segunda-feira, 4 de março de 2024

Quatro décadas, quatro festas (parte 1)

 

(história anterior)

O aproximar da data do meu aniversário começou a deixar-me algo ansiosa: como iria eu fazer a festa naquele ano? Tinha de ser algo grandioso, uma vez que era o meu quadragésimo aniversário, a entrada nos “entas”, mas não queria que fosse algo sobre o qual eu não tivesse o completo controlo, para evitar o que havia acontecido no ano anterior1. Comecei a fazer planos para algo absolutamente “Karabástico” e estava a começar a fazer os primeiros contactos quando a pandemia do coronavírus rebentou em Portugal. Fiquei assustada, claro, por mim, pelo meu marido e pelos meus filhos, e coloquei tudo em pausa, respeitando o confinamento e saindo de casa apenas o mínimo indispensável. Quando as coisas pareciam estar a melhorar novamente, um mês antes da data do meu aniversário, voltámos a entrar em novo confinamento. Todavia, Carlos não deixou que a data passasse impune: uma semana antes, ajoelhou-se à minha frente, entregou-me mais uma aliança e perguntou-me se queria renovar os votos de matrimónio com ele, numa cerimónia restrita apenas a meia-dúzia de familiares. Claro que aceitei! E no dia 19 de Fevereiro, no meio dos campos do Alentejo, fizemos a nossa renovação de votos – no meio do maior secretismo devido à questão do confinamento – e terminámos a noite no nosso quarto, numa sessão de amor, não só sexo, mas puro e verdadeiro amor entre duas pessoas, que durou horas e nos deixou ainda mais apaixonados.

Mas apesar da magnífica cerimónia, sentia que ainda faltava algo… portanto, assim que a pandemia deu mostras de ceder, voltei aos meus planos e contactos para a festa de anos, desta vez, para o meu 41º aniversário. Comecei a preparar as coisas para celebrar com as minhas irmãs; todavia as coisas tomaram uma tal proporção que tive de fazer várias festas para conseguir estar com toda a gente que pretendia celebrar comigo! Este é o relato dessas ocasiões.

O andar de cima

No dia exacto do meu aniversário, Carlos levou-me a mim e aos nossos meninos a jantar fora, numa noite que terminou comigo e com ele a fazermos doce amor na nossa cama. No dia seguinte, porém, tive de me meter no avião para os Estados Unidos, uma vez que Tommy, a minha agente, havia agendado uma sessão fotográfica comigo para um site de bondage americano. Eu havia estado bastante tempo parada com receio do coronavírus, mas eu já desesperava por voltar ao trabalho, por voltar a ser fotografada em poses humilhantes e a ser dominada por desconhecidos. Assim, mal surgiu aquela oportunidade – e após Tommy me garantir que todas as condições de higiene e segurança estavam garantidas – nem pensei duas vezes.

Tal como costume, a minha agente foi-me buscar ao aeroporto. Apesar de ser Fevereiro, estava bastante calor para a época, pelo que ela estava com um top verde-tropa, umas bermudas de ganga justas ao corpo e umas sandálias de salto alto pretas, com os “atacadores” à volta das canelas até aos joelhos. Fiz tenções de a cumprimentar com o agora tradicional toque de cotovelos mas a minha agente estava-se borrifando para essas cautelas todas: ao ver-me, baixou a máscara que lhe cobria o rosto, abraçou-me, baixou a minha própria máscara e cravou-me um linguado intenso e cheio de paixão – o normal quando nos encontrávamos. Assim que o beijo terminou, Tommy ajudou-me com as minhas coisas e levou-me até onde tinha estacionado a sua viatura. Assim que fechámos a porta, olhei para ela.

- Mas tu estás maluca?! Sabes lá tu se eu não estou com esta maldita pandemia! Ou…

- Relaxa, miúda. – a minha agente sorria ao dar à chave – Eu fiz o teste há poucos dias, deu-me negativo. E foste tu própria a dizer-me que também havias sido testada… ou mentiste-me?

- Não, não, até te mostro o papel… – respondi – Mas sei lá, agora não podemos facilitar de maneira nenhuma.

- E tu achavas mesmo que eu não te ia dar um beijo de parabéns ao te ver, não? Para além disso já estava com saudades tuas, totó! Agora deixa-te de merdas.

