segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Limpeza de utensílios

Tremi quando ouvi o meu nome em altos berros – Lady Katarinne devia ter visto algo mal feito da minha parte, só podia. Imediatamente larguei o que estava a fazer e fui a correr até ao Seu quarto, tentando não me desequilibrar de cima dos meus sapatos de salto alto. Assim que cheguei à porta, bati com a mão enluvada, sentindo um friozinho percorrer-me a espinha.

- Entra!
Obedeci, receosa, entrando pé ante pé nos aposentos da minha Dona. Toda eu tremia, cheia de medo do que Ela me iria fazer. Ela estava sentada na cama, envergando um vestido preto semi-transparente, de pernas envoltas em nylon preto cruzadas, olhando para mim como um felino que se prepara para caçar uma presa. Ao Seu lado, na cama e sobre uma espécie de lençol de plástico, estavam diversos dildos, plugs, vibradores, enfim, tudo objectos de formato fálico.
- S-sim, Senhora? – perguntei, temerosa.
- Que estavas a fazer, Minha cabra?
- Eu, erm… eu e-estava a acabar de lavar a loiça… – gaguejei. O Seu rosto parecia ter-se fechado…
Ela levantou-Se, começando a circular à minha volta e fixando o Seu olhar duro como pedra em mim; depois parou atrás de mim e colocou a Sua mão no meu ombro. Eu, que estava à espera do pior, dei um pulo, o que A fez rir.
- Calma, Xana! Não estou a pensar bater-te… ainda, pelo menos. – Lady Katarinne ficou a meu lado e apontou para os dildos – Estás a ver os Meus brinquedos todos que ali estão? Há bocadinho, deu-Me uma vontade doida de os experimentar, mesmo para lhes dar um bocadinho de rodagem, agora que te tenho feito andar a tratar de umas pilas mais reais. – engoli em seco e baixei os olhos, envergonhada, quando me recordei das vezes que a minha Dona me havia dado aos Seus touros para lhes dar prazer – Mas, de qualquer forma, usei-os e eles estão a precisar de limpeza. Por isso, querida puta, vais tratar de os limpar a todos. Com essa tua boquinha, ouviste?
- Com a boca? Quer que… eu chupe neles todos? – olhei para os brinquedos que tinha à minha frente: eram cerca de vinte…
- Claro que sim. E, quando acabares, vou-te recompensar. Vou deixar que Me penetres.
O meu coração quase saltou do peito com aquela frase. Eu teria percebido bem? A minha Dona estaria a falar a sério? É que, segundo a ardósia que estava afixada no meu quarto, eu ainda tinha de Lhe provocar 36 orgasmos antes de ter direito ao meu prazer supremo…
- Mas, Senhora, ainda faltam…
- Eu é que dou as ordens aqui. – interrompeu-me Ela bruscamente – Se Eu quiser que Me fodas, tu vais foder-Me! E começa lá a tratar do trabalho, antes que mude de ideias…
Mal Ela acabou de falar, atirei-me logo para cima da cama, agarrando-me a um vibrador e enfiando-o na minha boca de lábios pintados de encarnado. Longe de mim querer que Lady Katarinne mudasse de ideias! Aquele vibrador estava ainda húmido, cheio da Sua humidade deliciosa, por isso soltei um gemido de prazer. Tirei-o da boca e comecei a passar a língua pela superfície macia do brinquedo, removendo aquela humidade proveniente do templo da minha Dona e Senhora. Assim que achei que aquele vibrador estava limpo, passei ao seguinte, um strap-on que Lady Katarinne já usara em mim diversas vezes; não era dos maiores, mas conhecia-o bem. Com a mesma voracidade de antes, agarrei-me a ele e meti-o na boca, lambi-o de alto a baixo, como se estivesse a fazer sexo oral a um dos touros de Lady Katarinne, arte em que, aparentemente, me havia tornado exímia. Tentei despachar-me com aquele falo, pois tinha ainda muita obra pela frente e eu queria receber o prémio que a minha Dona me havia prometido. Quando passei ao seguinte, mais um vibrador, vi-A descruzar as pernas e debruçar-Se na minha direcção. Assim que os meus lábios ficaram em contacto com a sua superfície, senti logo que algo estava errado: parecia que os meus lábios estavam a pegar fogo! Devo ter feito uma careta, pois Ela riu-Se e olhou para mim:
- Ups, esqueci-Me de te dizer… alguns deles não os usei em Mim, caíram dentro de bilhas com substâncias esquisitas. Acho que esse ficou um bocadinho mergulhado em piri-piri… mas quero-os limpos à mesma, Xana! E está a despachar, senão vou-Me embora e não há prémio para ninguém!
