nos olhos de Lucy, as mesmas lágrimas que apareciam nos meus olhos. Quão fácil seria abandonar todo o mundo e ficar ao lado daquela loira bombástica… mas ambas sabíamos que o meu lugar não era ali. Engolindo em seco e prometendo dar notícias e voltar a Inglaterra quando possível, despedi-me de Lucy.

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