Olhei-a de soslaio, depois sorri e remeti-me ao silêncio.

A viagem não foi muito longa e, contrariamente ao que era usual, Tommy não me deu detalhes sobre a sessão fotográfica, algo que ela costumava desde logo fazer. Quando eu puxei esse assunto, ela deu-me uma resposta cheia de evasivas, acabando com um “algo que tu nunca fizeste”, o que me deixou de sobreaviso… mas Tommy conseguia ser bastante enigmática quando queria.

Parámos à frente da casa da minha agente, onde eu havia passado um fim-de-semana louco anos antes2. Tommy saiu do carro e eu abri a porta… ou tentei: ao carregar no trinco da porta, o mesmo não funcionava. Teve de ser ela a abri-la… e, mal o fez, agarrou-me num braço com força e puxou-me para fora da viatura.

- Tommy… – gemi – Outra vez não…

- Outra vez SIM! – foi a sua resposta triunfal.

Tommy abriu a porta da rua, atirou-me para dentro de casa e fechou-a à chave após a sua passagem.

- Ana… não me digas que não tinhas saudades de seres minha? – sorriu aquela deusa de pele cor de ébano, de mãos nos quadris.

Engoli em seco e não respondi, sentindo-me corar.

- Como já deves ter percebido, não há sessão nenhuma. O que vai haver é uma festa de aniversário muito íntima, comigo e contigo… e com o Brian, naturalmente! – e a minha agente começou a rir-se – Agora, começa a despir-te. Tens um minuto para ficar nua.

Comecei por tirar o casaco e a camisola, ficando apenas de soutien; desapertei os atacadores das minhas botas de couro pelo joelho, tirei-as e despi as calças de ganga e as meias; e finalmente retirei o soutien e a tanga, ficando como Tommy me queria.

- Muito bem, o isolamento não te afectou o corpinho, continuas uma tesuda! – comentou a minha agente enquanto ia buscar um rolo de corda de nylon – De joelhos no chão. Mãos atrás das costas.

Obedeci; e pouco depois tinha os pulsos amarrados atrás das costas, com uma volta da corda a unir-me os cotovelos bem juntos e a outra ponta a ser-me presa ao redor do pescoço. Ao olhar para o meu rosto, Tommy soltou uma gargalhada.

- Querida, se pudesses ver a tua cara agora… o medo e a incerteza fazem-te ficar com um aspecto incrível! Sabes… acho que sempre vamos fazer uma sessão fotográfica.

Ela puxou-me pela laçada que tinha à volta do pescoço e levou-me até à sala de estar, onde me deixou para se ausentar por instantes, durante os quais eu deixei-me ficar imóvel: claro que podia tentar fugir dali, mas qual o resultado prático disso, uma vez que a porta da rua estava trancada? Quando Tommy voltou, segurava nas mãos uma máquina fotográfica e um saco de roupa; atirou este para cima do sofá e, com a máquina, começou a tirar-me fotografias. Seguidamente, ela retirou do saco mais um rolo de corda, dois pares de algemas e um pau com duas argolas na ponta.

- Tommy, que me queres fazer? – ousei perguntar.

- O que tu mais gostas: deixar-te completamente vulnerável e obrigar-te a fazer o que eu quero. Mal posso esperar para ver a cara do Brian quando perceber que a sua cadela preferida está connosco outra vez! – enquanto falava, Tommy prendia o pau aos meus tornozelos com recurso às algemas, obrigando-me a ficar de pernas abertas; e acabou por atar os meus pulsos àquele pau, forçando-me a estar de costas direitas.

- Amor, não… não me entregues ao Brian… por favor… – supliquei, recordando a quantidade de vezes que ele me havia usado sexualmente da primeira vez.

A minha agente aproximou-se de mim, ajoelhou-se ao pé da minha cabeça e cuspiu-me na cara, passando com a ponta do dedo na sua saliva e esfregando-ma na boca e nos lábios.

- Tu és minha. O Brian é meu. Se eu quiser que ele te tenha, ele vai-te ter. Se eu quiser ter os dois, eu vou ter os dois. Por isso cala-te. Ou… – Tommy desapertou os botões que mantinham as suas bermudas em posição e tirou-as, tirando o seu fio-dental logo de seguida – … em vez de estares aí a dizer baboseiras, que tal dares uso à boca?