Continuei a chupar e a lamber aquele brinquedo, tentando ignorar o sabor acre daquela substância e o estado em que estaria a deixar a minha boca – e as lágrimas que aquela situação me estava a provocar. Tentei despachar-me e remover todo o piri-piri daquele vibrador; quando o pousei na cama, aspirei umas golfadas de ar fresco, tentando ganhar fôlego depois daquela prova. Sabia-me bem beber um pouco de água naquele momento… mas tive de continuar.
Não vos vou enfadar com o relato detalhado de como foi chupar aqueles cerca de vinte brinquedos fálicos. Basta dizer que tive ainda mais uma ou outra surpresa desagradável ao deparar-me com mais dildos previamente embebidos em picante, que me deixaram os lábios gretados; e o último vibrador tinha um outro paladar que eu conhecia demasiado bem: o de “leitinho de macho”. Não sabia como Ela tinha conseguido arranjar aquilo… será que ia guardando sémen dos Seus touros? De qualquer maneira, lá consegui acabar a minha tarefa, reprimindo um arrepio de nojo quando recoloquei o último brinquedo sexual em cima da cama. Lady Katarinne olhava para mim com ar de satisfação… e algum gozo.
- Bravo, Xana, muito bem! E conseguiste ser rápida, não o esperava. Estou genuinamente satisfeita contigo.
- Obrigado, Senhora. – o Seu elogio causou-me um frémito de alegria.
- Bom, suponho que está na hora de te dar o teu prémio. – suspirou Ela, aparentemente contrariada – Deita-te de barriga para cima. – ordenou, enquanto me amarrou um lenço sobre os olhos.
Num ápice, obedeci à Sua ordem enquanto a minha Dona ia buscar as chaves para o meu cinto de castidade. Toda eu salivava ante a perspectiva de poder ter um orgasmo antes do que estava combinado… talvez fosse demasiado bom para ser verdade, mas toda eu desesperava por um orgasmo e ainda faltava tanto para eu ter direito de o receber. Por isso acreditei que Lady Katarinne pudesse ter um acto de bondade para com a Sua submissa mais devota.
Quando senti o corpo da minha Dona a deitar-Se novamente na cama, lambi os lábios em antecipação, especialmente quando a Sua mão me agarrou no clitóris preso e me começou a desapertar o cinto de castidade. Ou simulou – porque tão depressa como iniciou, parou, para depois me vestir algo que parecia umas cuecas ou similar.
- Senhora, o que está a fazer? – perguntei, hesitante.
- Já te disse, estou a preparar as coisas para que Me comas. – respondeu bruscamente – Por isso não reclames!
Pouco depois senti-A sentar-Se sobre o meu colo, ouvindo-A soltar um gemido de prazer. A Sua mão agarrou-me no lenço que tinha na cara e tirou-mo, deixando-me ver que Ela estava a ser penetrada pelo strap-on que eu tinha à cintura. A minha Dona deve ter reparado na minha cara de desconsolo, pois Ela soltou imediatamente uma gargalhada:
- Que te prometi Eu, puta?
- Que eu A ia penetrar… – choraminguei, quase suplicante.
- Exacto. Nunca te disse que o irias fazer com a tua linguicita, pois não?! Ohhhhh… – e continuou a saltar sobre o meu colo, fazendo com que o dildo entrasse e saísse do Seu templo. Mais uma vez Ela conseguira enganar-me…
Não foi preciso muito tempo para Ela soltar um gemido ainda mais elevado, sinal de que a minha Dona havia atingido o clímax. Deixou-Se cair em cima de mim, ainda com o dildo dentro d’Ela, até Se acalmar. Só depois Ela fez o falo sair de dentro de Si e Se levantou, olhando para mim com cara de gozo – como habitualmente.
- És tão engraçada… por isso Me dá um gozo tremendo gozar contigo, sua vaca. Obrigado por mais este orgasmo, até posso acrescentá-lo ao total dos que te faltam para a libertação. Sinto-Me bem-disposta. Ah… e esse dildo também é para ser limpo! – e apontou para o strap-on que eu tinha à cintura – Depois podes voltar ao que estavas a fazer. Logo decido se vale a pena fazeres o jantar para Mim ou se vou antes sair com um dos Meus touros.
Sob o Seu olhar inquisidor, lá desapertei eu as tiras que prendiam o dildo em posição, para depois o meter na boca e chupá-lo, saboreando mais uma vez o Néctar Supremo da minha Dona como se estivesse a lamber um gelado; assim que pousei aquele brinquedo junto dos restantes em cima da cama, Ela expulsou-me do Seu quarto com um simples gesto, fazendo-me sentir ainda mais vexada e humilhada.

(história seguinte)

1 comentário:

  1. Mais um conto que gostei muito de ler. Dá ideias giras. Beijinhos

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