Ela arrastou-me até ao sofá, onde se sentou, e manobrou-me até eu ficar com a cara enfiada no seu baixo-ventre. Não tendo outra saída, meti a língua de fora e comecei a lamber-lhe a rosinha e os lábios, dando pequenos beijos entre cada lambidela. Não foi preciso muito para Tommy começar a gemer… e ela levantou as pernas, pousando-mas em cima dos ombros. Alternei lambidelas com penetrações com a língua, ouvindo a respiração da minha agente tornar-se mais intensa. De vez em quando ouvia o som da máquina fotográfica e sentia o flash disparar, sempre que Tommy me tirava uma fotografia – imagino a qualidade daquelas fotografias! A minha pose – ou melhor, a pose em que a minha agente me prendera – era tudo menos confortável, mas isso não me impediu de procurar desempenhar a minha tarefa o melhor possível… até porque eu não tinha forma de mudar de posição. E o que é certo é que, com relativa facilidade, consegui causar um orgasmo a Tommy, fazendo-a gritar a plenos pulmões à medida que atingia o clímax.

Subitamente, aconteceu aquilo que, de certa forma, eu já receava (e esperava): senti um corpo estranho ser-me encostado aos lábios vaginais – um corpo estranho, quente e pulsante – passando por eles e começando a penetrar a minha ratinha com vigor, ao mesmo tempo que duas mãos grandes e fortes me apertavam os seios. Abanei a cabeça, tentando dizer que não (ou que sim?), sem surtir qualquer efeito.

- Oh, cadela, tinha saudades tuas… – ouvi a voz de Brian, o namorado da minha agente, a sua boca encostadinha à minha orelha – Continuas com uma cona de ouro, tu!

- E uma boca… foda-se, esta gaja consegue-me levar ao céu! – acrescentou a minha agente, passando as mãos pelo cabelo.

Brian fez-me erguer do baixo-ventre de Tommy, ficando eu de pé – mas sempre nas mãos daquele negro enorme, que nem por um segundo parou de me martelar a ratinha – enquanto ela ficava de olhar fixo em nós, masturbando-se à medida que me via ser devorada pelo namorado. Eu não conseguia raciocinar, a única coisa que o meu cérebro estava a processar era o ir e vir daquela pila, o embater dos testículos nos meus lábios vaginais, a pressão que as suas mãos estavam a exercer nos meus mamilos; só me apercebi que ele se estava a vir porque os seus movimentos começaram a abrandar e os seus gritos se transformaram em uivos de prazer. Mas nem mesmo assim aquela broca deixou de me penetrar a ratinha, tentando chegar o mais longe possível, quase como se me quisesse deixar toda rebentada e aberta.

- Ana Karabastou, achavas mesmo que não havia contrapartida nenhuma por me teres a gerir a tua carreira? – Tommy ria-se a bom rir enquanto continuava a acariciar o seu clitóris – E já há muito tempo que não pagavas o dízimo… altura de balançares essas ancas, puta! Ui…

Num ápice, Tommy levantou-se, agarrou-me no cabelo e fez-me enfiar novamente a cara no seu baixo-ventre, sem que eu tivesse outra opção que não fosse voltar a lamber-lhe o clitóris até voltar a provar a sua humidade – tudo isto enquanto Brian voltava a acelerar o ritmo do seu órgão. Daquela vez, até eu atingi o clímax.


À noite, ela e o namorado levaram-me a um bar bem no meio de Miami, onde estivemos largas horas a comer, a beber e a conversar. E só nessa altura me ocorreu que a última vez que havia estado numa ocasião social com a minha agente havia sido ainda durante o meu primeiro casamento, na altura em que me apoiava nela para me esquecer do quão miserável era a minha vida…

Mas estou a divagar. Estávamos então num bar, com Tommy de vestido encarnado justo ao corpo e as mesmas sandálias pretas com que me havia recebido, de cabelo apanhado com uma travessa e a cair sobre o ombro direito. Brian estava com o seu look habitual de camisola de manga cava azul, calções de ganga e botas de trabalho. E eu tinha um vestido largo branco, que me chegava bem abaixo dos joelhos mas que me deixava os ombros a descoberto e deixava ver as alças do meu soutien cor-de-rosa; tinha umas meias-cremes a cobrir-me as pernas e havia calçado uns sapatos acastanhados de salto alto e plataforma… e sempre que me agitava, sentia mexer-se uma jóia que Tommy me havia oferecido: um plug metálico com a base em forma do Ás de Espadas. Estivemos ali algum tempo, comigo na expectativa: seria possível que o nosso final de noite se resumisse àquilo, a algo meramente casual? Não que eu não gostasse, atenção, mas conhecendo a minha agente, calculava que ela tivesse alguma na manga… e de repente apercebi-me: eu era a única pessoa branca dentro daquele bar, todos os restantes eram homens e mulheres de tez negra. Por mais de uma vez me senti fulminada por olhares de pessoas que nos rodeavam – mas Tommy não parecia incomodada com isso; parecia, isso sim, estar à espera de algo.

Então o telemóvel da minha agente tocou: ela atendeu, sem dizer nada, e desligou-o; de seguida levantou-se.

- Vamos? – disse, fazendo um sinal com a cabeça para o interior do bar.

- Onde vamos? – perguntei, enquanto Brian se colocava atrás de mim.

- À zona privada.

Enquanto caminhávamos rumo a umas escadas que nos levavam ao piso superior, lembrei-me que era nas zonas privadas que aconteciam os maiores deboches, havendo até sites de sexo dedicados a isso mesmo. E conhecendo Tommy como a conhecia, não me admirava nada que viesse a acontecer algo do género…

Chegámos à dita “zona privada”, que era no primeiro andar, onde um varandim percorria todo o perímetro do estabelecimento. Em algumas zonas, havia cadeiras acolchoadas, bancos e até uma cama. Todavia, o meu olhar ficou preso na multidão de negros que ali estavam, olhando para mim como se eu fosse o prato do dia!

- Minha querida Ana, eu sempre achei que tu darias uma tremenda actriz pornográfica: tens o corpo e o apetite para isso, para além de a câmara te adorar. – declarou Tommy enquanto me abraçava – Mas não queres dar esse passo na tua carreira, e por mim tudo bem. Mas macacos me mordam se, no teu aniversário, eu não te vejo a aviar um montão de gajos de belos e fortes paus! – e, enquanto falava, ela abria-me o fecho do vestido, tirando-me e deixando-me de lingerie cor-de-rosa à mostra.

À minha frente, os gajos começaram a despir-se: nenhum deles tinha roupa interior, pelo que, em menos tempo que o Diabo leva a esfregar um olho, deparei-me com um número incontável de pilas, todas de tamanho razoável, com a maioria dos seus donos a masturbá-las para ficarem maiores. Olhei para Tommy, que me encarava com ar de gozo enquanto ela se colocava de máquina em punho, pronta para me fotografar em acção… olhei para o primeiro deles, que estava sentado num dos sofás, e debrucei-me sobre ele, lambendo os lábios: a mera aparição daqueles homens todos fora suficiente para activar o meu “chip do deboche”… Ajoelhei-me entre as suas pernas e engoli o seu pénis de uma só vez, sentindo a sua cabeça embater-me nas goelas; comecei a mexer a cabeça para a frente e para trás enquanto senti uma das suas mãos agarrar-me no cabelo, ao mesmo tempo que alguém me baixava a tanga transparente que (mal) me cobria o rabiosque e uma outra pila, envolta em látex, me entrava pela ratinha dentro. Fiz sinal com as mãos para dois deles se aproximarem e, assim que eles me ficaram ao alcance, comecei a masturbá-los.

Não vos consigo descrever como me sentia naquele momento, sentia-me completamente dominada pelo meu lado mais sexual; todavia, sei que o estar a tratar de quatro suculentas pilas (e saber que não-sei-quantos gajos estavam à espera para me aviar) me estava a saber pela vida. Não demorei muito a sentir o primeiro orgasmo fermentar dentro de mim até me dominar por completo, ao mesmo tempo que o gajo que estava a chupar se veio também – na minha boca. Todavia, assim que aquele gajo saiu da minha cara, toda a acção foi interrompida quando Tommy se abeirou de mim – com pingos de sémen na cara: presumivelmente teria feito uma mamada ao namorado – e me afastou de todos aqueles homens.

- Meus queridos, peço desculpa por parar a vossa diversão, mas a nossa atracção desta noite não está a funcionar em pleno… só um momento.

E, dito isto, Tommy tirou-me o soutien e colocou-me uma venda nos olhos: dois discos de cabedal unidos por uma outra tira de cabedal comprida; seguidamente, os seus dedos agarraram-me na base do plug que tinha no rabinho e, lentamente, retiraram-mo; mordi os lábios e sustive um suspiro assim que o meu esfíncter ficou livre… mas não pude resistir a impar de prazer assim que os dedos de Tommy, humedecidos com vaselina, me massajaram o olho.

- Agora sim, podem usar essa puta na totalidade. Rebentem com ela! – riu-se a minha agente.

Num ápice, fui logo agarrada por trás e obrigada a “sentar-me” no colo de alguém, com a sua pila a entrar-me com suavidade no meu cuzinho. Aquele homem encostou-se para trás e fez-me deitar também… e uma mão forte abriu-me novamente a boca e enfiou nela o seu membro crescente. Ao mesmo tempo que as minhas mãos estavam às apalpadelas, em busca de alguém a quem masturbar, um terceiro desconhecido colocou-se entre as minhas pernas e perfurou a minha encharcadíssima ratinha com o seu pénis; e alguém me agarrou nos tornozelos e fez com que os meus pés se unissem em redor de mais um órgão, na mesma altura que as minhas mãos já estavam ocupadas a estimular mais dois homens. E se eu já achava que nunca tinha sido usada por tanta gente ao mesmo tempo, um desconhecido colocou a sua pila no meu sovaco e saciou-se ali, ideia que foi logo secundada por um outro, enquanto eu apertava os antebraços contra o meu corpo para que eles se masturbassem; e ainda houve um que se sentou em cima do meu peito (de forma bastante rude e que quase me impediu de respirar) e apertou os meus seios de encontro à sua pila. Eu estava a ser um autêntico naco de carne a ser utilizado por nove homens em simultâneo. NOVE! Isto sem contar, imagino eu, com os outros que estavam do lado de fora, à espera de vez, a masturbar-se graças ao que eu estava a fazer…

Perdi a conta ao número de gajos que me usaram para se virem. E também acabei por perder a conta ao número de orgasmos que tive. Mas chegou uma altura em que, pura e simplesmente, deixei de sentir prazer em ter toda aquela gente a penetrar-me; e mesmo assim eles não davam mostras de se saciarem, ou de quererem parar… Comecei a mexer-me, tentando libertar-me daquele emaranhado de corpos suados, mas não tive sucesso: houve logo uma mão a apertar-me o pescoço e a forçar-me a regressar à posição original. Não tive qualquer opção senão respirar fundo e deixar-me ser usada por aqueles gajos todos, erguendo uma prece aos céus pedindo para que aquela orgia não demorasse a terminar.

Não sei quanto tempo demorou até todos eles acharem que já chegava, mas ainda foi algum tempo. Nessa altura, já só dois gajos me comiam, um deles a boca, outro a ratinha; assim que eles se vieram, fui atirada sem cerimónia para o chão, onde fiquei, imóvel, sentindo-me a escorrer sémen de quase todos os orifícios do meu corpo. Senti-me um completo mono, sem conseguir formular qualquer espécie de pensamento, por mais básico que fosse. Só despertei quando uma mão me agarrou no cabelo e me obrigou a levantar.

- Minha querida Ana… – reconheci a voz de Tommy, sempre animada – Sabes quantos gajos tu aviaste? Consegues fazer uma ideia da quantidade de gajos que se vieram em ti e por ti? Trinta e oito! Se arranjássemos mais dois, fazíamos a conta certa…

Riu-se da sua piada, enquanto eu apenas consegui balbuciar:

- Tommy… deixa-me… deixa-me ir… leva-me para casa… por favor…

- Ainda não, coelhinha! Oh Brian…

Ouvi os passos de alguém: no momento seguinte estava de joelhos novamente, com uma pila grossa a invadir-me a boca pela n-ésima vez naquela noite. Atrás de mim, um corpo encostou-se ao meu e senti um dildo encostar-se ao meu rabo, com este a penetrar-me o cuzinho enquanto a voz de Tommy se fazia ouvir outra vez, pois era ela quem abusava do meu posterior:

- Agora sim! Quarenta! Tantos como os anos que tens, vaca branca! Que melhor forma de assinalar a data do que junto dos teus Mestres, a sugares as nossas pilas e a comeres a nossa semente? Toma, puta! Toma! Toma! Toma!

Não demorou muito até voltar a sentir o sabor do sémen a invadir-me a boca; nem me incomodei a tentar engolir o líquido esbranquiçado, deixando-o escorrer-me pelos cantos da boca e pelo corpo abaixo.

- Ohhhhh…

Tommy empurrou o dildo até eu ficar com a totalidade daquele corpo no meu cuzinho, enquanto ela se agitava, aparentemente a gozar um orgasmo também. Eu continuava sem sentir nada, a exaustão dominava-me por completo… mas lá no fundo estava contente por ter causado orgasmos àquela gente toda e, acima de todos, a Tommy e ao namorado.

A noite por ali estava no fim: quando Brian e Tommy saíram de mim e me tiraram a venda que me obstruíra a vista durante a orgia, só meia-dúzia dos tais “quarenta” se encontravam ali a assistir (e um ou outro a masturbar-se), os restantes já haviam desaparecido – e assim que o casal se começou a vestir, também eles desapareceram. Pelo meu lado, estava demasiado cansada para me preocupar com isso: peguei no meu vestido, abandonado no chão tantas horas antes, e atirei-o para cima do ombro esquerdo, indo atrás da minha agente e do namorado, ignorando os olhares que me foram fulminando até chegarmos à porta de saída do bar. Só quando me sentei no banco traseiro do carro deles é que me lembrei que havia deixado a minha lingerie no bar; não me importei com isso. Quando a viatura abalou, já eu começava a dormitar.

Dormi com eles na cama, no meio deles, unicamente com uma coleira de cabedal à volta do pescoço. De manhã, quando acordei, a primeira coisa que tive de fazer foi dar um beijinho na cabeça do órgão de Brian, enquanto Tommy me empurrava a cabeça para baixo e me fazia chupá-lo todo, para de seguida ela me fazer virar para ela, beijá-la na boca, chupar-lhe os seios e os mamilos arrebitados e acabar a lamber-lhe a ratinha: era o “aquecimento antes da foda da manhã”, como Tommy referiu; e de facto, assim que eu a estimulei, fui autenticamente atirada para fora da cama, com a minha agente a atirar-se para cima do namorado e a fazê-lo entrar nela, montando-o como se estivesse a andar de cavalo à desfilada. Os seus gritos indicaram que teve dois orgasmos enquanto Brian se veio apenas uma vez. Quando Tommy se sentiu saciada, levantei-me do chão e dirigi-me à casa de banho… ou tentei: ela agarrou em mim e voltou a atirar-me para cima da cama, sentando-se em cima da minha cara.

- Agora vais fazer-me vir na tua boca enquanto o Brian te emprenha, vaca branca!

Sem poder fazer mais nada, pus a língua de fora e comecei a dar beijinhos e lambidelas na ratinha encharcada de Tommy, a saber ainda a sémen e à pila do namorado, pila essa que voltava a entrar em mim – e só então percebi o quanto a noite anterior tinha deixado mossa, pois senti algum desconforto no  momento da penetração (ou seria o medo de Brian me engravidar?). Não que isso fizesse alguma diferença para eles…

Tommy não demorou a vir-se na minha boca, e pouco depois foi a vez de Brian me rechear as entranhas com os seus fluidos; infelizmente, devido ao desconforto que sentia no baixo-ventre, não consegui experienciar o clímax naquela manhã. Todavia, antes de ser “libertada”, Tommy abraçou-me e beijou-me durante largos tempos.

Depois do pequeno-almoço tomado num café ao pé do aeroporto despedi-me da minha louca e debochada agente com mais um longo linguado e embarquei rumo a Portugal.

continua...

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1- ver "Presente evnenenado"
2- ver "A cadela"

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